O suicídio
Através
do texto, pude perceber que hoje em dia o suicídio é algo julgado como errado
pelas pessoas, que geralmente só dão atenção àqueles que valorizam a vida. Um
exemplo claro disso está em nossos hospitais, onde pessoas nessa situação são tratadas
como loucas por optarem pela morte ao invés da vida, quando em verdade elas só
precisam de ajuda.
A
maioria das pessoas tem uma visão muito limitada do ato suicida, e até mesmo
evitam discutir tal assunto. Mas a verdade é que o suicídio está presente em
nossa sociedade e necessita ser estudado e cuidado. Mas o que leva uma pessoa a
cometer este ato? Bom, as motivações individuais não são o único motivo. As
influências da sociedade e da cultura também colaboram para um indivíduo
decidir dar cabo à própria vida.
O texto
foi escrito com o objetivo de divulgar mais sobre um assunto tão pouco
comentado e mostrar que existe um órgão, no Brasil, que visa a valorização da
vida através da prevenção do suicídio, você sabia disso? Pois é, existe e se
chama Centro de Valorização da Vida (CVV). Mas em breve falaremos dele. Agora o
importante é entender as diversas perspectivas de análise do suicídio presentes
no texto. O olhar sociológico, é representado por Durkheim, que divide o
suicídio em três tipos: o egoísta, quando o indivíduo está isolado do meio
social, o altruísta, no qual o indivíduo possui alta conexão com o contexto
social e o anônimo, que se refere às motivações relacionadas com fatos novos na
realidade da pessoa. Para ficar mais claro, vamos exemplificar o primeiro como
uma pessoa que está passando por algo em sua vida particular (falta de
dinheiro, desilusão, problemas profissionais, familiares e etc), algo estreitamente pessoal.
Já o segundo pode ser exemplificado pelos homens bombas e os kamikazes, que
principalmente durante a segunda guerra mundial, sacrificam suas próprias vidas
em prol da pátria. Por fim, os terceiros, são os indivíduos que se sentem
constrangidos por um novo contexto em sua realidade, como por exemplo, a
ditadura militar no Brasil.
Mas o
olhar que realmente importa no texto, principalmente no qual o CVV está
embasado, é o olhar humanista de Rogers. Aposto que você não o conhece, certo?
Rogers foi um psicólogo norte-americano, muito notado por seu trabalho
humanista no ramo psicológico. Segundo ele, todo indivíduo tem uma “tendência
atualizante”, ou seja, todos buscam sentimentos construtivos ao longo da vida,
seguindo a sequência:Autodeterminação-Autorrealização-Conservação-Socialização.
Mas onde isto é colocado em prática? E como funciona?
Carl Rogers
O CVV
foi criado em 1962, com um caráter humanitário e com objetivo de valorizar a
vida. Este órgão atende pessoas que queiram conversar, pessoas essas em crise
ou prestes a cometer o suicídio. Tá, mas o que Rogers tem a ver com isso? O CVV
se baseia no método de Rogers para treinar seus voluntários que realizarão os
atendimento e a primeira coisa que se deve saber ao querer se tornar um, é que
cada indivíduo interpreta a sociedade de um modo, ou seja, cada um tem um
percepção da realidade distinta. Mas como se dá o treinamento? Pelo método da
Abordagem Centrada na Pessoa (ACP), que é comentado por Rogers no vídeo acima e que possui três características: a
compreensão empática, que significa que o voluntário deve mergulhar no mundo do
outro, a consideração positiva incondicional, que é aceitar a outra pessoa
deixando de lado os juízos de valor e a congruência, que é a demonstração de
sinceridade durante a ligação.
É
realmente espetacular o trabalho que eles exercem. O atendimento pode ser feito
pelo telefone 141, pelo chat que eles possuem e até mesmo pessoalmente, em
todas as cidades sedes que eles estão. Por isso, se você precisa de ajuda,
precisa conversar, ligue para o CVV, que eles estarão dispostos a te atender. Caso você tenha o desejo de se tornar voluntário, saiba que não será fácil, mas será muito gratificante, principalmente pelo exercício da compaixão, que segundo o Öser (o monge, lembra dele?) beneficia mais quem está ajudando do que o próprio ajudado. E agora deixo uma pergunta no ar: Fazendo um ligação com o texto passado, será que se as pessoas praticassem mais os métodos budistas como a meditação os sentimentos destrutivos, como o suicídio, não seriam naturalmente evitados?
Link Útil:
Referência: D'AVILA, Patrícia. Prevenção do suicídio:
Um relato da Capacitação dos Voluntários do Centro de Valorização da vida (CVV)
no município de Porto Alegre. (2011).