quinta-feira, 26 de março de 2015

O suicídio 


Através do texto, pude perceber que hoje em dia o suicídio é algo julgado como errado pelas pessoas, que geralmente só dão atenção àqueles que valorizam a vida. Um exemplo claro disso está em nossos hospitais, onde pessoas nessa situação são tratadas como loucas por optarem pela morte ao invés da vida, quando em verdade elas só precisam de ajuda.

A maioria das pessoas tem uma visão muito limitada do ato suicida, e até mesmo evitam discutir tal assunto. Mas a verdade é que o suicídio está presente em nossa sociedade e necessita ser estudado e cuidado. Mas o que leva uma pessoa a cometer este ato? Bom, as motivações individuais não são o único motivo. As influências da sociedade e da cultura também colaboram para um indivíduo decidir dar cabo à própria vida.

O texto foi escrito com o objetivo de divulgar mais sobre um assunto tão pouco comentado e mostrar que existe um órgão, no Brasil, que visa a valorização da vida através da prevenção do suicídio, você sabia disso? Pois é, existe e se chama Centro de Valorização da Vida (CVV). Mas em breve falaremos dele. Agora o importante é entender as diversas perspectivas de análise do suicídio presentes no texto. O olhar sociológico, é representado por Durkheim, que divide o suicídio em três tipos: o egoísta, quando o indivíduo está isolado do meio social, o altruísta, no qual o indivíduo possui alta conexão com o contexto social e o anônimo, que se refere às motivações relacionadas com fatos novos na realidade da pessoa. Para ficar mais claro, vamos exemplificar o primeiro como uma pessoa que está passando por algo em sua vida particular (falta de dinheiro, desilusão, problemas profissionais, familiares e etc), algo estreitamente pessoal. Já o segundo pode ser exemplificado pelos homens bombas e os kamikazes, que principalmente durante a segunda guerra mundial, sacrificam suas próprias vidas em prol da pátria. Por fim, os terceiros, são os indivíduos que se sentem constrangidos por um novo contexto em sua realidade, como por exemplo, a ditadura militar no Brasil.
Mas o olhar que realmente importa no texto, principalmente no qual o CVV está embasado, é o olhar humanista de Rogers. Aposto que você não o conhece, certo? Rogers foi um psicólogo norte-americano, muito notado por seu trabalho humanista no ramo psicológico. Segundo ele, todo indivíduo tem uma “tendência atualizante”, ou seja, todos buscam sentimentos construtivos ao longo da vida, seguindo a sequência:Autodeterminação-Autorrealização-Conservação-Socialização. Mas onde isto é colocado em prática? E como funciona?

 Carl Rogers

O CVV foi criado em 1962, com um caráter humanitário e com objetivo de valorizar a vida. Este órgão atende pessoas que queiram conversar, pessoas essas em crise ou prestes a cometer o suicídio. Tá, mas o que Rogers tem a ver com isso? O CVV se baseia no método de Rogers para treinar seus voluntários que realizarão os atendimento e a primeira coisa que se deve saber ao querer se tornar um, é que cada indivíduo interpreta a sociedade de um modo, ou seja, cada um tem um percepção da realidade distinta. Mas como se dá o treinamento? Pelo método da Abordagem Centrada na Pessoa (ACP), que é comentado por Rogers no vídeo acima e que possui três características: a compreensão empática, que significa que o voluntário deve mergulhar no mundo do outro, a consideração positiva incondicional, que é aceitar a outra pessoa deixando de lado os juízos de valor e a congruência, que é a demonstração de sinceridade durante a ligação.    

 
É realmente espetacular o trabalho que eles exercem. O atendimento pode ser feito pelo telefone 141, pelo chat que eles possuem e até mesmo pessoalmente, em todas as cidades sedes que eles estão. Por isso, se você precisa de ajuda, precisa conversar, ligue para o CVV, que eles estarão dispostos a te atender. Caso você tenha o desejo de se tornar voluntário, saiba que não será fácil, mas será muito gratificante, principalmente pelo exercício da compaixão, que segundo o Öser (o monge, lembra dele?) beneficia mais quem está ajudando do que o próprio ajudado. E agora deixo uma pergunta no ar: Fazendo um ligação com o texto passado, será que se as pessoas praticassem mais os métodos budistas como a meditação os sentimentos destrutivos, como o suicídio, não seriam naturalmente evitados?

 

Link Útil



Referência: D'AVILA, Patrícia. Prevenção do suicídio: Um relato da Capacitação dos Voluntários do Centro de Valorização da vida (CVV) no município de Porto Alegre. (2011).


segunda-feira, 16 de março de 2015

O Lama no Laboratório



         É fato que o título do texto nos leva a imaginar que o seu caráter é altamente psicológico, repleto de procedimentos não conhecidos com nomes difíceis e técnicos, e sim, existe alguns, porém aqui não focarei neles. O texto se refere ao conjunto de exames feitos em um monge budista, chamado ficticiamente de Öser. Como todos sabem, faz parte da cultura budista a prática de meditação, que é percebida pela maioria das pessoas e até mesmo por mim, antes de ler o texto, como uma prática monótona e sem sentido. Todavia, uma das coisas que mais me chamou atenção em relação ao texto, foi o fato de existir diversos tipos de meditação, cada qual com uma finalidade. Você sabia que existe um tipo de meditação onde a mente tende a ficar sem pensamentos? E o tipo que tem como finalidade manter a mente confiante? E grata?


       É bem provável que você não conheça, mas nos procedimentos em que Öser foi submetido, foram utilizados alguns desses métodos de meditação. Quando a mente fica totalmente “vazia”, sem pensamentos, chamamos o método de “estado aberto”, quando ela está confiante e sem medos, como por exemplo nos momentos em que estamos totalmente preparados para uma prova e vamos fazê-la, é chamado de destemor e quando ela está totalmente grata à alguém, como quando pensamos em nossas mães, nas suas qualidades e em tudo que elas já fizeram por nós, é chamado de devoção. Este, em especial chama atenção para a produção de compaixão, outro ponto muito interessante contido no texto. Em todos esses métodos, Öser demonstrou alta atividade cerebral, principalmente no lado direito do cérebro. Mas o que significa isso? Significa que Öser tem alta atividade no lado das emoções positivas, onde são produzidos os sentimentos bons, como o amor, a alegria, a amizade e etc. Ou seja, quem apresenta grande atividade no lado contrário, o esquerdo, produz mais emoções negativas. O interessante aqui é que vivemos em um ciclo de mudanças entre esses lados, por exemplo: seu time de futebol está perdendo o jogo e de repente, vira o jogo, claramente você terá uma mudança do lado direito para o esquerdo. Aposto que você não sabia, né? Nem eu.

       Agora vem a parte mais interessante do texto, na qual o monge passa por alguns testes práticos e os resultados são surpreendentes. Um desses testes vai te deixar de boca aberta. Você seria capaz de reprimir o reflexo do susto? Pois é, o Öser sim. Bom, basicamente os médicos conectaram seus equipamentos de medição de expressões faciais e batimentos cardíacos e avisaram a ele que no período de 10 segundos ele ouviria um ruído, e esse ruído seria algo como um tiro de revólver. E assim foi, mas o incrível é que o monge não apresentou nenhuma expressão facial característica de susto, como também não apresentou sentimentos ruins decorrentes disso. Ele simplesmente não se assustou, algo que nunca tinha sido feito até então. Segundo os pesquisadores, uma possível explicação a isso é o fato do monge praticar a meditação do “estado aberto” e a concentração em um ponto único durante o teste do susto. Outro teste interessantíssimo é quando Öser tem que conversar com pessoas com opiniões divergentes da dele, uma mais simpática e outra mais antipática. Os resultados são incríveis: ao conversar com as pessoas, ele não mudou nada em suas características psicológicas e físicas, apenas sorriu mais e fez com que o mais antipático se sentisse bem ao conversar com ele. Incrível, não? Pra você ver até onde vai o poder da meditação...

       A conclusão do texto é o que mais nos leva a refletir acerca da nossa atual cultura, marcada por pessoas tristes, deprimidas e aflitas, que se enchem de remédios e drogas, procurando a solução dos seus problemas, quando na verdade uma atitude da própria pessoa pode mudar tudo. Mas qual seria o segredo da felicidade? Existe? Depois de ler esse texto conclui que a chave pra sua felicidade está na educação da sua mente, está em suas mãos. Por que não adotar a meditação pra nossas vidas? Só porque ela é uma tradição budista? A verdade é que as pessoas acham que meditar, as fazem budistas, faz com que elas percam suas identidades, quando na verdade o que elas estão perdendo é a chance de utilizar um meio muito mais poderoso, natural e totalmente inerente à pessoa e à sua mente, capaz de lidar com as suas emoções não agradáveis, sem dor, sem gasto e sem muito esforço.

Ou seja,

#PartiuMeditar
#XôPreconceito
#EducarAMenteÉASolução

Referência: LAMA, D. GOLEMAN, D. (2003) Como Lidar Com Emoções Destrutivas. Rio de Janeiro: Campus Ltda.