quinta-feira, 26 de março de 2015

O suicídio 


Através do texto, pude perceber que hoje em dia o suicídio é algo julgado como errado pelas pessoas, que geralmente só dão atenção àqueles que valorizam a vida. Um exemplo claro disso está em nossos hospitais, onde pessoas nessa situação são tratadas como loucas por optarem pela morte ao invés da vida, quando em verdade elas só precisam de ajuda.

A maioria das pessoas tem uma visão muito limitada do ato suicida, e até mesmo evitam discutir tal assunto. Mas a verdade é que o suicídio está presente em nossa sociedade e necessita ser estudado e cuidado. Mas o que leva uma pessoa a cometer este ato? Bom, as motivações individuais não são o único motivo. As influências da sociedade e da cultura também colaboram para um indivíduo decidir dar cabo à própria vida.

O texto foi escrito com o objetivo de divulgar mais sobre um assunto tão pouco comentado e mostrar que existe um órgão, no Brasil, que visa a valorização da vida através da prevenção do suicídio, você sabia disso? Pois é, existe e se chama Centro de Valorização da Vida (CVV). Mas em breve falaremos dele. Agora o importante é entender as diversas perspectivas de análise do suicídio presentes no texto. O olhar sociológico, é representado por Durkheim, que divide o suicídio em três tipos: o egoísta, quando o indivíduo está isolado do meio social, o altruísta, no qual o indivíduo possui alta conexão com o contexto social e o anônimo, que se refere às motivações relacionadas com fatos novos na realidade da pessoa. Para ficar mais claro, vamos exemplificar o primeiro como uma pessoa que está passando por algo em sua vida particular (falta de dinheiro, desilusão, problemas profissionais, familiares e etc), algo estreitamente pessoal. Já o segundo pode ser exemplificado pelos homens bombas e os kamikazes, que principalmente durante a segunda guerra mundial, sacrificam suas próprias vidas em prol da pátria. Por fim, os terceiros, são os indivíduos que se sentem constrangidos por um novo contexto em sua realidade, como por exemplo, a ditadura militar no Brasil.
Mas o olhar que realmente importa no texto, principalmente no qual o CVV está embasado, é o olhar humanista de Rogers. Aposto que você não o conhece, certo? Rogers foi um psicólogo norte-americano, muito notado por seu trabalho humanista no ramo psicológico. Segundo ele, todo indivíduo tem uma “tendência atualizante”, ou seja, todos buscam sentimentos construtivos ao longo da vida, seguindo a sequência:Autodeterminação-Autorrealização-Conservação-Socialização. Mas onde isto é colocado em prática? E como funciona?

 Carl Rogers

O CVV foi criado em 1962, com um caráter humanitário e com objetivo de valorizar a vida. Este órgão atende pessoas que queiram conversar, pessoas essas em crise ou prestes a cometer o suicídio. Tá, mas o que Rogers tem a ver com isso? O CVV se baseia no método de Rogers para treinar seus voluntários que realizarão os atendimento e a primeira coisa que se deve saber ao querer se tornar um, é que cada indivíduo interpreta a sociedade de um modo, ou seja, cada um tem um percepção da realidade distinta. Mas como se dá o treinamento? Pelo método da Abordagem Centrada na Pessoa (ACP), que é comentado por Rogers no vídeo acima e que possui três características: a compreensão empática, que significa que o voluntário deve mergulhar no mundo do outro, a consideração positiva incondicional, que é aceitar a outra pessoa deixando de lado os juízos de valor e a congruência, que é a demonstração de sinceridade durante a ligação.    

 
É realmente espetacular o trabalho que eles exercem. O atendimento pode ser feito pelo telefone 141, pelo chat que eles possuem e até mesmo pessoalmente, em todas as cidades sedes que eles estão. Por isso, se você precisa de ajuda, precisa conversar, ligue para o CVV, que eles estarão dispostos a te atender. Caso você tenha o desejo de se tornar voluntário, saiba que não será fácil, mas será muito gratificante, principalmente pelo exercício da compaixão, que segundo o Öser (o monge, lembra dele?) beneficia mais quem está ajudando do que o próprio ajudado. E agora deixo uma pergunta no ar: Fazendo um ligação com o texto passado, será que se as pessoas praticassem mais os métodos budistas como a meditação os sentimentos destrutivos, como o suicídio, não seriam naturalmente evitados?

 

Link Útil



Referência: D'AVILA, Patrícia. Prevenção do suicídio: Um relato da Capacitação dos Voluntários do Centro de Valorização da vida (CVV) no município de Porto Alegre. (2011).


55 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  3. Kauane Santos Carvalho - 120034620 Monitora - Carine
    Suicídio sempre foi um tema bastante complexo para mim, primeiramente pelas crenças religiosas, mas também porque sempre me questiono, o que levou a pessoa a cometer este ato?
    Este texto me clareou um pouco o pensamento ao mostrar que é possível prevenir o suicídio e que este ato a maioria das vezes é influenciado pela cultura e sociedade em que o individuo está inserido. Concordo bastante com sua opinião blogueira, principalmente quando cita o exemplo que as pessoas que tentam cometer o suicídio são consideradas como loucas e por conta disso mal tratadas. A partir disso é possível pensar, quando a sociedade chegou a tal conclusão?
    A vida é vista como dadiva divina, isto de acordo com as concepções religiosas, por isso o ato de tirar a vida é considerado tão absurdo. Com isto, é possível perceber no próprio texto semelhante contradição, quando afirma que o suicídio em algumas sociedades é um ato altruísta, contradizendo totalmente a visão da sociedade em que vivemos e a qual é estudada no texto. Algo ainda que me chamou muita atenção são os tipos de suicídio, porque entendendo eles é capaz de se pensar nos motivos que levam a pessoa a cometer o ato. Esta divisão trazida por Durkheim afirma que existem três tipos de suicídio: egoísta ( a causa é ligada exclusivamente a pessoa, condições pessoais); o altruísta ( o individuo é parte de um todo, não se reconhece como único, sendo a única forma de se expressar como exclusivo, o suicídio, exemplos a este caso os homens bomba), por fim o ultimo tipo é o anônimo ( o indivíduo não se sente parte do que lhe foi imposto, como por exemplo a ditadura militar, sente-se desintegrado a esta nova situação).
    Outra questão interessante no texto que acho valido ressaltar e que não foi abordado em seu post é a relação da melancolia com o suicídio trabalhada por Freud. A melancolia pode se associar a perda, causando um sentimento similar ao luto, o que pode causar a autodestruição, e consequentemente o suicídio. Isto me fez refletir muito a respeito da forma como as pessoas lidam com seus problemas, podendo ou não ocasionar sentimentos relacionados a melancolia.
    Apesar de tudo em que já expus minha opinião acima, o foco principal do texto é no CVV - Centro de Valorização da Vida, o qual trabalha com uma abordagem proposta por Rogers, da Abordagem Centrada na Pessoa - ACP. Não abordarei o histórico da CVV pois você já relatou em seu post, porém achei bastante interessante o fato deste serviço ser oferecido por voluntários, e mesmo assim funcionar em caráter pessoal, por telefone e via internet, funcionando todos os dias, inclusive domingos e feriados. Entretanto é bem complicado ser voluntário, pois segundo Rogers, a ACP trabalha com a tendencia atualizante, a qual é composta pela autodeterminação, autorrealização e percepção da realidade objetiva, ou seja, buscar sempre mostrar o lado positivo da vida, trabalhando as potencialidades do indivíduo. Porém para isso, é necessário ter compreensão empática ( poderia ser definido como se colocar no lugar do outro estimulando seu instinto para a vida, porém para isso é necessário esquecer todo seu pessoal, crenças, preconceitos, e assim ser um bom voluntário); além disso, para se praticar a ACP é necessário a consideração positiva incondicional e a congruência, onde aceite o individuo sem julga-lo, apenas o estimulando e reafirmando, e demonstrando sinceridade e transparência no diálogo.
    Com tudo isto passei a refletir no fato de que prevenir o suicídio não é fácil e nem simples, é necessário um preparo e um treinamento como é oferecido no CVV, sendo preciso seguir uma abordagem já pautada no sucesso como a de Rogers. Dessa forma, concluo este post afirmando que tive um despertar a respeito da ação do suicídio, pois é um ato possível de justificativa e prevenção, sendo assim, acho importante estimularmos a divulgação de centros como o CVV para que o número de suicídios quem sabe possa diminuir, e mais pessoas se voluntariarem a trabalhar auxiliando no crescimento da prevenção de suicídios.

    ResponderExcluir
  4. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  5. Talita Lima dos Santos - 10/0124241 - Monitora; Gabriela

    A autora relata em seu texto que embora a morte seja uma certeza em nossas vidas, ainda assim as pessoas têm muita dificuldade de lidar com a condição de finitude. O suicídio é um ato que me desperta curiosidade, talvez esse não seja o termo adequado para tratar de uma ação que gera um grande sofrimento, porém desde a primeira leitura sobre o tema fico me interrogando sobre a conduta que leva muitas pessoas a cometerem tal ato. Me questiono como em pleno século 21 nas suas efervescências das relações midiáticas e sociais muitas pessoas ainda cometem o suicídio por depressão por exemplo.

    Sei que meus questionamentos sobre o tema ainda são bem imaturos. Se a questão ainda é complexa para muitos estudiosos da saúde mental, imagina para pessoas que não estão inseridas no contexto dessa discussão.

    Contudo, com o texto pude desperta meu olhar para outra dimensão sobre essa prática. Para algumas pessoas, em determinados momentos da vida, pensar na morte como a única saída para uma situação de sofrimento, talvez pareça ser a única solução possível. Quando um indivíduo sente no limite, de uma forma tão angustiada, desesperada e totalmente sem esperança é possível que considere a morte como uma forma de lidar com uma situação que naquele momento, é tão escravizadora e dolorosa. Dessa forma o texto nos motiva a uma reflexão sobre essa ação, e nos remete ao fato de respeitar o espaço da pessoa que está passando por essa situação, sendo ela a única que conhece o real sofrimento da condição que está ocorrendo em sua vida.

    Achei grandioso e interessante o trabalho dos voluntários da CVV (Centro de Valorização da Vida) que a autora apresenta, a maneira com a qual estes voluntários estão dispostos a colaborar com o apoio emocional, mostrando para aquela pessoa que procura apoio na CVV que os seus problemas e angustias são importantes e ali ela terá uma pessoa para ouvi-la sem que seja recriminada pela vontade de solucionar seus problemas através da morte.

    ResponderExcluir
  6. Marcele de Fátima Ramos Lima – 11/0130626 – Monitora: Carine

    Penso que para algumas pessoas, em determinados momentos da vida, pensar na morte como a única saída para uma situação de sofrimento intolerável, talvez pareça à única solução possível. Quando uma pessoa se sente no limite, de tal forma angustiada, desesperada e sem esperança, é compreensível que considere que prescindir do direito de viver, apesar de constituir uma solução permanente, pareça ser a melhor forma de lidar com uma situação que, naquele momento é tão avassaladora e dolorosa. É como se sentisse que está perdida num labirinto completamente escuro, como se todos os caminhos que permitem o acesso às portas de saída deixassem de existir, e quem mesmo que tentasse percorrer um desses caminhos, isso apenas resultaria em mais um esforço inútil, pois não só encontraria as portas completamente trancadas, como não teria disponíveis as chaves adequadas para abri-las. Se para si, a dor emocional que sente é de tal forma elevada, que a possibilidade de suicídio é uma opção viável.
    Infelizmente a sociedade julga muito e não enxerga o que realmente se passa na vida e na cabeça da pessoa que pensa em se suicidar. A depressão, uma das maiores causas do suicídio, é considerada um das maiores doenças do Século 21, quanto mais cedo tratada, melhor. Um exemplo claro que a blogueira citou e que realmente acontece “em nossos hospitais, onde pessoas nessa situação são tratadas como loucas por optarem pela morte ao invés da vida”. Não sou a favor do suicídio, só acho que essas pessoas invés de julgarem deviam ajudar.
    Achei interessante a citação do autor que para Durkheim existem três tipos de suicida, o egoísta, o altruísta e o suicídio por indivíduos constrangidos com sua realidade. Freud defende o estado de melancolia em que a perda de algo como sonho, objetivos e ele não tem a capacidade de superá-las. E a teoria de mais importância dentro do texto é a de Rogers. Ele fala sobre a Abordagem Centrada na Pessoa (ACP), em que o ser humano possui capacidade nata de construir suas realizações, mas que em momento suicida ele não consegue.
    O foco principal do texto é no Centro de Valorização a Vida (CVV) que trabalha exatamente o pensamento de Rogers. Não citarei detalhes, pois já foi dito pela blogueira, só digo que é um trabalho espetacular, adorável e ser voluntário não é para qualquer um. Só quero ressaltar que existem outros trabalhos assim, como os CAPs que trabalham pessoalmente com as pessoas que procuram o atendimento, há muitas atividades feitas pelos profissionais desenvolvidas em grupo e momentos de reflexão que ajudam e muito.
    Concluo como uma frase “Quando uma pessoa pensa em suicídio, ela quer matar a dor, mas nunca a vida. Então caro leitor, ajude mais e julgue menos”.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Marcele, ocorreu um erro de gestão, mas só pra te afirmar que a sua monitora sou eu, beijos.

      Excluir
  7. Ana Luisa Araujo Moura - 15/0005199 - Monitora Gabriela

    "A sociedade julga aquele que prefere a vida à morte", essa frase e o texto em geral despertaram em mim um olhar mais delicado em relação ao suicídio, até então, eu não tinha parado para pensar nesse ato, nessa situação que alguns seres humanos tendem a passar por, uma situação que de alguns tempos para cá, parece ter virado uma banalidade, uma coisa como outra qualquer, porém o texto diz que não, o suicídio vai além de um ato, que pode ser muitas vezes impensado, mas a maioria delas não, é algo que tem todo um fator social e psicológico que já fora muito desgastado, antes de um indivíduo tomar a decisão de um ato tão chocante e perturbador como esse.

    Achei interessante que o autor explica bem como existem três tipos de suicídio, o egoísta, o altruísta, e o suicídio por indivíduos constrangidos com sua realidade, e não só isso, como também tem o cuidado de chamar a atenção do leitor durante toda a explanação de sua ideia, e de todo o texto, para como o suicídio não dever ser visto de maneira grosseira, e nunca ser visto como um fato isolado, sempre existem motivos antecedentes a ele, que levam alguém a de alguma forma tomar uma decisão tão séria.

    Outro aspecto relevante em relação ao texto, tanto o original, quanto o do blog, é como ele explica bem como o CVV (Centro de Valorização da Vida), e na minha opinião, é o que deve ser prestado mais atenção no texto, é como o CVV leva o trabalho de ajudar pessoas tão a sério. Pessoas que se encontram nessa situação, desde a preparação das pessoas que se dispõem a fazer esse trabalho, levando a técnica chamada ACP (Abordagem Centrada na Pessoa), até o momento em que elas abrem mão dos seus problemas, para cuidar do problema de outras pessoas. É um trabalho inquestionavelmente muito bonito e admirável.

    Após a leitura, tive vontade até de me voluntariar para a CVV, uma das várias coisas boas que o texto trouxe. Outra parte que deve ser levado muito em consideração, é como o autor do texto nos faz olhar de outra forma para o suicídio, nos faz perceber que o suicídio é uma realidade e não pode ser de maneira alguma ignorado. Nunca cheguei a fazer um julgamento de alguém que diz ter a intenção de se matar, mas também nunca tinha parado para pensar em quão delicado é o assunto, e o quanto ele ainda precisa ser valorizado, porque uma vez que um paciente é tratado com o devido cuidado, uma morte pode ser evitada. É uma questão que envolve muitas técnicas, e muitos preparos, mas que em sua essência pode ter uma solução bem simples: a vontade de ajudar alguém.

    ResponderExcluir
  8. Filipe Bastos – 10/0011039 – Monitor: Rodrigo

    O texto induz a uma reflexão enriquecedora sobre uma temática que é ignorada ou evitada pela maioria das pessoas. O suicídio é um tema que merece ser divulgado e discutido de uma forma melhor, afinal, vidas acabam sendo perdidas pela simples falta de alguém aberto para escutar o outro com empatia, aceitação, respeito e veracidade.

    Portanto, o leitor deve iniciar o texto com a mente aberta para discutir o tema, desconsiderando qualquer tipo de julgamento (religioso, social e moral) em relação às pessoas que “encontram na morte o último recurso para falar da vida”, conforme diz a autora. O tema é tão permeado de “tabus” em nossa cultura que eu mesmo nunca havia sequer refletido profundamente sobre o tema, a prova disto é que algumas partes do texto me causaram estranheza a princípio, por exemplo, nunca havia pensado no termo “Prevenção do Suicídio”, como se previne o suicídio?

    A resposta para esta indagação em particular foi dada na descrição do trabalho do Centro de Valorização da Vida (CVV) que é fundamentada na teoria humanista criada por Carl Rogers, a Abordagem Centrada na Pessoa (ACP). O CVV é formado por um conjunto de pessoas voluntárias e sem alguma formação técnica específica que se propõem a escutar e dialogar com o outro anonimamente por meio de encontros pessoais nos postos do CVV ou por telefone. O voluntário do CVV passa por um exigente programa de treinamento de 36 horas composto por 12 encontros nos quais são dadas aulas teóricas (“temas”) e práticas (“estágios”) sobre a teoria de Rogers e sobre a forma de atendimento empregada.

    O atendimento visa criar condições para a pessoa que necessita de ajuda restabeleça a “Tendência Atualizante”, conceito que implica que as pessoas livres de ameaças ou sem percepções negativas da realidade buscam naturalmente o crescimento e a realização de suas potencialidades. Este processo de ajuda é feito por meio do diálogo em que o voluntário escuta e devolve o que foi entendido em uma conversa que prevalece a Compreensão Empática (se colocar na situação do outro tentando entender as suas percepções da realidade), a Consideração Positiva Incondicional (aceitação e disposição para escutar o outro) e a Congruência (sinceridade na conversa).

    De forma geral, o texto implica na divulgação da problemática do suicídio apontando para um caminho (ACP) que pode ser utilizado na sua prevenção. No início do texto, o tema também é abordado pela perspectiva sociológica de Durkheim (em que são distinguidos três tipos de suicídio) e pela perspectiva psicanalítica de Freud (em que é atribuída a melancolia como principal causa do suicídio), mas concordo com a blogueira que estas abordagens não são o foco central do texto, são formas paralelas de explicar o suicídio que a autora utilizou agregar maior conhecimento ao tema antes de apresentar efetivamente a teoria humanista de Rogers, na qual o leitor deve se concentrar e analisar a sua aplicação dentro das atividades do CVV. Não identifiquei nenhuma ideia contraditória, mas a tarefa de querer ajudar o outro escutando os seus problemas sem emitir nenhum juízo de valor e sem aconselhar sobre uma possível solução me parece bastante difícil de ser feita, exigindo muita prática e dedicação, algo digno de admiração.

    ResponderExcluir
  9. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  10. Allisson Matheus de Rezende Barros 12/0055619 Monitor: Rodrigo

    O texto apresenta um aspecto muito importante e pouco reconhecido sobre o suicídio, a cultura na qual o indivíduo está inserido. Nas sociedades ocidentais, esse tema sempre é tratado com prenconceitos e ideias já formadas, o que gera um desvio do objetivo, que é entender e ouvir o indíviduo, ao invés de julgá-lo. Na minha concepção pessoal, por exemplo, as classificações de Durkheim sobre os tipos de suicídio (egoísta, altruísta e anônimo) são muito parecidas e, em especial, a classificação altruísta não condiz com os meus conceitos sobre o tema, uma vez que, para mim, um indivíduo com tendências suicidas não pode ser visto inserido e engajado em grupos sociais, ou seja, ou ele pensa em si e prioriza seus desejos caracterizando o suicídio egoísta, ou busca uma motivação externa que o induz, caracterizando o suicídio anônimo. Portanto, o texto deixa claro que as concepções culturais e de senso comum não são exatamente completas, de forma que o fator cultura deve ser considerado na avaliação e estudo de casos de suicídio.
    Com intenção de propor novas formas de estudo e atendimento, o texto expõe algumas propostas de Rogers, com a ABP-Abordagem Centrada na Pessoa. Entre elas,a Relação de Ajuda, que possui três condições que facilitam a reativação da Tendência Atualizante, ou seja, que fazem o indivíduo que está seguindo um caminho contrário ao seu instinto para viver, isso tudo por meio apenas de diálogo, e aplicação das condições (Compreensão Empática, Consideração, Positiva Incondicional e a Congruência.)
    Após uma explicação e apresentação desses conceitos e dos fundamentos da obra de Rogers, o texto então fala de uma aplicação feita no Brasil, através do CVV- Centro de Valorização da Vida. Nessa parte é mencinado o método empregado, que consiste no atendimento sigiloso e seguro, por meio de telefone, visitas ou ainda pela internet. Nesses atendimentos, os voluntários e profissionais do CVV estão lá para ouvir o que as pessoas tem a dizer e apenas isso, sem interferir de nenhuma forma e sem apresentar críticas, conselhos ou opiniões. Os serviçoes prestados são de três tipos, cinetífico feito por profissionais de saúde, psicologia e outras áreas, religioso, mantido por membros de alguma ordem religiosa e por fim humanitário, feito por voluntários sem formação específica e que não estejam ligados a nenhuma ordem religiosa, partidária ou política.
    O texto trás várias informações e algumas bem resumidas, portanto é bom se ater ao foco da obra de Rogers e de sua aplicação no CVV.

    ResponderExcluir
  11. Aldenôra Simões Cavalcanti 12/0048949 Monitora: Gabriela

    O suicídio vai além de motivações pessoais, também ocorre por acontecimentos da vida social do individuo. Pessoas que sobrevivem ao suicídio têm que conviver com a vergonha, pois é considerada uma pessoa “errada”. Quando chegam ao hospital, os suicidas têm direito aos primeiros socorros, mas depois que socorrido e estabilizado, eles são esquecidos não possuindo um acompanhamento psicológico/psiquiátrico. A maioria dos suicidas nunca consultaram um profissional da saúde mental. A idéia do suicídio não ocorre de uma hora para a outra, há como perceber se a pessoa que irá cometer o suicídio, portanto, tem que haver ajuda como voluntários ou como profissionais. Em Porto Alegre, há o AMA – Amigos anônimos samaritanos, e o CVV – Centro de valorização da vida.
    Émile, disse que o suicídio ocorre por conta do âmbito social em que a pessoa esta inserida (suicídio egoísta, altruísta, anônimo – ex: ditadura política). Freud, dizia que a melancolia era uma das causas para o suicídio ocorrer, e podia ser por diversos motivos, como perda de um ente querido. Os sintomas da melancolia pré suicídio são, perda do objetivo, ambivalência, total e regressão da libido ao ego. Rogers tinha a teoria do ACP- abordagem centrada na pessoa, onde a pessoa tem ideiais contrustivas, um instinto para a vida, e só deixam de o ter se esses ideais forem proibidos, se sua liberdade for cortada ou manipulada. Ainda sobre Rogers, no individuo suicida há falta de autodeterminação, autorealização, logo não há conservação e uma prospera socialização. Para Bronfenbrenner, o importante é o ambiente percebido e não o objetivo, cada um tem sua percepção da vida. Logo o que vale é a interpretação que temos da realidade vivida. Pessoas com traumas passados ou dificuldade de se relacionar precisam de facilitadores, para uma compreensão empática, ou seja, a pessoa tem que entender a comunicação e devolver aquilo que foi compreendido para a pessoa. O facilitador tem que ser flexível, compreensível, etc. este tem que ter consideração positiva e incondicional, transmitindo um sentimento de aconchego. Aceitar é diferente de aprovar.
    Para ser voluntario, a pessoa precisa focar na questão do outro, ser solidário. O trabalho do CVV se dá por ligações no número 141, 24h por dia, é uma forma gratuita e sigilosa. O vuluntario não vai acusar e nem julgar a pessoa que liga. Os voluntários criam um ambiente favorável para o outro. Eles deveram participar de cursos para capacitação. São realizados 12 encontros, cada voluntário precisa fazer no mínimo a cada dois anos um curso de reciclagem. Estes precisam ter atitudes básicas, humanidade, observar a si próprio, humildade, disponibilidade, e moderação. São realizados cinco estágios: Roleyplaying e autoplaying; quebra-cabeça; comunicação com o “silencio”; O mais interessante é que não precisa de formação em psicologia para poder ajudar e se voluntariar, qualquer pessoas com as qualidades citadas acima, pode vir a se tornar um voluntário CVV.
    O suicídio tornou-se um problema de saúde pública, logo, devemos olhar com mais carinho e compaixão, sobre esse tema.

    ResponderExcluir
  12. Culturamente o suicído é visto como um tabu na nossa sociedade. Entender a processo de finitude já é algo difícil de ser encarado por algumas pessoas, tentar compreender o suicídio, então, é um processo mais complicado ainda, visto que é um ato voluntário do próprio indivíduo, e complexo de entendimento.
    A idéia principal do texto é sobre a prevenção do sucídio, as formas que existem para prevenir esse fenômeno na vida daqueles indivíduos que queiram tirar a própria vida. E o texto fala sobre o CVV (Centro de Valorização á Vida), grupo formado por voluntários que acolhem de forma não preconceituosa as pessoas que desejam “morrer”. E nisso, no inicio, a concepção e reflexão do suicídio é abordada, sob diferentes aspectos de acordo com o pensamento de diferentes estudiosos.
    Embora interessantes e enriquecedores as reflexões de alguns autores sobre o trabalho voluntário do CVV, colocados no texto, poderiam ser desconsideradas no momento em que outro leitor se deparar com a leitura para que ele não perca o foco da idéia principal. Outro aspecto a ser desconsiderado, na minha opinião, é a linha de pesquisa científica acerca do CVV, um dos tópicos do texto. E também a questão do histórico do grupo, surgimento, etc. Poderia descrever brevemente sobre a história do CVV, e assim, não cansando o leitor.
    Achei muito interessante a concepção de Durkheim sobre os tipos de suicídio, mas uma coisa me implica bastante, com relação a um deles. Durkheim fala que tal fenômeno não pode ser compreendido no âmbito individual, já que este tipo de morte é resultado do meio social. Quando ao tipo suicídio egoísta, o indivíduo é colocado como alguém que está inserido em grupos sociais, porém no momento suicida só pensa nele. Sobre isso que fico confusa, pois interpreto que nesse tipo, o indivíduo, então, é individualista, já que pensa só nele, e mesmo estando bem inserido na sociedade, acolhido, ele ainda pensa em cometer tal alto. E mais, Rogers, na sua teoria da Tendência Atualizante enfatiza que a conservação da vida se dá pela socialização. Então qual a causa desse tipo de suicida, o porquê dele querer cometer suicídio, base nessa reflexão? É contraditório! Teria que se pensar, então, em entender o suicídio nesse caso, não no âmbito social, e sim no individual, tentar compreender as particularidades desse indivíduo, não baseado num conflito de relação social, nessa situação.
    A melancolia, descrita por Freud, é a principal causa do suicido, pois é um estado em que a pessoa se sente que perdeu algo, como sonhos e desejos. Rogers, afirma que a vida está animada por um conjunto de forças visando sua conservação. Publicou o conceito de Tendência Atualizante, que constitui alguns aspectos, como: Autodeterminação, Autorrealização, que segundo ele, mantém a conservação da vida, que se dá principalmente pela Socialização. As reflexões dos dois autores são extremamente importantes na compreensão do suicídio, e as reforço com as idéias de outros pensadores. Max Weber fala que não somente a sociedade interfere no agir das pessoas, mas sim, a soma de suas relações interpessoais. Aristóteles fundamenta a tese de que o homem é um animal social, dizendo que a união entre os homens é natural, porque o homem é um ser naturalmente carente, que necessita de coisas e de outras pessoas para alcançar sua plenitude. Um pensador mais contemporâneo, Agusto Cury, fala em seu livro “Nunca desista dos seus Sonhos”, que Sonhar é preciso, sem sonhos, a vida não tem brilho, são eles que alimentam a alma e dão asas a inteligência. E nisso, ele exemplifica o nome de algumas personalidades que marcaram a História, como Jesus Cristo, Abraham Lincoln e Martin Luther King, inferindo que eles foram grandes sonhadores, que Sonhar é essencial e faz grande diferença em nossa existência. Portanto, com tais pensamentos, acredito que são eles, as principais forças que reanimam a Tendência Atualizante, da qual Rogers menciona, dentro do indivíduo, dando-lhe reavitalização.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Thais sempre colocar seu nome, matricula e nome do(a) monitor(a)

      Excluir
  13. Miguel Zolet de Lima – 150154402 – monitora Flávia

    Após ler o texto e o post da autora do blog, cheguei à conclusão, assim como a blogueira, de que devemos falar mais sobre suicídio. E, principalmente, devemos deixar de tratar este tema com o pré-conceito que temos de que suicídio é coisa de louco e só acontece com o outro. Porém, um lado do texto me decepcionou muito: pouco foi falado sobre o suicídio, mas muito foi falado sobre o Centro de Valorização da Vida (CVV) e seu método humanista.

    O texto explica três tipos de suicídio, segundo Durkheim, que mostram algumas das razões que levam uma pessoa a cometer tal ato. Eles são: o egoísta, o altruísta e o anônimo. O primeiro é quando a pessoa não se sente parte da sociedade; o segundo acontece quando o indivíduo é muito relacionado à sociedade e seus valores, e o último quando a pessoa passa por novidades que a façam ter de mudar completamente sua vida.

    O método humanista de Rogers também é explicado no texto, para que o leitor entenda o método que o CVV utiliza em seus atendimentos. A corrente humanista explica que os indivíduos querem sempre ter sentimentos construtivos, e que, devido às circunstâncias, os indivíduos podem atualizar suas capacidades e potenciais (que é o que ele chama de “tendência atualizante”). Tendo isso em vista, o método do Centro de Valorização da Vida é o de que o entrevistado (a pessoa que busca ajuda) deve estar no controle, deve, por si só, com ajuda do atendente, encontrar o seu problema e ela mesma resolvê-lo. A terapia deve ser centrada na pessoa, e não em teorias.

    Por fim, faço uma crítica ao texto por pouco apresentar explicações e razões que levam alguém a cometer suicídio. Isso porque, já que o intuito do texto é atrair pessoas para o CVV, o autor deveria criar uma empatia maior entre o leitor e o tema abordado. Por exemplo, algumas razões e ações que indicam que alguém está considerando o suicídio: quando a pessoa simplesmente fala sobre o ato suicida; quando ela perde o interesse nas outros pessoas e nos outros acontecimentos, e só pensa em si mesma; quando alguém que está deprimido aparenta ter ficado muito bem da noite pro dia, ou seja, finge estar bem para tirar a atenção dos outros sobre ele. (Link sobre esses exemplos no final do texto).

    Portanto, por mais que alguns desses casos que eu citei aqui no comentário
    possam fazer parte dos casos que Durkheim citou, acho que o texto deveria abordá-los mais intensamente, com mais explicações, para, então, o leitor se sentir interessado no texto e ter vontade de ajudar, recorrendo ao CVV.

    http://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2014/10/6-sinais-de-comportamento-suicida.html

    ResponderExcluir
  14. Fernanda da Rocha Medeiros – 13/0109924 – Monitora Flavia

    A princípio, em nossa sociedade, temos um olhar sobre o suicídio como algo errado e que pessoas sem amor próprio a cometem, sempre culpando o individuo e antes mesmo do suicídio, nas situações de “anuncio” do mesmo, acabamos por falar: ”A, só esta querendo chamar a atenção”, e é o que realmente ele quer atenção! Muitas vezes, como é relatado no texto, a pessoa só quer alguém para ouvi-la, e não tem.

    Problemas enfrentados por quem comete o suicídio, por mais mínimo que seja, para aquela pessoa não é, não devemos apenas descartar a situação e sim procurar formas de confortar o indivíduo sem o julgar. Acabo me recordando do ultimo texto do blog, sobre a meditação, onde em uma delas seria adquirido a compaixão pelo outro e acredito que de alguma forma ambas se complementam, pois ao ter uma compaixão por alguém, dificilmente você irá julga-la por mais extremas que forem suas atitudes.

    Acho também válido como auxilio para essas pessoas, a procura da meditação, que como relatado no texto anterior, trabalha a educação mental, faz com que o individuo reconheça a si e procure sozinho, caminhos para sair dessa profunda tristeza e melancolia que se encontra. Em um artigo que foi publicado pela The Journal of Management & Social Science, diz-se que a meditação tem diversos pontos positivos, inclusive na diminuição de casos de suicídio. E em um relato, dado em um blog de um “Suicida Sobrevivente”, também há relatos da melhora em pensamentos construtivos e positivos contra o suicídio com a pratica da meditação.

    Começo a ter a percepção de que além do excelente trabalho realizado pelo Centro de Valorização da Vida (CVV) (tal trabalho pode ser conhecido através do texto e também detalhes descritos pela blogueira o qual vale a pena conhecer e visitar o site para mais informações), devemos procurar tratamentos alternativos para esses indivíduos que pensam ou tentam a pratica do suicídio, primeiro aumentando a divulgação do que é o suicídio a fim de quebrar esse tabu na sociedade e depois divulgar outras formas de adquirir pensamentos constritivos, por exemplo, os benefícios da pratica da yoga ou de qualquer outro tipo de meditação.

    Link sobre o Artigo: http://www.newswise.com/articles/view/562406

    Link do Blog: http://depressaoassassina.blogspot.com.br/2011/02/meditacao-muda-estrutura-do-cerebro-diz.html

    ResponderExcluir
  15. Vitor Akira - 14/0165355 Monitora Flávia

    O suicídio é um assunto realmente complicado de ser tratado, devido ao julgamento errôneo das pessoas. Assim como a blogueira cita, a sociedade julga essas pessoas como loucas ou fracas, o que torna mais difícil o entendimento do porque dessa atitude tão extrema.

    Durkheim deu uma visão socióloga sobre esse assunto tão delicado. Ele dividiu o suicídio em três tipos: o egoísta, o altruísta e o anônimo. Cada um tem suas diferentes perspectivas e razões, o que ajudou a entendermos um pouco mais sobre o suicídio. Porém, a perspectiva do sociólogo Rogers me deu pensamentos mais concretos sobre o assunto e formas de se lidar, mesmo que de forma superficial, com essas pessoas. A ideia de empatia, entender a dificuldade que a pessoa está passando, é uma das formas que Rogers mencionou quando ele fala de sua teoria da ACP (Abordagem centrada na pessoa). Essa teoria ajudou a criar um entendimento e um tipo de tratamento do assunto. O CVV (Centro de valorização da vida), um órgão brasileiro que por mim era desconhecido, ajuda pessoas que estão tendo dificuldades emocionais ou que estão prestes a cometer o suicídio. O CVV tem seu tratamento baseado na teoria de Rogers e aceita voluntários para trabalhar no órgão (no entanto, é necessário passar por um processo de aprovação ou estágios). Concordo com a blogueira ao apoiar e elogiar o excelente trabalho que eles exercem. A forma como eles abordam pessoas que estão em más condições e sem ao menos conhecê-las é magnífica.

    Para mim, a ideia de suicídio pode estar presente principalmente na mente de adolescentes decorrente a alguns fatores. O link abaixo cita os fatores e algumas coisas a mais.
    http://www.tuasaude.com/suicidio-na-adolescencia/

    Fugindo um pouco do assunto em si, o link abaixo serve mais para descontração, é um vídeo que lhe fará pensar na problemática toda, se foi um suicídio ou um assassinato.
    https://www.youtube.com/watch?v=RcbJ73kwuVw

    ResponderExcluir
  16. Rodolfo Fernandes 13/0036757 Monitora: Flávia.

    O texto da autora quebra um tabu muito forte em diversos países, o suicídio, que é interpretado de diferentes formas de acordo com cada sociedade, e mesmo dentro de cada uma, qualificando-se como um dos maiores desafios da medicina e bem-estar na sociedade moderna.

    A civilização japonesa, por exemplo, encontra em muitos casos [1] o suicídio como uma saída para diversos tipos de problemas, como situações financeiras (40% dos jovens não conseguem empregos estáveis), isolamento tecnológico, tendo inclusive um termo designado : hikikomori", um tipo de isolamento social grave que pode durar meses, o que indica uma abstinência de interações pessoais muito forte. Dentre outros fatores, um que me chamou a atenção foi que no Japão não existe um sistema de saúde que englobe a área de psicologia, o que me espantou, por se tratar de um país altamente desenvolvido. Assim como na sociedade ocidental, o suicídio não é um tema debatido abertamente no Japão, que em 2014 contou com 25 mil suicídios, um dos maiores índices do mundo.

    De volta ao texto, a autora cita o suicídio por 4 análises diferentes: A psicanalítica, a humanista, a religiosa e a social/política. A primeira conta com uma menção a Freud, que considera a melancolia (hoje conhecida como depressão) um mal que está fortemente associado ao suicídio, sendo considerada por si só uma forma de suicídio.
    Pelo olhar humanista, somos apresentados a Rogers, que nos introduz a diversos conceitos como: Auto-realização, autodeterminação e Percepção da Realidade Objetiva (PRO). Os dois primeiros conceitos tratam o desejo de se tornar autossuficiente e alcançar os objetivos pessoais como tendências naturais do ser humano, estando esse livre de ameaças, sendo também chamado de Tendência Atualizante. Já a PRO é particular de cada sujeito, que reage não à realidade em si, mas sim à uma interpretação que faz dela, levando-o a sentir coisas que apenas ele sentiria em determinada situação, o que torna o tratamento de pessoas depressivas (ou melancólicas) ainda mais complexo por impossibilitar um tratamento "tamanho único".
    Já pelos olhares religioso e social, encontrei uma certa semelhança de perspectiva. Ambos "tratam" a depressão com a prática do bem, que, segundo o olhar religioso salva a alma, e de acordo com o social, zela pela manutenção de ordem social e consequentemente, uma melhora na qualidade de vida.

    A leitura do texto dessa semana possibilita uma discussão mais aprofundada sobre um tema tão delicado na sociedade de hoje, cada vez mais afetada pela depressão e o suicídio. Uma rápida pesquisa online já mostra a gravidade de casos de suicídio no mundo, que já superam o número de vítimas de guerras e homicídios [2] . No Brasil, contamos com a maior taxa de pessoas com depressão[3] e a oitava taxa de suicídios no mundo [4].

    Contrapondo Brasil e Japão, dois países com histórias que não poderiam ser mais distintas, tanto em aspectos religiosos como sociais, é possível perceber que o suicídio não é endêmico de nenhuma sociedade ou localização geográfica, e revela que uma ação imediata de conscientização e tratamento precisa se fazer de maneira global.

    [1] http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2015/07/05/por-que-o-japao-tem-uma-taxa-de-suicidios-tao-alta.htm
    [2] http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/09/um-milhao-de-pessoas-morrem-por-suicidio-no-mundo-ao-ano-diz-oms.html
    [3] http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI252235-17770,00-MAPA+DA+DEPRESSAO+BRASIL+E+O+PAIS+COM+MAIS+CASOS+NO+MUNDO.html
    [4] http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/09/brasil-e-o-8-pais-com-mais-suicidios-no-mundo-aponta-relatorio-da-oms.html

    ResponderExcluir
  17. Nathália Sousa de Lima – 15/0019246
    Monitora: Carine

    O texto já começa quebrando tabus quando apresenta que existem três tipos diferentes de suicídio. O suicídio egoísta, em que a pessoa se foca apenas em seus problemas, o suicídio altruísta, em que a pessoa se enche de compaixão e entra tanto numa causa que já não sabe mais quem é, e o suicídio anônimo, em que o cenário que a pessoa vive torna-se outro e ela não consegue acompanhar a mudança e se encontrar em meio ao caos. Uma percepção que eu acrescentaria é que todos eles perdem, de alguma forma, o propósito.
    Quando um padre toma ciência de um caso de suicídio que aconteceu na Inglaterra, decide montar um grupo que de alguma forma seja capaz de auxiliar no que diz respeito a evitar casos semelhantes. Derivado disso surge o CVV (Centro de Valorização da Vida), que hoje tem um objetivo um pouco distinto: ouvir o que as pessoas têm a dizer.
    O CVV possui ajuda de voluntários que não, necessariamente, precisam ser formados em psicologia ou áreas de saúde, pelo contrário, precisam ter vocação para ouvir os outros e deixar de lado algumas das proposições que os vem acompanhando desde sempre, a única exigência que lhes é feita é que tenham disposição e tenham mais de 18 anos.
    O treinamento dos voluntários segue a linha humanista de Rogers que diz que nenhuma pessoa pode aconselhar a outra pessoa, a única que é capaz de dizer o que é certo ou a melhor opção é a pessoa que está sofrendo o problema. Os voluntários são orientados a escutar a pessoa que liga e ajuda-la sem sugerir o que ela deve fazer, mostrando sinceridade e calma.
    O treinamento começa com uma palestra que deixa claro todos os propósitos e códigos de conduta do CVV. Depois aprendem as teorias e numa segunda parte da aula utilizam dessas teorias fazendo simulações, logo depois ocorre o realplaying em que um voluntário é a pessoas que precisa de ajuda e outro é quem atende, simulando uma ligação real, sendo sempre auxiliados por outra pessoa que já faz parte há algum tempo do CVV, então acontecem os estágios que têm como objetivo trazer mais firmeza e confiança aos voluntários. O CVV conta com a ajuda de voluntários todos os dias 24 horas por dia por telefone e ainda possuem um centro presencial para aqueles que se sentem mais confortáveis com um contato mais visual daquele que o ajuda. O texto destrói mitos como o fato de que uma pessoa que fala sobre o suicídio pode sim comete-lo.
    Percebi assim como a blogueira que talvez a meditação, que foi apresentada no texto do Lama no laboratório, possa ser de grande ajuda para essas pessoas que se sentem incapazes de encontrar algum motivo para continuar a viver. A meditação pode auxiliar no que se tratar de concentrar-se em si mesmo, ter uma percepção maior sobre o mundo, ser capaz de se amar e amar o que está ao nosso redor, além de nos ensinar a canalizar as nossas emoções.
    Outro fato perceptível no texto sobre meditação é a compaixão presente nos monges e que aqui se faz presente nos voluntariados que se propõe a abrir mão de suas crenças, valores e tabus para poderem ser capazes de ajudar outras pessoas.
    O CVV me tocou de um jeito que eu não imaginava ser possível e me fez querer fazer parte desse projeto, porque nessa sociedade tão doente que o tempo é escasso e que quase não temos o prazer de curtimos a nós mesmos, existem pessoas que ainda querem ouvir as pessoas e ouvir aqui é a palavra-chave, todos nós só queremos e precisamos ser ouvidos.

    ResponderExcluir
  18. Louise Caetano de Menezes - 12/0152819
    Monitora Carine

    É muito intrigante pensar o que causa a maneira preconceituosa e a reação de afastamento que grande parte da nossa sociedade tem quando se fala de suicídio. Por diversos fatores culturais, religiosos o atentado contra a própria vida soa como abominável e incompreensível para grande parte das pessoas. Ao tentar impor nossa vivências e verdades, descreditamos completamente as razões que fizeram aquela pessoa chegar à aquele ponto: muitas vezes uma dor maior do que ela pode suportar. Essa Tabu de se falar do suicídio, de doenças psicológicas como a depressão, mostram claramente a falta de empatia que a nossa sociedade demonstra para com outrem. A empatia consiste na capacidade de se compreender o outro, de saber se por no seu lugar, sem juízo de valores e cargas pessoais. E onde nossa sociedade claramente falha, os voluntário do CVV entram. É fantástico se dar conta do sentimento de doação e do ímpeto que os voluntários devem ter em ajudar ao próximo. Durante o treinamento dos voluntários, são feitos exercícios de role-play, que tem como a intenção vivenciar a situação como se fosse a pessoa que busca ajuda, através de encenar uma situação de atendimento. E ainda, os voluntários são orientados a darem sua total atenção á quem faz a ligação, buscar ouvi-los, entende-los e de maneira alguma, eles devem intervir contra a vontade da pessoa ou tentar influenciá-los. Descobrir isso desmistificou para mim a imagem de aconselhamento que tinha desse tipo de serviço, e me fez compreender que o que ele busca é fornecer ajuda e apoio. Trabalhar a si mesmo de modo a verdadeiramente ouvir ao outro é um grande exercício humano de compaixão. É importante se conscientizar que a depressão é a doença que mais cresce nos tempos atuais, e que é de grande importância quebrar o silêncio nesses temas ditos como Tabus. Acredito que o fato da pessoa buscar a ajuda do CVV, já é uma demonstração de teoria de Rogers, que buscamos sentimentos construtivos ao longo da vida. E dentro da “tendência atualizante” (Autodeterminação - Autorrealização - Conservação - Socialização), a busca por ajuda nesse momento de dor se configura como um fator de conservação. O tema do texto me interessou muito, e assim como a colega Natália Lima, me fez querer ser voluntária. Porém acho que é um trabalho de grande sacrifício pessoal e que exige muito trabalho emocional para o qual eu talvez ainda precise de maior aprofundamento, estudo e maturidade. Mas segue sendo como algo de meu interesse.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Muito bem elaborado seu post, mas senti falta de muitos pontos essenciais , como os tipos de suicidio, as causas por exemplo e tal ...

      Excluir
  19. Lucas de Azevedo Levino - 10/0056903

    O texto aborda um tema que ainda sofre muito preconceito, o suicídio, e que por se tratar de um ato contra si, a sociedade impõe e julgam as pessoas que tentam tal atitude. As que falham se sentem culpadas e envergonhadas. Estimasse que entre 50% a 60% das pessoas que suicidaram não procuraram ajuda psicológicas e o texto aborda que a ajuda para as pessoas que sofrem e pensam no suicídio não se limita a ajuda de um profissional. O suicido é uma questão que envolve não somente problemas internos da pessoa, mas também problemas externos que a sociedade influi. Portanto o texto aborda uma medida de prevenção do suicídio através um trabalho voluntário feito pelo Centro de Valorização da Vida(CVV).
    O suicido no olhar do sociólogo Durkhein é resultado do meio social em que o individuo está envolvido e como ele não encontra uma maneira de ser escutado a morte é o recurso que encontra para ser ouvido. Durkhein ainda tipifica o suicida em três categorias: Suicida egoísta – neste o individuo só pensa em si próprio estando distante de grupos sociais. Suicida Altruísta é quando o individuo está em um patamar que o meio em que ele vive e está inserido na qual não tem mais vontades e desejos, Suicida Anônimo na qual o individuo não vê mais sentido a sua vida.
    O suicídio no olhar do psicanalítico de Freud, estaria ligado intimidante com a melancolia, dor da perda e a incapacidade de superá-la.
    A parte em que mais me chamou a atenção foi a visão do suicídio no olhar humanista de Rogers, ele fala no self idealizado e o self real onde o individuo gostaria de ver a si mesmo e faz com que ele busque o crescimento tentando alcançar o self idealizado com a autodeterminação, autorrealização e possuir uma percepção da realidade objetiva fazendo com que o individuo entenda a realidade.
    Rogers desenvolve a Abordagem Centrada na Pessoa (ACP ), onde os fatores externos e internos, como a discordância entre o self idealizado e o self real, podem impedir que o indivíduo tenha acesso as forças construtivas.
    O Centro de Valorização de Vida se baseia na teoria da ACP onde através da escuta eles buscam que a pessoa reative sua Tendência Atualizante. Os voluntários devem proporcionar condições ao crescimento da pessoa com quem busca o CVV. Para isso também é necessário a compreensão empática que consiste na imersão dos voluntários na vida do outro sem preconceitos, julgamentos ou interpretações.
    Nunca havia ouvido falar do CVV e isso me chamou muita atenção. O trabalho é realizado com muito sigilo e dedicação dos voluntário e aceitação e o não julgamento. O fato de ser formado por voluntários de todas as formações é que me deixou mais intrigado, pois não precisa ter um diploma, o que necessariamente precisa é que o voluntário esteja de coração aberto a ajudar pessoas que ele nem se quer conhece. Mas para tal trabalho o voluntário necessita de treinamento que é feito dentro do CVV composto em dois Módulos subdivido em teórico e prático e a partir daí começam os trabalhos.

    ResponderExcluir
  20. Thales Viana Labourdette Costa-14/0163611
    Monitora Flávia
    Assim como o primeiro texto, esse texto aborda algo que para nossa sociedade é visto como tabu pelo senso comum. Por falta de conhecimento sobre o assunto, nossa sociedade não consegue promover o melhor ambiente e o melhor tratamento para os indivíduos que sofrem com a vontade de se matar. Para romper com essa descriminação ao comportamento suicida e conscientizar o leitor sobre o espectro do suicídio, bem como sua forma de tratamento, o texto traz as idéias e métodos humanistas do Dr. em psicologia Carl Rogers, e suas aplicações no tratamento de pessoas com tendências suicidas pela CVV, centro de valorização á vida, uma ong que providencia pessoas que estão interessadas em ouvir o desabafo dos indivíduos que sofrem com essa vontade de se matar.
    Como já foi apontado pela blogueira, segundo a tese humanista do Dr. Carl Rogers, pessoas normais possuem a tendência atualizante, que nada mais é do que a vontade de cada indivíduo de viver a sua vida e de evoluir durante a mesma. Pessoalmente, percebi uma certa relação entre a tendência atualizante com o desejo de independência que cada indivíduo possui e que vai se desenvolvendo desde a infância. Dois valores espirituais que estão inclusos na tendência atualizante, sendo eles autodeterminação e autorealização, expressam parte do comportamento natural de todo ser humano de, durante a sua vida, se tornar apto á conseguir as coisas por si só, sem necessitar da ajuda de outrém. A partir do momento que o indivíduo reprime sua tendência atualizante ou a tem reprimida por influência de fatores de seu convívio, o mesmo corre sérios riscos de se tornar um futuro suicida. Partindo desse princípio, o CVV disponibiliza atendimento para esses indivíduos, presencial e por telefone, em que eles dão ao indivíduo liberdade para falar sem ser contestado, com o objetivo de ganhar a confiança do mesmo e fazê-lo se aceitar como ele é. Para o CVV, esse é o método mais eficiente e também é o que mais passa segurança para o suicida.
    Apesar da excelente qualidade do texto original, acredito que algumas informações foram desnecessárias para o entendimento da idéia geral, como o treinamento ao qual os funcionários do CVV são submetidos e dados não relevantes sobre a instituição em geral.
    Ademais, possuo uma visão sobre o suicídio semelhante á da blogueira. Acredito que, além de ser motivo de preconceito, o suicídio ainda é muito subestimado na nossa sociedade por um fator que vai além do preconceito: a falta de conhecimento sobre o assunto. Nossa sociedade deve ser educada sobre o assunto, a fim de que cada um de nós possa proporcionar um estado de bem estar espiritual e emocional para aqueles que sofrem com o desejo de se matar, pois se não o fizermos, estaríamos nos tornando cúmplices das aflições do suicida.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Aqui seguem links que explicam os diferentes conceitos de suicídio apresentados no texto, com a exceção do conceito de Carl Rogers, que já foi mencionado no comentário
      Para Durkheim:
      http://jornalsociologico.blogspot.com.br/2013/07/a-otica-de-durkheim-sobre-o-suicidio.html

      Para Freud:
      http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s1516-14982007000100006&script=sci_arttext

      Excluir
  21. Renata Visoná Barbosa - 11/0019903
    Montitora Isabela

    Inicialmente, o autor trabalha com visões do suicídio. Na visão sociológica, de Durkheim, há três tipos de suicídio: Egoísta, Altruísta e Anônimo. O primeiro diz respeito ao indivíduo que não consegue se sentir pertencente a um grupo; já o altruísta justamente se confunde com o todo e não se vê individualmente.(Um exemplo do altruísta seriam os Kamikazes japoneses) O terceiro caso ocorre principalmente em decorrência de grandes mudanças. Na Crise de 29, por exemplo, muitas pessoas cometeram suicídio antes mesmo da crise de fato estourar. Para Freud o suicídio é decorrência da melancolia que tem como sintomas a ambivalência(pensamentos conflitantes), o sentimento de perda e regressão do ego.
    Para conhecer o trabalho feito pelo CVV de maneira proveitosa é preciso abandonar as doutrinas e preconceitos que tratam a pessoa com pensamento suicida de forma depreciativa. O que importa é que o indivíduo está em situação de risco e o que pode ser feito para ajudá-lo.
    Os atendimentos do CVV podem ser feitos via telefone, internet(mais recente e que tem dado bons resultados) e presencialmente. Fiquei surpresa ao saber que os voluntários que realizam os atendimentos não precisam estar tecnicamente ligados a área da saúde para poder auxiliar as pessoas.Basta fazer um treinamento e, depois de efetivado, um curso de reciclagem a cada dois anos.
    O que mais me cativou no texto foi a forma de abordagem no atendimento e como isso me pareceu extremamente contra-intuitivo. Na ACP(abordagem centrada na pessoa) não se deve aconselhar quem precisa de ajuda, a própria pessoa precisa encontrar suas respostas e caminhos. Como próprio texto diz: aconselhar pode dar a ideia de que o paciente não consegue nem saber o que é bom pra si. Além disso, há todo um protocolo para aprender a proceder principalmente com os silêncios de quem procura ajuda.
    Correlacionado o texto anterior (Lama no Laboratório) sob a ótica da blogueira, acredito que a meditação evitaria que a quantidade de gente propícia ao suicídio fosse tão grande. Educar a mente de maneira contínua e gradativa nos permitiria evitar que os pensamentos ruins fiquem fora de controle.
    Por fim, considero que a temática do suicídio deveria ser mais divulgada e aberta para diálogo. Segundo o texto, de 50 a 60% das pessoas que cometeram suicídio nunca estiveram com um profissional de saúde mental então a informação vinda de amigos e familiares se faz importantíssima.

    ResponderExcluir
  22. O Suicido
    por Larissa de J. Silva | 150014627 | Turma D | Monitora Isabela.

    Suicídio ou autocídio tem sua origem etimológica no latim "sui" e "caedere" / grego "autos" e "cidium", que significam, respectivamente, “próprio” e “matar”. O significado comum, encontrado em dicionários para a palavra suicídio é “ ato intencional de matar a si mesmo”. Sua causa mais regular é o transtorno mental e/ou psicológico – incluindo depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, alcoolismo, abuso de drogas, dificuldades financeiras e também problemas emocionais.
    Anualmente mais de um milhão de pessoas cometem suicídio, tornando este a décima causa de mortes no mundo, principalmente entre adolescentes e adultos com menos de trinta e cinco anos de idade, e ainda há uma estimativa de dez a vinte milhões de tentativas de suicídios não-fatais a cada ano, mundialmente.
    Acepções sobre o suicídio têm sido vistas pela ampla ótica cultural em temas existenciais como religião, filosofia, psicologia, honra e o sentido da vida. Albert Camus escreveu que: "O suicídio é a grande questão filosófica de nosso tempo, decidir se a vida merece ou não ser vivida é responder a uma pergunta fundamental da filosofia." No Cristianismo, por exemplo, considera-se que o suicídio é uma ofensa contra Deus devido à crença religiosa na santidade da vida. No Ocidente, o ato suicida foi por vezes considerado como um crime grave. Por outro lado, durante a era dos samurais no Japão, o 'seppuku' era respeitado como uma forma de expiação do fracasso ou como uma forma de protesto. No século XX, o suicídio sob a forma de autoimolação tem sido usado como uma forma de protestar, enquanto que na forma de 'kamikaze' e de atentados suicidas como uma tática militar ou terrorista. O 'sati' é uma antiga prática funerária hindu no qual a viúva se auto imola na pira funerária do marido, seja voluntariamente ou por pressão das famílias e/ou das leis do país.

    ResponderExcluir
  23. [ ...continuação.]

    Partindo do histórico do suicídio, chegamos as sociedades recentes e também as novas abordagens teóricas sobre o assunto e até mesmo na definição de diferentes tipos para a ação suicida. Os olhares sociológicos, psicanalíticos e humanistas explanados na monografia de Patrícia D’Ávila Venturela, mostram diferentes esferas de análise do suicido por importantes autores – como Durkheim, Freud, Rogers. O sociólogo Émile Durkheim classificou, na obra “O Suicídio”, três tipos suicidas básicos e suas principais características. Já Freud apresentou uma correlação entre a melancolia com as possíveis causas do suicídio, onde também afirma que tal sentimento é um dos mais notáveis fatores para a ocorrência do autocídio. Rogers aparece na esfera humanista com a ACP (Abordagem Centrada na Pessoa), que propaga ideias sobre abordagens preventivas e de auxílio para pessoas sob risco de suicídio, onde voluntários atuariam no diálogo com esses indivíduos, sem a necessidade de que esses grupos voluntários sejam terapeutas ou psicólogos.
    Entendemos então que a prevenção do suicídio não deve ser apenas uma preocupação exclusiva de médicos, e sim de todos os profissionais de saúde, de segurança e da comunidade humana no geral. No Brasil, o CVV – Centro de Valorização da Vida – atua como uma rede de prevenção há mais de cinquenta anos. As pessoas que precisam de ajuda podem recorrer ao grupo de voluntários da rede que oferecem apoio emocional gratuito e além do CVV, já existem programas de saúde pública que oferecem esse serviço em algumas regiões do pais. O Centro atende por telefone, chat, Skype, e-mail e pessoalmente, além de realizar atendimentos especiais em casos de eventos e catástrofes. A rede conta com um grupo de aproximadamente dois mil e duzentos voluntários treinados para ouvir e compreender pessoas que estão abaladas emocionalmente e que correm sério risco de vida. Atualmente, a atuação do CVV é tida como um serviço de utilidade pública, observando-se que a ocorrência cada vez mais frequente do suicido tornou-se uma problemática no setor de saúde pública e devido a isso o Centro merece mais divulgação dentro do país para que mais indivíduos em risco possam ter acesso ao apoio dos grupos e, resultantemente, na preservação de vidas.


    [ Link para a Cartilha 2015 do CVV “Falando abertamente sobre Suicido”.
    http://www.cvv.org.br/images/stories/saibamais/falando_abertamente_sobre_suicidio_2015.pdf ]

    ResponderExcluir
  24. Leandro Augusto dos Santos Liduvino – 15/0039816
    Monitora: Gabriela

    O texto trata de uma questão muito importante que é o suicídio. Uma coisa ainda vista como um tabu na sociedade. Assim, pessoas com esse pensamento têm que guardar para si, sem poder conversar com seus amigos ou familiares, o que poderia fazê-las mudar de ideia. O fato de não se conseguir falar sobre suicídio acaba piorando o acontecimento e não ajudando, como pode ser visto no link abaixo.

    Também é apresentado o trabalho do Programa CVV do Centro de Valorização da Vida. O CVV serve para as pessoas que têm algo a dizer e não encontram alguém para isso, possam contatar o programa e assim ter alguém para compartilhar suas experiências. Os casos de suicídio podem diminuir bastante só pelo fato de a pessoa ser finalmente ouvida por alguém, com isso ela se sente novamente valorizada, deixando de lado a ideia, visto no link abaixo.

    O capítulo que apresenta o processo de aprendizado dos novos voluntários acaba se prolongando muito, a quem se interessa participar o importante é saber como funciona o atendimento.

    Ainda sobre o atendimento é preciso estar atento que apesar de ser um programa de valorização à vida, os voluntários são ensinados a não fazerem mais do que os clientes pedem, no sentido de que se um cliente diz que vai cometer suicídio o atendente não pode enviar socorro se essa não for a vontade do cliente. É dito que casos assim são raros, mas é importante saber que não é um local para aconselhar, nem uma conversa entre amigos.

    1) http://www.cvv.org.br/site/clippings/108-taxa-de-suicidio-entre-jovens-cresce-30-em-25-anos-no-brasil.html
    2) http://www.cvv.org.br/site/clippings/125-os-sinais-do-suicidio.html



    ResponderExcluir
  25. O texto apresenta-se, logo no início, contrário à opinião das pessoas em geral a respeito de suicídio. Isso acontece quando são mostradas as diferentes razões que um indivíduo pode ter para cometê-lo. Muitos têm a concepção de que o suicídio é cometido por pessoas que são fracas. Sem exceções. O texto nos ajuda a enxergar que essas pessoas apenas necessitam de ajuda, carinho e/ou afeto. E tocando nesse ponto, nos apresenta um orgão que tem como objetivo dar essa ajuda tão necessária para aqueles que tentam ou pensam em se suicidar.
    Pode-se perceber que algumas informações não são necessárias para o compreendimento total da ideia do texto. Essas informações são as que tratam muito profundamente das possíveis explicações para o suicídio de acordo com três esudiosos, visto que o objetivo principal do texto é atentar o leitor para a problemática do suicídio e introduzir o programa do CVV.
    O CVV é um orgão que tem o objetivo de ajudar pessoas com alguma tendência ao suicídio. Ele conta com um sistema de atendimento por meio de ligações e com o trabalho de voluntários devidamente treinados para lidar com essa situação. O maior desafio para os membros do CVV é conseguir criar um ambiente confortável e ter certa empatia com a pessoa que liga procurando por seus serviços, sem poder aconselhá-la ou chamar ajuda sem a permissão dessa pessoa.
    Esse é um programa extremamente necessário para uma comunidade em que um suicídio são prováveis de acontecer. Ter esse suporte é otimo para qualquer um que necessite dele em um momento de emergência.

    ResponderExcluir
  26. Samille 10/0123112 - Monitora:Carine

    Hoje em dia, as pessoas evitam falar e pensar sobre suicídio. Tanto é que esse tipo de ato não é noticiado com frequência em jornais. Mas esse assunto é realmente algo importante a se pensar e discutir. Muitas pessoas são surpreendidas com familiares e amigos que cometem suicídio e não conseguem entender o motivo que levou a pessoa a tal ato. Com isso, a autora do texto que esse post se baseou, explica os detalhes sobre esse problema que sempre fez parte da sociedade. Ela vai contra esse tabu e convida a todos a discutirem abertamente sobre o assunto (e até a participarem de um trabalho voluntário).

    O momento em que me permiti pensar mais sobre o suicídio foi quando um querido professor meu se matou. Era um professor adorado pela sala de aula, com suas ideias filosóficas e sonhos. Me lembro que ele mesmo pensava sobre esse assunto apenas como um ato egoísta, onde a pessoa só pensa na sua dor e no seu problema. Mas na verdade ninguém sabe o motivo e o sofrimento que ele passou para chegar a esse extremo. Com certeza, não foi algo de um dia para o outro. Devia ser algo trabalhado na cabeça dele a algum tempo, e talvez por medo ele não tivesse procurado ajuda. Medo de ser julgado, medo de taxado como fraco. Ninguém esperava tal ato vindo dele. Atrás daquele sorriso existiam sentimentos autodestrutivos e uma pessoa desesperada por ajuda. Mas nós apenas enxergamos sua expressão.

    O texto me mostrou muito mais do que imaginava. Existem vários motivos e problemas que faz uma pessoa fazer isso. Algumas vezes por depressão, desilusões, problemas familiares e financeiros (suicídio egoísta). Outras vezes devido ao contexto da realidade, como guerras (suicídio anônimo). E também os que cometem pensando em “ajudar” os outros ou seguindo uma linha religiosa (suicídio altruísta).

    Durante minha leitura do texto, percebi que Freud falava da melancolia como um meio de se chegar ao suicídio. Apesar do post não comentar sobre isso, acho pertinente discutir o assunto. Então resolvi pesquisar mais sobre o assunto e descobri que para a psicanálise a melancolia é um estado profundo de depressão. A depressão tem vários estágios e os tratamentos podem variar de pessoa para pessoa. Mas se não houver uma intervenção na pessoa com depressão, esse problema pode se tornar mais profundo e a pessoa pode tentar o suicídio.

    A autora do texto original, nos mostra uma alternativa de ajuda para pessoas que têm esses pensamentos autodestrutivos. O CVV é um trabalho voluntário maravilhoso e tem ajudado a muitas pessoas. Mas para participar é preciso passar por treinamentos. Na minha opinião, os treinamentos são pesados, psicologicamente. A princípio, eu gostaria de me voluntariar, mas ao ver os tipos de estágios do tratamento pude perceber que esse trabalho voluntário apesar de ser muito bonito, não é para qualquer pessoa (e principalmente, não é para mim). Não aguentaria a pressão que minha própria mente iria fazer, nem a culpa que sentiria (caso não conseguisse ajudar).

    Como visto, a ideia central do texto era discutir sobre o assunto e mostrar uma forma de ajudar. Lendo o texto pensei em outras alternativas para ajudar pessoas nessa situação. Acho que seria importante ter um acompanhamento com os familiares dessas pessoas. Logo que algum familiar percebesse um comportamento diferente (o que nem sempre acontece), eles poderiam buscar um grupo de ajuda para saber como lidar com a situação. Também depois do ato consumado, os familiares também precisam de apoio. Acredito que deve existir a atenção especial para aqueles que já tentaram o suicídio e não conseguiram. Afinal, de 20 pessoas que tentam suicídio, 19 não conseguem. Mas a chance dessas pessoas tentarem novamente é grande.

    Esse texto realmente me fez ter uma nova compreensão sobre o assunto. Mesmo não me sentindo preparada para ajudar como uma voluntária no CVV, esse grupo conseguiu meu respeito e admiração. E o meu olhar para essas pessoas é muito mais amoroso.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. -- Abaixo estão alguns links com vídeos do TED que me ajudaram na compreensão do problema--

      Links:
      https://www.youtube.com/watch?v=-eBUcBfkVCo (A história de um homem que passou por depressão e o que ele sentiu durante o processo) - 29:21

      https://www.youtube.com/watch?v=Hy4yby7ZAd0&feature=iv&src_vid=-eBUcBfkVCo&annotation_id=annotation_753539747 (História de um homem que tentou suicídio e não conseguiu) - 4:14

      Excluir
  27. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  28. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  29. Desirée Duarte Lopes de Oliveira 140059458- monitora Flávia

    Quando eu comecei a ler o texto eu pensei “AFS que saco ler um artigo de mestrado de 52 pags”, mas paguei a língua: foi uma leitura muito agradável e rápida, um dos textos mais rápidos que eu li de tão interessante.

    Mas voltando para o objetivo, como eu disse o texto é bem esclarecedor, uma linguagem bem acessível, o que eu considero não ser tão frequente para o tipo de texto (acadêmico). Como a autora do blog mencionou, o objetivo do texto é esclarecer o suicídio em algumas perspectivas, com foco para a humanista na qual a instituição Centro de Valorização a Vida (CVV) baseia o seu trabalho de prevenção ao suicídio. Esta é uma instituição brasileira fundada na década de 1960 que procura ajudar as pessoas em crises emocionais (com vistas a evitar o suicídio). A autora procurou descrever o trabalho dessa instituição ao longo do texto.

    No texto é dito que o CVV trabalha com voluntários, que passam por um curso de capacitação (uma excelente capacitação, diga-se de passagem, pois os voluntários precisam ter em mente o “eu sou eu e o outro é o outro” tarefa difícil na prática nesse tipo de trabalho), mas não é necessário eu tenham nenhum tipo de formação ou conhecimento prévio. Este trecho vai de encontro a visão intuitiva que eu tive no início do texto, imaginei que seria necessário uma formação seja em psicologia, medicina etc. para fazer parte da instituição. De fato a instituição conta com esses profissionais, mas a maioria são voluntários sem formação. Isto também implica em outro ponto importante que o texto vai de encontro, que é o fato de que não seja necessário que o voluntário tenha sempre o conselho pronto para dar para a pessoa em crise. Como assim? Foi o que eu pensei, a princípio, que os voluntários fariam com as pessoas: aconselhar. Este talvez tenha sido o ponto de maior surpresa para mim: lá a norma não é dar conselho, mas escutar a pessoa, esta é a base da abordagem rogeriana, o diálogo franco e honesto sem no entanto incorrer no aconselhamento. Difícil. O voluntário apenas devolve o que entendeu da fala da pessoa e isso implica a fala de Rogers: uma mudança na cultura, saber escutar. Pensando bem faz sentido, pois o conselho do voluntário provavelmente seria algo que direta ou indiretamente estaria ligado com a pessoa continuar como está o que não é possível, pois esse “como está” é que incomoda o indivíduo em crise.

    Ao ler o texto não se deve ter uma visão científica no sentido de entender o cérebro, a mente, de achar que o CVV trata a pessoa. Também é importante não ter uma visão cética e estigmatizada sobre o assunto (na verdade este é um ponto que o texto desconstrói e choca com a visão simplista sobre o assunto revelando que se trata de um problema de saúde pública que deve ser debatido).
    Durante a leitura, quase que instantaneamente lembrei-me do texto anterior do “Lama no laboratório” , afinal a meditação poderia ajudar essas pessoas em crise a lidarem com suas emoções, seria uma alternativa ou complemento aos tratamentos com remédios e com profissionais ( muitos se envergonham de admitir a crise). Por falar em vergonha outro ponto interessante no texto é o anonimato que o CVV prima para com as pessoas atendidas, isso é importante para que as pessoas se sintam seguras para buscar ajuda no centro.

    Quando estava lendo me veio à cabeça alguns filmes que exemplificam as situações de suicídio como o filme “Um sonho de liberdade” (1995)* onde uma cena mostra o personagem Brooks se suicidar, pois ao passar muitos anos preso, não conseguiu mais se adaptar a sociedade em mudança. Há também o filme “Sociedade dos poetas mortos” (1989)* onde um dos personagens dá fim a própria vida por pressões sociais. Em ambos, apesar de não ser tema central, são mostradas situações complexas que podem terminar em suicídio.

    *LINKS para saber mais sobre os filmes:http://leiturasinterdisciplinares.blogspot.com.br/2011/12/analise-do-filme-um-sonho-de-liberdade.html
    http://especialeinclusiva.blogspot.com.br/2011/06/reflexao-do-filme-sociedade-dos-poetas.html

    ResponderExcluir
  30. Lucas Willian de Oliveira Rosa 12/0017024

    O que mais chamou minha atenção no texto foi perceber como o suicídio ainda é uma questão tão mal abordada no país. Infelizmente nos dias de hoje, as pessoas que pensam ou pensaram em cometer suicídio são subjugadas por grande parte da sociedade. Através do texto é evidente que nem mesmo a área da saúde está devidamente preparada para receber essas pessoas que precisam de tanta ajuda num momento como esse. Muitas vezes elas são vistas através de olhares críticos e de desprezo por parte até mesmo da equipe médica que as atende. Dessa maneira, o cuidado, prevenção e todo tipo de ajuda que possa evitar o suicídio e dar às pessoas uma nova perspectiva de vida, não devem ser restritos e de responsabilidade apenas da área de saúde, mas se estender por toda sociedade.

    De fato, as políticas públicas proporcionadas pelo governo não são suficientes para atender toda a demanda e estão longe de serem verdadeiramente efetivas, um exemplo disso e a falta de divulgação. Se não fosse ONG´s como, por exemplo, a CVV (Centro de Valorização da Vida), os índices poderiam ser ainda mais catastróficos.

    Muitos são os problemas enfrentados na prevenção do suicídio, dentre eles a falta de compaixão das pessoas frente ao sofrimento do próximo. De acordo com o texto “O Lama no Laboratório” a compaixão é um dos fatores mais importantes para a vida humana, entretanto, pouco exercitada. Se todos estivessem dispostos a se colocar no lugar do outro e entender, pelo menos um pouco, seus motivos, buscando ajuda-lo de alguma maneira, de certo, muitas mortes seriam evitadas. Entretanto, o que vemos hoje são pessoas fazendo gozação com a questão do suicídio e levando na brincadeira algo tão sério, como podemos ver no vídeo a seguir:

    https://www.youtube.com/watch?v=0kEWBP2DlOE

    ResponderExcluir
  31. Andressa Costa Chagas / 120110474 / Turma D

    O texto trata sobre a questão do suicídio, como uma questão de saúde pública, o que se tornou devido aos números e a incidência que alcançou. Mostra uma realidade fora dos estereótipos que por vezes acabamos criando meio que naturalmente a cerca deste tema. Bem interessante do ponto de vista que o texto não só fala do tema mais mostra o trabalho do CVV - Centro de Valorização da Vida - e mostra que antes do ato do suicídio existe um ser humano em forte conflito consigo por algum motivo e nessa crise que o ser humano precisa ser alcançado ou pelo menos dar condições para que este permita-se ser alcançado. Este órgão funciona com voluntariado e os voluntários recebem formação a partir das teorias de Rogers, a Abordagem Centrada na Pessoa, onde aprendem que mais que conselhos prontos a pessoa que os buscar precisa ser ouvida.
    A meu ver esta é a ideia chave que o texto traz de forma inovadora e dizendo, "sim, é possível lidar com a questão do sucídio", quando se entende que este começa muito antes do ato em si. A importância do ouvir o outro, e ouvir com atenção e dar valor aquilo que é dito, isso pra mim é o que fica do texto, uma vez que serei uma profissional de saúde que lidarei com pessoas muitas vezes passando por algum tipo de conflito em sua vida.

    ResponderExcluir
  32. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  33. Mariana Rocha Soares 13/0125474- Monitora Flávia

    O texto trouxe uma questão muito importante que deve ser atentamente discutida em nosso meio. Embora exista uma portaria que institui diretrizes nacionais para prevenção do suicídio, as quais necessitam ser implantadas em todas as unidades federadas, respeitadas as competências das três esferas de gestão, raramente a problemática do suicídio é tratada. Na teoria a prevenção do suicídio está bem respaldada, mas na prática não é isso que ocorre. Vejamos o que diz o Art. 2º da Portaria 1876 de 14 de Agosto de 2006:

    “Estabelecer que as Diretrizes Nacionais para Prevenção do Suicídio sejam organizadas de forma articulada entre o Ministério da Saúde, as Secretarias de Estado de Saúde, as Secretarias Municipais de Saúde, as instituições acadêmicas, as organizações da sociedade civil, os organismos governamentais e os não-governamentais, nacionais e internacionais [...]”

    Como podemos perceber, é evidente que essa articulação está longe de ocorrer perfeitamente. Pouco se ouve falar a respeito da prevenção do suicídio. Eu pelo menos nunca ouvi dizer que na UnB, por exemplo, tem uma área responsável por isso. Falta divulgação e mobilização. Ao que parece, a questão do suicídio é tratada com descaso, e infelizmente isso acaba reforçando a discriminação sofrida por aqueles que já pensaram em se suicidar.

    Sem dúvidas o apoio ao próximo é fundamental para sua recuperação. Nesse momento o que a pessoa mais precisa é de amparo e compreensão. O trabalho oferecido pelo Centro de Valorização da Vida é justamente possibilitar uma nova perspectiva de vida para essas pessoas, contribuindo para que elas tenham uma vida plena e consequentemente consigam se ver livres do desejo pelo suicídio.

    De acordo com o texto, os motivos para o acontecimento do suicídio são diversos e perpassam desde sentimentos intrínsecos a acontecimentos externos. Até hoje especialistas não chegaram a um consenso sobre o “por quê” de um suicídio, mas sabemos que na grande maioria das vezes são decorrentes de emoções destrutivas, e este é ponto convergente entre o texto do suicídio e o texto lido anteriormente : “ O Lama no laboratório”. Nesse momento, aproveito para responder a pergunta da postagem: Fazendo uma ligação entre os dois textos, podemos imaginar que se a meditação é um método para extirpar as emoções destrutivas, ela também poderia ajudar na prevenção do suicídio sim!

    Para aqueles que tem a curiosidade de conhecer um pouquinho mais o trabalho do CVV (Centro de Valorização da Vida), aqui está o site deles:
    http://www.cvv.org.br/site/conheca.html

    ResponderExcluir
  34. O termo suicídio, para a grande maioria das pessoas passa a ideia de ato isolado, porém, no texto sobre a prevenção do suicídio pude perceber que não, esse é apenas ato final, resultado de um processo. Esse processo que na grande parte das vezes não é percebido por as pessoas que convivem com o individuo que futuramente tentará contra a própria vida, é marcado por muito sofrimento e solidão, e geralmente é simplesmente por não ter sido ouvido, por não conseguir desabafar.
    A autora traz três abordagens teóricas de diferentes perspectivas. O primeiro que ela traz é Émile Durkheim, através do ponto de vista sociológico, ele diz que o suicídio é o resultado do meio social. Categoriza em três tipo básicos: o suicídio egoísta, no caso de pessoas que conseguiram a inserção no meio, o suicídio altruísta, o indivíduo que está tão imerso no grupo social que não distingue a identidade própria com a do coletivo, tenho que admitir que esse me chamou bastante atenção, e por último, o suicídio anônimo, que aqui ele remete a culpa à algo externo, como bem citou a blogueira.
    O segundo teórico que a autora traz é Freud, responsável pela perspectiva psicanalítica, traz o conceito de melancolia bastante atrelado ao suicídio, e uma de suas importantes causas. Ele define três sintomas perigosos, a perda do objeto, a ambivalência e a total regressão da libido do ego. E por último e bastante importante, Carl Rogers, responsável por uma base teórica bastante ampla sobre o assunto. Ele acredita que é natural o impulso pelo desenvolvimento e realização dos potenciais e que o suicida estaria na contramão do seu natural. Desenvolveu a Abordagem Centrada na Pessoa (ACP), principio que é base do Centro de Valorização da Vida (CVV), e exatamente o enfoque exclusivo na pessoa que procura ajuda.
    O CVV foi criado pra dar a oportunidade ás pessoas que não encontram espaço para conversar, para ser ouvido. Procurado por na maioria das vezes, pessoas prestes a cometer o suicídio, e pessoas que mesmo que ainda não saibam ja estejam caminhando para esse processo. Duas coisas me chamaram bastante atenção, o fato dos voluntários não serem obrigados a ter qualquer formação anterior, e que ao receberem a pessoa eles não são orientados a criticar a aconselhar, mas ajudar ela mesmo a encontrar suas respostar, mostrando que ela é capaz de encaminhar a própria vida.Na minha opinião, o CVV deveria ser mais divulgado, principalmente nas escola, onde na fase da adolescência a taxa de suicídio cresce demasiadamente.
    Esse texto me mostrou como atos tão simples podem mudar tanto a vida das pessoas, se passarmos a prestar um pouco mais a atenção no outro, que em muito desses casos precisam apenas de algo que podemos dar, um ombro amigo.

    Abaixo links de iniciativas públicas de combate ao suicídio:
    http://www.portaldasaude.pt/NR/rdonlyres/BCA196AB-74F4-472B-B21E-6386D4C7A9CB/0/i018789.pdf

    http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_editoracao.pdf

    ResponderExcluir
  35. Ariel M. Maia – 14/0130969 Monitora: Isabela

    Como a própria blogueira comenta no início, o suicídio ainda é muito mal visto, mesmo no mundo considerado tão moderno quanto o nosso. Por isso, ao ler esse texto, o leior deve se desprender de qualquer preconceito ou sentimento de tabu sobre o tema, ou não vai a proveitar a ideia que a autora quis mostrar.

    É interessante prestar atenção na abordagem apresentada no texto de Freud e Durkheim sobre o assunto, embora a meu ver a classificação proposta por Durkheim necessite uma adaptação ao contexto atual. Mas o foco que a autora da tese dá é na ideologia humanista proposta por Rogers. De forma resumida, o psicólogo vai contra a ideia que a maioria tem sobre como lidar com uma pessoa que apresenta sinais de que pretende cometer suicídio. Ele propõe que a tendência natural do ser humano é de se construir na vida (tendência atualizante), e que a raiz do suicídioestá no momento que algo interrompe ou bloqueia esse “caminhar”.

    É tendo essa definição como base que o Centro de Valorização à Vida, ou CVV, funciona. Essa instituição, via internet e telefonemas, visa dar apoio e tentar impedir que pessoas tirem suas próprias vidas. O diferencial retratado no texto é o fato de usarem a Abordagem Centrada na Pessoa, que era até então desconhecida para mim, para conversar com essas pessoas. Em vez de dar conselhos, como seria a primeira ideia que eu, por exemplo, teria, os voluntários desse programa são treinados seguindo a visão humanista, onde cada um tem uma percepção do mundo única para aquela pessoa, e seguem uma linha de conversa que leva a pessoa do outro lado da linha a chegar numa solução ao seu problema por conta própria, sem interferência do voluntário, este sendo chamado portanto de “facilitador”, e não um “aconselhador”.

    Por fim, o mais interessante desse programa e dessa tese, é que mostra uma nova abordagem sobre o suícidio, considerado um tabu ainda hoje. Quem sabe, com a divulgação e popularização do trabalho que acontece no CVV e da visão humanista de Rogers, mais pessoas se sensibilizem sobre o assunto, e talvez com o tempo a cultura e a sociedade em geral possa mudar e se tornar mais tolerante sobre o tema.

    ResponderExcluir
  36. Pollyane Crispim dos S. Ribeiro - 140159126

    Quando vi que o tema suicídio seria abordado na disciplina, fiquei surpresa, por se tratar de um assunto visto por mim como complexo e polêmico.
    gostei muito da forma como foi apresentado, trazendo pensadores como Durkeim , que dividiu os possíveis tipos de motivações para o suicídio : o egoísta, que está ligado com motivos internos/pessoais, o anônimo, que está ligado a perda de identidade e a motivos externos e o altruísta, que está ligado a motivos relacionados a honra ou crenças.
    Já Freud, vem trazendo o conceito de melancolia, que é uma espécie de "tristeza da alma", sensações ruins que podem tomar conta do indivíduo, podendo- o levar até o fundo do poço, mas não necessariamente ao suicídio, já que esses estágios de melancolia, gerealmente não são permanentes, mas alternados.
    O que achei bem interessante também foi a visão trazida por Rogers de formas de prevenção ao suicídio.São elas: a autodeterminação, que consiste em estabelecer metas, objetivos, buscar sentido à vida, e a autorealização, que é a concretização desses objetivos e metas, a vontade de realizar, manter- se em movimento de vida.
    E para as pessoas que tem dificuldade nestes pontos, ou que estão enfrentando momentos de crise, foi criado o CVV( Centro de Valorização da Vida). E o mais interessant é que para ser voluntário não é necessário ser da área de psicologia, mas apenas ter vontade de ajudar, ter disponibilidade de horário e passar por um treinamento específico, que inclui dinâmicas, atividades em grupo, simulações, atendimentos com supervisão, para só assim o voluntário estar apto a atender da melhor forma possível quem precisar desse serviço.
    É muito bom saber que existe um trabalho de extrema sensibilidade como esse. Espero que possa crescer e ser mais divulgado, para aasim ajudar cada vez mais pessoas, ainda mais nessa sociedade que estabelece tantos padrões e imposições que podem levar o indivíduo ao assunto central do texto, o suicídio.

    ResponderExcluir
  37. Nathália Melo- 11/0151101- Monitora: Isabela
    O texto nos leva a perceber o suicídio sob uma ótica que não é a do senso comum: tirar a vida. Suicidar-se é muito mais do que tirar a própria vida. Envolve fatores internos e externos ao seres humanos e é um processo muito delicado pois seus sinais quase nunca são percebidos.
    O CVV olha o suicida e/ou o suicida em potencial sob uma ótica diferente. A ótica humanista de Rogers. Em outras palavras, o voluntário do CVV escuta a pessoa do outro lado da linha de modo que o "paciente" esteja sendo completamente compreendido sem julgamentos e aconselhamentos dos voluntários.
    O CVV é uma iniciativa importante na sociedade atual, já que, na atualidade, os homens têm facilidade em falar e dificuldade em serem ouvidos. O fato que torna esse trabalho ainda mais interessante é o fato de que a maioria de seus voluntários são ex- usuários do serviço.
    O texto nos trás uma iluminação quanto ao serviço e ao procedimento de treinamento dos voluntários. Contudo, uma avaliação quantitativa dos serviços seria de muito enriquecimento para trabalho. Assim como relatos reais de ligações e voluntários.

    ResponderExcluir
  38. Nathália Melo- 11/0151101- Monitora: Isabela
    O texto nos leva a perceber o suicídio sob uma ótica que não é a do senso comum: tirar a vida. Suicidar-se é muito mais do que tirar a própria vida. Envolve fatores internos e externos ao seres humanos e é um processo muito delicado pois seus sinais quase nunca são percebidos.
    O CVV olha o suicida e/ou o suicida em potencial sob uma ótica diferente. A ótica humanista de Rogers. Em outras palavras, o voluntário do CVV escuta a pessoa do outro lado da linha de modo que o "paciente" esteja sendo completamente compreendido sem julgamentos e aconselhamentos dos voluntários.
    O CVV é uma iniciativa importante na sociedade atual, já que, na atualidade, os homens têm facilidade em falar e dificuldade em serem ouvidos. O fato que torna esse trabalho ainda mais interessante é o fato de que a maioria de seus voluntários são ex- usuários do serviço.
    O texto nos trás uma iluminação quanto ao serviço e ao procedimento de treinamento dos voluntários. Contudo, uma avaliação quantitativa dos serviços seria de muito enriquecimento para trabalho. Assim como relatos reais de ligações e voluntários.

    ResponderExcluir
  39. Nathália Melo- 11/0151101- Monitora: Isabela
    O texto nos leva a perceber o suicídio sob uma ótica que não é a do senso comum: tirar a vida. Suicidar-se é muito mais do que tirar a própria vida. Envolve fatores internos e externos ao seres humanos e é um processo muito delicado pois seus sinais quase nunca são percebidos.
    O CVV olha o suicida e/ou o suicida em potencial sob uma ótica diferente. A ótica humanista de Rogers. Em outras palavras, o voluntário do CVV escuta a pessoa do outro lado da linha de modo que o "paciente" esteja sendo completamente compreendido sem julgamentos e aconselhamentos dos voluntários.
    O CVV é uma iniciativa importante na sociedade atual, já que, na atualidade, os homens têm facilidade em falar e dificuldade em serem ouvidos. O fato que torna esse trabalho ainda mais interessante é o fato de que a maioria de seus voluntários são ex- usuários do serviço.
    O texto nos trás uma iluminação quanto ao serviço e ao procedimento de treinamento dos voluntários. Contudo, uma avaliação quantitativa dos serviços seria de muito enriquecimento para trabalho. Assim como relatos reais de ligações e voluntários.

    ResponderExcluir
  40. 15/0014040
    Monitora: Isabela

    O Suicídio como citado no texto não é um assunto muito comentado por mais que para a maioria das pessoas é dotado como errado, na minha opinião é errado também, não que a pessoa seja louca mas o que levou ela a querer o suicídio, talvez essa pessoa esteja passando por problemas no casamento, na vida financeira ou etc e portanto quer dar um fim, pra mim acredito que seja algum espírito que atua para chegar a tal ato. Como disse Durkheim, o olhar sociológico é bem representado, pois a pessoa chega a cometer um suicídio por uma motivação, por um isolamento (ela se sentir sozinha), e vários motivos. É "bacana" o trabalho do cvv, mas por exemplo se uma pessoa tá pensando em se suicidar ai ela liga e os voluntários vão dizer: não faça isso, tenha amor a vida... na minha opinião isso não há resultado. Mas de acordo com a compreensão empatica temos que mergulhar no mundo do outro então toda opinião é bem vinda, e em relação ao outro texto a meditação é um tratamento para o suicídio, pois ajuda a "educar" a mente. É é isso!

    ResponderExcluir
  41. 15/0014040
    Monitora: Isabela

    O Suicídio como citado no texto não é um assunto muito comentado por mais que para a maioria das pessoas é dotado como errado, na minha opinião é errado também, não que a pessoa seja louca mas o que levou ela a querer o suicídio, talvez essa pessoa esteja passando por problemas no casamento, na vida financeira ou etc e portanto quer dar um fim, pra mim acredito que seja algum espírito que atua para chegar a tal ato. Como disse Durkheim, o olhar sociológico é bem representado, pois a pessoa chega a cometer um suicídio por uma motivação, por um isolamento (ela se sentir sozinha), e vários motivos. É "bacana" o trabalho do cvv, mas por exemplo se uma pessoa tá pensando em se suicidar ai ela liga e os voluntários vão dizer: não faça isso, tenha amor a vida... na minha opinião isso não há resultado. Mas de acordo com a compreensão empatica temos que mergulhar no mundo do outro então toda opinião é bem vinda, e em relação ao outro texto a meditação é um tratamento para o suicídio, pois ajuda a "educar" a mente. É é isso!

    ResponderExcluir
  42. Stephanne Aguiar 12/0022389

    O texto vai relatar sobre uma instituição chamada centro de valorização da vida, onde estes seguem a teoria humanista para basearem o seu trabalho. Essa instituição é formada por voluntários que se propõem a ajudar pessoas que querem cometer suicídio, onde sem monopolizar seus pensamentos e dando total autonomia para o individuo, eles vão focar nos motivos que levam a pessoa a ter pensamentos suicidas. Mas o fazem de forma onde a reflexão parte da pessoa, sem eles estabelecerem o que é certo e errado. Acho a atitude extremamente válida, pois sabe-se que os índices de suicídios são bastante elevados no mundo todo. Porém na nossa cultura a morte ainda é algo que assusta, amedronta e entristece, visto isso o suicídio é visto como um extremo ato de desamor a vida. O CVV se baseia na reflexão pessoal do individuo que quer cometer o suicídio, a buscar outros caminhos que possam solucionar os problemas que resultaram nessa vontade. Mas sempre dando autonomia para a pessoa. Falando em autonomia, algo que recentemente esta sendo discutido e já foi até aprovado em alguns países como a Califórnia, é o suicídio assistido, onde a pessoa decide que quer morrer, a hora e o dia. Isso é resultado de um poder de escolha muito grande, porém, claro, acompanhado de profissionais, em que deram todos os caminhos contrários ao ato, assim como faz o CVV. Mas a pessoa é a dona de suas próprias escolhas, e se ela quiser pode ter sua morte a sua escolha. O CVV não se baseia em uma morte assistida, mas o pensar diferente do suicídio, e têm garantido bons resultados já que boa parte das pessoas mudam de ideia.

    ResponderExcluir
  43. Stephanne Aguiar 12/0022389

    O texto vai relatar sobre uma instituição chamada centro de valorização da vida, onde estes seguem a teoria humanista para basearem o seu trabalho. Essa instituição é formada por voluntários que se propõem a ajudar pessoas que querem cometer suicídio, onde sem monopolizar seus pensamentos e dando total autonomia para o individuo, eles vão focar nos motivos que levam a pessoa a ter pensamentos suicidas. Mas o fazem de forma onde a reflexão parte da pessoa, sem eles estabelecerem o que é certo e errado. Acho a atitude extremamente válida, pois sabe-se que os índices de suicídios são bastante elevados no mundo todo. Porém na nossa cultura a morte ainda é algo que assusta, amedronta e entristece, visto isso o suicídio é visto como um extremo ato de desamor a vida. O CVV se baseia na reflexão pessoal do individuo que quer cometer o suicídio, a buscar outros caminhos que possam solucionar os problemas que resultaram nessa vontade. Mas sempre dando autonomia para a pessoa. Falando em autonomia, algo que recentemente esta sendo discutido e já foi até aprovado em alguns países como a Califórnia, é o suicídio assistido, onde a pessoa decide que quer morrer, a hora e o dia. Isso é resultado de um poder de escolha muito grande, porém, claro, acompanhado de profissionais, em que deram todos os caminhos contrários ao ato, assim como faz o CVV. Mas a pessoa é a dona de suas próprias escolhas, e se ela quiser pode ter sua morte a sua escolha. O CVV não se baseia em uma morte assistida, mas o pensar diferente do suicídio, e têm garantido bons resultados já que boa parte das pessoas mudam de ideia.

    ResponderExcluir
  44. Naira Carolina 11/0149351 monitor - Rodrigo

    O texto aborda o suicídio de uma forma diferente , ele trás várias abordagens teóricas que nos faz entender o porque que as pessoas se suicidam , tirando toda a ideia de senso comum que somos acostumados a ter em relação a esse assunto . É bastante interessante as abordagens teóricas que são expostas no texto , nos faz compreender que o suicídio não é só um conceito pessoal , que vários fatores sociais levam as pessoas a chegarem ao ponto extremo do suicídio. Discorre também sobre os serviço prevenção ao suicido que , são serviços ofertados pelos CVV ( centro de valorização a vida ) que treinam pessoas para realizar atendimentos a quem necessita de ajudar .
    O CVV trata utiliza a ótica humanista de Rogers para ajudar as pessoas a saíram de seus estado de sofrimento , treinando pessoas de diferentes de áreas para escutar essas pessoas que buscam ajuda , achei de grande importância o trabalho realizado por esse serviço ,pois muitas vezes as pessoas caem em estado de melancolia por não terem com quem conversar , e o CVV oferece essa oportunidade para que eles sejam ouvidos sem nenhum julgamento.

    ResponderExcluir
  45. Yashmin Barbosa Rossy 10/0127827 Monitora: Gabriela
    O texto apresenta um olhar sobre o suicídio que entra em choque com o que comumente estamos habituados. O suicídio em nossa sociedade tende a ser um tabu e a autora do texto coloca que ninguém comenta sobre o suicídio antes deste acontecer. O fato é que o suicídio não surge da mente de um indivíduo de forma repentina, a ideia de suicídio é moldada ao longo do tempo. Segundo Durkheim, existem três tipos básicos de suicídio: o egoísta, em que o indivíduo não consegue se integrar em seu meio social; o altruísta, em que o indivíduo possui uma grande conexão com o contexto social e o anônimo, que acontece pelo fato do indivíduo relacionar os seus atos às questões externas a ele. Na visão de Freud, o suicídio é decorrente da melancolia, que é o sentimento de perda de algo ou alguém. Na visão humanista de Rogers, há o conceito de tendência atualizante, que considera que todo o indivíduo busca alguns aspectos como a autodeterminação, a autorrealização e a socialização. Rogers acredita que as relações de ajuda baseadas na ACP, Abordagem Concentrada na Pessoa, podem desenvolver a tendência atualizante de cada indivíduo. Tais relações de ajuda baseiam-se na compreensão empática, no diálogo e na aceitação sem julgamentos. O leitor não deve perder o foco do aspecto social do suicídio, pois muitas vezes tendemos a classificar o suicida como um “indivíduo fraco” e desconsiderar o aspecto social que levou uma pessoa a praticar tal ato. Porém, mais importante do que não julgar uma pessoa que cometeu tal ato é cuidar para que pessoas com tendências ao suicídio possam receber um tratamento adequado. Nessa proposta, surge o CVV, o Centro de Valorização da Vida que é uma organização criada para ajudar na prevenção do suicídio.

    ResponderExcluir
  46. Inicialmente, o texto dialoga a respeito do estudo da temática do suicídio em função do referencial sociológico, psicanalítico e humanista. O primeiro referencial, o referencial sociológico começa a sua explicação ao relacionar o indivíduo ao seu contexto social, diz respeito a três explicações sobre o suicídio. A primeiro seria o suicídio egoísta em que o indivíduo se perdeu da sociedade e ao se desvincular da sociedade gerou um padrão emocional que o levou ao suicídio. O segundo ponto corresponde ao suicídio altruísta em que o indivíduo ao se diluir na sociedade, terminou por não possuir uma individualidade bem estabelecida. Essa ausência de individualidade causou um sentimento psico - emotivo suficientemente forte para gerar o desequilíbrio. O último tipo de suicídio corresponde ao suicídio anônimo, novamente a compreensão do suicídio ultrapassa as linhas do próprio ego ou da própria personalidade e se relaciona com as causas sociais que possam vir a construi – lo. Durkheim em síntese trouxe o suicídio que antes era tido como exclusivamente pessoal para o seu contexto sócio cultural. Desse modo, a anomia corresponde a uma variação de valores sociais, que pode ser exemplificada por processos como a ditadura militar ou outras rupturas sociais quase instantâneas. Enfim, o sujeito novamente se desvincula do contexto sócio cultural, só que a causa é distinta, não são valores e padrões comportamentais já existentes não absorvidos pelo sujeito. Mas sim uma modificação de valores e padrões que dissociam o sujeito do seu núcleo e o levam a cessamento da própria vida.
    A análise psicanalítica a respeito do suicídio foca no indivíduo. Novamente é uma análise intelectualizada a respeito do suicídio com outro enfoque e modelo teórico. Nessa análise freudiana, há uma jogo conceitual que explica toda a temática abordada. O primeiro conceito seria o luto que deriva da perda de algum objeto de valor sentimental, o segundo conceito seria a melancolia, nada mais que uma extensão temporal do estado emocional de luto. O terceiro conceito seria ambivalência a qual se identifica um estado em que há uma luta interna entre o sofrimento emocional e o desejo de cessar a própria vida. Até o suicídio per se.
    A teoria humanista se estende teoricamente ou se projeta por outro viés. Há um enfoque na construção biográfica da auto imagem do indivíduo, ou seja, na construção do seu auto conceito ( valores, comportamentos, pensamentos, linguagem ), esse processo gera estruturas fixas, e essas estruturas fixas são muitas vezes difíceis de serem desconstruídas e reconstruídas. A partir dessa compreensão e a medida que se aprofunda nas camadas do auto conceito, cada ser humano possui em se potenciais ou tendências atualizantes que devem ser estimuladas.
    O CVV, instituição criada na esteira da teoria humanista de Rogers, aplicou uma idéia filantrópica de escutar as pessoas. Esta idéia veio de um padre foi absorvida por grupos de voluntários religiosos até chegar ao Brasil. O foco do CVV é auxiliar e escutar as pessoas em situação de suicídio ou vulnerabilidade para realizar ou cometer ato equivalente por meio de uma conversa que se baseia em empatia ( conexão emocional ao mergulhar na realidade do outro pela perspectiva do outro ) atitude incondicional positiva ( aceitar ao não reprimir, julgar ou criticar, assim como, evitar o aconselhamento sugestivo com um retorno pautado pelo estimulo ao auto conhecimento do atendido ). Para atuar neste projeto há um processo seletivo moldado em um método que envolve teoria, prática e informações administrativas. Baseando – se, no ponto de que 50 % das pessoas nunca procuraram um atendimento psico – emotivo antes de cessar a própria vida, é importante essa terapêutica preventiva do CVV ( comissão de valorização da vida ).

    ResponderExcluir
  47. Maria Eloisa 130124958 monitor: Rodrigo

    O texto trata de um assunto pouco discutido porém visto de uma forma bastante preconceituosa, quando uma pessoa comete suicídio é comum comentários do tipo, tem a mente fraca, porquê não procurou ajuda?, mas era rodeado de amigos e mesmo assim cometeu suicídio.
    Então apesar de ter hospitais específicos para o tratamento de pessoas com problemas psiquiátricos, o suicido não é cometido apenas por essas pessoas. No texto Durken fala sobre três tipos de suicido. O egoísta onde o indivíduo não consegue se adaptar aos esteriótipos da sociedade, por se sentir inferior é rejeitado pelos demais. O suicídio alturista onde o indivíduo tem uma vida pública, e não tem uma privacidade uma individualidade consigo mesmo isso explica o fato de muitos famosos buscar refúgio nas drogas, no álcool e no próprio suicidio. E por último o suicídio anonimo onde o indivíduo relaciona os seus atos às questões externas a ele.
    O CVV instituição criada para ouvir as pessoas que estão prestes a cometer suicídio, são voluntários que ouvem as pessoas e a parte mais interessante sem julgar a pessoa como a maioria ao redor faz, a pessoa não precisa se identificar, apenas contar o que está te levando a cometer o suicido, algumas pessoas que evitaram o suicídio apos ligarem no CVV se tornaram voluntários lá para ajudar outras pessoas, exige porém um processo seletivo baseado em um método que envolve teoria,pratica e informações administrativas.Eu particularmente não sabia da existência desse programa, acredito que poucas pessoas sabem, cabe às instituições divulgarem, entre seus funcionários, alunos. CVV significa( comissão de valorização a vida).

    ResponderExcluir