Sobre
ser São em lugares Insanos
(Se a sanidade e a insanidade existem, como nós devemos reconhecê-las?)
Esse
texto é um dos melhores da disciplina que eu já li. Ele vai falar sobre um
teste feito por David Rosenhan em 1970, no qual ele procura testar se os
psiquiatras da época sabiam diferenciar os sãos dos insanos. Mas espera aí, que
eu saiba o certo é o psiquiatra definir os insanos dos sãos, não é? Não
exatamente, ele deve ser capaz de executar ambas tarefas e é exatamente isso
que David busca questionar com o seu teste. Ok, mas qual é o objetivo deste
teste? É simples: ele procura demonstrar o quanto o ser humano é subjetivo e
complexo, sendo a tarefa do psiquiatra o diagnosticar considerando tais
características.
Mas não
era isso que ocorria...
Em
uma viagem feita ao Vietnã, David observou que muitas pessoas fingiam estar com
esquizofrenia para não serem convocadas para a guerra e acabou intrigado com
esta situação. Como eles conseguiram tal diagnóstico? Foi daí então, que ele
resolveu chamar 8 pessoas, incluindo ele, para realizar um teste um pouco
diferente. As pessoas teriam que ir a um consultório psiquiátrico e fingirem
serem insanas, utilizando a desculpa de que estavam ouvindo um barulho e, esse
barulho deveria ser definido como “tum”. Mas por que “tum” e não uma outra
coisa? Simples, porque este som tão fictício não estava contido nos estudos da
psiquiatria da época.
No
dia combinado todos fizeram o que devia ser feito. Relataram o “tum” e uma
surpresa: todos foram diagnosticados com esquizofrenia, menos um outro que
estava em um quadro de psicose-maníaco-depressiva, ou seja, nenhum teve sua
sanidade detectada. E não é só isso, eles ficaram alguns dias internados e
puderam observar o quão desumano eram os consultórios. Segundo Rosenhan, os
próprios insanos perceberam a sanidade dele, enquanto que os psiquiatras não.
Depois
de terminado os testes, Rosenhan posta o seu artigo. E o mundo da psiquiatria
caí, não em relação à profissão, mas à teoria. É importante deixar claro que
com este estudo, David comprovou as falhas da teoria psiquiátrica da época, que
era baseada somente em rótulos, não considerando o que há de mais presente nos
humanos: a subjetividade. Entretanto, Spitzer, defensor do diagnóstico psiquiátrico,
diz que esses estudos são falhos e mal feitos. Mas no final ele acabou
reforçando os diagnósticos, para que não fosse possível que erros como os
expostos no teste de Rosenhan fossem repetidos.
Mas
é aí que vem a parte mais interessante do texto: a própria autora do texto,
resolve refazer os testes de Rosenhan para ver se realmente os diagnósticos estão
isentos de erros. E assim ocorreu, ela foi ao consultório e relatou o “tum”. A
primeira coisa que ela nota de diferente é o ótimo acolhimento que recebe por
parte dos médicos e enfermeiras, diferente do notado por David. Além disso, ela
pode perceber que na época do primeiro teste, os diagnósticos eram feitos com
base no esquema psicanalítico, mas agora eram as pílulas que os embasava. No
final, ela é diagnosticada com depressão. Ela repetiu o teste e no total, ela
recebeu muitas pílulas (25 antipscicóticos e 60 antidepressivos). Nossa! Quanto
remédio, não é?
E
é assim que podemos definir o nosso atual século. Os diagnósticos são feitos
com base nas pílulas, você diz o sintoma e o médico te indica um remédio, não
é? Mas por que não contextualizar os diagnósticos ao invés de somente
rotulá-los? Por que não dizer “não sei” se o psiquiatra realmente não sabem?
Por que criar rótulos para algo que não pode ser rotulado, que somos nós, os
seres humanos? Todas essas questões são fruto dos estudos de Rosenhan, que
vieram revelar a fragilidade da teoria psiquiátrica, além de revelar que na
década de 70 o rótulo da moda era a esquizofrenia e agora, é a depressão. Qual
será o próximo rótulo?
#DIGANÃOAOSRÓTULOS
#MEDITARPODESERASOLUÇÃO
#EDUQUESUAMENTE
Referência: SLATER, Lauren- Sobre Ser São em Lugares Insanos – Experimentos com Diagnósticos Psiquiátricos. Mente e Cérebro, (p.82-115):Traduzido por Vera de Paula Assis.- Rio de Janeiro : Ediouro Publicações Ltda., 20
Aldenôra Simões Cavalcanti 12/0048949
ResponderExcluirSobre Ser São em Lugares Insanos
Neste texto em particular, eu não gostei muito. Achei uma visão muito romântica da psicologia, e sou mais acostumada com textos objetivos e com dados, como por exemplo, artigos. Mas por outro lado, achei interessante mostra que o modo do psiquiatra agir mudou com o tempo. Foi falado de um experimento feito por Rosenhan que queria saber o porquê que soldados na guerra do Vietnã diziam ter esquizofrenia, então o experimento era testar o quanto os psiquiatras eram capazes de diferenciar os “sãos” dos “insanos”. Foram recrutadas oito pessoas e todas tinham que fingir de insanos, “loucos”, e uma vez deveriam agir de maneira “normal”. A meta era verificar se os psiquiatras detectariam sua sanidade ou se os julgamentos dos psiquiatras seriam feitos por pressuposições(pré-conceitos).
As oito pessoas eram: três psicólogos, um estudante de graduação, um pediatra, um psiquiatra, um pintor e uma dona-de-casa.
Rosenhan, que também participou do experimento, foi internado por alguns dias com esquizofrenia paranóide. Ele perguntava quando poderia sair, e os psiquiatras não davam satisfações exatas, apenas respondiam “quando você estiver bem”. Vale ressaltar que as condições físicas (orgânicas) de Rosenhan estavam em perfeito estado na época do experimento. Todas as oito pessoas fingiam tomar remédios. Rosenhan chegou a conclusão de que os psiquiatras vinham os pacientes como, “pacientes mentais são indignos de importância, invisíveis.”
Quando Rosenhan recebeu alta, percebeu que a psiquiatria estava errada, davam diagnósticos errôneos, medicavam sem necessidade, e os pacientes eram detidos contra sua vontade.
A psiquiatria pode ser considerada uma ciência? Não, segundo Rosenhan, pois ela não possui firme conhecimento sobre as doenças mentais, fazendo assim com que os psiquiatras julguem o paciente, em vez de entender. Spitzer era contra Rosenhan, ele queria restaurar a psiquiatria, defendia seus meios de diagnostico, como o DSM, que era algo muito amplo e cabia varias interpretações. Logo, conclui-se que havia valorização de rótulos na época, como por exemplo, tratar a homosexualidade como doença, logo, esquecia-se da subjetividade da vida humana.
A autora do texto tinha históricos de internações, mas resolveu participar da experiência de Rosenhan, sem mencionar seu passado, pois afirmava estar bem no presente. Ela adotou o nome de “Lucy” e foi percebido que o tratamento ficou bem mais humanizado, observou que até o psiquiatra ficou chateado por não ter todas as respostas que precisa sobre a mente humana. O diagnostico permaneceu igual ao que Rosenhan descreveu, prescreveu dois medicamentos (depressão psicótica) apenas pelo “achismo”, mas com o diferencial de que agora não ficaria internada. Essa prescrição de medicamentos exagerada pode causar uma provável dependência química medicamentosa. As consultas duraram 12 minutos, muito pouco para diagnostico de doença mental. Mesmo sendo agora um tratamento mais humanizado, continuou sendo um tratamento impessoal. Foi notado que os psiquiatras tinham dedo de dizer “não sei”, e sofrer preconceito. Não achei tão necessário aprofundar tanto em detalhes descritivos de paisagem, da época do ano em que se passava a história. Ao meu ver, deixou o texto um pouco confuso e sem nexo.
Kauane 120034620 Carine - Monitora
ResponderExcluirAo abordar a definição de loucura sempre me mantive em um questionamento a respeito de como designar “o que é ser louco”? O que eu considero loucura pode não ser para o outro e vice versa. Acredito que Rosenhan pensava da mesma forma quando tentou seu experimento. Os psiquiátras diagnosticavam a insanidade mediante o contexto onde o paciente estava inserido, se ela estava em um hospital psiquiátrico sendo paciente, este rotulo já o caracterizava como louco. Penso então, será que os reais loucos não seriam estes que afirmam tais diagnósticos sem um modo de comprová-lo? Rosenham se fez passar de paciente como citou em seu post blogueira, juntamente com oito amigos em diferentes instituições psiquiátricas, afirmando para os profissionais que o avaliavam que estavam ouvindo uma voz que dizia "tum", apenas isto. Em cima disso os psiquiatras os diagnosticaram como esquizofrênicos e um como psicótico maníaco depressivo. Todos estes diagnósticos baseados em um "tum". Será que é suficiente para afirmar que alguém é louco?
Sabe-se que antes da reforma psiquiátrica todos os considerados diferentes e impossibilitados de viver em sociedade eram internados; neste caso do experimento os pseudopacientes foram julgados dessa forma. E então foi levantada a questão "são capazes de identificar quem é são e quem é louco?" Os resultados afirmam que não. Além disso, essa experiência mostra que as atitudes desempenhadas pelos profissionais dos locais de internação são semelhantes as reivindicados na reforma psiquiátrica, como o péssimo tratamento, crueldade, e o grande número de medicações visando que os pacientes ficassem quietos.
Após Rosenhan publicar tal experimento, a psiquiatria sofreu uma grande revolução teórica, e tentando provar que Rosenhan estava errado, Spitzer publicou dois artigos e reformulou o DSM para contradizer as anteriores afirmações. O DSM é um instrumento muito utilizado na saúde mental até os tempos atuais para diagnosticar problemas de saúde mental, dessa forma, o modificando obrigaria aos psiquiatras a seguirem as etapas necessárias antes de internar ou diagnosticar um paciente, sendo a mais importante clausula onde poderiam deixar escrito em prontuário "diagnóstico pendente" quando não tivessem certeza.
Nessa disputa de quem está certo ou errado e nesta contradição expressa no texto, a autora busca escolher um lado e para isso decidi repetir a experiência de Rosenhan. Sendo válido ressaltar que ela já passou por internações anteriores, e atualmente é considerada uma pessoa sã. Confesso que se o diagnóstico fosse dado por mim levantaria algumas dúvidas quanto a esta afirmação, pois submeter-se a tais condições não é bem algo que uma pessoa sã faria.
Pois bem, a autora foi a diversos hospitais com prontos socorros psiquiátricos e nestes locais foi bem tratada, em nenhum submetida à internação, porém invés de ser rotulada, foi medicada com diagnóstico de depressiva e psicótica. Olhando o DSM III identifica-se que os princípios não foram seguidos para estimular tais diagnósticos, mas os médicos não sabem dizer "não sei" ou deixar pendente. Diferentemente da minha visão anterior, não acredito que dessa vez a culpa seja dos médicos. Atualmente, a sociedade se habituou a ir a um hospital, relatar os sintomas, receber o diagnóstico e medicação; quando um médico afirma não saber o que o paciente tem é questionado como profissional. Então justifico a isso a imposição de medicação e diagnóstico. O DSM evoluiu e já foi lançada a quinta edição com mais especificações e menos espaços para falhas, espero que a saúde mental venha a progredir juntamente com ele e com isso seja possível distinguir o são do louco.
Marcele de Fátima - 11/0130626 - Monitora: Flávia
ExcluirDavid Rosenhan resolveu fingir-se de louco. Em 1972, ele se dirigiu a um hospital psiquiátrico americano alegando escutar vozes. Essa foi à única mentira que contou. Comportou-se de maneira calma e respondeu a perguntas sobre sua vida e seus relacionamentos sem mentir uma única vez sequer. Outros oito voluntários sãos fizeram a mesma coisa, em instituições diferentes. Todos, exceto um, foram diagnosticados com esquizofrenia e internados.
Assim que foram admitidos, os pacientes passaram a agir normalmente. Observavam a tudo e faziam anotações em suas cadernetas. No começo, as anotações eram feitas longe do olhar dos funcionários, mas logo eles perceberam que não havia necessidade de discrição. Médicos e enfermeiros passavam pouquíssimo tempo com os pacientes e nem ao menos respondiam às perguntas mais simples. “Apesar de seu show público de sanidade, nenhum deles foi reconhecido”, escreveu Rosenhan em “Sobre Ser São em Locais Insanos”, publicado em janeiro de 1973. Ironicamente, os pacientes reais duvidavam com frequência da condição dos novos colegas. Sua internação, assim como a dos outros voluntários, era parte de um estudo pioneiro para avaliar a capacidade médica de diagnosticar distúrbios mentais.
Os falsos pacientes foram medicados e liberados com o diagnóstico de “esquizofrenia em remissão”. De volta à sua identidade real, os pesquisadores requisitaram os arquivos sobre suas estadas nos hospitais. Em nenhum dos documentos havia qualquer menção à desconfiança de que estivessem mentindo ou que aparentassem não ser esquizofrênicos. A conclusão que David Rosenhan escreveu para o estudo desconcertou a psiquiatria americana. “Agora sabemos que somos incapazes de distinguir a insanidade da sanidade.”
O estudo de Rosenhan deixa claro que o problema não eram as mentes dos ingleses e sim a maneira pouco eficiente de se fazer diagnósticos. E essa era uma das questões centrais do estudo de Rosenhan. “Será que as características que levam alguém a ser tachado de louco estão mesmo no paciente ou estão no ambiente e contexto em que o observador está inserido?”, escreveu ele.
Este conceito - a loucura – pode ter várias interpretações e definições, pode mudar diante de conceitos como geografia e tempo. E o mais fácil nem sempre é o melhor. Talvez seja a hora de começarmos a lidar melhor com as nossas próprias neuroses, manias e loucuras. E, sobretudo, aceitarmos nossas diferenças.
O que Rosenhan aponta com precisão nessas experiências é que as circunstâncias desempenham um papel importante na nossa percepção das coisas. Isso demonstra que um diagnóstico de doença mental é influenciado tanto pelo contexto (essas pessoas moram em asilo, então, eles estão loucos) e o pensamento de quem o pede (espero que eles me mandem pacientes falsos).
Mas como podemos aceitar que os profissionais da área de psiquiatria teriam o mal de distinguir quem é são e quem não é? E, basicamente, o limite entre a razão e a loucura não é modulada por nossas culturas?
Rosenhan não tenta negar o fato de que certos comportamentos podem ser estranhos, mas salienta que não são necessariamente sinais de doenças mentais (nós não somos sãos, da mesma forma que os doentes mentais podem ter comportamentos normais).
Por fim, concluo que louco é um rótulo novo, os profissionais da área de psiquiatria são seres humanos como todos os outros, evoluindo no seu próprio quadro de referência, com um monte de preconceitos e é necessário estar ciente disso para uma melhor prática.
Daniela Caldeira Belchior – 12/0075377
ResponderExcluirMonitora: Isabela
Sobre ser são em lugares insanos
O texto que mais gostei até agora! Ele realmente mostra como os diagnósticos psiquiátricos às vezes parecem já ''vir prontos'', e o paciente, sua história, tem que ir se adequando ao diagnóstico escolhido.
O texto nos conta a história de um experimento feito por David Rosenham - professor de Psicologia e Direito - em hospitais psiquiátricos, nos anos 70, em que pessoas sem doenças mentais, incluindo Rosenham, se fingiram de doentes, para testar se suas farsas seriam descobertas pelos psiquiatras. E o resultado foi um golpe muito forte na até então fortíssima teoria psiquiátrica: todos foram internados e considerados doentes mentais, com esquizofrenia ou psicose-maníaco-depressiva, apenas por dizerem que estavam ouvindo um barulho: ''tum''. Era apenas este o sintoma dito pelos experimentadores.
Tal fato foi uma grande quebra de paradigma na época, já que todos acreditavam que o diagnóstico psiquiátrico era indubitável e livre de quaisquer erros, e com esse teste ficou evidenciado que não era essa a realidade. Haviam furos gigantescos no reconhecimento de quem era insano ou são.
Como consequência principal desse teste, o DSM (equivalente ao CID, em doenças mentais) foi revisado e modificado profundamente a fim de preparar melhor os profissionais da saúde no diagnóstico correto dos transtornos mentais, o que na época não pareceu surtir tanto efeito, já que a autora do texto, anos mais tarde, também se aventurou no mesmo teste que Rosenham tinha realizado, e o resultado foi um diagnóstico de psicose depressiva. Entretanto, dessa vez, não houve internação, e o tratamento foi mais humano, ela foi realmente tratada com dignidade e respeito, o que não foi observado quando David estava internado.
Para entender melhor o texto, o leitor não deve ter comportamento muito radicalista, ou seja, condenar excessivamente a psiquiatria nem exaltá-la. É preciso que se entenda que ela é sim necessária, assim como a classificação e ordenação das doenças, até para estudo de aplicação de tratamento. O que não deve haver, no meu entendimento, é a classificação de pessoas, como se elas se resumissem àquele diagnóstico.
Por fim, achei o texto e o teste fantásticos. Realmente nos põe a pensar e refletir que tipo de profissionais da saúde mental queremos e iremos ser, visando o bem da pessoa como um todo, não apenas a cura ou controle de uma doença, de forma isolada.
Thales Viana Labourdette Costa - 14/0163611
ResponderExcluirMonitora: Flávia Batista
Com o passar do tempo, a psiquiatria passou por diversas mudanças. Hoje em dia, grande parte de nós quando vamos ao psiquiatra somos bem atendidos, avaliados e diagnosticados de forma eficiente. Mas nem sempre foi assim.
O experimento realizado por Rosenhan no texto é muito conhecido na psicologia, por ser um experimento com embasamentos e objetivos diferentes aos da época, que procuravam estudar os métodos psiquiátricos em si. Rosenhan estava interessado na capacidade dos psiquiatras em estudar a subjetividade de cada indivíduo, e consequentemente identificar uma pessoa sã, ao invés de se basear nos rótulos da época, que estavam sujeitos á erros. Na época o experimento causou muita polêmica porque se acreditava que a psiquiatria era 100% efetiva, e o experimento provou o contrário, que a psiquiatria precisava ser aprimorada no quesito de subjetividade. Apesar disso, o texto não exclui a possibilidade dos experimentos de Rosenhan não estarem totalmente certos, porque apresenta a ponto de vista do Dr.Spitzer, que apresenta seu ponto de vista de que os estudos foram mal executados para se chegar á algumas conclusões do estudo.
Apesar disso, a discussão que o texto traz não é sobre a veracidade do experimento em si, mas sobre as adaptações que a psiquiatria sofreu desde o experimento de Rosenhan até os tempos de hoje. Para isso, a autora do texto realizou o mesmo experimento que foi realizado por Rosenhan, fingindo que ouvia tum em sua cabeça. As diferenças de diagnóstico foram expressivas, para não dizer gritantes. A autora do texto não foi internada, tampouco sofreu abusos, apenas foi diagnosticada com depressão e foram receitados para ela vários medicamentos antidepressivos e antipsicóticos. Essa parte do texto me fez lembrar o texto sobre meditação, que apontava que a nossa sociedade era extremamente dependente de terapia medicamentosa ao invés de procurar métodos de tratamento alternativos, e fiquei curioso quanto á hipótese da meditação ser usada no tratamento das enfermidades do texto, ou ainda se o uso de hipnose também poderia ser válido nesse caso, porém não encontrei informações relevantes sobre o assunto.
Para mim, o texto se destacou de todos os outros, por mostrar a importância de se estudar a subjetividade de cada indivíduo e como essa subjetividade pós-experimento de Rosenhan provocou uma revolução na psiquiatria da época. Até hoje, muitas vezes nos deparamos com uma ênfase muito grande em estudar apenas os métodos que devemos usar, e não nos preocupamos em estudar o raciocínio por trás do mesmo, ou no caso de estudo sobre um indivíduo, nos esquecemos de estudar sua subjetividade e de acolher o indivíduo, tal como foi feito no texto 6 com Suzana, e apesar de todos os experimentos realizados, acredito que a idéia principal do texto foi nos trazer essa reflexão e suas aplicações na psicologia e, quem sabe, em outras ciências também.
Fugindo um pouco da psiquiatria, o texto me lembrou um caso antigo de um homem que foi preso injustamente e teve de ficar detido na prisão por 10 meses até provar sua inocência, pelo fato do homem ter sido obrigado á conviver em um local que não condizia com seu perfil. Segue aqui o link da história:
http://blogs.diariodepernambuco.com.br/segurancapublica/?p=1107
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirFilipe Bastos – 10/0011039 – Monitor: Rodrigo
ResponderExcluirO texto critica a capacidade dos psiquiatras em diagnosticar pacientes. Um erro no diagnóstico implica em um erro no tratamento, um erro no tratamento implica em não resolver o problema da pessoa e em sujeitar o paciente a tratamentos desgastantes que envolvem desde a internação à utilização de uma verdadeira “pilha de remédios”, combinação que pode gerar efeitos inesperados na saúde mental da pessoa, agravando o problema original ou desenvolvendo outros tipos de transtornos.
O experimento de D. Rosenhan descrito e repetido pela autora do texto serve como um alerta sobre o modelo de diagnóstico empregado pelos psiquiatras. No experimento, Rosenhan e oito colegas foram à hospitais fingindo precisar de tratamento porque escutavam uma voz dizendo “tum”, após internados, deveriam falar que estavam bem e não escutavam mais a voz, o intuito era verificar se os psiquiatras conseguiriam diagnosticar corretamente os pseudopacientes, ou seja, distinguir os sãos dos insanos. Contudo, quase todos foram diagnosticados com esquizofrenia e receberam um tratamento que incluía a internação e a utilização de medicamentos, também foram verificadas algumas situações de maus-tratos durante a internação. Alguns anos depois, a autora executou o mesmo teste e obteve resultados semelhantes, entretanto, foi diagnosticada principalmente com depressão, não foi internada e teve um tratamento mais humanista em relação aos confederados de Rosenhan.
A autora repetiu o experimento em várias clínicas e relatou que o tempo de consulta em nenhuma delas excedeu 12 minutos e foi receitado um total de 25 antipsicóticos e 60 antidepressivos para tratar o “tum”... evidentemente, há algo errado no procedimento de diagnóstico adotado. Em defesa da psiquiatria, Spitzer argumenta que os pseudopacientes não agiram normalmente e o psiquiatra nunca esperaria ser enganado em uma espécie de dissimulação do paciente, Spitzer também participou da reformulação do DSM, manual de diagnóstico seguido pelos profissionais de saúde mental, visando restaurar a imagem da psiquiatria que fora quebrada por Rosenhan. Provavelmente, os argumentos de Spitzer não sejam sólidos o suficiente e o experimento de Rosenhan tenha algumas falhas, mas não se trata de um jogo de quem tem a razão (este não é o foco), acredito que a mensagem do texto é apontar para a visível fragilidade no modelo de diagnóstico empregado na psiquiatria com o objetivo consolidar algo melhor, objetivo que em partes foi atingido com a reformulação da segunda e vaga versão do DSM que hoje em dia está na quinta edição, mas o DSM ainda se baseia muito no direcionamento de tratamentos pela rotulação dos problemas a partir da descrição de certos sintomas sem considerar a subjetividade e o melhor tratamento para cada caso específico.
A formação de um psiquiatra inclui 6 anos de medicina mais 2 ou 3 anos em estudos específicos para se tornar psiquiatra, então a ideia que um médico pode se pautar em um modelo de diagnóstico superficial, diagnosticar a pessoa com o problema da “moda” (esquizofrenia, depressão, etc...) ou simplesmente não entender o problema da pessoa e mesmo assim receitar remédios foi um pouco em choque com a minha convicção inicial de sempre acreditar que o médico tem plenos conhecimentos daquilo que está fazendo, mas paciência, todos somos passíveis a erros. Por fim, tenho a dizer que o texto é muito bom e envolvente, mas o leitor deve ter cuidado para não desviar o foco do experimento e da mensagem que ele carrega porque a autora utiliza um estilo narrativo em que mescla algumas partes do texto com histórias pessoais ou histórias sobre o Rosenhan, algo interessante, mas acho que às vezes ela fica divagando ou floreando a história sem necessidade.
Fernanda da Rocha Medeiros - 13/0109924 - Monitora Flavia
ResponderExcluirEsse texto é extremamente interessante, faz-nos pensar como o diagnóstico individual é importante, e ao ler o texto e também o que a blogueira comentou acima, ficar ainda mais claro isso.
No inicio do texto, a escritora relata um experimento realizado por David Rosenhan na década de 70, onde se obtiveram resultados um tanto significativos, onde ele e seus amigos ficaram internados em hospitais psiquiátricos apenas por relatarem estarem ouvindo um “tum” em sua mente, e isso tudo com um diagnóstico um pouco incompleto. Todo esse relato por David acabou por destruir todas as diretrizes da psiquiatria época, porem um defensor dos diagnósticos psiquiátricos, o Spitzer, contrariou-o e acabou por reforçar os diagnósticos, para que tais erros não fossem cometidos novamente.
A autora teve a ideia de realizar tal teste novamente, o que achei meio “loucura” por ela ter uma filha pequena, e sujeitar-se a poder ser internada, como ocorreu no teste anterior. Mas para a sua surpresa, em nenhum dos hospitais psiquiátricos que frequentou, ela não foi internados, apenas passados diversos medicamentos, antipsicoticos e antidepressivos. O que em minha opinião, ainda é um defeito e um erro de diagnostico individualizado.
Em minha área de graduação, a Fisioterapia, tem-se toda uma ideia de trabalhar com a individualidade de cada um, por exemplo, se eu tenho dois pacientes com algum problema no joelho, eu não irei trata-los da mesma forma, mas sim procurar maneiras eficazes para cada um dos indivíduos, não generalizando a psiquiatria ou a psicologia, mas acredito ser de grande importância esse tratamento individualizado e personalizado, principalmente por se tratar de uma área do individuo tão sensível, que é a mente.
No demais, o texto é extremamente importante para adquirir essa ideia de individualidade, e tem uma escrita gostosa de ler, o qual recomento muito.
Renata Visoná Barbosa - 110019903 - Monitora Isabela
ResponderExcluir[Sobre Ser São em Lugares Insanos]
O texto confronta os métodos utilizados para classificar pessoas acerca da sanidade. O experimento realizado por David Rosenhan na década de 70 consistia em 8 pessoas procurarem (em hospitais psiquiátricos diferentes) ajuda mediante ao falso sintoma que era ouvir a palavra “Tum”. Após uma conversa de aproximadamente doze minutos todos os pacientes foram diagnosticados com um tipo de esquizofrenia e foram internados. As condições descritas pelos pseudopacientes incluíam,principalmente, o descaso. O fato mais interessante é que no período de internação, outros pacientes conseguiram identificá-los como impostores enquanto os médios e enfermeiros não conseguiram percebê-los.
Após a divulgação dos resultados do experimento, Rosenhan sofreu represálias da comunidade acadêmica que relatou que os meios pelos quais os fatos ocorreram eram naturalmente desfavoráveis. O principal argumento foi de que os médicos acreditam em seus pacientes. Um hospital psiquiátrico chegou a responder que identificaria todos os pseudopacientes que fossem enviados. Quarenta e um foram identificados e nenhum impostor havia procurado tal hospital.
Independente das condições do experimento realmente serem desfavoráveis e do espaço amostral ser muito reduzido o fato é que classificar pessoas de maneira categórica teria prejudicado muitas vidas. A psiquiatria tomava um rumo correto quando permitia o diagnóstico precoce relacionado a um sintoma do qual não havia claras evidências? Definitivamente não. Diante disso, o manual de psiquiatria foi remodelado e passou a levar em consideração a continuidade dos sintomas bem como outros fatores atrelados.
Anos depois, uma psicóloga resolveu fazer o experimento novamente. Não foi diagnosticada com esquizofrenia e sim com depressão psicótica (tão grave quanto). Entretanto, não houve internação em nenhum dois oito hospitais visitados e o atendimento foi mais gentil e cuidadoso. Além disso, uma quantidade reduzida de remédios foi prescrita.
Isso não implica dizer que a psiquiatria está em um estágio perfeito. Assim como toda ciência, ela precisa se adequar, se reinventar. Classificar pessoas é uma atividade árdua sujeita a erros mas que ajuda a compreender o problema. Mas também não precisa ser algo ortodoxo: estabelecer níveis não implica dizer que as pessoas possuem diagnósticos binários.
Sem dúvida alguma é o meu texto favorito na disciplina até o momento. Leitura fácil, romanceada e com muitas reflexões acerca de sanidade e de como a ciência não é algo estático e está sujeita a erros.
Ana Luisa Araujo Moura - 15/0005199 - Monitora Gabriela
ResponderExcluir"Tudo é modificado a partir da lente que estamos olhando o mundo", uma das frases que mais me chamou atenção no texto, o texto fala de Rasenhan, um estudioso que resolveu comprovar como as clínicas de psiquiatria não tratavam bem, nem corretamente, os seus pacientes.
Primeiramente, ele vai fazer os testes para conseguir entrar na clínicas, e consegue fazer isso sem muito esforço, diz que escuta um tipo de barulho "TUM", recebe o diagnóstico de esquizofrenia, mas ele ainda estava lúcido. Dentro dessa clínica, ele notou que os pacientes eram indignos de importância, e não eram tratados muito bem, entretanto, os próprios pacientes da clínica conseguiram descobrir que Rasenhan era lúcido, enquanto os tratadores e médicos achavam que ele tinha um tipo de distúrbio mental.
Rosenhan escreve um artigo sobre esses lugares, mas recebe muitas críticas e contra argumentos de pessoas que acreditam na eficácia das terapias psiquiátricas. 41 pessoas que foram diagnosticadas como "insanas", não tinha problema algum, ou seja, realmente existia uma falha, seja no procedimento de diagnóstico, ou no tratamento.
Uma mulher, inspirada no artigo de Rosenhan, resolveu testar a psiquiatria também, por momentos durante a testagem, se questiona se está ou não depressiva e psicótica, mas entende que não, e a psiquiatria erra de novo. Eles não fizeram nela, antes de dar o resultado do diagnóstico, nenhum teste mental, apenas verificaram seu pulso, ela disse que também ouvia um barulho, assim como Rosenhan.
Apesar de ter sido diagnosticada corretamente, pois ela não teve nenhum distúrbio mental, ela não foi internada, e foi tratada muito bem pelos atendentes, tratadores e médicos, diferente de como foi com Rosenhan.
No fina ela mostra muita compaixão por Rosenhan, e queria mostrar como ela estudou mais a fundo os problemas da psiquiatria, mas ele já estava velho e tinha perdido filha e esposa, mesmo assim ela ainda ansiava muito por mostrar a ele como ainda existe esperança para a psiquiatria.
Maria Eloisa 13/0124958 monitor: Rodrigo
ResponderExcluirMinha visão sobre o texto foi que ao realizar o teste nas clínicas psiquiatras David Rosenham, procura testar se realmente a psiquiatria sabia diferenciar os sãos dos insanos.
E a surpresa vem ao realizar o teste junto com um grupo de pessoas, ao relatar ouvir uma simples palavra no texto está é "tum". Os psiquiatras logo os diagnosticavam como insanos, pois esse som tão fictício nao estava contido nos estudos da psiquiatria na época.
Todos do grupo foram detectados com esquizofrenia, exceto um que portava psicose-maníaco-depressivo. Ficaram internados por alguns dias, e detectaram o quão era desumano as clínicas. Segundo eles os próprios insanos sabiam perceber a sanidade deles,enquanto os psiquiatras não.
Quando terminado o teste Rosenham publicou seu artigo causando uma queda em relação a teoria. Comprovando que não era considerado a subjetividade humana.
A autora do texto então resolve fazer o teste usando a mesma palavra "tum", dessa vez o tratamento foi diferenciado, ela foi diagnosticada com depressão.
E ė essa a insanidade do século XXI a depressão que é tratada a base de pílulas e psicanálise. E as pessoas ao serem detectadas com essa doença acreditam tanto no diagnóstico do profissional que se afundam nas pílulas acreditando que somente assim poderão melhorar.
Monitora Flávia – Miguel Zolet de Lima – 15/0154402
ResponderExcluirO texto “Sobre ser são em lugares insanos” foi, até agora, o mais interessante da disciplina. Esse texto fala sobre um experimento que o David Rosenhan fez, em 1970, para testar se a psiquiatria sabia realmente julgar quem é ou não insano. Mas o mais interessante é como ele fez isso: ele e mais outros oito conhecidos resolveram ir à um psiquiatra e dizer que estavam ouvindo um “tum” na cabeça, um simples barulho, nada mais. E todos os oitos pesquisadores foram julgados como insanos, e mandados à internação. Ao ser internado, Rosenhan observou que, apesar dos psiquiatras não saberem julgar sua sanidade de forma correta, os insanos sabiam. Imediatamente os insanos identificaram o são do local, e o David era um deles. Isso, ao meu ver, mostra como alguém que já passou por algo entende melhor sobre isso do que alguém que somente estuda, mas não vive tal coisa.
Anos depois, a autora do texto resolve fazer o mesmo que Rosenhan fez: ela vai a um psiquiatra e diz que está ouvindo um “tum”, e nega quaisquer outros sintomas. Diferentemente do Rosenham, ela não foi internada, mas também não foi considerada sã. O tratamento a ela também foi diferente: houve atenção, cuidado e os psiquiatras tentaram, realmente, entender o que estava acontecendo com ela – apesar de não saberem a hora de dizer que não conseguiam descobrir o que se passava. Já com Rosenhan e os outros insanos do internato, o tratamento, segundo ele, era precário e desatencioso, o que demostrava a forma como os psiquiatras maltratavam os insanos e não sabiam julgar se eles realmente eram insanos ou não. Mas, apesar da atenção à autora, o psiquiatra que a recebeu prescreveu vários remédios a ela. E remédios pesados como antipsicóticos e antidepressivos. O fato de tantos remédios terem sidos prescritos a ela me lembrou do primeiro texto, o do monge. Isso porque, segundo a tradição dos monges, a meditação serve como “remédio” para vários problemas. E, já na cultura ocidental, os problemas, desde o imenso crescimento da indústria farmacêutica, são tratados com pílulas e mais pílulas, deixando de lado o grande poder que o próprio corpo e certas práticas podem ter sobre si mesmo.
Portanto, gostei muito desse texto, tanto pela forma como ele é escrito e narrado, quanto por seu conteúdo. E duas questões ficaram bem marcadas em mim com a leitura desse texto: se realmente podemos conhecer algo somente estudando-o, e não o vivendo, e como a nossa cultura é dependente da farmácia, sendo que existem outras formas de tratamento que não causam dependência como vários remédios o fazem.
Allisson M. de R. Barros - 12/0055619 - Monitor Rodrigo
ResponderExcluirO texto é bastante interessante e apresenta um questionamento importante: será que os diagnósticos de sanidade ou insanidade são corretos? Ou ainda, será que as pessoas podem ser classificadas dessa forma?
A autora divide sua dissertação em 2 partes. Primeiro, ela fala de um experimento realizado por Rosenham, onde ele e mais 8 amigos testam o diagnóstico e o tratamento de hospitais psiquiátricos, justamente com o intuito de mostrar que em grande parte dos casos, o diagnóstico de insanidade é dado de forma incorreta, aliás, é baseado em técnicas e doutrinas que não são eficases. Isso fica bem claro quando ao final do experimento, todos os participantes foram tratados como pacientes com distúrbios psicológicos, e pior, forma mantidos internados no hospitais, por até 52 dias! Após o experimento, Rosenham causou um grande reboliço no meio acadêmico, mas que foi um início de mudanças que eram necessárias.
Na segunda parte do texto, a autora resolve repetir o experimento de Rosenham, isso já alguns anos mais tarde e após várias mudanças no tratamento e diagnóstico de distúrbios mentais. Ela então utiliza o mesmo método que Rosenham (porém, só ela participa do experimento, mas repetindo o "Tum-tum"). E o resultado é que ela não foi internada, o que já é um grande avanço, mesmo tendo sido diagnósticada com depressão e recebebido várias medicações fortes para tratar o seu "problema". Além disso, outra crítica feita por Rosenham, mas que não se repete no segundo experimento é o tratamento pessoal dados aos pacientes. Rosenham descreve um lugar muito mais sombrio, aonde os pacientes são tratados muitas vezes de forma desumana. Já a autora, percebe uma preocupação maior com o seu bem-estar quando realiza o experimento novamente. Enfim, o texto é de fácil leitura, sem muitos termos técnicos, porém um pouco prolixo em alguns pontos, por se tratar de um texto mais literário do que científico. Ainda assim, os pontos principais de contraste são o que leva os psicólogos e psiquiatras a classificar as pessoas em sanas ou insanas e se esse tipo de classificação é ou não adequado.
Nathália Sousa de Lima – 15/0019246
ResponderExcluirMonitora: Carine
O texto “Sobre ser são em lugares insanos” tem uma leitura mais leve, mais dinâmica e mais acessível. Um dos fatores que me chamaram tanto atenção no texto foram as explicações e conteúdo que transcende as explicações psicológicas, mas torna o leitor ciente do que aconteceu na vida do pesquisador e da autora do texto.
David Rosehan- um pesquisador que se encontra numa cama, sem diagnóstico, quando a autora escreve o texto - decide iniciar uma pesquisa, convida 8 amigos para o acompanhar e consegue convencer todos de simularem um acontecimento para poder testar os psiquiatras. A proposta se trata de todos eles entrarem num consultório, dizerem que ouviram essa palavra “tum” e não apresentar nenhum outro sintoma de loucura ou insanidade.
A partir dessa manifestação os psiquiatras os internaram e receitaram remédios. As condições nos hospitais mentais não eram boas, poucos recebiam a atenção e todos eles, até mesmo as pessoas que apresentavam graus de loucura ou de transtorno, não tomavam os remédios, os profissionais sabiam disso e ninguém se importava. Outra coisa que Rosehan dizia era que os loucos tinham mais consciência de quem estava são do que os próprios médicos. Alguns ficaram no hospital por mais de 30 dias e a maioria deles foi diagnosticada com esquizofrenia e foram liberados por não apresentarem mais sintomas.
Os psiquiatras ao receberem o resultado dos testes de Rosehan com olhares negativos, alegando, em suas defesas, que não se teria como saber que estavam fingindo e que não se espera que pacientes apresentem sintomas falsos. Certo hospital o desafiou a mandar mais desses pacientes e foram diagnosticados mais de 40 pacientes como normais, entretanto o psicólogo não havia mandado nenhuma pessoa para aquele hospital. Curiosidades a parte, mesmo em estado de negação os psiquiatras resolveram atualizar um livro que serve como algum tipo de enciclopedia de problemas psiquiátricos, pelo qual eles diagnosticam os pacientes.
Anos depois Laurel, a autora do texto, resolveu repetir o experimento, mesmo que esse pudesse lhe fazer recordar de tempos passados em que estava em uma clínica mental. Fica vários dias sem banhar ou escovar os dentes, sua primeira observação ao chegar nos hospitais é que é muito bem recebida e bem tratada, mesmo que a espera seja grande.
Ao ser atendida repete o acontecimento da voz na cabeça e em uma das consultas mais surpreendentes o psiquiatra pergunta se havia alguma situação que ela lembrava que lhe deixava desconfortável e ela cita que o vizinho havia sido encontrado morto na piscina e logo o médico começa a associar o barulho com a queda do vizinho na água e em poucos minutos a diagnostica com depressão psicótica e acaba sendo tão ruim quanto esquizofrenia e lhe foi receitado o remédio, assim como em todas as outras clínicas que foi.
Então, o que se pode observar é que mesmo que a atenção e esse sentido mais humanitário tenha sido despertado nos psiquiatras, eles ainda apresentam uma necessidade imensa de achar um nome para um problema que os pacientes venham a apresentar e lhes dar um remédio para que aquilo seja solucionado ou pelo menos que mantenha os pacientes sãos.
Talvez o que falte nos psiquiatras é uma postura mais observadora, mais atenciosa, com um tempo maior, como nos é apresentado no CVV. Os pacientes não precisam de alguém que passe cinco minutos e lhes dê um diagnóstico, precisam de alguém que passem algum tempo com eles, os escute, sem ter em mente nomes de doenças e transtornos e de remédios e sim um pouco mais de cuidado.
Vitor Akira - 14/0165355 Monitora Flávia
ResponderExcluirO texto apresenta testes feitos por David Rosenhan para avaliar os psiquiatras da época quanto à determinação da pessoa ser, ou não, insana. A primeira parte do texto explica o teste feito por Rosenhan. Ele chamou oito pessoas, incluindo ele, para se fingirem de insanas. Ao final do processo, ele concluiu que os psiquiatras não tinham ainda uma teoria bem estruturada para conseguir diagnosticar as pessoas como sanas e insanas.
A segunda parte do texto fala do teste feito pela própria autora do texto. Talvez, por ser testes feitos em épocas diferentes, o tratamento dos médicos e enfermeiras foram distintos daqueles citados por Rosenhan em seu artigo. Mas o resultado do exame não foi tão distinto do feito por Rosenhan. Os psiquiatras diagnosticaram a autora do texto com depressão e receitaram vários remédios. Assim como a blogueira, fiquei abismado com a quantidade de medicamentos descritos pelos médicos. Isso não seria necessário se o diagnostico fosse mais analisado pelos especialistas. Não há, também, a necessidade de descrever tantos medicamentos citados no texto, pois assim poderia prejudicar a pessoa quanto a dependência química de vários fármacos. O tratamento deve ser analisado também em conjunto com outros profissionais que possam ajudar a dar um diagnostico mais concreto e não apenas uma pessoa, que na maioria das vezes, por ter que dar um resultado rápido devido a demanda de pacientes, diagnosticar logo após ter acabado de conhecer o paciente.
Por fim, a sugestão quanto a forma de tratar o paciente (tanto na psiquiatria quanto na área da saúde) é induzir a formação de grupos de agentes que possam abranger outras áreas e promover um diagnóstico mais formalizado e concreto.
Dayla V. Gusmão 150033079 Monitor túlio.
ResponderExcluirEm algum momento você já pensou em ligar para seus amigos e convocá-los para um passeio diferente? Uma aventura? É bem provável que sua resposta seja sim.
Pois bem, foi isso que o psicólogo David Rosenhan decidiu fazer. Mas ele foi um pouco além de um passeio, o que ele queria na verdade era realizar um experimento, que, a meu ver, é um tanto delirante. Curiosos?? O estudo de David consistia em tentar se internar em uma clínica psiquiátrica com outros oito amigos, cada um em uma clínica diferente. Mas porque alguém faria um experimento desse tipo, dado que, se conseguissem a internação poderiam não sair de lá? O propósito de David era descobrir se os psiquiatras eram capazes de diferenciar uma pessoa “sã” de uma pessoa “insana”.
Mas como ele conseguiria provar sua hipótese e o que diria para ser internado? Bem, a ideia de David era dizer ao psiquiatra que ouvia uma voz e que essa voz dizia “Tum” uma simples e única palavra “Tum”. Esse seria o único sintoma, despois de o relatarem deveriam agir normalmente. O resultado de tudo isso? Sete dos pseudopacientes foram diagnosticados como esquizofrênicos e um deles com “psicose maníaco depressiva”.
Com esse estudo podemos, assim como David, fazer algumas observações. A primeira delas é: Quem possui o poder de julgar se uma pessoa é sã ou não? Os profissionais não estariam apegados demais às classificações? Há respeito à individualidade de cada pessoa?
Há aspectos interessantes no estudo de Rosenhan, como o fato de muitos internos terem compreendido que ele não era “louco”, coisa que os profissionais não foram capazes de fazer. A minha conclusão, talvez um pouco precipitada, é que os profissionais não são capazes de ver além do diagnóstico e são de certa forma, “cegados” por ele. Esse “cegamento” pode, até mesmo, levar à falta de humanidade durante o tratamento.
Claro que devemos levar em consideração que o experimento de David foi realizado em 1970. Por isso a também psicóloga e jornalista Lauren Slater, autora do texto, resolveu reproduzir o experimento. Ela realizou a mesma coisa que David. Disse que ouvia uma voz que dizia “Tum”. Lauren aponta algumas diferenças. Entre elas o atendimento que recebe, os profissionais são bem mais atenciosos. Ela não é internada, mas é diagnosticada como um pouco psicótica e bem deprimida, Lauren não dá certeza quanto a um diagnostico errôneo, pois ela já havia passado por clínicas psiquiátricas.
Mas existem detalhes na experiência de Lauren que merecem destaque. Alguns dos comportamentos do psiquiatra e do enfermeiro especializado que a atenderam passaram a impressão que há uma pressão sobre o profissional, ele deve apresentar um diagnóstico, ele deve descobrir o problema e ele deve solucioná-lo. A segunda observação que faço é que, mesmo sem uma avaliação profunda do quadro do paciente, os profissionais da área não hesitam em medicar o paciente. Creio que atualmente trocamos a internação pela medicalização, não encaro nenhuma delas como positiva. Não vejo com bons olhos a internação porque acredito que excluir o paciente do convívio social não é a melhor maneira de lidar com o problema, mesmo compreendendo que em alguns casos a internação é necessária para a segurança de todos. E na minha visão a medicalização provoca as mesmas consequências da internação, mas sem a necessidade de uma instituição. O texto é apaixonante em todos os aspectos.
Marco Aurélio Xavier da Fonseca - 15/0016859 - Monitora Carine
ResponderExcluirNormalmente, os médicos, psicólogos e psiquiatras tentam dizer quais pessoas são insanas na sociedade e a partir de então, tratá-las de acordo com o seu problema. Rosenhan decide testar, por meio de um experimento, a capacidade desses profissionais de fazer justamente o contrário. Ele tenta testar se os psiquiatras conseguiriam reconhecer uma pessoa sã no meio de muitas outras insanas.
No seu experimento, Rosenhan convocou 8 amigos para ajudá-lo. Cada um, incluindo ele mesmo, deveria ir a uma clínica de internação diferente e reportar que estava ouvindo um barulho em sua cabeça. Um simples "tum". Todos eles foram internados nas clínicas com diagnósticos pesados como esquizofrenia. Após passado o período de internação, Rosenhan publicou um artigo falando sobre a sua experiência e criticando a psiquiatria da época.
Seu artigo teve uma forte crítica por parte de um psiquiatra chamado Spitzer. Ele disse que o experimento de Rosenhan não havia sido feito em condições dignas de criticar o sistema de internação, já que um profissional da área parte do pressuposto que um paciente não está mentindo pra ele (coisa que Rosenhan e seus voluntários faziam para ser internados).
Apesar desse embate, anos depois a autora do texto decidiu realizar o mesmo experimento que Rosenhan fez. Ela foi a uma clínica de internação e se queixou do mesmo "tum" em sua cabeça. Após algumas perguntas feitas pelos médicos, ela foi diagnosticada como depressiva e foi receitada com antidepressivos e antipsicóticos. Isso aconteceu em todas as clínicas que ela visitou.
Isso mostra que a psiquiatria ainda tem muito o que evoluir, visto que os diagnósticos muitas vezes são dados de acordo com "modismos" do mundo acadêmico, como acontecia com a esquizofrenia e hoje, com a depressão.
Mariana Rocha Soares - 13/0125474- Monitora: Flávia
ResponderExcluirO texto traz uma proposta interessante acerca da análise de doenças relacionadas ao estado psíquico de pessoas. Eu particularmente não sou fã dessa linha de raciocínio em que conclusões são tiradas em estudos de casos isolados como se retratassem absolutamente um todo, mas é exatamente esta a forma em que essa questão foi abordada.
Na década de 70, onde o conservadorismo e o objetivismo eram marcas da sociedade ocidental, Rosenham vem com uma proposta de experimentar até que ponto essa análise objetiva poderia ser aplicada na psicologia. Observando os casos de vietnamitas que forjavam uma doença inexistente, o pesquisador faz um estudo no qual 8 pessoas deveriam fingir uma insanidade mental com base no argumento de “ouço alguns barulhos- 'tum-tum' ”. Com isso, nenhum deles foram diagnosticados sãos, justamente por não haver uma abordagem mais aprofundada da questão. Portanto Rosenham com isto expõe claramente uma falha na psicologia da época, atestando assim a necessidade de uma análise subjetiva, afinal cada pessoa é um mundo diferente e cabe ao psicólogo levar isso em consideração. Dada essa questão, Rosenham questiona o método usado para diagnosticar a insanidade das pessoas e Spitzer se opõe a ele nesta questão, defendendo os meios de diagnósticos utilizados até então.
Tempos depois, a autora do texto se propõe a repetir o experimento de Rosenham e ela pode notar uma certa diferença dos resultados antigos, percebendo que o tratamento atual ficou mais humanizado. Entretanto, a questão do diagnóstico permaneceu a mesma (uma prescrição de medicamentos), levando à conclusão de que o achismo diante de questões de sanidade metal ainda permanece evidente nos nossos tempos.
Minha impressão sobre o texto é que ele generaliza o caso particular da autora como se isso fosse vida de regra no atual contexto que temos vivido. Na época de Rosenham, pelo contexto social em que este vivia podemos ver que o resultado tem uma relevância verídica, entretanto no nosso atual contexto, em que tantas e tantas pessoas levantam a bandeira de que “cada um é um” declarando abertamente a subjetividade do ser, a autora peca ao construir uma hermenêutica que leva a conclusão de que “nada mudou”. Ora, basta olharmos para a nossa sociedade atual e ver o quanto mudou em comparação àquela época e poderemos ver que a psicologia também mudou.
Mariana Portal – 15/0017529 – Monitora: Gabriela
ResponderExcluirMuita gente quando indagada sobre a psicanalise ainda imagina aqueles manicômios onde os pacientes eram submetidos à lobotomia simplesmente para pararem de dar trabalho aos enfermeiros. Lugares sujos, onde os loucos eram destratados e tinham de cuidar da arrumação de muita coisa. Infelizmente, Rosenham não fez seu experimento numa época muito distante desta.
Ao perceber que muitos cidadãos utilizavam a desculpa da esquizofrenia para evitarem de ir a guerra, o pesquisador decidiu testar por ele mesmo o quanto os psiquiatras conseguem distinguir um são de um insano. O experimento baseava-se em ir a um hospital e relatar que estava ouvindo uma vo que dizia “tum”, fora isso todo o resto seria verdade, e, assim que entrasse no hospital, deveria dizer que estava se sentindo melhor e queria ir para casa.
Fez isso acompanhado de mais 8 amigos, e todos os 9 viraram pacientes dos consultórios psiquiátricos. O tempo de internação variou de duas semanas a mais de um mês, e o mais incrível foi que os pacientes dos consultórios sabiam que eles não eram loucos, que estavam fazendo alguma pesquisa.
Algo que me chamou a atenção foi que apesar de o tratamento nessas clinicas terem melhorado muito e tem sido cada vez mais humanos, o desespero por respostas não foi tão modificado assim. A autora do texto tentou refazer esse experimento muitos anos depois e, apesar de não ter sido internada, foi receitada com antidepressivos e antipsicoticos. Além disso, os médicos procuram a todo custo buscar explicações, quando Rosenham escrevia seus documentos de pesquisa dentro da clinica, aquilo foi taxado como “mania de escrever”, algo tipicamente esquizofrênico, e a autora do texto ao dizer que um vizinho morreu afogado na piscina logo foi explicado o porque de ela estar ouvindo um “tum”(seria o barulho dele caindo na agua).
Obvio que o experimento trouxe muitas controvérsias, em especial de um psicanalista chamado Spitzer, que alegou que os médicos estão lá para ajudar, e não para ficar duvidando se seus sintomas são reais. Isso levou a um hospital psiquiátrico falar para Rosenham enviar quantos pacientes falsos ele quisesse dentro de 3 meses que os médicos saberiam quem eram os sãos, apos o período de tempo alegaram que tinham do 48 pacientes falsos lá, sendo que Rosenham não havia enviado nenhum.
Isso nos faz pensar porque os médicos são assim. Por que insistem em medicar as pessoas mesmo não tendo certeza do que elas têm? A autora faz uma metáfora muito boa comparando a mania de sua filha de colocar band-aid nas coisas, ela diz que por mais que não saibam qual o problema que aquela pessoa tem, eles sentem necessidade de ampará-la pelo menos por aquele momento. Fazer cessar a dor. E isso mostra que apesar do passado sombrio, tanto a psicanalise quanto qualquer área de saúde tem sim muita humanidade por detrás.
Lucas Willian de Oliveira Rosa- 12/0017024
ResponderExcluirO texto “sobre ser são em lugares insanos” traz uma reflexão importante para a área da psicanálise. Acho importante levantarmos questionamentos acerca dos métodos de abordagem de problemas psíquicos de cada pessoa, entretanto devo afirmar que a análise do caso isolado da autora, como se refletisse uma mentalidade geral, é uma abordagem meio boba e infantil. Digo isto por que grandes descobertas que questionam uma determinada metodologia são embasadas em pesquisas muito mais profundas e com resultados mais significativos do que análises de pequenos casos.
Dito isto, minha crítica é que, para falarmos com maior propriedade acerca de um assunto, precisamos fazer uma fundamentação muito maior do que o resultado da sua própria busca. Certa vez um pesquisador teórico afirmou que “você pode obter o resultado que quiser, basta perder a imparcialidade no estudo proposto”. Podemos ver claramente que isto acontece com a autora do texto, que fez um estudo do seu caso particular e construiu um caminho que particularmente me leva a descreditar sua pesquisa. A imparcialidade do pesquisador é fundamental para garantir a qualidade de um estudo. Claro que o que a autora faz não é uma pesquisa científica profunda, mas ainda assim, se quisermos construir um raciocínio lógico válido faz-se necessário uma abordagem imparcial e meramente observadora do caso, e não foi isto que aconteceu, dado que a autora profundamente se envolve com o estudo do caso. No caso de Rosenham, o fato de ele ter proposto uma análise mais profunda e utilizado de algumas pessoas para também estudar a questão, podemos creditá-lo uma maior confiabilidade. Portanto, creio que este texto é pouco embasado em suas construções e também longe da imparcialidade necessária para abordar o estudo.
Pollyane C. dos Santos Ribeiro- 140159126
ResponderExcluirO texto traz a proposta bastante ousada do pesquisador David Rosenhan em seu experimento de texto os psiquiatras a as formas de diagnósticos utilizadas pelos profissionais em 1970. Este teste consistiu na corajosa "aventura" de David e mais oito amigos em se apresentarem em distintas casas para tratamentos psiquiátricos, mas todos apresentando um sintoma em comum, uma voz que dizia "tum". Assim, todos obtiveram internação imediata, que variou de sete a cinquenta e dois dias e resultou em oito diagnósticos de esquizofrenia e um transtorno depressivo, mesmo com este inofensivo sintoma que não pertencia À literatura da época. O que nos leva a pensar que os profissionais que os avaliavam tinham como único objetivo chegar a um diagnótico, estavam ali exclusivamente para isso, e para eles não importava escutar e conhecer o paciente, apenas rotular o seu problema. O que não acontece com os outros pacientes da clínica, que mesmo considerados com distúrbios conseguem olhar de forma humana e não analítica como fazem os psiquiatras e acabam eles, identificando que David e seus amigos são totalmente sãos.
Anos depois, ao tentar repetir o experimento, a autora do texto passa por diversas clínicas para assim fazer um paralelo com o experimento. Com isso, ela constata algumas mudanças positivas, como a forma de tratamento que mudou, ela foi muito bem tratada em todas, o fato de não ter sido internado, como havia acontecido no experimento anterior, mas o que não mudou foi a rotulação, ou seja, a necessidade de que ela não saísse de lá sem um diagnóstico e medicações prescritas, característica esta que está gritante nos dias de hoje. Não se pode ver uma criança mais ativa sem rotulá- la de hiperativa ou mais lenta sem rotulá- la com défict de atenção, o que nem sempre se confirma, pois esquecemos que cada um tem seu tempo e forma de aprendizagem.
Espero que com esse texto possamos olhar para as pessoas com mais sensibilidade e sem a necessidade de enquadrar seus comportamentos em doenças e distúrbios, pois mesmo as que de fato apresentam problemas concretos, não devem ser vistas apenas deste Ângulo.
Louise Caetano de Menezes 12/0152819 Monitora: Carine
ResponderExcluirAchei esse texto muito bom e me surpreendeu bastante, uma vez que eu imaginava a existência de métodos mais precisos ou de exames para diagnosticar certos transtornos.Sendo o método de diagnóstico baseado em listas de sintomas, é esperado que exista margem para erros. Um dos argumentos que os médicos que contestaram a experiência conduzida por Rosenham apoiavam era que como o paciente ia em busca de ajuda, os médicos não imaginariam que eles estariam mentindo. Mas fica o questionamento que se repete com a tentativa da escritora, por que achar que se tem a resposta? Por que os médicos passaram diagnósticos mesmo com sintomas insuficientes?
O ser humano e sua menta são altamente maleáveis, então é de se esperar que a variação de sintomas em individuos seja muito alta e muitas vezes categorias de transtornos acabam sendo gerados para se encaixar pessoas com novos sintomas. É o caso por exemplo do transtorno da personalidade limitrofe ou personalidade borderline, cujo diagnóstico é não amplo, que se torna fácil enquadrar a quase qualquer pessoa. Então o responsável pelo diagnóstico busca tanto encaixar a pessoa em algum transtorno que a coloca em um incorreto. Como dito no texto: "o diagnóstico esculpe o cérebro,e não o contrário".
No texto, a autora cita também um experimento feito em crianças de uma escola, onde era aplicado um falso teste de QI capaz de medir o potencial das mesmas para os anos por vir. O resultado foi impressionante quando as crianças com as maiores pontuações de fato, vieram a ter maiores ganhos, mesmo que o teste não tivesse real validade. Com isso se pondera também, como os fatores externos podem ser decisivos. O resultado do teste pode ter motivado as crianças e também aos próprios professores que devido ao diagnóstico, buscaram talvez se dedicar mais a esses alunos. O poder da tendencialidade é muito grande em um contexto de definição da realidade.
A experiência de Rosenham foi um grande divisor de águas e repercutiu de forma intensa em toda a visão que se tinha da psicanálise. Ela foi mais uma vez confirmada quando um hospital, querendo desfiar o teórico, disse que eles seriam capazes de identificar os pacientes sãos que lhes fossem enviados dos não-sãos. Grande foi a surpresa,quando estes julgaram ter encontrado 48 falsos pacientes enviados, quando na verdade o teórico não enviou ninguém.
Uma repercusão positiva foi a reestruturação dos modelos da psicanálise a remodelagem do guia de transtornos e suas características, o DSM. Que passou a ter mais pré-requisitos característicos que deveriam ser necessários em um paciente antes deste ter seu diagnóstico definido.
A autora do texto ao repetir a experiência, chegou a resultados muito interessantes. Ela pode perceber que o tratamento médico se tornou bem mais humanizado e atencioso. Mas, ela ainda sim foi diagnosticada como depressiva e lhe indicaram uma grande quantidade de remédios anti-psicóticos e anti-depressivos. Isso nos faz atentar para o fato de como o método de diagnóstico ainda é passível de erros, e que no nosso contexto atual, a pílula passou a ser a "solução" dos transtornos psiquiátricos diagnosticados, substintuindo a internação e sendo uma forma paliativa e imediatista de se resolver o problema
Desirée Duarte Lopes de Oliveira- 140059458- monitora Flávia
ResponderExcluirO texto é bem interessante. Apesar de apresentar um experimento e noções científicas, ele é simples e claro. O ponto que o texto procura ressaltar é a rotulação precipitada de alguns profissionais, para dar o diagnóstico simplesmente se baseiam em médias comportamentais.
Como é possível dar um diagnóstico e uma classificação para uma pessoa um ser tão subjetivo em apenas 10 ou 12 minutos? Isso pode acarretar erros de diagnósticos como foi mostrado com o experimento de Rosenhan de testar os psiquiatras sobre os diagnósticos na qual falharam.
O olhar do profissional muitas vezes é extremamente reducionista: só o que importa são as partes e os sintomas. Achei muito curioso no texto que os próprios pacientes tinham muito mais sensibilidade em saber que Rosenhan e seus colegas não eram esquizofrênicos. Isso me fez pensar até que ponto os métodos e tratamentos científicos são capazes de diagnosticar corretamente os problemas. Isso passa a impressão de que os médicos e acadêmicos em geral não gostam de dizer “eu não sei”. Os profissionais parecem buscar resolver os problemas apenas com comprimidos, que podem até ser bons, mas o fato é que há um exagero no uso deles ( afinal 25 antipscicóticos e 60 antidepressivos receitados para a autora do texto é surreal). É importante notar que o psicológico influencia as patologias.
O DSM e as classificações em geral parecem estar influenciados pelas idéias em voga, por exemplo, nos experimentos do texto, realizado por Rosenhan a maioria eram “esquizofrênicos” já o mesmo teste feito pela autora apontou para a depressão. Mesmo que as classificações tenham se tornado mais rígidas o profissional acaba se prendendo nos rótulos, em qual classificação os sintomas se encaixam, mas isso acaba sendo um paradigma, pois a nossa cultura é de classificação, classificamos muitas coisas até involuntariamente(com este comentário mesmo serei classificada com notas).
Por outro lado, levando em consideração as afirmações de Spitzer, o experimento pode ser controverso: realmente houve falhas nos diagnósticos, mas se a pessoa procura ajuda parte-se do pressuposto que algo está minimamente fora do normal e não completamente são como Rosenhan se apresentou no hospital.
Em um paralelo com outros temas, ao ler o texto me lembrei do texto anterior sobre o suicídio. O que menos importa para Rogers e para o CVV é a classificação, apenas ouvir é eficiente e até mesmo mais barato.
Samille - 10/0123112
ResponderExcluirMonitora: Carine
Lendo o texto, pude perceber que realmente a psiquiatria precisava de melhoras. No entanto, não estou completamente do lado do David Rosenhan. Para quem já teve a oportunidade de ler o texto, vimos que David e oito amigos resolvem fazer um teste e descobrir se os psiquiatras descobrem que eles não têm nenhum tipo de problema (depois de dizerem que ouviam um barulho “Tum”). O resultado foi surpreendente, eles foram classificados como esquizofrênicos.
Compreendi que a psiquiatria precisava sim de melhoras e que esse teste teve bons resultados pois, a autora do texto e também psicóloga resolve fazer novamente o experimento e as melhoras do atendimento e atenção ao paciente são visíveis logo de início. Porém, como um psiquiatra disse, se eu tivesse bebido um quarto de galão de sangue e chegasse ao hospital vomitando sangue, os médicos provavelmente achariam que tinha úlcera péptica.
Ele quis dizer com isso que, um médico e funcionário da saúde não acha que um paciente está mentindo quanto ao seu problema. Eles acreditam no que está sendo dito ou visto e a partir daí eles tentam ajudar.
Acredito que o fato de antigamente se ter um atendimento frio e desumano, aumentou a revolta de Rosenhan com a psiquiatria. Realmente, dá a entender que nessas casas se encontram as pessoas invisíveis para a sociedade. Tanto que ele relata o fato das enfermeiras agirem como se eles não estivessem ali. Os indivíduos que tem esses tipos de problemas merecem a mesma atenção que os outros, eles também têm sentimentos. Acho que as pessoas as vezes se esquecem disso.
Outra questão bastante debatida com esse texto foi o fato de existir um livro de diagnósticos e como os psiquiatras se esforçam para encaixar os sintomas dos pacientes nos distúrbios no livro. Na minha opinião, se por trás dessa pesquisa existe uma base estatística forte, acredito que com certeza a análise tem seu valor. Pois, para se fazer uma análise desse tipo os estatísticos devem ter sido rigorosos com as medidas usadas. Esse livro deve ajudar aos funcionários da saúde para se ter uma ideia do que pode se tratar o problema da pessoa. Só não acho que eles devam fechar a cabeça para outras possibilidades, o ser humano é muito subjetivo para se encaixar em um tipo de diagnostico. Mas a objetividade pode ajudar a compreender um pouco mais o subjetivo. Com o uso inteligente desse livro, os médicos podem ter uma direção ou um leque de opções sobre o que pode ser o problema do indivíduo que procura ajuda.
Outra questão que muito me incomodou foi o fato de se receitar tantos remédios para algo que as vezes nem os médicos sabem direito do que se trata. Não sou uma pessoa que gosta de usar muitos remédios justamente por achar que isso não deve fazer bem ao corpo. O que deu a entender é que muitos médicos não conseguem dizer que não sabem do assunto e acabam receitando remédios e remédios. Mas se a gente for olhar para o lado deles, também existe uma razão para isso. As pessoas na sociedade acham que os médicos devem saber de tudo e que se ele não sabe de algo, ele não é um bom médico. Primeiramente, precisamos entender que somos todos humanos e que não sabemos de tudo. Existe uma cobrança em cima dos médicos quanto a isso e acredito que por essa razão eles acabem receitam remédios sem se ter certeza da raiz do problema. E isso é um erro brutal. Estamos falando de vidas.
Acho que para melhorar essa situação toda, temos que mudar o contexto da nossa sociedade. As pessoas devem aceitar que médicos não sabem de tudo e os médicos devem aceitar que somos muito subjetivos para se resumir a apenas um livro (apesar de que como dito anteriormente, o livro de diagnósticos, na minha opinião, pode servir de grande ajuda). Essa é a conclusão que tiro desse texto que foi tão fácil de ler e que me fez perceber que tudo pode ter seu lado bom e ruim.
Gostei muito bom seus exemplos
ExcluirGostei muito bom seus exemplos
ExcluirTalita Lima dos Santos 10/0124241 - Monitora: Gabriele
ResponderExcluirO texto apresenta a experiencia de um psicologo que fez um experimento para mostrar que médicos estavam errados em rotular pessoas com certos tipos de doença sem ao menos fazer um diagnóstico completo, ressaltando dessa maneira a importância do diagnostico individual.
Na década de 70, um psicólogo e cientista, Rosenhan, decidiu investigar se os psiquiatras eram realmente capazes de diferenciar os "sãos" dos "insanos" nos hospitais. Rosenhan junto com mais oito pessoas foram para hospitais psiquiátricos diferentes, fingiram alguns sintomas e ao mesmo tempo analisaram se os médicos eram capazes de identificar se eles possuíam algum transtorno psiquiátrico. Eles aprenderam a não engolir os remédios e todos diziam ouvir uma voz que falava "tum. Se fosse perguntado, deveriam falar que a voz era exterior e que era do mesmo sexo que do até então “paciente” .Pode parecer um uma mera palavra qualquer , há motivo para esse argumento ser usado, pois para Rosenhan não existe na literatura nenhum relato de alguém ouvindo uma voz que fale apenas “tum”.
Rosenhan foi para um dos hospitais. Chegando lá falou sobre sua queixa (o "tum") e logo percebeu uma reação inesperada do médico.Ele foi levado à enfermaria, onde avaliaram sua pressão arterial, pulso e temperatura. Antes de ser liberado ele teve q ficar alguns dias internado e foi diagnosticado com esquizofrenia paranoide. Para surpresa de Rosenhan além dele mais 7 participantes da experiencia foram diagnosticados portadores de esquizofrenia paranoide, e um único com psicose maníaco-depressiva. Ele também conta sobre os próprios pacientes perceberem que ele não possuía uma doença e não teria razão para está ali, já os médicos não tinham essa percepção
Lendo o texto fiquei me perguntando quantos diagnósticos foram feitos de forma equivocada sem a menos o médico exercer seu papel de forma correta, de quase não olhar para o paciente e de imediato rotulá-lo com alguma doença. E o mais perturbador é que aceitamos o diagnostico prontamente, pois acreditamos neles, até porque um médico tem uma vasto conhecimento sobre essa questão. . Achei um fato até engraçado dos próprios médicos não perceberem que os pseudopacientes eram “sãos”, já os que possuíam algum tipo de transtorno mental sabiam que aquelas pessoas eram normais. Sei que não é fácil para um psiquiatra fazer um diagnóstico certeiro, mas quando isso acontece é porque tem algo errado.
Essa leitura acabou me remetendo as questões levantadas no texto sobre a CVV . Se fosse abordada a teoria Rogers como o texto sobre a CVV sugere, em que deve ser feito a abordagem centrada na pessoa, em que você deve ouvir o paciente, entender mais sobre sua vida, talvez não tivesse acontecido esses diagnósticos tanto de Rosenhan e seus colegas como de Lauren e tantos outros pacientes pelo mundo.
Achei intrigante essa ideia de Rosenhan de testar os médicos, fiquei imaginando fazer essa mesma experiencia no período em que vivemos. Possivelmente os resultados possam vir a se repetir, mas em doenças diferentes. O que seria muito frustrante, já que essas experiencias realizadas por Rosenhan deveriam sempre melhora a forma que o paciente deve ser diagnosticado e posteriormente tratado.
Yashmin Rossy 10/0127827 Monitora: Isabela
ResponderExcluirO texto apresenta um experimento de David Rosenhan em que o objetivo era saber se os psiquiatras estavam aptos a diferenciar pessoas sãs das pessoas insanas ou se eles tinham apenas um conceito pré-estabelecido em que encaixavam seus pacientes. Das oito pessoas que participaram do teste, fingindo apresentar um sintoma descrito como escutar um barulho denominado “tum” sete foram diagnosticadas com esquizofrenia e um com um tipo de psicose. Os oito voluntários do teste ficaram internados e na internação perceberam o quanto as clínicas de internação eram desumanas, isto é, os pacientes sofriam maus-tratos e também recebiam muitos medicamentos. Com esse experimento Rosenhan levantou questões como “os psiquiatras de fato conhecem as doenças mentais?” e o seu experimento mostrou que não, que a psiquiatria da época estava baseada em pré-julgamentos. A autora do texto resolveu fazer o experimento desenvolvido por Rosenhan e observou que com relação à época em que o teste original foi desenvolvido, o tratamento havia se tornado mais humanizado, contudo, o diagnóstico ainda se encaixou num modelo de pré-julgamento. Acredito que ao ler o texto possam surgir as seguintes questões “o que está por trás de tantas prescrições precoces de medicamentos?”, “ existe uma indústria por trás disso?”. Entretanto, o leitor não deve perder o foco da mensagem central que o texto se propõe a transmitir: que o mundo da psiquiatria veja o ser humano com a toda a sua subjetividade inerente. O fato de haver uma prescrição precoce, tanto da doença como dos medicamentos que o indivíduo deve utilizar para tratá-la, ao meu ver, não pode ser entendido como estratégia de manipulação de um ou outro grupo econômico e sim de um modelo de enxergar o indivíduo errôneo, que padroniza, estabelece pré-conceitos e pré-julgamentos. Podemos estabelecer um paralelo do texto com a nossa realidade, em que vemos uma grande quantidade de pessoas sendo diagnosticadas com depressão e o uso de medicamentos sendo prescrito, muitas vezes, na ausência de evidências claras que realmente comprovem a doença do paciente. Dessa forma, podemos nos questionar se de fato há realmente uma patologia ou se a falta de percepção da subjetividade de uma pessoa por parte dos profissionais da área decorreu em um pré-julgamento e no uso indiscriminado de medicamentos.
Ariel M.Maia- 14/0130969 Monitora: Isabela
ResponderExcluirA ideia em que o texto se baseia pode ser relacionada ao fato do ser humano ser subjetivo. Na forma de narrativa , a autora retrata os resultados entre o experimento realizado por Rosenhan, e a experiência dela própria anos depois. O tema que o texto critica não é exatamente a psiquiatria como um todo, mas talvez a raiz de seus protocolos: a classificação do ser humano.
Essa rotulação foi demonstrada como extremamente maléfica por Rosenhan em seu experimento. Embora, como apontado por Spitzer, os métodos utilizados possuíssem algumas falhas, o artigo mostrou como a psiquiatria, como a área nova que é se comparada a outras vertentes da saúde, possui uma base que pode ser considerada contra-produtiva, onde ao se objetificar e rotular o paciente, perde-se muito em termos de informação, e isso pode levar a diagnósticos errôneos.
No segundo experimento, realizado pela própria autora, percebe-se que as frequentes intenalizações observadas no primeiro experimento, hoje foram trocadas pelo tratamento à base de medicamentos, mostrando que infelizmente o problema ainda persiste. Mas é importante salientar que várias melhorias ocorreram entre os dois experimentos, onde a autora relata que recebeu um tratamento muito mais humanizado que o experimentado por Rosenhan e sua equipe, além de que o método de diagnóstco psiquiátrico, através de melhorias na DSM (Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais), foi finalmente protocolizado e ajustado ao contexto histórico em constante mudança.
A conclusão retirada do texto é que, embora precisemos de um ponto de partida para o estudo e tratamento da mente, onde o método de classificar e compartimentalizar os fenômenos seja o sistema mais antigo de estudo desenvolvido pelo homem, essa forma de trabalho é falha quando se trata do ser humano. Devemos lembrar que, como proposto por Rogers, cada indivíduo é único, e precisamos observar o contexto de cada um e sua subjetividade "particular" para melhor entendê-lo e ajudá-lo, algo que, felizmente, vem se tentando melhorar, como observado no uso de equipes multidisciplinares no tratamento de pacientes, e embora ainda vá demorar muitos anos para que se chegue num sistema realmente eficiente, muitos ja perceberam e se esforçam para alcançar esse objetivo.
Luscélia P Castro - 140026860
ResponderExcluirMonitora: Flávia
É notável que a vida do individuo muda demasiadamente depois de um diagnóstico mental, seja em sua própria percepção de si, quanto financeiramente e principalmente, de maneira social. Uma vez rotulado sempre rotulado, mas qual o nível de confiança esse profissional tem para mudar tanto a vida de alguém? E quais aspectos foram levados em conta para tal constatação?. Foi para responder essas perguntas que David Rosenhan decidiu fazer um experimento em hospitais psiquiátricos e testar a confiabilidade da psiquiatria.
Há de se levar e consideração que o espaço amostral que ele utilizou para fazer tamanha acusação foi pequeno, de apenas 8 indivíduos, porem, em se tratando de diagnóstico de saúde mental 8 diagnósticos errados já é bastante expressivo. Achei interessante que ao conseguir o feito de adentrar como paciente diagnosticado com esquizofrenia, Rosenhan relata que pronto para os médicos ele estava invisível e chegava a sofrer com maus tratos, mas que os outros pacientes perceberam que ele não era doente mental, que ele estava infiltrado, enquanto que os responsáveis que deveriam prestar atenção nele não percebiam. E posteriormente ao experimento, Rosenhan enviou um comunicado há alguns hospitais que ele havia infiltrado alguns pseudopacientes, e os hospitais responderam com total convicção que detectaram 40 pacientes infiltrados, quando Rosenhan não havia enviado nenhum. E vemos nisso o nível de confiança que eles próprios depositavam em seus diagnósticos.
Spitzer aparece como principal crítico contestador do experimento e defensor da psiquiatria, mas o mais importante é que essa "briga" deles acrescentou muito à classe. O DSM II (Diagnostic and Statistical Manal) era o manual de diagnóstico que estava em vigor quando Rosenhan fez o experimento, e ele descontextualiza as doenças e distúrbios, apenas indicando que se o paciente apresentasse tais sintomas ele teria tal doença. E então após a bomba do experimento, o DSM III liderado por Spitzer, umas de suas principais modificações foi que deveria-se contextualizar mais o paciente e que a observação deveria continuar mesmo depois do veredito.
Quando a autora decide fazer o experimento também e recebe de 8 hospitais diferentes o mesmo diagnóstico, de depressão psicótica, apesar de ela relatar não receber internação e ser bem tratada, diferente do primeiro experimento, é interessante como a indústria farmacêutica se mostra muito presente, pois ela já deverá fazer uso de antidepressivos e antipsicóticos mesmo após apenas uma consulta. Como o próprio crítica diz, as doenças são modais, na época do primeiro experimento a doença mental da vez era esquizofrenia, e agora além da depressão, como diz a blogueira, temos o alto grau de diagnósticos de pessoas com TDAH, e percebemos como a maioria dos testes são falhos e já é prescito ao individuo o uso controlado de Ritalina, o remédio da moda, sem ao menos saber ao certo seus efeitos à longo prazo.
O link abaixo é sobre como a industria farmacêutica pode estar por traz de muitos diagnósticos:
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2015/04/como-a-industria-farmaceutica-prejudica-a-sua-vida.html
Esse vídeo é sobre os efeitos dos antidepressivos:
https://www.youtube.com/watch?v=3AoXf3mpsTM
Luiz Felipe Vilela - 11/0016262
ResponderExcluirÓtima introdução da blogueira ao observar que diferenciar sãos de insanos é algo contra intuitivo comparado a separar insanos e são. David Rosenhan conseguiu com extrema simplicidade usar a subjetividade inerente do ser humano para mostrar que o processo para detecção de insanidade usada na época era falha. Entretando, a blogueira não comentou que o forma romanceada do texto facilita a leitura, mas também traz elementos de descrição que podem vistos como complemento para auxilio, contexto e melhor visualização durante a leitura ou serem desconsiderados.
Assim como o texto anterior sobre hipnose, a subjetividade e um método qualitativo são utilizados para uma conclusão coesa. Também não citado no texto pela blogueira o contexto em que cada experimento foi realizado. O argumento de que o mundo é visto pelas lentes que lhe é colocado traz a tona o lado humano dos psiquiatras. Quando Rosenhan fez o experimento havia um movimento de que esquizofrenia era algo quantitativamente comum, assim como a depressão atualmente como provou a autora. Outra diferença está no procedimento para o tratamento. A esquizofrenia levava a internação, a depressão leva a prescrição imediata de remédios (depressão que tem seu número de diagnósticos que aumenta pesquisa após pesquisa). Ambas análises rotuladas e com algo comum: a ausência da resposta “não sei”. Spitzer, críticos dos trabalhos de Rosenhan tem seu mérito a atualizar o DSM (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders) para a terceira versão e incluir métodos quantitativos para as análises. Eu particularmente prefiro uma análise desta forma na maioria dos cenários, incluindo este. Mas as lentes em que o mundo pode ser visto rondam a análise de Spitzer: “o empenho de prescrever impulsiona o diagnóstico nos nossos dias (...), de maneira bem parecida com empenho em patologizar que impedia o diagnóstico nos dias de Rosenhan”. A resposta ao questionamentos da blogueira disparados através do estudo de Rosenhan sobre contextualização ao invés de rótulos ainda permanence em um bem humorado “pendente”. O grande mérito de Rosenhan é trazer o questionamento, para que assim seja feita um aprofundamento e a refinação da teoria psiquiátrica.
Lucas de Azevedo Levino - 10/0056903 - Monitor: Rodrigo
ResponderExcluirEste texto revela o experimento feito por David Rosenhan, onde ele reuniu 8 amigos para testar sobre a capacidade dos psiquiatras de saber diferenciar os sãos dos insanos. A missão passadas para esses 8 amigos era que ao chegarem em um hospital psiquiátrico ele deveriam falar que estavam escutando uma voz, e que apenas escutavam “Tum”. E que durante a entrevista ele deveriam responder a verdade exceto o nome verdadeiro e suas profissões, pois isso acabaria influenciando no diagnóstico. Após essa entrevistas todos os pacientes falsos foram internados, passando dentro do hospital aproximadamente 19 dias onde foram diagnosticados com esquizofrenia e psicose.
Todos foram aconselhados por Rosenhan a não se submeterem aos remédios impostos pelo psiquiatra responsável e ao adentrarem o hospital que passassem a agir normalmente. O fato curioso desta atitude foi que os médicos e enfermeiros do hospital não percebiam que eles eram realmente normais mais por outro lado, os intitulados loucos percebiam e ainda falavam com ele que eles não eram loucos.
Ao final deste experimento Rosenhan escreveu um artigo criticando os métodos que os médicos tinham para diagnosticar os loucos. Contudo um dos psiquiatras mais famoso na época Robert Spitzer se defendeu, criticando o artigo e justificando seus prognósticos.
O interessante desse embate foi que os psiquiatras utilizavam um “manual” para dar o diagnóstico ao paciente chamado de DSM escrito por Spitzer e demais médicos e após o artigo de Rosenhan o DSM foi reescrito e melhorado a fim de se evitar a internação prontamente.
Além do mais Sptitzer afirmou que o fato ocorrido com os falsos pacientes de Rosenhan nunca mais aconteceria, onde dificilmente um paciente receberia um diagnóstico errado. Porém no desenrolar do texto a autora decidiu reaplicar o experimento de Rosenha, só que dessa vez sozinha. Ela passou por 8 hospital e em todos dizia a mesma coisa, estava ouvindo uma voz que dizia “TUM”. Em todos ela foi diagnosticada com depressão e foi receitado antidepressivos e antipsicoticos. Neste ponto a autora esclarece que médicos foram mais acolhedores e recptivos porém relatou que a consulta não passava de 12 minutos, um tempo muito pequeno para diagnosticar uma pessoa como louca.
Com isso ela mostra que Spitzer estava errado e o diagnóstico rápido ainda pairava.
Rodolfo Fernandes Bianchi Fava 13/0036757 Monitora: Flávia
ResponderExcluirO texto “sobre ser são em lugares insanos” põe em xeque a credibilidade dos diagnósticos e tratamentos psiquiátricos, que, de certa forma, exercem grande influência na sociedade ocidental. Um diagnóstico, por exemplo, pode rotular uma pessoa como incapaz de exercer a função de pai/mãe ou de quantificar a possibilidade de um prisioneiro ser reabilitado.
Na parte inicial do texto, David Rosenhan, um professor de direito e psicologia da renomada Universidade de Stanford, decide colocar à prova a metodologia de instituições psiquiátricas, pois possuía a convicção de que a abordagem delas estava completamente equivocada e que o era havia décadas.
O ano é 1970, e Rosenhan convence 8 amigos a participar de um experimento em hospícios: Relatar ouvir uma voz que dizia “Tum” havia 3 semanas. Esse sintoma não seria suficiente para categorizar o paciente em nenhum quadro clínico, segundo pesquisou David. Contudo, o experimento consistia em observar como os médicos lidariam com essa singularidade.
Uma vez que o experimento foi colocado em prática todos os pacientes foram internados. A média de dias de internação foi de 19, alguns ficando pouco mais que uma semana e outros chegando até a 52 dias de isolamento. Rosenhan relatou que, durante seu “tratamento”, o hospital no qual se encontrava destratava os pacientes: surras e ofensas verbais faziam parte do cotidiano da clínica. David Rosenhan foi diagnosticado com esquizofrenia paranoide, e assim como os outros voluntários, recebeu alta, ou como dizem no meio clínico: “em remissão”.
“Em remissão”, segundo seu mais intenso crítico Sptizer, significa “sem sinais de doença”, o que revela uma incrível contradição dentro do próprio tratamento. Se não há sinais de doença, por que classificaram os pacientes anteriormente com diagnósticos como “esquizofrenia” e “psicose maníaco-depressiva”? O diagnóstico precede o tratamento ou estaria alheio a ele?
Ao fim do experimento, Rosenhan publicou na revista Science o artigo “Sobre estar são em lugares insanos” e causou um terremoto no mundo da medicina, e um tsunami devastador no que era a psiquiatria até a década de 70. Spitzer, após suas frustradas tentativas de desconstruir o experimento, criou em conjunto com outros especialistas uma versão atualizada do DSM (Diagnotisc and Statistic Manual, uma espécie de Bíblia da Psiquiatria) que buscava anular qualquer ambiguidade da versão anterior, tornando as classificações ainda mais precisas e quantitativas. Spitzer, ao fim desse árduo trabalho, bradou que esse episódio nunca voltaria a acontecer.
No entanto, a autora do texto surpreende revelando que ela, em pleno século XXI, resolveu repetir o experimento de Rosenhan, atentando aos seus mínimos detalhes. Apareceu em clínicas psiquiátricas relatando ouvir a mesma voz “tum” e somente isso. Ao contrário da primeira realização do experimento, ela não foi internada nenhuma vez, e, pelo contrário, foi muito bem tratada pelos médicos.
Os psiquiatras, ao invés disso, deram o diagnóstico de “depressiva” para “Lucy” (identidade tomada de uma amiga da autora), e receitaram antidepressivos e antipsicóticos para a paciente.
A autora então liga para Spitzer e conta como foi a experiência. Spitzer, com uma certa relutância por ser psiquiatra da velha escola, admite que está decepcionado com o procedimento que médicos tomam para diagnosticar os pacientes. Diz que os médicos simplesmente não sabem dizer “não sei”.
Algumas pessoas entrevistadas dizem que David derrubou a psiquiatria quase que sozinho, contudo, pesquisas anteriores revelaram os problemas que os rótulos e classificações provenientes de instituições respeitadas causam nas pessoas, como exemplo o “Teste de Harvard de Aquisição Inflictiva”, realizado em 1966, que indicava que um grupo de crianças era mais inteligente que as demais. Os resultados desse teste, que não tinha embasamento nenhum (propositalmente), uma vez publicados, fez com que as crianças do grupo “mais apto” obtivessem um desempenho superior às outras crianças.
O texto trata sobre a psiquiatria como instituto de tratamento mental, a primeira questão sobre a psiquiatria diz respeito a sua historiografia, ou seja, as décadas de 30 até a década de 60 em que a psiquiatria era considerada como a base para a explicação dos problemas humanos no quesito mental. A própria se desenvolveu fundamentada na psicanálise de Freud e na neuroquímica do cérebro como complemento orgânico para as questões emocionais e comportamentais. Nesse contexto, surgiu o experimento que alterou os rumos da psiquiatria em que um psiquiatra organizou com mais outros colegas provenientes de distintos ramos profissionais e com diferentes formações biográficas uma visita a diversas instituições de saúde mental em diferentes regiões geográficas dos EUA. Essas visitas tinham o intuito de compreender como é o processo de diagnóstico, interdição e tratamento em hospitais psiquiátricos. O método para ser interditado foi chegar a uma instituição psiquiátrica e relatar um sintoma específico. Uma alucinação auditiva restrita ao signo Tum. Esse único indicativo foi responsável por fundamentar em termos de diagnóstico clínico a interdição de todos os indivíduos. Durante a estadia, eles relatavam ao corpo clínico que não apresentavam mais o sintoma específico. Esse relato de nada adiantava, visto que a partir do rótulo inicial de esquizofrênico, comum a todos, o paciente perdia o direito ao próprio corpo, era visto como um objeto, havia uma re-simbolização ou perda de status em que o paciente só era lembrado na hora do medicamento. O tratamento em termos gerais era desumano e agressivo, sem o menor treinamento seja da equipe de enfermagem, seja da equipe de médicos psiquiatras. Um fato inusitado corresponde ao ponto em que os pacientes verdadeiramente interditados foram capazes de identificar os membros da pesquisa infiltrados ao retrata – los como jornalistas ou professores. Por fim, os prazos em que cada um deles recebeu alta foi de 7 a 52 dias eles foram progressivamente liberados de modo arbitrário com uma declaração de sintomas em remissão. A repercussão do caso foi imediata e os efeitos podem de certo modo serem medidos em virtude da quantidade de objeções que foram realizadas pela psiquiatria através da critica ao artigo publicado na revista Science. A conseqüência direta desse experimento na comunidade foi o DSM 3 que trouxe como grandes modificações um processo de diagnóstico com muitos critérios em especial em quantidade de sintomas e em tempo de duração desse quadro sintomático para a atribuição do diagnóstico, se tornou procedimentalmente mais rigoroso em termos formais se classificar um indivíduo, todavia, segundo o texto esse processo foi mais arbitrário do que fundamentado e não foi baseado na principal questão a respeito da psiquiatria no mundo, o substrato bioquímico das doenças psiquiátricas. Um novo experimento foi realizado seguindo o mesmo padrão de quadro sintomático prévio. Nesse caso, foi verificado um diagnóstico em torno de 12 minutos não houve interdição em função do não perigo a vida ( suicídio ou homicídio ), assim como, foi verificada uma humanização das relações entre corpo clínico e paciente.
ResponderExcluirO conceito de normal ( normalidade ), corresponde a padrões comportamentais que são majoritariamente realizados em um dado contexto sócio cultural, uma definição presente no livro método sociológico de Durkheimm define o normal como o “padrão geral existencial e coletivo”, ao contrário o conceito de equilíbrio envolve um quadro mais amplo que trata sobre a sensação de bem estar psico - emotivo Logo, um novo foco no equilíbrio aliado a aprimoramentos na causalidade bioquímica e na terapêutica de tratamento tendem a refinar os mecanismos epistemológicos da psiquiatria
Naira Carolina matricula 11/0149351 monitor Rodrigo
ResponderExcluirO texto fala sobre um experimento de David Rosenham em hospitais psiquiátricos , em que ele juntou um grupo de 8 pessoas para se fingirem de doentes para comprovar como os psiquiatras estavam errando nos diagnósticos dos pacientes . e durante o experimento todos os voluntários foram diagnosticados como esquizofrênicos ou psicose-maniaco depressiva , sem ao menos terem tido uma consulta qualificada foram diagnosticadas apenas por dizerem que ouviam barulhos .
Achei bastante interessante esses textos, pois trás uma reflexão sobre o nosso comportamento em devidos lugares , pois a partir do momento que passamos a viver em ambientes estranhos e com pessoas que possam a ter algum tipo de doença mental começamos a agir também na mesma forma , e que a psiquiatra erra muito nos diagnósticos que fazem , e que é importante antes de tratar um paciente buscar entender o ambiente em que ele vive e como ele vive , principalmente porque em muitos casos pacientes são diagnosticados com depressão e começam a usar medicamentos e que por muitas vezes são desnecessárias .