Década dos erros
É fato
que estamos vivendo uma década do Cérebro repleta de descobertas e avanços, que
vem despertando a empolgação dos cientistas e até das próprias pessoas.
Mas como
nem tudo são flores, essas descobertas com relação ao Cérebro trazem à tona uma
problemática muito presente em nossa sociedade, o determinismo neurogenético. “Mas
o que seria isso?” Seria reduzir o ser humano à genes e ao cérebro. “Certo, mas
o que isso significa na prática?” Significa que se uma pessoa é gay, é porque
ela possui um cérebro gay, significa que pessoas são violentas porque tem um
cérebro violento e que as pessoas são negras porque possuem deficiências genéticas.
“MEU DEUS! QUE ABSURDO” E não para por aí.
Segundo
os deterministas, os problemas podem ser sociais ou biológicos, sendo que os
segundos definem os primeiros. Ou seja, os crimes que ocorrem na sociedade são
causados por fatores biológicos inerentes aos criminosos e não porque existe
uma construção social ou um contexto por trás disso. “NÃO, NÃO, MIL VEZES NÃO,
ISSO TÁ ERRADO”. Para eles e para o governo não...para pra pensar: o que seria
mais interessante para o governo, dizer que os sem tetos são assim porque eles
tem problemas no cérebro ou porque o Estado não possui políticas públicas
dignas de resolver tal problema? É óbvio que para o Estado dizer que tudo é
problema do Cérebro ou do Gene, ou seja que todos os problemas são de cunho
biológico, é mais vantajoso porque tira de suas costas toda a responsabilidade
social.
Quer dizer então que o Brasil é violento por
causa do genótipo ou do cérebro da população? “Será que os deterministas não
veem o óbvio?” Eles veem e até reconhecem o social como um fator importante,
entretanto é melhor para eles sustentar as desigualdades existentes para terem
a quem culpar. Outra coisa importante sobre eles: eles adoram números,
quantificar é com eles mesmos, amam estatísticas. Engraçado, né? Como eles
conseguem reduzir o ser humano (complexo e não reduzível) a meros, números,
tabelas e gráficos?
Será que o Extremista é assim por causa do Cérebro?
Sera que o alcoólico tem um Cérebro alcoólico? Será que o Cérebro de uma pessoa negra é negro também e menor que o dos Brancos? Será que o racismo também está no cérebro?
Não
estou criticando os avanços ou o estudo do Cérebro, mas estou assim como o autor
do texto, dizendo que olhar os problemas é determiná-los em função do cérebro
ou do gene está errado. Aí você me diz: “FLÁVIA, NO PRIMEIRO TEXTO DO BLOG VOCÊ
MOSTROU QUE O CÉREBRO DE MONGE ESTAVA SENDO ESTUDADO, SERIA ISSO ERRADO?” Não
de maneira nenhuma, ali o monge não foi diagnosticado, ele participou da
pesquisa por vontade própria e ainda ajudou a construí-la . E em nenhum momento eles
disseram “ele é assim por causa de seu cérebro, pela sua construção genética”
mas eles analisaram o contexto, o social e as práticas de Öser para tirarem
suas conclusões. Agora se pegamos o último texto do Blog vemos que agora os
rótulos estão baseados na neurogenética.
E o mais
interessante disso tudo é que o autor do texto sobre o qual escrevo estuda o
cérebro também, todavia em seu texto ele faz uma crítica ao reducionismo
pregado pelo determinismo, defendendo assim um diagnóstico baseado na relação
entre os fatores sociais, individuais e biológicos.
Nos
últimos textos temos visto o quanto é difícil levar em conta a VARIAÇÃO que
existe entre os seres humanos. Não adianta criar rótulos, padrões e
estatísticas, porque nenhum é capaz de demonstrar a realidade da natureza
humana 100% como ela é. O mais divertido aqui é pensar que a própria estatística
leva em conta os erros em suas contagens, erros esses sendo a variação,
enquanto que os métodos deterministas não conseguem admitir que o ser humano é variável
e não pode ser analisado como algo fechado. POR QUE NÃO DIZER: EU NÃO SEI!
Porque não contextualizar tais diagnósticos, por que não ser humanos e levar em
conta sua própria experiência como indivíduo variável em diversas
características e dizer não à padrões e determinações? Por que?
Referência: Rose S. A. (1997) perturbadora ascensão do determinismo neurogenético. Ciência Hoje, 21, 18-27.
Kauane Santos - 120034620 Monitora - Carine
ResponderExcluirCara Blogueira, concordo totalmente com as ideias que você manifestou a respeito do texto. Acho muito importante os estudos do cérebro, até porque é necessário entender melhor o funcionamento dos nossos pensamento e o que influencia muitas vezes nossas ações, ou até quais partes são ativadas dependendo do que estamos sentindo. Também considero a genética fascinante, pois é mais que incrível compreender e saber se pode ter uma doença consequente do gene que carrega. Entretanto, o determinismo neurogenético afirma que o gene é responsável por características como ser violento, alcoolista, e ainda pior, homossexual. Dessa forma este determinismo mostra um caráter reducionista e preconceituoso, pois no caso do homossexualismo, por exemplo, escolher essa opção sexual não é necessariamente algo ruim ou errado, e por conta disso os genes não podem ser responsáveis, até porque é comum casos homossexuais em famílias machistas e tradicionalistas. Bom, considero ainda que o que influencia as atitudes de um individuo seja o meio externo, concordo com o texto ao pensar que é possível juntar o social e o biológico, porém o biológico não é capaz de explicar tudo. Pode ser que estudos futuros encontrem as causas das atitudes do ser humano, mas para isso deve ser considerado seu contexto, história de vida e ainda a subjetividade do individuo. Mesmo este sendo o ponto principal do texto, achei ainda mais absurdo quando resumem o individuo a números, utilizam o termo agressivo e assim o denominam para quantificar a prevalência da violência em determinado lugar. Um termo em si já é algo variado e pode abranger diversas coisas, por exemplo, dentro de corrupção, entraria roubo, calunia, difamação, negligência, entre tantos outros, mas se for quantificar o individuo apenas dessa forma, o respeito as subjetividades do ser deixam de existir. Algo ainda relevante de ser citado é que não se atribui o gene a problemas da sociedade de classe média e alta, como a corrupção que citei acima, Brasília atualmente está um caos consequente de atitudes do governo, mesmo assim não tem ninguém quantificando a causa disso, ou se os genes das pessoas responsáveis e que a praticam a corrupção tem as mesmas modificações. Concluindo, o que mais concordei no texto foram as críticas da autora, pois ela contradiz esses pensamentos, como referente a reificação que é converter um processo dinâmico em estático, isto não necessariamente é possível, principalmente quando nos referimos ao ser humano.
Por fim, concluo meu posto afirmando que achei este pensamento trazido pelo texto preconceituoso, e acima de tudo irrelevante, pois não o considero como uma contribuição cientifica. Apesar disso, é interessante sabermos da existência de tais questões para que possamos assim compreender melhor o pensamento do homem para com o outro individuo. E ainda consigo entender que a busca por estas causas sejam tão desesperadoras porque se conhecêssemos estas, seria possível reduzir as atitudes consideradas erradas da sociedade, como o suicídio, o roubo, o alcoolismo, entre tantas outras que tentam ser explicadas por alguma causa especifica.
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ResponderExcluirAldenôra Simões Cavalcanti 12/0048949 Monitora: Gabriela
ResponderExcluirO texto original fala sobre o determinismo neurogenético que diz ser capaz de explicar tudo, da violência urbana à orientação sexual. Por exemplo, a pessoa é deprimida porque têm um cérebro deprimido, genes da depressão. A pesquisa busca identificar os genes que afetam o cérebro e o comportamento, como a violência, ela se deve ao gene. Não há limites para os poderes do DNA. O que não é efeito dos genes é conseqüência de problemas biológicos ocorridos na gravidez, defeitos no nascimento, etc. Não vi nada que o leitor deve desconsiderar para não perder o foco, visto que todo o texto tem uma única linha de raciocínio. Achei o fato de que os estudos foram feitos em pessoas de classe menos favorecida e negra, ser um ato preconceituoso. Então quer dizer que pobres e negros, tem falha na constituição biológica? Todos eles serão propícios a ser violentos por ter “genes violentos”? Creio que o problema é mais embaixo, pessoas de classe altas e brancas podem cometer atos violentos também, o que já se foi visto. Tudo depende da situação social, da subjetividade de cada um. Não que o estudo reducionista do cérebro seja um erro, ele pode acrescentar muito em muitas situações, como em diagnostico e possível cura de doenças genéticas, como Parkson. Mas algo tão subjetivo como violência, e opção sexual, não é um estudo ou uma ciência concreta, depende sim da subjetividade de cada um. Há muita manipulação estatística, onde se dá ênfase em situações sem entender o que vem por trás. Foi visto que a agressão se deve a perturbações nos mecanismos da serotonina, um neurotransmissor. Esse é um tipo de informação que se deve levar em conta, mas as alterações bioquímicas cerebrais são conseqüências, não causas da violência. Dessa forma os diagnósticos ficam apenas baseados na resposta farmacológica e não na síndrome clinica em sim. Achei o texto bem interessante, de fácil compreensão e bem objetivo na proposta e concordo com as ideias propostas pela blogueira.
11/0016262 - Turma D
ResponderExcluirA autora discorda veementemente que a simplificação dos comportamentos não podem ser reduzidos a apenas ao determinismo genético. Ao qual já concordaria antes da leitura. Esta simplificação tem um limite e não se deve desconsiderar outros aspectos biológicos e os sociais para tais objetivos. São elementos não exclusivos. Assim como descreve o autor. Também é comentado sobre rótulos sobre aspectos genéticos: o que é previsível dado esta forma de estudo. Algo que tente explicar de forma generalizada pode ser chamado de rótulo.
Um ponto que não foi dado destaque na resenha é a que as técnicas mais avançadas para imagens e verificação química do cérebro não possuem mais que trinta anos. O uso dessa técnica pode induzir ao pensamento determinista. Ponto também não comentado no texto e deveria ter sido constado ao invés de dar vários exemplos e nomes que não acrescentam muito ao artigo. Entretanto, é interessante observar a evolução de pensamentos determinísticos. Nos primórdios por exemplo, acreditava-se em predestinação.
Há de reconhecer o mérito do estudo da genética. Assim como a blogueira comenta, é possível através da probabilidade dizer que um indivíduo irá ter uma chance de desenvolver algum distúrbio no futuro, inclusive comportamental. Os métodos probabilísticos e estocásticos também tem limites de abrangência e acerto. Ou seja, mesmo falando que 99% de um grupo de 5.000 pessoas terá o distúrbio, ao apontar para apenas uma, ela tem 1% de não possuir este.
Mas devemos ficar atentos a atenção e repercussão dada ao assunto. Especialmente em conclusões de artigos científicos ou conclusões a partir deles. Na forma como foi colocado no texto, atribuir a origem de um modo de viver ao genoma humano é algo que um governo realmente pode dizer para se livrar de problemas sociais. Parece até uma teoria da conspiração, não é? Então a principal crítica neste contexto que estávamos debatendo é justamente para sermos críticos.
Aluna: Priscila Taís de Oliveira Morais Matrícula: 11/0136659
ResponderExcluirMonitor: Túlio
Obs: Túlio agora que fiquei ciente de que você é meu monitor, pois o professor não me avisou com antecedência quem era, queria muito que você avaliasse meus outros comentários das outras atividades, para eu não ficar prejudicada na nota :/. Aguardo respostas! Abç.
O ponto principal desse texto é a inferência aos deterministas que consideram os comportamentos e atitudes humanas inteiramente ligadas ao cérebro, uma questão biológica. Para eles, o fator social deve ser ignorado quanto a essas influências, pois eles não aceitam que haja variação no homem nem ao estudá-lo, sendo ele construto de uma série de fatores biológicos, sociais, culturais e políticos.
Acredito o fato de se investir tanto em uma abordagem biopsicossocial na área da saúde, que historicamente sempre reduziu o homem e o seu processo saúde-doença ao fator biomédico, justamente para desconstruir e ampliar essa visão reducionista que os deterministas tem, pois hoje, sabe-se mais do que nunca que o homem além de biológico, por si só, sua identidade, personalidade são construídas pelo contexto o qual está inserido, e que irá determinar seu comportamento, conduta perante a sociedade, mas nunca determinar, pois também segundo o pensamento do psiquiatra Erick Erikson com relação ao desenvolvimento da identidade do homem, a formação da identidade é um processo que dura a vida toda, rejeitando as idéias de que a personalidade é fixa e a vida é determinada.
Um dos maiores deterministas já conhecido, foi Freud, em sua Teoria da Psicanálise, embasada na questão da sexualidade, afirmando que a identidade dos indivíduos era determinada formada por volta dos 5 ou 6 anos, e não ifria variar conforme o passar do tempo, o que foi contestado por vários estudiosos, inclusive por Erick Erikson.
Se o estado brasileiro fosse seguir a linha determinista, a exemplo, dos negros ser a população que está mais envolvida com a criminalidade e violência, segundo o levantamento das estatísticas e notificações, iria considerar que todo negro seria em algum momento da sua vida um ser violento, e daí qual sentido teria a criação da Constituição Federal, que por lei, defende a igualdade entre todos independente de raça, gênero ou opção sexual? Nenhuma!
Apesar da visão radical e um tanto errônea dos deterministas, na sociedade brasileira, isso deixou fortes influências, sendo o preconceito a principal e grande marca desse fato. Uma sociedade que apesar de lutar pela “igualdade” entre todos, ela ainda continua sendo utópica. O negro é o” favelado”e o “violento”, o deficiente mental é o “retardado” e “burro”, o homossexual tem alguma “doença mental”, seu cérebro é “gay”, etc. Sim, infelizmente essas determinações ainda existem
Marcele de Fátima – 11/0130626 – Monitora: Flávia
ResponderExcluirUm ramo da ciência que tem feito grandes descobertas e ganhado cada vez mais relevância nas últimas décadas é a genética. Ideias antes possível apenas em histórias de ficção científica, como a clonagem, ganharam concretude com as pesquisas desenvolvidas nessa área, como é o caso da ovelha Dolly. Os avanços não param aí. Engenharia genética, projeto genoma, transgênicos, e vários outros são alguns dos grandes exemplos de sucesso alcançados nesse campo. No entanto, com o crescente êxito da genética surgiu à ideia de que todas as nossas características físicas e psicológicas são produtos dos nossos genes. É o que chamamos de determinismo neurogenético.
Você se acha parecida com sua mãe? E com seu pai? Temperamentos idênticos ou de semelhança impressionante? Mesmas ideias e valores de vida? Não?! Algo deve estar errado então…
Baseado no determinismo neurogenético se seus pais são alcoólatras você também deveria ser um, se são infiéis você também deveria ser, se a vida foi desestruturada, a sua também será. O determinismo neurogenético proclama ser capaz de explicar tudo pela genética, da violência urbana à orientação sexual. Nessa visão, a influência do meio social é deixada de lado. Pensamentos retrógrados como esse é um prejuízo para a ciência. Sabemos que os genes possuem uma grande influência na determinação de características físicas e certa influência em aspectos psicológicos, especialmente nos primeiros anos de vida. Entretanto, todas essas influências interagem com o meio em que nascemos e vivemos. Se nossos genes determinassem tudo o que somos, então gêmeos univitelinos (com o DNA idêntico), seriam exatamente iguais, física e psicologicamente. Entretanto, é comum encontrarmos gêmeos com personalidades completamente diferentes, muitas vezes chegando a ser até mesmo antagônicas.
O texto “A perturbadora ascensão do determinismo neurogenético”, Steven Rose demonstra o quão absurdas são as teses daqueles que defendem esse ponto de vista. Muitos pesquisadores dessa vertente tentaram encontrar uma origem genética para problemas da sociedade como a pobreza, o comportamento levado das crianças ou a guerra – esses estudiosos acreditavam na relação causal direta entre gene e comportamento.
Concluo que uma das razões de o determinismo neurogenético adotar essa perspectiva é a de tirar a culpa da sociedade, atribuindo-a apenas à genética, e desconsiderando que a sociedade é moralmente responsável por diversos problemas sociais. Dessa forma, não é adequado considerar apenas a influência de fatores biológicos sobre o comportamento dos indivíduos, desconsiderando a influência dos fatores sociais, uma vez que os fatores sociais podem influenciar até mais o comportamento das pessoas do que os fatores biológicos.
Nathália Sousa de Lima - 15/0019246
ResponderExcluirMonitora: Carine
Nesse texto, em especial, simpatizei com a autora do blog. O texto refere-se a estudos que determinam que o ser humano tem genes determinantes de personalidade ou tendências – embora a palavra tendência não seja comumente empregada. O texto contém partes que remetem a frases como: um gay tem um cérebro que determina que ele é gay, uma mulher depressiva é assim porque o seu cérebro determina que ela seja assim e que o casamento entre pessoas brancas e negras tem uma enorme tendência a gerar crianças esquizofrênicas.
Ao decorrer do texto o autor, que estuda o cérebro também, demonstra sua insatisfação com esse determinismo, com uma verdade absoluta que se refere ao ser humano. Baseada nas últimas aulas o que nós podemos afirmar é que é praticamente impossível o ser humano ter uma única função, logo se o homem não consegue ter uma única função como será possível que ele tenha um único diagnóstico baseado em uma só das realidades que lhe pertencem?
Tudo bem, o cérebro determina grande parte do que somos, o DNA contém nossas heranças genéticas e o ser humano tem ligações com aqueles que são responsáveis, biologicamente, pela sua existência, mas não parece muito arriscado – principalmente nos dias de hoje – dizer que um único gene pode determinar exatamente quem se é?
O texto cita também um caso de como se determinam a agressividade de ratos, insere-se camundongos dentro de da gaiola em que os ratos vivem e aquele rato que matar o camundongo primeiro é o mais agressivo. Se ele mata o novo companheiro em 30 segundos é duas vezes mais agressivo que o que mata em um minuto, mas não se leva em conta a condição da gaiola ou se o rato vem passando fome ou nem mesmo se ele foi condicionado a agir assim, o que realmente importa é que ele é o mais agressivo.
Parece que o ser humano é esse rato e nessa redução, nessa análise que envolve apenas um fator todos são reduzidos a genes, a pequenos eventos que são capazes de determinar mais que uma personalidade, uma vida de felicidade ou tristeza, sua orientação sexual e até mesmo o nível de depressão que se pode ter. É tão injusto que um só fator, uma só redução ou ausência determine o ser humano por completo e é justamente nesse ponto que o autor tenta conscientizar. Na visão dele não se deve parar de estudar o cérebro humano, mas não se pode acusa-lo de fatores pelos quais a sociedade, a convivência ou até mesmo o governo são também responsáveis.
Nos últimos textos os autores citam essa necessidade de catalogar o ser humano, de reduzi-lo a um diagnóstico ou até mesmo a um gene que seja diferente do outro, mas parece que quanto mais se tenta mais desumano se parece e mais robótico se torna. É tão conveniente realizar uma pesquisa e dizer que as pessoas são daquele jeito ao invés de dizer que elas apresentam uma pré-disposição ou tendência a ter aquela característica devido a genes hereditários.
Uma outra análise que se faz é de que esses argumentos são mais preconceituosos do que se pode notar em uma primeira lida. Aqui fala dos negros, dos homossexuais, das mulheres, mas os homens brancos heterossexuais não parecem fazer parte dessa pesquisa e aqui – sendo ou não uma teoria da conspiração - parece muito fácil culpa-los ao invés de se criar métodos para acolhe-los ou ao invés de respeitá-los como todos os outros merecem ser respeitados.
Muito bom ,,, mas o que vc mesma como pessoa tem a dizer a respeito do texto ?
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ResponderExcluirMonitora: Flávia Matrícula: 13/0036757
ResponderExcluirAo longo do texto “A perturbadora ascensão do determinismo neurogenético” o autor Steven Rose ataca a crescente aceitação do modelo científico que prega: A culpa é dos genes. Seja para justificar o comportamento homossexual, seja para a violência, seja para a pobreza, a resposta é somente uma: A responsabilidade é do cérebro do indivíduo. Pesquisas que seguem essa linha de pensamento ganham cada vez mais clamor no palco da comunidade científica, apesar das diversas refutações ao longo da história, como a declaração da ONU em 1948 que diz: “Não existem diferenças biológicas entre grupos humanos e que essas podem ser atribuídas a processos culturais, políticos econômicos e sociais” (tradução livre de http://www.un.org/WCAR/statements/unescoE.htm).
É impossível fechar os olhos para afirmações tão sérias como essa. Sérias e inconsequentes. Afirmações semelhantes deram respaldo científico para o antissemitismo na Alemanha nazista. Então como ocorre esse processo de atribuição da causa dos problemas sociais a fatores genéticos? Por que isso torna a aparecer ao longo da história?
Para responder tais questões, Steven apresentou os seguintes conceitos: Reificação, Aglomeração Arbitrária, Quantificação Inadequada, Normalidade Estatítica , Localização Espúria e Causalidade Equivocada.
A reificação, ou “coisificação”, torna a violência em objeto, perdendo seu caráter de interação entre sujeitos e que se pode ocorrer por meio dessa. Logo, analisando o fenômeno isoladamente, sem levar em consideração o contexto em que se passa ou a história de cada agente, perde rapidamente seu significado. Veremos que esse conceito se aplicará aos outros a seguir.
A Aglomeração Arbitrária se faz por meio da construção de uma causalidade única para diversos fenômenos, como podemos perceber claramente no texto, comportamentos desviantes justificados por aspectos genéticos.
A Quantificação Inadequada baseia-se na atribuição de um valor numérico a características reificadas e aglomeradas.
Normalidade Estatística: Estabelece que em qualquer população a distribuição de tais índices comportamentais forma uma curva de Gauss, que tem a “forma de sino”.
Localização Espúria: Comportamentos, após serem coisificados e quantificados, não pertencem mais ao sujeito, mas já fazem parte dele. Podemos inferir dessa definição que esses comportamentos estão associados ao cérebro e a genética das pessoas, que servem apenas como agentes para carregar essas características, segundo os defensores do determinismo neurogenético.
Por último, a Causalidade Equivocada. Essa pode ser descrita como a grande falácia que consiste atribuir como causa a própria consequência do fenômeno. E fazendo um paralelo com a violência, mostra-se que o nível hormonal de uma pessoa violenta é de fato, consequência dos episódios que a pessoa passou, e não constituem uma causa para esse comportamento.
As consequências desse determinismo também foram exemplificadas pelo autor. A associação de genes “defeituosos” com doenças devastadoras como Alzheimer, Huntington entre outras, provoca um grave impacto no próprio estudo da biologia, pois toma como lineares processos vitais, desconsiderando as quatro dimensões do organismo (3 espaciais e uma para a história do desenvolvimento do sujeito) em favor de aspectos puramente genéticos.
O autor conclui o texto dizendo que, apesar do inegável avanço científico gerado pela neurociência e suas descobertas que vêm beneficiando cada vez mais pessoas, garantindo ainda um imenso potencial (vide células tronco), esse não sairá de seu molde reducionista se não trabalhar conjuntamente com aspectos biológicos e sociais, obrigando-o a abandonar sua visão unilateral.
Filipe Bastos – 10/0011039 – Monitor: Rodrigo
ResponderExcluirSe por um lado ocorrem progressos na ciência à medida que novas descobertas são feitas, por outro lado, ocorrem atrasos pelo desenvolvimento de teorias precipitadas que se apropriam indevidamente de conceitos angariados com muito esforço pelo trabalho científico. O texto mostra a opinião de uma neurocientista que critica o uso de teorias que buscam explicar problemas sociais à luz de conceitos exclusivamente biológicos.
Segundo a autora, na última década foram desenvolvidas teorias no campo da neurogenética que reduzem um problema em que há influência do determinismo biológico e do social a um problema exclusivamente biológico, por exemplo: A pessoa é violenta, depressiva ou gay simplesmente porque está “escrito” em seu código genético que ela deva ser assim. Um leitor instruído sabe que o papel preciso de cada gene ainda não é completamente claro para a ciência, muito menos a informação sobre qual gene afeta certa característica comportamental da pessoa e além do fator biológico que pode contribuir com certo peso para a personalidade da pessoa, ainda há a influência do meio social em sua formação, fator que não pode ser dissociado para um estudo completo do comportamento humano. Contudo, as teorias reducionistas que explicam problemas sociais usando conceitos científicos ganham força pela publicação na mídia e pela aceitação das instituições públicas que convenientemente as apoiam, pois é mais fácil explicar problemas sociais como o da violência urbana colocando a culpa nos genes ou no cérebro das pessoas do que na má política de gestão pública.
Acredito que o objetivo do texto é mostrar que existem teorias que desvirtuam um pouco certos conceitos científicos, algo que negou minhas concepções iniciais, pois não esperava que estas teorias pouco fundamentadas ganhassem força e espaço para divulgação. O alerta dado no texto implica em evitar cometer novos erros utilizando conceitos biológicos, direcionamento dos recursos e esforços em pesquisas mais produtivas do que as teorias reducionistas da neurogenética e implica principalmente em evitar estigmatizar alguma pessoa devido a uma disfunção no seu cérebro ou código genético sem considerar a subjetividade de cada indivíduo.
Achei que o texto poderia ser um pouco mais objetivo para não desviar o foco do leitor, mas talvez a autora tenha escrito nesses moldes devido ao público em que é destinado o texto, mas não é nada que comprometa clareza da ideia que a autora constrói pouco a pouco para mostrar a sua opinião ao longo do texto.
Lucas de Azevedo Levino - 10/0056903
ResponderExcluirMonitor: Rodrigo
Como o determinismo neurogenético é capaz de explicar algumas questões humanas, como orientação sexual, a violência e doenças como depressão pelas propriedades do cérebro ou pelos genes, então se faz necessário mapear e entender o DNA e como eles interferem nas relações humanas, uma vez que alterações nos genes são os responsáveis por essas questões e que se os genes podem ser modificados para inverter tais situações são algumas vertentes explicadas no texto com os estudos sobre a neurogenética e seus resultados.
Para o determinismo neurogenético o lado social tem a sua importância, contudo os fatores determinantes de fato são biológicos. Assim, ele mostra a relação direta entre o gene e o comportamento. Portanto aquilo que não é de efeito dos genes é dado como problemas biológicos que sucederam da gravidez.
Pelo texto o reducionismo reduz o ser humano a ser aquilo que o seu DNA comporta e do que ele é formado. Isso pra mim está muito equivocado pois está se pensando somente na genéticas como a única causa para os assuntos sociais.
A pesquisa feita nos EUA, estava totalmente errada pois ela levava em consideração somente o ser humano, reduzindo ele. A pesquisa foi feita para revelar as causa de violência no pais, assim se teve como resultado que os causadores dessa violência eram as pessoas negras e pobres. E que neles continham um cromossomos Y a mais e que isto seria o causador de tanta violência . Evidenciando que se pessoas tomassem coquiteis com os genes pré dispostos se tornariam violentas também. Nesse estudo não se levou em consideração o contexto sócio cultural da pessoa mostrando que somente o gene não responsável por estas pré disposições a violência.
Nossa sociedade está atrás de apenas uma explicação e um fator para um determinado fato, não levando em consideração o todo. E não podemos acreditar que exista uma predestinação para tais atos e fenômenos. O determinismo neurogenético está inserido na cultura, porém devemos levar em consideração que a sociedade influência o individuo.
Thales Viana Labourdette Costa - 14/0163611
ResponderExcluirMonitora: Flávia Batista
O determinismo neurogenético é uma ciência que procura estudar a relação entre gene e comportamento. Até aí tudo bem, porém essa ciência apresenta-se extremamente falha no quesito de analisar o contexto social do indivíduo, procurando sempre a resposta para seus problemas no gene do mesmo. Ora, em vez de analisarem o contexto para depois analisarem o indivíduo e assim estabelecerem uma relação plausível entre os dois, praticam uma tática chamada reducionismo, que é reduzir a resposta de seus questionamentos á um único fator, e nesse caso é usado o fator genético. Para o determinismo neurogenético, todas as características do indivíduo, incluindo suas más condutas, são causadas por seus genes.
Assim como a blogueira, pude perceber que o determinismo neurogenético ignora completamente a subjetividade do indivíduo, assim como outros temas abordados nos textos anteriores, tais como o texto 7, em que a psicanálise falhou em analisar a subjetividade do indivíduo em seus diagnósticos, ou ainda no texto 2, em que o CVV propunha um método diferenciado de prevenção ao suicídio, em que procurava interagir com o contexto de cada suicida, algo que não era feito em outros lugares. O texto procura trazer a informação ao leitor de que a subjetividade do indivíduo é o quesito mais importante á ser analisado durante um diagnóstico. Se isso não for feito, o diagnóstico não será eficiente.
Os leitores do texto precisam também compreender que o texto não se trata de um texto que aborda os métodos da psicologia, e sim de uma reflexão á validade dos mesmos. Não podemos reproduzir a prática do reducionismo descartando completamente o contexto, que é o mais importante.
Para os interessados, segue o link de um texto que se aprofunda na relação entre Gene e Comportamento:
http://www.cerebromente.org.br/n14/mente/genetica-comportamental1.html
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ResponderExcluirFernanda da Rocha Medeiros - 13/0109924 - Monitora Flavia
ResponderExcluirConcordo plenamente com o que foi dito pela blogueira. Não é errado o estudo sobre o cérebro humano, de tentar descobrir como o mesmo funciona, mas é errado generalizar o que o ser humano é só pela seu gene.
O cérebro humano é divino, assim como suas funções toda realizada pelo gasto energético e obedecendo o ser humano. As vontades de cada ser humano, de maneira alguma, pelo menos eu acho, será interferido pelo seu código genético. Se não, como vamos explicar indivíduos gêmeos terem temperamentos tão diferentes, muitas vezes? Sabemos que seus códigos genéticos são idênticos.
Ou então, o assunto cheio de pré conceitos sobre os gays citado no texto, onde ele dita que o indivíduo tem sua orientação sexual determinada pelo gene, como isso seria possível em um casal heterossexual? Um erro genético? Eu acredito que não.
Esse texto me deixou um pouco horrorizada, ainda mais pelo conhecimento prévio que tenho sobre o Genoma Humano, o que foi realizado para descobrir o porque do ser humano ter tais atitudes que tem, o que eu acho não ser uma predisposição genética. O fato dos filhos terem temperamento igual ao dos pais não significa uma herança genética, mas sim a convivência com o indivíduo.
Em uma pesquisa que realizei rapidamente, pude encontrar alguns documentos e reportagens relacionadas com um tema, abaixo irei disponibilizar os links mais interessantes para consulta.
Em um deles é bem destacado a opinião da ciência sobre a interação dos genes no comportamento humano, destaquei um trecho: "(...) ou seja: para a ciência, caracteres intelectuais podem ou não passar de pai para filho – depende das complexas e imprevisíveis combinações de um monte de genes." O que concluo, assim como ao fim desse mesmo texto, os genes e as interações sociais e ambientais podem interferir no que o indivíduo poderá tornar - se.
Links:
http://super.abril.com.br/ciencia/tal-pai-tal-filho
http://www.cerebromente.org.br/n14/mente/genetica-comportamental1.html
Determinismo Neurogenético:
ResponderExcluirpor Larissa de J. Silva | 150014627 | Turma D | Monitora Isabela.
"Questões como predisposição a violência ou ao homossexualismo – exemplos citados no texto – não devem ser explicadas por teorias de determinismo neurogenético. O fato da não existência de um gene, cromossomo ou código genético que carregue “DNA violento” ou “DNA gay”, leva a discussão sobre reducionismo ao patamar social.
É mais válido observarmos a questão do homossexualismo, por exemplo, se analisarmos um indivíduo dentro da sociedade no qual este nasceu e foi informado e confrontado. Entendendo que o gênero sexual é uma escolha pessoal e garantida de quaisquer ser racional, podemos nesse instante descartar a possibilidade de uma propensão neurogenética para tal. O meio influencia e proporciona possibilidades, logo não há ação de fator genético em tal processo e sim uma relação entre meio e indivíduo, ou seja, o social é o fundamental.
Correlatos ao fator social, há ainda o livre arbítrio e a liberdade de expressão – ainda analisando o caso da homossexualidade. As pessoas guardam consigo o direito de escolha, podendo assim assumir qualquer papel dentro da sociedade, desde que ela selecione-o para tal. O processo dessa seleção está ligado a formação social, cognitiva e individual de cada um, logo, todos pensam de formas distintas e desejam coisas diferentes.
Entretanto, ainda dentro dessa “liberdade”, o social pode influenciar de forma negativa, como no caso de pessoa violentas. Se o indivíduo foi formado num meio caótico, orientado por costumes socialmente mal vistos, preso numa comunidade cruel, há sim uma grande possibilidade do surgimento de homens e mulheres violentas, a partir do pressuposto de que foram instigados a agir daquela forma.
O social está acima do genético. A genética produz, mas o social molda."
Mariana Portal – 15/0017529 – Monitora: Gabriela
ResponderExcluirIndignação é uma palavra que me define ao ler esse texto. O fato de que as pessoas ainda consideram fisionomia um fator de inferioridade só mostra o quão retrograda nossa sociedade é. Isto está implícito no texto, mas ao considerar os genes como algo que implica se o indivíduo é violento, gay, alcoólatra, só serve para reforçar os estereótipos que temos em relação a essas pessoas.
O autor é contra esse pensamento de determinismo neurológico, pois, assim como a maioria das pessoas, acredita que o fator social e econômico influencia muito mais na personalidade de uma pessoa do que um gene. Afinal, os gêmeos univitelinos têm a mesma sequencia de genes, mas muito dificilmente possuem a mesma forma de enxergar o mundo.
Além disso, o autor também afirma que esse tipo de pensamento vem a calhar especialmente para ser utilizado pelo Estado, uma vez que tira dele a culpa de o índice de violência, pobreza, e doenças psicológicas aumentarem cada vez mais. E, apesar de ter sido publicado em 1997, esse artigo ainda se reflete hoje em dia, por exemplo no Japão que está acabando com as matérias de humanas nas universidades alegando que querem que seus cidadãos estudem apenas algo que agregue na sociedade, ou então na Austrália onde as aulas de História e Geografia estão sendo substituídas por mais de matemática.
Esse fato apenas demonstra como nossa sociedade ainda reduz o ser humano a apenas uma máquina. Não consegue aceitar que existem certas interações que não vão conseguir explicar apenas vendo a química e biologia existente em nós mesmos.
Outra coisa que me chamou a atenção foi um experimento feito com crianças para demonstrar como o temperamento das crianças está ligado ao dos pais e pode ser usado como forma de prever a personalidade agressiva ou não desse individuo quando crescer. Porém, o pesquisador não levou em conta que uma criança, especialmente as mais novas (entre 4-7 anos) muitas vezes simplesmente imita coisas que vê ou então se comporta do modo que os pais falam – a Mc Melody, por exemplo-, portanto o fato dele ser tímido não está diretamente relacionado com agressividade. Agora, se a criança for tímida por um medo causado no fato de ter um pai/mãe violento, ai sim fará mais sentido ele repetir isso quando adulto.
O texto fala também da medição das coisas, em especial da inteligência e da agressividade, e alega que são testes que não deveriam ser feitos porque são baseados na comparação de uma pessoa com outra, independentemente do contexto em que se inserem. Cita o exemplo da interação muricidae que é quando um camundongo é posto numa gaiola onde já havia um rato anteriormente a esse fato. Acontece que o rato geralmente acaba por matar o camundongo, as vezes em menor tempo, as vezes em maior, ou então nem o faz.
Logo, um rato seria mais agressivo que o outro, mas não consideram a quanto tempo estava na gaiola, se ja conviveu com outros seres, o tamanho da gaiola entre outros fatores.
Enfim, após tantas tentativas falhas de tentar rotular os seres humanos, os cientistas e médicos deveriam entender que isso é uma coisa demasiadamente complexa para colocar em dois ou três “recipientes”, na verdade seria uma gama muito grande para isso e ainda assim não conseguiríamos pois cada um é cada um. E deveriam perceber que não há problema em dizer “Não sei” ou “Não tenho como te responder isso”, afinal são seres humanos também e não uma entidade suprema.
Andressa Costa Chagas - 12/0110474
ResponderExcluirEste texto vem nos trazer um pouco do que é o Determinismo Neurogenético, além de trazer críticas bastante pertinentes a cerca do tema, e irei me deter nestes pontos que, a meu ver, contribuem para nosso entendimento melhor sobre as coisas.
O primeiro ponto que o texto traz discordando a cerca do tema é o fato de quererem explicar, encontrar causas e consequentemente solucionar problemas bastante complexos da nossa sociedade baseado em estruturas cerebrais e genes. A violência, por exemplo, levando em conta esta consideração, poderia ser explicada apenas por meio de análise e manuseio da estrutura cerebral e dos genes daquele indivíduo. Olhando toda essa questão mais de perto nos cabe perguntar, será mesmo que a violência pode ser explicada apenas com os genes daquele indivíduo? Não seria este um tema bem mais complexo e por isso difícil de sanar por completo? O texto nos traz ainda um exemplo, que na Inglaterra associa-se esta questão a história pessoal do indivíduo, a criação deficiente ou ainda relaxamento da disciplina escolar. Nos Estados Unidos porém, descarta-se essa explicação para acreditar que a culpa está no genes da pessoa.
Uma colocação ainda sobre a questão da violência é que as discussões parecem sempre focar na classe trabalhadora, e eu acrescentaria pobre também, porém a classe dona de grandes impérios, digamos assim, que cometem grandes fraudes em seus negócios não são estudados, não se busca estudar sua hereditariedade ou tendência a cometer essas fraudes.
Acreditar que este tipo de pesquisa poderia fornecer a causa da violência endêmica da sociedade americana é, como nos diz o próprio texto, uma pobreza mental.
A necessidade por quantificar tudo e todas as coisas, para assim também quantificar as soluções e/ou remédios, é para mim, o grande mau de nossa sociedade. Dá-se grande estima a isso que muitas vezes, se não a maioria delas, não é a solução final para o problema em questão.
Outro ponto bastante pertinente para esta discussão é que olha-se como causa, ou busca-se uma causa onde só se pode encontrar consequências. Como exemplo o resfriado, que gera coriza, porém este muco nasal não é a causa da infecção, e sim uma consequência. Enquanto não se entender esta lógica simples, mais ao mesmo tempo complexa, ficaremos gastando bilhões e bilhões em pesquisas como o Determinismo Neurogenético ao invés de investir em outros aspectos da sociedade que realmente influenciam questões como a violência por exemplo.
Se eu consigo provar que uma pessoa é moradora de rua, ou violenta por motivos genéticos, por causa de seus genes apenas, tipo a responsabilidade da sociedade sobre estes fatos, e estas não pode ser culpada ou cobrada por tais situações.
Toda essas questões somente acentuam um estigma já existente sobre uma parcela da população. Enquanto se tentar diminuir o indivíduo a frações, para assim entender e solucionar suas "doenças", abandonando uma visão unilateral apenas das coisas o potencial de tais ciências será limitado.
Renata Visoná Barbosa - 11/0019903 - Monitora Isabela
ResponderExcluirO texto cita o uso do neurodeterminismo para explicar/justificar o comportamento de criminosos e até mesmo de homossexuais. Os resultados de pesquisas deste tipo exigem maturidade não só do pesquisador mas como também da mídia em geral e das pessoas que têm acesso a este tipo de informação.
Ao meu ver, pesquisas assim tem como objetivo tentar dar peso percentual a fatores genéticos e não simplesmente colocar indivíduos em caixas fechadas.
Além disso, o uso de probabilidade para auxiliar conclusões acerca de indivíduos é extremamente delicado. São apenas modelos probabilísticos. Adequar pessoas a numeros e curvas sempre apresenta erros ainda que conhecidos.
Concordo com a blogueira quando ela diz que o cérebro deve ser estudado e que a condição individual e social do indivíduo deve ser levada em consideração também. Estes últimos dois fatores não precisam ser excludentes e são
altamente complementares.Uma pré-disposição genética pode ser atenuada ou acentuada conforme o meio. O inverso disso também é alvo de estudos.
No mais, acredito que a interpretação incorreta de resultados "determinísticos" pode ser muito perigosa, sobretudo por questões que envolvem preconceito e descaso. A atribuição exclusivamente genética a características criminosas gera preconceito e coloca medidas sociais de forma impotente e desnecessária. A Teoria de Lombroso, não muito antiga, usa características físicas como tamanho do nariz, testa, distância entre os olhos... Para determinar se o indivíduo é ou não criminoso. Apesar de parecer algo extremamente absurdo atualmente, muitos criminalistas apoiaram essa teoria.
Monitora Flávia – Miguel Zolet de Lima – 15/0154402
ResponderExcluirAssim como a autora do texto e a blogueira, discordo do determinismo que os genes, supostamente, criam. Ou seja, uma pessoa é de tal forma por causa de seus genes. Se ela é violenta, seus genes são violentos, se ela é boa, sorte a dela por seus genes serem assim. Com essas afirmações dos deterministas, que simplificam os homens e suas ações à biologia, sem levar em conta o contexto social de cada pessoa, o humano é simplificado a um ponto em que se torna impossível o compreender. Isso porque os humanos são seres complexos, e, se restringirmos suas ações e decisões apenas à biologia e aos genes, não veremos o panorama humano por completo.
Por outro lado, não devemos tirar a devida importância da neurociência e de suas descobertas. É importantíssimo estudarmos o cérebro para que possamos ter prevenções a distúrbios e outras coisas que possam afetar o cérebro de forma negativa. Mas devemos ter em mente que nem tudo se restringe ao cérebro e à biologia.
Diferente do pensamento determinista, que sabe da importância social, mas a minimiza (até demais), eu acredito, como futuro cientista social, que os contextos históricos, econômicos e sociais sejam mais influentes em uma pessoa do que seus genes. Isso porque, em situações de pressão social, pessoas com atitudes diferentes (e, provavelmente, genes diferentes) agem da mesma maneira, ou tendem a agir de maneira parecida. Já o determinismo genético diz que se duas pessoas tiverem genes diferentes, eles agirão de forma diferente (um será violento e o outro não, por exemplo). Já sob o meu entendimento social, se duas pessoas, mesmo com genes diferentes, estiverem num contexto violento (como uma favela), os dois estarão mais encaminhados a serem violentos.
Desirée Duarte Lopes de Oliveira- 140059458- monitora Flávia
ResponderExcluirO texto procura desconstruir em parte o determinismo neurogenético muito pregado por alguns cientistas, onde todas as características e comportamentos de uma pessoa são determinados pelo cérebro e pelos genes. Apesar de o autor ser um cientista que estuda os genes, ele procura mostrar ao longo do texto que nem tudo relacionado ao ser humano é geneticamente determinado, ao contrário, há uma importante interação com o meio social no qual o indivíduo está inserido. Uma explicação neurogenética para tudo pode ser reducionista, pois o meio influencia a percepção do indivíduo e sua genética. No texto sobre a patologia do tédio, por exemplo, verificou-se por meio de experimentos como o ambiente pode condicionar a mente (no caso a monotonia provocou o tédio), e não se conhece um único gene que cause o tédio, mas a percepção de ambiente condicionou o cérebro.
Nos exemplos citados no texto é possível perceber que os pesquisadores acabam colocando suas próprias concepções nas teorias, gerando um preconceito. A questão da violência com relação aos negros presos tenta relacionar a cor da pele com os atos de violência cometidos, mas, como bem lembrado pelo autor, há os políticos corruptos, os homens brancos de classe média que agridem suas mulheres. O fato é que esse tipo de estatística pode acabar simplificando um objeto tão complexo como é o ser humano, incorrendo no erro. Uma implicação disso seria a isenção de certas responsabilidades dos sujeitos, uma vez que não há para onde correr é tudo genética mesmo.
Ao ler o texto é importante que se tenha em mente que o autor não procura desconsiderar completamente os fatores genéticos, junto a eles ele ressalta também os fatores sociais. Também não se deve ter em mente que se um grupo de cientistas defende o determinismo neurogenético para tudo isso seja completamente aceitável apenas porque “a ciência diz”, até mesmo pelo fato de o autor que estuda genética se contrapõe a essa ideia. Eu particularmente concordo com a ideia do autor.
Acredito que haja uma interação entre genes e meio. Eu já li alguns outros estudos sobre o assunto, e dois textos que condizem com meu ponto de vista sobre o assunto são: “Genética e comportamento social”- Drauzio Varela*, onde o autor fala justamente da influencia dos dois fatores sobre as pessoas, e um exemplo marcante digno de se reproduzir foi a caligrafia dele que é extremamente parecida com a do pai e do avô dele, mas trata-se de uma herança genética já que o avô dele era analfabeto e morreu quando o pai dele tinha uns cinco anos de idade, ou seja se não influenciou a letra do pai, quem dirá a do próprio Drauzio que nem o conheceu( a meu ver outro ponto é que a letra do Drauzio poderia ter sido influenciada pela sua formação em medicina com uma grafia peculiar dos médicos, mas era parecida com a do avô analfabeto que aprendeu sozinho o pouco que sabia); O segundo texto é de um autor citado no texto Sir Peter Medawar “Os limites da ciência”*, onde ele diz mais ou menos assim: não há limites quanto ao poder da ciência em responder questões que ela, REALMENTE, pode responder. Seria então uma crítica às pretensões da ciência (podendo ser aplicada neste caso ao determinismo neurogenético) em explicar tudo.
Links:http://drauziovarella.com.br/drauzio/genetica-e-comportamento-social/
o Segundo texto trata-se de uma compilação de trechos que recebi de um professor, não estando disponível na internet (Medawar, Peter. Os limites da ciência. São Paulo, Editora Unesp, 2008:p.61-62).
Vitor Akira 14/0165355 ----- Monitora Flávia
ResponderExcluirA forma como cada ser humano vai se comportar dentro de um meio social é diferente devido ao ambiente em que o indivíduo está envolvido. Gosto muito de relacionar essa diferença de comportamentos a epigenética. A epigenética seria uma forma de explicar a adaptação da expressão de genes devido a necessidade de se conviver em um meio. Por isso, a decisão que uma pessoa toma, referente a questão de gêneros e ações, é devido ao histórico e convívio social daquele indivíduo.
O texto, porém, traz um determinismo de caráter muito direto e conclusivo de que as pessoas nascem com genes que são decisivos para a formação de sua personalidade quanto aspectos sociais. Sendo assim, concordo plenamente quanto a opinião da blogueira ao não buscarem compreender o subjetivismo pessoal de cada um. Esse subjetivismo pode estar relacionados a fatores que são ligadas a experiências vividas apenas por aquela pessoa e que pode ter influenciado em suas escolhas pessoais. Por exemplo, a "tendência" de ser depressivo pode ter uma relação com o genes da pessoa, porém, não há como coletar dados confiáveis de que só fatores genéticos podem ter deixado aquela pessoa depressiva. Essa pessoa pode ter se tornado depressiva pelo imenso sofrimento que ela já passou.
Link explicando um pouco sobre a epigenética:
http://www.portaleducacao.com.br/biologia/artigos/53171/o-que-e-epigenetica
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirLucas Willian de Oliveira Rosa – 120017024 Monitora Isabela.
ResponderExcluirPara mim, este foi um dos textos mais interessantes da disciplina. É incrível ver como funciona o cérebro humano e todo seu potencial, embora possa sofrer interpretações rasas, caso analisado de maneira isolada, sem levar em consideração as influências externas que ele recebe.
Concordo com grande parte do seu comentário a respeito do texto, entretanto, notei que o autor não desconsidera totalmente o caráter social e subjetivo do sujeito, pelo contrário, para Rose, os acontecimentos da vida humana e da experiência são sociais e biológicos, e uma explicação correta precisa conter os dois domínios. Isso sem excluir a subjetividade do ser humano. Todo cientista responsável, sabe que não tem cabimento negar o social em virtude do biológico ou vice-versa: somos todos interacionistas, ou seja, o meio em que vivemos sempre afetará quem somos. Contudo, em qualquer procura por elucidações e intermediação, o grau que de fato define o resultado, precisa ser investigado.
Pelo que eu entendi, o texto nos diz que a neurogenética é capaz de reconhecer os genes que influenciam o cérebro e o comportamento. Também é responsável por conferir-lhes poder causal e, se for o caso, modificá-los. Vivemos em uma sociedade cheia de sofrimento individual e em completa desordem, dessa maneira, a neurogenética diz ser capaz de explicar nossa situação e mostrar como podemos modificá-la.
O determinismo neurogenético defende ligação causal direta entre gene e comportamento. Infelizmente, para o contexto social que estamos vivendo, é muito oportuno que ocorra esse determinismo neurogenético. Pois, em um meio social e político que por pouco não deixou de lado as esperanças de alcançar respostas sociais para problemas sociais, essas declarações presumivelmente cientificas são acrescidas pela imprensa e por políticos, mesmo que os pesquisadores sejam contrários, acabam sendo mal interpretados.
PS: Monitora Isabela, somente agora soube que você é a minha monitora, pois cheguei na turma depois de um tempo. Dessa maneira, você poderia, por gentileza, olhar meus comentários anteriores para eu não ficar prejudicado com relação às postagens? (comentei todos os textos) Desde já agradeço, aguardo respostas! Abç.
10/0131506 - monitora: Isabela
ResponderExcluirInteressante notar que logo no início do texto o autor fala que o projeto de mapeamento do genoma humano AINDA ESTAVA EM ANDAMENTO. Então, pra começar, as teorias discutidas, sobre determinismo neurogenético, não poderiam nunca ser conclusivas naquela época. Cientistas sempre anseiam pela próxima grande descoberta que pode mudar o mundo, mas a pesquisa não pode ser feita sem imparcialidade e seriedade, duas coisas que faltaram aos teóricos criticados. Ora essa, pesquisar comunidades negras, pobres e marginalizada dos Estados Unidos, e concluir que propensão à violência é étnica, além de beirar às absurdas teorias eugênicas do início do século 20, é de uma irresponsabilidade científica tremenda. São coisas que qualquer sociólogo da mesma época rechaçaria com veemência.
Temos sempre a tendência a procurar soluções únicas para os problemas do mundo. Os mitos de antigamente que nos explicavam tudo, hoje podem ser substituídos por escritores, editores, publicações, livros e filmes ou qualquer coisa que nos ensine, nos dê certezas. Nós queremos desesperadamente descobrir por que as coisas são como são, mas não podemos ser irresponsáveis nem nos deixar levar por nossos anseios. Sacrificar uma criança no altar não trás plantações férteis.
Pois bem, eu diria que a crítica principal de Steven Rose, o autor, não tem nada a ver com neurologia, psicologia ou sociologia. Esses temas são pano de fundo para um alerta à responsabilidade que é pesquisar. Ciência não é feita de opinião e nenhuma investigação deve ser enviesada. Veja o que a eugenia ajudou a provocar na europa dos anos 30 e 40. Veja quantas mulheres e crianças foram lobotomizadas para se "adequarem a sociedade", e quantos inadequados também não sofreram tratamento de eletro-choque. A ciência deve ser sempre construída com a certeza de que um dia estará errada, mas para tentar andar no caminho certo devemos ter a humildade de olhar para TODOS os lados antes de atravessar a rua.
Ariel M. Maia - 14/0130969 Monitora: Isabela
ResponderExcluirO determinismo neurogenético antagonizado pelo autor vai contra a maioria dos textos apresentados nessa disciplina até agora. Na tentativa de justificar o comportamento de cada um, essa vertente reduz o ato humano a algo pré-estabelecido geneticamente. Como argumentado pelo autor, e após ler textos sobre perspectivas como a humanista, de Rogers, o ser humano é muito subjetivo e individual para se reduzir seu comportamento a uma causa puramente biológica.
É importante ressaltar que o autor, em momento algum, nega a participação genética/biológica na composição do comportamento, apenas fala que deve-se juntar essa contribuição com os planos sociais e subjetivos, já que cada indivíduo é único.
Implicações desse determinismo, como mecionado no texto, é o mal financiamento de pesquisas na área neurológica, além de servir como escudo para problemas econômicos e sociais vivenciados nos dias de hoje, retirando a culpa do Estado ou da má distribuição de renda.
Mariana Rocha Soares 13/0125474 – Monitora: Flávia
ResponderExcluirO texto nos traz uma discussão bastante atual em torno do determinismo neurogenético, o qual se caracteriza por ser capaz de explicar tudo o que acontece, desde a violência urbana até a orientação sexual, tudo isso devido as peculiaridades dos genes e do cérebro. Dessa maneira, as ações de uma pessoa seriam explicadas conforme os genes que afetam seu cérebro e consequentemente seus comportamentos.
Para mim, o texto pode facilmente nos levar a olhar somente um lado: reduzir o ser humano aos genes e ao cérebro, desconsiderando todos os fatores externos. Entretanto, depois de ler o texto com mais cautela, pude enxergar que o autor vai além. O que Rose destaca é que na medida certa o conhecimento científico neurogenético está enriquecendo nossa compreensão do cérebro e do comportamento, o problema é quando isto passa a ser o único determinante e não se considera outras dimensões tão importantes como a social e a individual.
A meu ver, quando o determinismo torna-se absoluto acarreta uma série de consequências prejudiciais, como, por exemplo, transformar um processo dinâmico em estatístico, ou seja, desconsiderar todo o caráter subjetivo da situação e levar em conta somente um resultado numérico. Tudo se torna manifestação de alguma propriedade unitária implícito aos indivíduos.
Infelizmente existem outras consequências do determinismo que tem alcance maior que a teoria. Um exemplo claro disso acontece com as pessoas sem teto ou deprimidas: elas se encontram nessa situação por causa de uma falha em sua biologia, sendo assim, a sociedade não pode ser culpada por sua situação.
A imposição da culpa a vítima gera, por sua vez, uma espécie de fatalismo entre aqueles que ela estigmatiza: não é nossa culpa, a culpa é da nossa biologia. E para mim isso é uma das piores coisas que pode acontecer.
E para finalizar, fazendo uma ligação como primeiro texto “O lama no laboratório”, essa situação demonstra como o ser humano não tem se compadecido de seus semelhantes. A compaixão é uma das mais belas virtudes que poucos, de fato, possuem.
Talita Lima dos Santos - 10/0124241 - Monitora: Gabriela.
ResponderExcluirO texto 8 apresenta um estudo um tanto polêmico, pelo menos para mim, esse estudo chamasse: determinismo neurogenético. O que seria? É uma vertente de estudos que mostram ser capaz de explicar tudo (seja a orientação sexual, seja a violência, ou atém mesmo doenças como depressão) pelas propriedades do cérebro e/ou genes.
Achei esse texto como um contra ponto com o texto anterior, (Sobre Ser São em Lugares Insanos) esse também traz questionamentos sobre rótulos de determinismos. Na tentativa de mapear e entender o DNA, sobre alguns pares de códigos genéticos, e como esses interferem no comportamento humano. E se o causador de algumas atitudes e decisões são realmente o gene, e se eles podem ser modificados de acordo com a necessidade de cada indivíduo, tudo isso devido aos estudos da neurogenética e a descoberta advindas de tais.
Entendo que o cérebro é capaz de determinar grande parte do que somos, no DNA está armazenado nossas heranças genéticas, e o assim o ser humano tem ligações com aqueles que são responsáveis biologicamente, pela sua existência, porém considero arriscado dizer que um único gene pode determinar com precisão quem de fato cada um é.
Um dos pontos que achei interessante no texto foi que para o determinismo neurogenético o lado social tem a sua importância, contudo os fatores determinantes são de fato biológicos. Assim, ele mostra a relação direta entre gene e comportamento.
Por exemplo, de acordo com o texto um homem é homossexual porque tem um cérebro gay, uma pessoa fica deprimida porque possui genes para a depressão, uma pessoa que é violenta, possui genes violentos. Essa afirmação corrobora um método muito antigo da sociedade, que é ter a necessidade de encontra apenas um agente causador para determinados fatos ainda é muito forte, visto que hoje seria um rico colocar toda a culpa no cérebro.
É importante frisar que o determinismo neurogenético está embutido na cultura, porém é necessário avaliar como a vida em sociedade influencia cada individuo, pois cada um pode apresentar comportamentos distintos estando inseridos em culturas e sociedades diferentes da sua.
Contudo, apesar dos argumentos da blogueira não adotarem os pressupostos do texto, que pra mim também são em boa parte equivocados, acredito que a maneira de expor um outro segmento para explicar questões de caráter comportamental são válidos, mesmo que esses tenham o seu teor um tanto questionável.
12/0055619 - Allisson Matheus de Rezende Barros Monitor: Rodrigo
ResponderExcluirO texto trás uma reflexāo sobre o perigo e as consequências de se generalizar características e comportamentos como se causados pro predisposições genéticas. Segundo o autor, é muito cômodo e aceitável que uma pessoa seja violenta porque possui um gene violento, ou então que uma pessoa tenha como opção sexual a homossexualidade pois um de seus genes é um "gene gay". Essas afirmações são fruto de ideologias que enfatizam que tais características possuem causalidade social e biológica, porém é muto mais viável caracterizar tais fenômenos considerando apenas o cunho biológico e ainda afirmando que este é o principal causador dos comportamentos. A partir daí o autor define o conceito do determinismo neurogenético que é e relação de causalidade entre genes e comportamento. Ou seja, descartando vários fatores sociais e culturais que possuem grande influência no comportamento das pessoas. Um dow exemplos ilustrados é o caso de se analisar a violência como um objeto de estudo isolado, se, levar em conta o contexto e a relação entre os indivíduos envolvidos, porém apenas um indivíduo. Ora, mas um ato violento é sempre entre um agressor e uma vítima, entāo como é possível dizer que apenas um deles possui uma característica causada por fatores biológicos? Isso tudo é bem explicado pelos conceitos de reificação e quantificação inadequada, ou seja, tornar processos dinâmicos em coisaas estáticas e utilizar quantificações para se avaliar esses processos. Um exemplo bem prático é a escala de QI, onde se tenta quantificar a intligência dos indivíduos em relação a outros. Enfim, a indagação do texto é muito interessante e muito pertinente, portanto uma boa leitura, apesar de alguns termos técnicos e de dificil entendimento.
Luscélia P Castro 140026860
ResponderExcluirMonitora: Flávia
O autor Steven Rose, traz nesse texto um tema um tanto quanto polêmico, o determinismo neurogenético. Tal vertente se diz capaz de explicar o comportamento de um indivíduo através de seu DNA e admitindo pouca interferência à interação social e experiencias do próprio.
Sendo assim, uma pessoa que se mostra violenta e/ou agressiva não é assim por escolha e nem tem como modificá-lo, ele é determinado geneticamente para ser assim. Uma afirmação desse nível, pode nos levar á várias questões. Por exemplo, tomando essa vertente como verdade, então não haveriam mais têm culpa presídios porque os criminosos não terem nascido com esse gene, e não poderiam ser punidos.Outra questão, usando o exemplo do texto, uma pessoa depressiva não tem possibilidade de melhora e nem em qualquer outra pessoa seja ela o que tiver, nessa concepção não há perspectiva de mudança.
O que me chamou atenção também foi o tipo de verificação, ao meu ver não tem nada de objetivo e neutro, o intuito é provar em números e estatísticas o que eles desejam, e assim reduzem ao extremo as complexidades para que possam ser mensuráveis. Quando ele cita a análise do rato e do camundongo, é claro como eles determinam duas variáveis e desprezam todo o contexto, tudo que pode estar influenciando esse resultado, é como se eles enxergassem o que queriam ver, o que interessava.
E eu volto a frisar uma teoria nessa proporção deve observada com total cautela, pois se uma pessoa toma-a como verdade então, pode acabar toda a sua força de vontade na transformação, já que é determinado.
Segue o link de um artigo muito interessante sobre comportamento social: http://pet.vet.br/puc/etologiaecomportamento.pdf
Ana Luisa Araujo Moura - 15/0005199 - Monitora Gabriela
ResponderExcluirNo decorrer do texto o autor trata sobre vários aspectos da neurogenética, tais como identificar os genes que afetam o cérebro e o comportamento, ela procura não só identificar esses problemas, mas curá-los também, esses mesmos problemas podem decorrer de várias situações, pois poder ser problemas sociais e biológicos.
Além do determinismo genético, o texto trata também sobre o reducionismo genético, pois a mística dessa nova genética é vista como fortalecedora do argumento reducionista. O determinismo genético acredita que o gente é um forte determinador no comportamento de qualquer indíviduo, ou seja, em como ele será no decorrer da sua vida.
O ponto que deve ser levado em conta, em questão, o foco principal do texto é como o determinismo genético, ditou por algum tempo como as pessoas se comportavam, mas nem sempre se levou em conta os fatores biológicos e sociais, e o texto trata justamente disso, de como o determinismo genético é importante, mas não pode ser ignorados os fatores, sociais e biológicos. O foco do texto deve estar em como o determinismo foi aceitando aos poucos esses outros fatores, e não o fato de ele ser um texto que traz muitos dados científicos, não deixa de tratar de algo que tem uma importância maior, como esses fatores que foram aceitados ao longo do tempo.
A neurociência viu por muito tempo apenas aquilo que ela quis ver, não levando em consideração outros aspectos determinantes no comportamento humano, então a partir daí, o conhecimento humano não pôde avançar muito. O texto como um todo choca com essa ideia, de que os fatores em que um indivíduo está inserido, muda a situação em que ele se encontra sim. Como um exemplo que ele traz no próprio texto, antes achava-se que um homem é homossexual porque tem "genes gays", ou uma mulher é deprimida, pois tem genes que tendem à depressão, ele concorda com isso, mas não deixa de considerar outros fatores, como no exemplo dos golfinhos que vivem em lugares sem muito oxigênio, eles não nascem já adaptados a isso, mas sim se adaptam ao longo do tempo.
O texto como um todo trata de um assunto que me interessa muito, pois do básico conhecimento que tenho de biologia, e determinismo, sei que não são só os fatores genéticos que determinam o que um indivíduo se torna ao longo de sua vida, eu acho bem interessante considerar que ele não está só predisposto a ser algo, e sim que ele pode se tornar várias outras coisas ao longo de sua vida, e isso vai depender de vários fatores.
Yashmin Barbosa Rossy 10/0127827 Monitora: Gabriela
ResponderExcluirNo texto de Steven Rose há uma crítica ao determinismo neurogenético, pois este busca explicar tudo, seja a orientação sexual, a violência ou doenças como a depressão, pelas propriedades do cérebro e dos genes. Para o determinismo neurogenético o lado social tem a sua importância, mas os fatores determinantes são biológicos. Os deterministas neurogenéticos buscam, dessa forma, explicar a relação entre o gene e o comportamento. Steven Rose lança um olhar crítico acerca dos estudos genéticos e ressalta o perigo da generalização desse ponto de vista. Ideias reducionistas tais como o determinismo neurogenético tendem a ver os mais complexos processos sociais como resultantes de efeitos baseados no cérebro ou nos genes. É importante ressaltar que no que concerne ao aspecto humano, não existem dois mundos separados: o da biologia e o da ciência social. Ambos estão interligados e o comportamento humano é um fator resultante da interação dos dois. Ao analisar qualquer comportamento humano, é primordial analisar também o contexto social no qual um indivíduo está inserido. As descobertas da neurociência tiveram grandes avanços nos últimos anos, mas, para compreender o ser humano, é essencial não cairmos no viés do determinismo neurogenético, pois o indivíduo é dotado de subjetividade, aspecto que não podemos desconsiderar ao analisar qualquer comportamento humano. Fazendo um paralelo com o primeiro texto da disciplina, podemos citar a questão da neuroplasticidade, em que a prática repetida de determinada ação torna possível o surgimento de novos neurônios e a capacidade de se tornar especialista em determinado aspecto. Dessa forma, o fato de atingir a excelência em uma determinada atividade não dependeria unicamente de uma aptidão de nascença, como comumemente se pensava. Com os novos estudos da neurociência, provou-se que a excelência em uma atividade está mais ligada ao esforço dedicado a ela e ao treino necessário para se conseguir tal característica, do que de fato à uma aptidão nata.
Em função de variados avanços em termos de equipamentos e pesquisa foi fornecida uma quantidade elevada de dados derivados de investigações e avanços tornando tanto a genética como a neurociência como vanguardas entres as diversas disciplinas para estudo da realidade fenomenológica no mundo acadêmico. Essas ferramentas teóricas terminam por se sobrepor as ferramentas das ciências sociais na exploração da causalidade de todas as problemáticas e iniciaram o chamado determinismo neurogenético em que todas as áreas da realidade podem ser explicadas por questões neurofisiológicas e a genética. Essa determinação neurogenética, tende a cometer alguns equívocos em virtude de dois processos que estão por detrás do estudo da realidade realizado por ela são questões essencialmente epistemológicas. O primeiro desses entraves epistemológicos corresponde a areificação que é retirar o objeto do seu contexto, estudando apenas uma parte que ao sair do todo perde as propriedades interativas que possuía com o todo, assim como, características do contexto passam a ser configuradas como da parte. O segundo processo, seria o agrupamento arbitrário, este agrupamento se reflete no fato de ao se retirar do contexto uma parte e estabelecer uma classificação terminológica, essa parte é sobresimplificada. Uma representação exemplificativa desse elemento seria a palavra inteligência. A Inteligência seria retirada de todo um contexto social e cultural a partir do qual ela é produzida. Após essa retirada, as suas inúmeras variáveis e sutis distinções e termos de conteúdo , são agrupadas e diluidas em um mesmo nome. inteligência é um fenômeno que envolve desde características emocionais e comportamentais até qualidades essencialmente mentais como memória, concentração, e raciocínio. Toda essa problemática é suprimida em um único termo com uma definição básica e simplificada criando uma falsa concepção de explicativa, uma explicação epistemologicamente frágil ou até mesmo inexistente. O mesmo processo ocorre com a violência, só que neste ultimo caso diversas políticas públicas passam a ganhar voz e importância ao ponto de fornecerem subsídios para investimentos e até mesmo intervenções estatais a nível de política criminal.
ResponderExcluirO direito pode ser simplificado como uma sistematização de regulamentos de conduta. O processo legiferativo ( as formas procedimentais de construção normativa, a criação formal do direito ), são por se só valorativas e intencionais e possuem uma série de mecanismos de estratégia políticas e seletividade de condutas e comportamentos. Uma positivação e formalização de morais relativas, dito isto, a próprio questão do que é ilícito e lícito pode ser questionada. Nesse texto, há uma segunda seletividade que é a de que tipo de ilícito se encaixa como violência e em conseqüência disso merece ser trabalhado pelas ferramentas da neuro - genética. Cada ilícito tende a alcançar um grupo social específico com seus respectivos traços fenotípicos, sociais, culturais e econômicos. Nesse análise a escolha foi por crimes como homicídio e latrocínio e não crimes de violência doméstica, tributários ou contra o sistema financeiro, isto é, a uma seletividade prévia do grupo social a ser alcançado. Sendo assim, em função dessa breve análise jurídica, mais objeções adicionais são interpostas, dessa vez não a teoria neuro genética em se, mas o seu uso e os perigos sociais que uma teoria como esta pode ter ao encobrir propósitos essencialmente funcionais e ideológicos.
MATRICULA E MONITOR(A) pfvr
ExcluirNathália Melo - 11/0151101
ResponderExcluirMonitora: Isabella
Concordo plenamente com você, cara blogueira.
Não podemos negar que o determinismo é pautado em resultados concretos (números, tabelas, gráficos). Contudo, o ser humano é muito complexo para se limitar à um só ponto de vista. Um grande e moderno exemplo da atualidade é o nosso Estado Brasileiro. Segundo a CF/88 somos um Estado laico. Mas como um Estado "laico" não consegue votar projetos de lei sem que ajam interferências das crenças de quem "representa" o povo? É um caso de determinismo? É SIM!
Se fossemos realmente laicos não veríamos problemas, por exemplo, em votar um projeto de lei que descriminaliza o aborto. Isso porque levaríamos em conta diversos outros fatores que acarretam uma mulher a decidir pelo aborto: fatores psicológicos, financeiros, sociais, culturais, de saúde pública, religioso etc.
Se o determinismo em casos assim é considerado doentio, imagina em casos que envolvem a saúde mental de uma pessoa?
É muito perigoso pensar pela via determinista pois taxamos o outro, ou à nós mesmo,de algo que muitas vezes não é.
Não se pode ter uma mancha mais escura na pele e já acreditar que aquilo é um câncer de pele. É preciso investigar, e se possível com mais de um especialista.
Mais perigoso ainda é, por exemplo, ver uma pessoa ter algum tipo de alucinação e já dizer que aquela pessoa é um esquizofrênico. É preciso investigação e debate em todos os casos.
Naira Carolina matrícula 11/0149351 monitor Rodrigo
ResponderExcluirAchei bastante interessante o comentário da blogueira , creio que nem tudo se explica com o determinismo neurogênetico , ate mesmo orientação sexual , pois dentro da perspectiva do determinismo neurogênetico as doenças , a violência é explicado pelo fatores cerebrais.
Não concordo com essa perspectiva pois como trabalho diretamente com o social , vejo que muita coisa que acontece com o individuo esta relacionado diretamente com o meio em que ela vive , principalmente o fator violência e depressão , que afetam o ser humano por não terem condições sociais de terem uma vida digna para obter uma vida sã
Acho importante não generalizar, concordo que o social e o psicoco estão interligados porém temos que tomar cuidado quando com os olhares reducionista que podem descartar as responsabilidades do estado sobre a situação vivida por cada individuo
15/0014040
ResponderExcluirNo começo do texto a blogueira cita sobre o "estudo do cerebro" e os problemas de cada situaçao como o racismo que fala ate se as pessoas que sao racistas tem um cerebro menor ou maior... mais o que podemos ver é que, se uma pessoa é estressada de mais, muito nervosa, agressiva, carente de mais, muito emotiva, nao necessariamente seria por seu contexto social, mas por sua genetica, talves sua tarataravo era igual voce... Por exemplo, tomando essa vertente como verdade, então não haveriam mais têm culpa presídios porque os criminosos não terem nascido com esse gene, e não poderiam ser punidos... o autor diz sobre determinismo neurogenético que é e relação de causalidade entre genes e comportamento.