quinta-feira, 21 de maio de 2015

As drogas e sua relação com o Ambiente


Oi amiguinhos, tudo bem?

        Então, hoje iremos falar sobre algo muito interessante, mas ao mesmo tempo preocupante em nosso país: O USO DE DROGA.

O que você sabe a respeito da cocaína no Brasil? E do Crack?

        Então, para iniciar, aqui embaixo há um vídeo acerca da famosa Cracolândia do Brasil, que se localiza na cidade do São Paulo. Nesse lugar, adictos ao crack (de todas as idades) se encontram e compartilham do vício, sem restrições e medos.

  
   Bom, mas o que leva tais pessoas a se tornarem viciados e dependentes deste derivado da cocaína? É isso exatamente o objetivo desta postagem: mostrar como diversos teóricos atribuem à origem da adicção ao mundo das drogas. Antes de mais nada, vamos relembrar o que os textos passados nos ensinaram: A VARIÂNCIA DOS SERES HUMANOS É UM FATOR DETERMINANTE DE COMO CADA SITUAÇÃO DEVE SER ATRIBUÍDA AO CONTEXTO E DE QUE RÓTULOS NÃO SÃO CAPAZES DE EXPLICAR COMPORTAMENTOS. Logo, são trabalhados no texto em questão tais conceptos, no que para a autora, a interação dos organismos, ou seja, o contexto pode definir o vício das drogas.
                                

   Alguns teóricos afirmam que a adicção está ligada à fatores culturais e sócias, outros já acreditam que a estrutura familiar está no cerne do vício, MAS NO QUE ACREDITAR? Foi por isso, que decidiu-se estudar pessoas abstinentes de cocaína, onde foram percebidos os chamados “occasion settings” que seriam as significações dadas pelo adicto, formando uma rede de associações. Mas isso será melhor entendido na próxima postagens, onde detalharei o experimento e seus resultados.

   Mas o que importa agora é entender que a adiccção NÃO É UM FENÔMENO ISOLADO e sim resultado DAS INTERAÇÕES E ASSOCIAÇÕES DO ADICTO.

   Agora voltemos ao contexto brasileiro, que vem sofrendo um aumento significativo no uso de drogas, principalmente de crack, derivado da cocaína, que acabou por popularizá-la, por ser mais barato e mais fácil de encontrar.
Aumento do Consumo de Crack no Brasil, por Regiões. 

   Mas quais são os efeitos desta droga tão popular em nosso país? Quando a pessoa usa crack, ela se sente eufórica, hiperativa, que causa um relativo aumento na pressão sanguínea. Mas por que tantas pessoas se tornam viciadas? Quando consumimos cocaína ou crack, facilmente nos tornaremos adictos, pois o uso desses fomenta o chamado craving, ou seja, o uso compulsivo. A particularidade da cocaína são os seus efeitos positivo-negativo. PERA AÍ, AGORA NUM ENTENDI NADA! Calma, funciona assim: quando a pessoa consome cocaína, essa provoca uma sensação de bem estar e prazer, todavia tal efeito se finda quando a droga perde seu efeito, gerando agora sensações desagradáveis, que faz com que as pessoas comprem e usem mais e mais.


   Logo, tais pessoas estarão propensas a se tornarem tolerantes à droga. Ou seja, elas aumentarão as quantidades de drogas, para sentirem o mesmo prazer que sentiam com pouca. E isso, consequentemente, pode levar à drogadiccção, onde a pessoa não possui mais controle da ingestão da droga.

   Mas agora vem a parte mais legal de tudo: essa drogadicção, como eu falei no início, está ligada a um fator condicionante, ou seja às associações. Por exemplo, durante alguns estudos, foi percebido que o consumo de drogas é diferentes em cada dia da semana, e o que isso quer dizer? QUE O CONSUMO DE DROGAS É DETERMINADAS PELO CONTEXTO. MAS, QUE CONTEXTO É ESSE, FLÁVIA? Para explicar, vamos exemplificar: Uma pessoa que está em processo de abstinência de drogas passa perto de um lugar que ela costumava usar a droga, isso pode facilmente levar ao consumo de drogas. Ou seja, A (consumo de drogas) é reforçado quando precedido de B( contexto: passar por um lugar que remeta à droga). Este pensamento é conhecido como Condicionamento Pavloviano.
O experimento de Pavlov sobre a salivação dos cachorros quando estimulados pelo som.
             
   Dado isso, algumas teorias tentaram explicar como se daria a terapia para pôr fim à dependência química. Primeiramente, temos a Teoria Psicodinâmica, que acredita na adicção como um fator condicionada por um conflito de EGO. Então, para eles a terapia se fundamentaria na injeção de elementos bons no paciente, “bons” no sentido de elementos construtivos, com objetivo de reconstruir tal ego. Para a Teoria Motivacional, existe 5 etapas terapêuticas: a pré-contemplação (indivíduo quer mudar, mas não tem consciência para isso), a contemplação (ela começa a mudar, mas não tem compromisso), a decisão e ação (indivíduo tomou a decisão de mudar) e a manutenção (ações para garantir a efetividade da ação e da decisão). Já a Teoria Religiosa, enfoca na prevenção e no tratamento das drogas, com ações voltadas para a readaptação do indivíduo à sociedade. Por último temos a Teoria Comportamental, que acredita que o consumo de drogas é um fator operante, ou seja, o comportamento opera no ambiente, gerando certas consequências. Então, a terapia agiria de modo a mudar essas consequências. Entretanto, há uma outra visão dentro desta perspectiva, que acreditam no fator cognitivo como fundamental na terapia. Por exemplo, é melhor condicionar os adictos aos ambientes relativos à cocaína do que evitá-los, para que assim se possa desvincular de seu cognitivo estes elementos condicionantes ao uso de droga.

   Logo, esta primeira parte vem nos mostrar o quanto  fenômenos considerados como isolados, podem ser influenciados pelas interações entre os ambientes que nos rodeiam e, como tais ambientes podem ser condicionantes ao uso da droga, por exemplo. Mas o que se descobriu investigando os abstinentes de cocaína que você disse lá encima, Flávia? Estas são cenas do próximo capítulo, fiquem ligados.


Referência:Almeida, A.M.C. (2008) Complexidade de associações de estímulos condicionais de occasion setting do contexto do uso de droga com abstinentes de cocaína: uma interface entre o laboratório e a clínica. Universidade de São Paulo: tese de doutorado.




31 comentários:

  1. Ana Luisa Araujo Moura - 15/0005199 - Monitora Gabriela

    O texto 13 trata sobre a cocaína e o crack e como isso afeta os usuários física e psicologicamente, o texto fala muito dos efeitos que a droga tem no corpo, quimicamente falando. Além dos efeitos que ela causa no corpo, o autor discursa como a droga afeta socialmente as realidades dos jovens e pessoas que a consomem, seja aqui no Brasil ou não.

    Nota-se que os usuários de cocaína buscam a droga muitas vezes por quererem apenas se sentirem incluídos em algum grupo, em algum lugar, buscam também por quererem de algum mudo uma "fuga" da realidade. A partir de um certo momento o usuário da droga precisa aumentar a dose, pois o corpo se acostuma com o efeito da droga, e logo, ela perde o efeito desejado pelo usuário, fazendo com que ele busque cada vez mais. A cocaína e o crack causam dependência, o crack por ser mais acessível, principalmente por conta do preço, as pessoas tendem a procurá-lo mais do que a cocaína, e isso se torna um problema, pois o crack causa um efeito pior e mais intenso do que o da cocaína.

    O autor do texto diz "O problema com a droga se torna uma manifestação externa das perturbações psicológicas do usuário", então, se uma pessoa busca a droga como alívio, isso é mais como uma busca para solucionar, ou até mesmo está anestesiado em relação aos problemas. Nota-se também pelo autor do texto, que o efeito é tão forte em uma escala que, o usuário constante de cocaína sente os efeitos da droga antes mesmo de usá-la, pois o corpo conhece a droga e os efeitos que ela causa.

    Para não perder o foco do texto, o leitor deve se atentar ao fato de que o texto tenta explicar o que acontece no corpo de alguém quando se utiliza a droga, e por meio dessa explicação ele tenta mostrar que esses efeitos muitas vezes prejudicam as relações que esse indivíduo tem com o resto do mundo, e até mesmo como ele lida consigo mesmo.

    O autor do texto bate de frente com a relação que o usuário tem com a droga, e como essa relação é que muitas vezes leva ele a consumir mais a droga, a droga causa dependência e a ausência dela acarreta problemas psicológicos e físicos porque não só o psicológico pede pela droga, como também o corpo já se acostumou a ela, e toda essas consequências que o usuário tem após estabelecer uma relação com a droga.

    Hoje vemos como existe uma necessidade de uma preocupação com a realidade dos usuários da cocaína e do crack, e não só delas, mas de todas as outras drogas, a realidade no Brasil e fora dele é essa, o consumo de drogas só aumenta, enquanto a preocupação de tratar o problema com seriedade não acompanha isso, e vemos como o texto prova incansáveis vezes que apesar de ser um problema de grande escalar, e que a cada vez mais cresce, não é intratável ou incurável, só é necessário que exista uma preocupação maior, tanto do Estado, quanto até mesmo da sociedade, de olhar para os usuários de drogas não como pessoas fracas ou marginalizadas, mas que talvez realmente precisam e queiram ajuda.

    ResponderExcluir
  2. Lucas de Azevedo Levino - 10/0056903
    Monitor : Rodrigo

    O texto “Complexidade de associações de estímulos condicionais de “occasion setting” do contexto do uso de droga, com abstinentes de cocaína: Uma interface entre o laboratório e a clínica” discorre sobre o comportamento adictivo, no que diz respeito ao uso de drogas, em especial a cocaína. O interesse de se estudar a cocaína surge do rápido alastramento epidemiológico com a popularização do crack, no início dos anos 90, principalmente por causa do baixo custo.
    A questão da tolerância se deve ao fato que os usuários vão se tornando resistentes à euforia providenciada por certa quantidade de cocaína e, então, precisam aumentar a dose usada cada vez mais para suprir suas necessidades. Foi possível observar que a adicção deve ser entendida como um processo de aprendizagem associativa condicionada. Isso quer dizer que estímulos que, normalmente, seriam neutros, podem acabar sendo associados ao uso, à lembrança da cocaína e provocar os sintomas e o desejo que a abstinência dessa droga pode causar .
    O texto aborda um conceito novo: a SDR, ou síndrome da deficiência da recompensa, que ocorre quando a sensação de prazer (a recompensa), que deveria ser gerada após ingestão da droga, não ocorre; dessa forma, o usuário é acometido por compulsões e um constante estado de ansiedade, ligado também à depressão, e que o leva ao consumo abusivo de substâncias químicas como comportamento alternativo para buscar prazer.
    Com relação ao vicio existem várias teorias sobre a gênese da adição e por fim, há um consenso de que o envolvimento com substâncias psicoativa remete a uma relação narcísica. Por isso, as terapias teriam o objetivo de ajudar o sujeito a descobrir e injetar, então, objetos bons, que substituam as drogas.Assim, o texto apresenta a teoria motivacional e a teoria da religiosidade. A teoria motivacional seria composta de 5 passos: pré-contemplação (interesse do sujeito em mudar o comportamento, mas insuficiente consciência do tamanho do problema), contemplação (interesse e consciência suficientes, mas não há compromisso sério para agir), decisão, ação e manutenção. Os passos 3 e 4 (decisão e ação) já apresentariam tentativas concretas por parte do indivíduo para mudar seu comportamento, e no 5º estágio o adicto age para prevenir recaídas e firmar suas conquistas. Já a teoria religiosa enfoca o importante papel da religião na reabilitação de adictos uma vez que, no geral, há uma relação inversa entre religiosidade e o uso de drogas.
    Continua...

    ResponderExcluir
  3. Lucas De Azevedo Levino - 10/0056903
    Monitor: Rodrigo

    Continuação...
    O texto apresenta o enfoque comportamental no que concerne ao tratamento do vício. Esse enfoque não vê a drogadicção como uma doença, e sim dentro de uma perspectiva da aprendizagem e da relação da pessoa com seu ambiente, uma vez que o uso de drogas seria um comportamento que segue a mesma lógica do comportamento tido como normal. Busca-se, então, observar as respostas para certos eventos e, então, interferir nesses padrões de situações. Uma vez que o uso da cocaína está associado às suas consequências, é necessário rearranjar o ambiente e providenciar estímulos que superem aqueles dados pela cocaína, assim facilitando o processo de abstinência para o usuário. Um exemplo dado é o sistema de vouchers: se o paciente abster-se de usar cocaína, ele pode receber esses vouchers (tickets) que ele poderia trocar por itens da instituição: passes, materiais escolares, etc.
    Por fim, a Teoria Cognitiva Comportamental (TCC) tem como foco analisar o sujeito à luz dos princípios de aprendizagem, dando importância também à relação dos comportamentos com o ambiente e aos eventos cognitivos na formação de transtornos e problemas pessoais. As interpretações do indivíduo sobre o mundo influenciam seu comportamento e sua adequação aos diversos ambientes; só que essas crenças podem ser irracionais
    No que concerne a esse texto, achei muito interessante a ideia dos vouchers. Contrapor outro incentivo para combater os reforços positivos e negativos da cocaína é bem lógico, uma vez que é algo que remete aos desejos, aos instintos do indivíduo, ao invés de simplesmente utilizar palavras para convencê-lo dos malefícios de se drogar (a pessoa sabe disso; mas o desejo é muito forte). Assim, parece que o próprio organismo do indivíduo considera o voucher como uma opção a ser escolhida, se considerar que a recompensa deste será melhor que o prazer dado pela droga.

    ResponderExcluir
  4. Filipe – 10/0011039 – Monitor: Rodrigo

    A adicção é caracterizada pelo uso descontrolado das drogas, no qual o usuário torna-se dependente da utilização de doses cada vez maiores e mais frequentes. Um amplo conjunto de fatores contribui para o processo de adicção se desenvolver, destacando-se os motivos de ordem social, cultural, familiar, econômica, bioquímica e comportamental ligada ao contexto da utilização da droga, sendo que apenas este último fator consiste no foco do texto que a autora destina os seus esforços para o estudo do fenômeno da adicção.

    A teoria comportamental no estudo da adicção surgiu da observação que certas situações relacionadas ao contexto da utilização da droga ocasionam como resposta o surgimento de estímulos que influenciam na utilização da droga, na tolerância da droga, no craving (desejo pela droga) ou mesmo nos sintomas da abstinência. Estes estímulos condicionados a uma situação ou contexto são aprendidos pelo usuário no decorrer do processo de utilização da droga, por exemplo: O gatilho para o aparecimento do desejo de utilizar a droga ou o aumento da tolerância a ela pode ser certa situação que remeta a sua utilização, como um local em que o usuário costuma se drogar ou o encontro com um grupo de amigos com o qual o usuário utilizava a droga em conjunto.

    O processo de aprendizagem associado a uma condição é fundamentada em observações empíricas praticadas tanto com humanos quanto com animais, um exemplo é o experimento de Pavlov com cachorros, no qual um estímulo inicialmente neutro foi transformado em um estímulo condicionado que produzia um resultado específico sempre quando era apresentado. No experimento, cachorros escutavam uma campainha e em seguida recebiam comida, após certo tempo, a campainha foi associada à comida e os cachorros salivavam ao escutá-la mesmo sem a presença da refeição. O processo associativo respostas a estímulos ligados ao contexto ou ambiente também é observado em experimentos laboratoriais com o uso de drogas e em relatos de pessoas em situações reais, escopo da próxima parte do trabalho da autora.

    A abordagem comportamental entra em choque com a concepção da maioria que atribui os efeitos da droga ou da dependência a fatores exclusivamente bioquímicos e implica na criação de modelos alternativos para o tratamento contra a adicção que são mais individuais e possivelmente mais eficientes. Alguns tratamentos dados sobre esta ótica comportamental utilizam reforçadores positivos (“vouchers”) quando é detectado por exames de urina que o usuário se absteve do uso das drogas, esta recompensa supostamente neutralizaria os efeitos negativos da abstinência e entraria em oposição com os estímulos positivos propiciados pela droga. Outro tipo de tratamento expõe o adicto sucessivamente às situações vivenciadas que se relacionam ao uso da droga, após certo tempo de exposição, estas situações perdem a associação aprendida originalmente pelo usuário e o poder de eliciar o desejo de consumo.

    Embora seja leigo no campo da psicologia e desconheça alguns termos relacionados ao uso de drogas, acredito que o texto foi estruturado de uma forma que prejudica o entendimento do assunto. O texto não demonstra uma progressão clara das ideias, pois apresenta os temas de forma dispersa e não explica objetivamente os principais conceitos desde o princípio, esta impressão foi causada em virtude da extensa revisão bibliográfica feita sobre as teorias e modelos de tratamento da adicção que tiram o foco do objetivo central do texto, “occasion setting”, discutido em maiores detalhes apenas no fim do texto. Talvez, a segunda parte do texto mostre-se um pouco mais interessante com a aplicação dos conceitos vistos nas entrevistas com usuários adictos.

    https://www.youtube.com/watch?v=YhYZJL-Ni7U
    https://www.youtube.com/watch?v=iPZdg1S1nL8

    ResponderExcluir
  5. Marcele de Fátima – 11/0130626 – Monitora: Flávia

    O texto é uma tese que fala sobre o comportamento adictivo, no que diz respeito ao uso de drogas, em especial a cocaína devido ao avanço no uso dessa droga que se tem notado ao longo dos últimos anos.
    Atuando no Sistema Nervoso Central, a cocaína provoca euforia, bem estar, sociabilidade. Pelo fato de que nem sempre as pessoas conseguem ter tais sensações naturalmente, e de forma intensa, uma pessoa que se permite utilizar esta substância tende a querer usar novamente, e mais uma vez, e assim sucessivamente.
    O coração tende a acelerar, a pressão aumenta e a pupila se dilata. O consumo de oxigênio aumenta, mas a capacidade de captá-lo diminui. Este fator, juntamente as com arritmias que a substância provoca, deixa o usuário pré-disposto a infartos. O uso frequente também provoca dores musculares, náuseas, calafrios e perda de apetite.
    Como a cocaína tende a perder sua eficácia ao longo do tempo de uso, fato este denominado tolerância à droga, o usuário tende a utilizar progressivamente doses mais altas buscando obter, de forma incessante e cada vez mais inconsequente, os mesmos efeitos agradáveis que conseguia no início de seu uso. Dosagens muito frequentes e excessivas provocam alucinações táteis, visuais e auditivas; ansiedade, delírios, agressividade, paranoia.
    Este ciclo torna-o também cada vez mais dependente, fazendo de tudo para conseguir a droga, resultando em problemas sérios não só no que tange à sua saúde, mas também em suas relações interpessoais. Afastamento da família e amigos, e até mesmo comportamentos condenáveis, como participação de furtos ou assaltos para obter a droga são comuns.
    A pesquisa realizada pela autora da tese propõe que existe relação entre o processo da adicção e as representações que o usuário adquire através de associações condicionadas, sob controle de “occasion setting”, que é caracterizado pelas reações atribuídas aos efeitos da droga, ou seja, o usuário associa a reação ao efeito da droga no decorrer de sua experiência com ela.
    O condicionamento clássico (ou condicionamento pavloviano) é um processo que explica o surgimento e a modificação de certos comportamentos com base nos efeitos estímulos e respostas. O experimento de um fisiólogo russo, Ivan Pavlov, envolveu a salivação condicionada de cães. Cachorros naturalmente salivam por comida; Pavlov chamou a correlação entre o estímulo não-condicionado (comida) e a resposta não-condicionada (salivação) de reflexo não-condicionado.
    Sim, mas qual a relação de tudo isso? No caso, a primeira parte da tese se refere ao uso da cocaína, mas basicamente pode-se ver com isso que o processo de adicção é bem complexo, e que no tratamento de um adicto, “viciado” é necessário que se analise o CONTEXTO. Além de o adicto admitir o vício e perceber que tipos de situações o levam a usar a droga, para sua recuperação não basta evitar tais situações, mas também saber lidar com elas para se evitar recaídas; a adicção está relacionada com associações e com o condicionamento.
    Concluo que romper com a droga é difícil, já que o indivíduo tende a se sentir deprimido, irritadiço, e com insônia. Assim, quando um usuário opta por deixá-la, deve receber bastante amparo e ser incentivado neste sentido. É necessária ajuda tanto no processo de desintoxicação quanto tempos depois desta etapa. A blogueira mesmo já citou alguns tipos de tratamento e que vejo o quão são importantes.
    Experiência de Pavlov: https://www.youtube.com/watch?v=IMrwvggTDHE

    ResponderExcluir
  6. Aldenôra Simões Cavalcanti 12/0048949 Monitora: Gabriela

    A interação (vício) de drogas e organismo as vezes se dá apenas pelo fato dela agir sobre o sistema nervoso central, ou por produzir sensações subjetivas de prazer ou euforia. O uso ocasional de uma determinada droga é diferente do uso abusivo, que se caracteriza por aumento na freqüência e da dose. Mas a passagem de uma fase para a outra acontece de forma tênue. É um desafio entender como ocorre a transição do uso controlado da droga (tolerância) para a perda de seu controle. No tratamento terapêutico o comportamento aditivo é um desafio a ser enfrentado. Muitos trabalhos foram realizados para entender o que leva alguém a entrar no uso de drogas estimulantes. São vários fatores citados por Kessler, de ordem cultural, social, interpessoal e genética. Entre outros, citados por outros autores, como ausência de uma figura paterna, termino de relacionamentos, etc.
    Nesse estudo, procura-se entender a natureza biopsicossocial do sujeito abstinente do uso de cocaína. Quando se considera a epidemiologia do uso de cocaína, dois fatores sobressaem: o seu uso aumentou muito durante a década de 1980, e a cocaína se diversificou nas maneiras de uso. O crack, por exemplo, que é um derivado da cocaína tem baixo custo e fácil acesso.
    Os efeitos farmacológicos da cocaína lembram os da anfetamina, causando euforia, verbosidade, hiperatividade motora e um exagero do prazer. Os efeitos no organismo levam a taquicardia, sudorese, vaso constrição e um aumento na pressão sanguínea. Não apresenta nenhuma síndrome de abstinência física clara se comparado ao álcool, mas tende a causar depressão.
    Vamos falar de dois conceitos intimamente ligados um ao outro, são eles, tolerância e adicção (dependência). Tolerância é quando uma quantidade de uma droga que antes causava euforia, já não é suficiente e assim os usuários aumentam a quantidade. A dependência é a compulsão na auto-administração da droga, com perda do controle sobre a ingestão; o reforço positivo-negativo e alterações neurológicas constituem a chave da dependência. Por volta do século XIX pessoas que tinham problemas com droga, eram consideradas fracas de caráter, de moral, etc. As pessoas adictas são compulsivas a ponto de serem autodestrutivas, não é considerada uma doença, mas sim uma desordem comportamental. Os dependentes possuem cinco estágios, pré-contemplação, contemplação, decisão, ação e manutenção; o ultimo estagio é quando o dependente age para prevenir recaídas e consolidar conquistas. A religiosidade também tem papel fundamental no tratamento de adictos. A teoria comportamental acredita que o consumo de drogas é um fator operante, ou seja, irá gerar conseqüências; por exemplo, o melhor é condicionar os adictos aos ambientes com relação a cocaína em vez de evitá-la em si. A teoria comportamental cognitiva tem por objetivo analisar o individuo a luz dos princípios da aprendizagem, e prioriza a importância dos eventos cognitivos na geração de problemas pessoais.
    Podemos ver o quanto o ambiente nos influencia a certas atitudes e decisões, logo não podemos considerar a dependência de drogas como um fator isolado.

    ResponderExcluir
  7. Thales Viana Labourdette Costa - 14/0163611
    Monitora: Flávia Batista

    Propondo uma profunda investigação acerca do uso da cocaína, muitos leitores podem se confundir por acreditarem que o texto estuda o usuário ou a droga de forma isolada. O texto aborda as relações que o usuário possui com a droga, mais especificamente quando o usuário se depara com lembranças que o remetem ao período em que fazia o uso da droga. A influência que a droga exerce no usuário também é explícita quando aborda conceitos como o craving, palavra de origem inglesa que, traduzida para o português, significa literalmente desejo, vontade, tentação. O usuário possui um desejo de fazer uso da droga quando já permanece á um determinado tempo sem fazer uso da mesma. Outro conceito é a denominada tolerância, que prega que á medida que o usuário vai fazendo uso contínuo e prolongado da droga, ele adquire uma resistência natural aos efeitos da mesma, e necessita de doses cada vez maiores para sentir os efeitos na mesma intensidade que sentia em seus primeiros usos da droga.

    O texto também faz uma investigação sobre o tratamento psicosocial que é realizado nos dependentes da droga, abordando teorias como por exemplo a religiosa, que determina que a fé é fundamental para a recuperação do indivíduo, e a teoria psicodinâmica, que visa a construção de um ego bom dentro do usuário. Na minha opinião, a teoria que mais se destacou foi a teoria comportamental, porque é uma teoria que visa a mudança do convívio do indivíduo com seu meio, tema que não recebeu destaque em outras teorias.

    A leitura do texto me lembrou, de certa forma, do texto sobre determinismo neurogenético, quando afirma que alguns indivíduos são mais propensos ao uso da droga do que outros. No texto do determinismo não houve um aprofundamento sobre o contexto do indivíduo como houve nesse texto, e fiquei convencido mais ainda de que a exclusão que o determinismo neurogenético prega não é cabível em métodos de pesquisa, como foi demonstrado nesse texto, que a prioridade é e sempre deve ser a análise do meio no qual o indivíduo está inserido.

    Pode-se afirmar que a moral que o texto transpassa é de que, muitas vezes, não compreendemos o estado em que o viciado vive, e acabamos por fazer um julgamento muito superficial do indivíduo que no final, não será de ajuda nenhuma para a recuperação do mesmo. Pelo contrário, irá piorar a situação por meio da geração de um sentimento de falta de compreensão no usuário da droga. Pode-se ainda fazer uma relação dese julgamento com os temas de preconceito e esteriótipo do texto 12, visto que fazemos julgamentos baseados não no contexto, mas na imagem. Depois da leitura do texto e das reflexões feitas, posso afirmar que, para mim,o texto contradiz com o julgamento superficial e irresponsável que tanto praticamos dia a dia.

    Curiosidade: Pesquisadores da UNB fizeram um estudo de mapeamento de áreas do DF onde ocorre o maior consumo de cocaína. No link que vemos abaixo, vemos que a incidência maior ocorre em cidades de contexto privilegiado e que o estudo comprovou a afirmação do texto de que o consumo varia de acordo com o dia, tendo o seu pico no final de semana:

    http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2014/03/06/interna_cidadesdf,415995/pesquisa-areas-nobres-do-distrito-federal-lideram-o-consumo-de-cocaina.shtml

    ResponderExcluir
  8. Vitor Akira 14/0165355 ------- Monitora Flávia

    As drogas é um assunto que tem várias vertentes quanto ao seu uso. O uso de drogas normalmente está relacionado àqueles produtos químicos que causam efeitos negativos ao usuário (exemplo: drogas que podem gerar feedbacks negativos, dependência e, até, a morte). O texto fala principalmente de duas drogas que estão muito presentes no Brasil, principalmente em capitais, que são a cocaína e o crack. Os dois dão ao usuário uma grande sensação de bem estar repentino, porém, esse mesmo efeito passa rapidamente e muda essas sensações boas para sensações desagradáveis. Essas rápidas mudanças de sensações fazem com que o usuário utilize mais da droga para que aquele bem estar inicial volte a fazer efeito, deixando-o viciado. Além do vício, essas drogas fazem com que a pessoa necessite aumentar constantemente a dose da droga por ela não ter o mesmo efeito que a dose utilizada anteriormente (no início, usa-se uma pequena quantidade até aumentar e, provavelmente, chegar a overdose). O termo utilizado para esse vício é chamado de “craving”.

    Um ponto interessante citado no texto é o pensamento chamado “condicionamento Pavloviano”, a ideia desse pensamento está explicado um pouco melhor no link no final desse comentário. A ideia relacionada ao condicionamento Pavloviano é de que, o usuário dessas drogas relacionam muito o ambiente e situações ao uso delas. Por exemplo, se um usuário de crack passa por um lugar onde já utilizou a droga, ele provavelmente irá utilizar a droga novamente naquele lugar. Essa relação se deve as sensações que já obteve naquele ambiente, ou seja, as sensações de prazer, ou não, foram marcadas naquele local, gravado inconscientemente na memória. Se fosse utilizado em outro local, o usuário talvez não sentiria o mesmo prazer que o local onde usou pela primeira vez, por exemplo.

    O vício de drogas que criam dependência química é uma triste realidade no Brasil por causar várias mortes e deixar o ambiente mais caótico e triste. Na cidade de São Paulo, por exemplo, as pessoas que vão para o mundo das drogas é devido a esperança de uma oportunidade de vida nessa cidade tão capitalista. Muitas vezes, a pessoa vem de longe para tentar criar oportunidades de melhoramento na qualidade de vida, porém, não consegue seguir conforme o idealizado e acaba se sentindo perdido. Assim, a única forma de se sentir menos inconformado são as drogas.

    Link “ resumo do condicionamento Pavloviano”:
    https://www.youtube.com/watch?v=QcQyKM3FGZI

    ResponderExcluir
  9. Ariel Moura Maia - 14/0130969 - Monitora: Isabela

    O objeto de estudo desse texto é a interação entre a cocaína e o usuário dessa droga, mais especificamente o condicionamento que leva a pessoa a desejar o cosumo da cocaína. No início do texto, a autora faz um levantamento geral sobre as características e efeitos da cocaína e de seu derivado mais comum, o crack, além de definir algumas ideias como abstinência, tolerância e craving (um desejo "incontrolável"), de modo a situar melhor o leitor.

    Após isso, é relatado o quão difícil é parar de consumir a droga, e a pesquisadora explica que processo de adicção não é um fato exclusivamente interno à pessoa, do ponto de vista bioquímico, mas que depende também do contexto e de certas associações que o usuário faz entre a droga e o ambiente que vive. Sabendo disso, ela apresenta algumas abordagens que propõem formas terapêuticas de livrar o usuário da droga do vício.

    O teoria mais interessante, e a mais focada pela autora, é a teoria ccomportamental, que estabelece uma relação usuário-droga baseado na teoria de condionamento pavloviano. Essa abordagem sustenta que o uso da droga é, para cada pessoa, associado a uma determinada situação, tempo ou ambiente, de modo que um desses contextos pode desencadear o desejo, o "craving" pela droga, se tornando muito mais difícil se livrar do vício, pois uma vez vencido a abstinência bioquímica da droga, há grandes chances de recaídas por parte desse contexto. Sendo assim, essa abordagem terapêutica sustenta que deve-se focar em quebrar essas associações entre a droga e contexto, de modo a diminuir as chances da pessoa ceder à tentação de usar o entorpecente novamente.

    É interessante relacionar essa teoria com a abordagem humanista que vimos em outro textos, onde deve-se tratar cada pessoa de modo individual, sem generalizá-las, pois o contexto de cada um é diferente, e como vimos nesse estudo, esse contexto é poderoso e nao deve ser ignorado, se queremos, no caso, uma terapia anti-drogas realmente eficaz.

    ResponderExcluir
  10. Vinícius Alves - 10/0131506 - Monitora Isabela

    O indivíduo usa cocaína, com o tempo ele cria hábitos em volta da cocaína, seja pra curtir o fim de semana, seja para estudar para uma prova. Por qualquer motivo a droga vira um hábito e junto com o hábito vem a crescente tolerância e adaptação do cérebro a tal droga. Vemos então a transformação do ambiente normal de um usuário que se acostumou a usar cocaína e consequentemente ficou viciado. O corpo passa a se considerar "normal" quando dopado e fora da realidade quando em abstinência.

    Agora, este texto me chocou e preencheu uma grande curiosidade com relação ao vício pois em vários momentos consegui associar as tendencias do usuário de cocaína com as minhas próprias de viciado em nicotina. A resistência crescente ao efeito da droga e a, para mim muito evidente, associação do efeito da droga que fazemos com o ambiente.

    Um viciado em cocaína, ou qualquer outra droga psicoativa, tem muita facilidade em associar eventos com o uso assim como eu associo o cigarro com o fim de uma refeição, por exemplo. As situações podem variar. Se o vício começa com festas de luxo regadas a cocaína ou com a supressão da fome causada pelo crack nas ruas, as associações são feitas da mesma forma. Há uma tentativa de escapismo evidente na construção da adiccção. As drogas provocam esses efeitos prazerosos e a situação e ambiente onde o usuário vive não pode ficar fora da equação. Ou seja, é totalmente impossível tentar resolver o problema sem dar atenção especial a totalidade de estímulos, hábitos e comportamentos do usuário. A desintoxicação tem que explorar a forma como o cérebro funciona e rebater a ura do usuário com a mesma moeda.

    Achei interessantíssimo o método de vouchers que premiam o paciente pelo seu não uso através de resultados de exame de urina. Evidentemente este método só pode ser usado dentro de hospitais especializados e fica limitada às pessoas que fazem parte da malha social, quando grande parte dos usuários não faz, mas é uma forma simples e aparentemente eficaz de se utilizar dos mesmos mecanismos de recompensa responsáveis pelo vício.

    Enfim, o tratamento de viciados não pode ser baseado apenas em abandono do uso e contenção do paciente. Muito frequentemente estes pacientes, após terem alta, voltam a ter os mesmos vicios, senão na droga original em outras, e a associação de uso e bem estar não é desfeita. A aproximação ideal a esses casos que muitas vezes podem ter repercussões legais sérias seria a de estudar cada indivíduo e mapear as suas tendências de uso para assim combatê-las diretamente. Usar a própria mente como instrumento na cura da adicção.

    Deu até vontade de parar de fumar agora...

    ResponderExcluir
  11. Samille - 10/0123112
    Monitora: Carine

    O uso da cocaína e de outras drogas tem um grande negativo na vida do usurário. Os efeitos causados no corpo podem ser a curto e longo prazo. Como o texto mostra, a curto prazo, temos uma grande euforia, os usuários podem sofrer problemas cardíacos, espasmos musculares e convulsões. No entanto, quando o efeito acaba, a euforia dá lugar para uma intensa tensão, depressão. Já o uso prolongado da cocaína, leva a pessoa a ter perda de apetite e de sono, além de também gerar alucinações (afinal, se tem uma interferência nos processos químicos do cérebro).

    As razões para entrar nesse mundo geralmente estão ligadas ao ambiente e a influência dos grupos. Devido ao preço, muitas pessoas acabam procurando no crack a forma de prazer que a cocaína poderia proporcionar. Com o uso frequente dessas drogas, o efeito sob o usuário se torna menor, logo, a quantidade usada passa a aumentar. Quando li sobre isso pude lembrar do meu episódio com o café. Tomava sempre uma xícara de café para estudar, mas com o passar do tempo, aquela xícara não me deixava mais acordada. Com isso eu passei a tomar mais e mais café, até finalmente ter um problema no estômago. Claro que as proporções prejudiciais são diferentes, mas percebi que segue a mesma lógica, de como seu organismo vai aprendendo a lidar com a quantidade de uma substância usada e os efeitos começam a diminuir.

    O que me chamou a atenção foi que, ao usuário frequente, os efeitos da droga começam a surgir mesmo antes de usa-la. E isso pode ser chamado de condicionamento pavloviano. Como explicado no blog com o exemplo do cachorro. Nesse caso, se a pessoa costuma usar a droga com um certo grupo de amigos que se reúnem todos os sábados pela tarde, o usuário além de ter uma grande ansiedade pelo momento, começa a ter seus efeitos ao apenas encontrar esses amigos.

    De modo geral, o autor foca em passar uma mensagem: os efeitos gerados pela cocaína, crack e como condicionamento pode influencia mais ainda essa dependência. A adicção cria problemas não só para o usuário, mas para as pessoas ao redor. A pessoa passa a ser mais agressiva e chega a momentos extremos de arriscar a vida de outros para continuar no vício.

    O autor do texto também vai contra o que alguns dizem, que a cocaína não vicia se usado uma vez na semana, por exemplo. Ele consegue mostrar que não é bem assim que funciona e que devemos dar mais atenção a esse problema.

    Abaixo segue um link com um documentário sobre a cocaína, sua história e os efeitos colaterais.
    https://www.youtube.com/watch?v=koid4E7PTXo [Documentary HISTORY of Cocaine Cocaine Effects Addiction – 1:01:10]

    ResponderExcluir
  12. Desirée- 140059458- monitora Flávia


    Eu achei interessante o fato de que o corpo é condicionado ao uso não só da droga, mas das mais variadas coisas. O condicionamento pavloviano, por exemplo, é interessante, pois o corpo começa a ter as sensações da droga mesmo antes de usá-la por causa do condicionamento da ocasião em que se usa a droga. Uma ideia que chocou com minhas concepções de vício foi a de que várias coisas podem causar dependência. A comida, o sexo e vários outros comportamentos humanos podem ser alvos de vício. Eu pensei que as próprias substâncias eram as causadoras do vício, como as substâncias nas drogas e o álcool, mas com o texto eu pude perceber que as situações de condicionamento composto (occasion setting) são grandes responsáveis pelo efeito da dependência.
    Outro ponto interessante que considerei no texto, e que decorre do ponto acima ressaltado, é a questão do tratamento de dependentes químicos pode se mostar ineficaz pelo fato de o individuo ao deixar as clinicas retornarem ao seu ambiente natural onde poderão encontrar relações entre estímulos que o levarão ao “craving” (desejo compulsivo) fazendo com que o indivíduo tenha recaídas. Por isso que muitas vezes não basta só que o indivíduo queira mudar. Um tratamento que me pareceu interessante mas que pode incorrer no craving foi o de serem apresentados repetidamente estímulos relacionados à cocaína até que, gradualmente, eles esvaziem sua habilidade de evocar respostas condicionadas, ao retornar ao seu ambiente a pessoa pode ser novamente estimulada.

    Segue abaixo um link de uma pequena reportagem onde as pessoas relatam as sensações de vício com os alimentos, que eu particularmente achei parecida com sensações de dependentes químicos.

    LINK: https://www.youtube.com/watch?v=6X--1yvaTOM

    ResponderExcluir
  13. Fernanda da Rocha Medeiros – 13/0109924 – Monitora Flavia

    Ao ler este texto pude ter uma visão um pouco mais clara sobre as drogas, principalmente sobre a cocaína, a qual não sabia muito bem sobre e nem que dela surge o crack uma droga mais perigosa e barata de ser produzida. É bem colocado os fatos que os jovens atualmente vivem, de acesso livre as drogas e seu consumo por todas as classes sociais, desde a mais pobre até a classe mais rica da sociedade. Esse ponto fez-me lembrar do que vivo, do acesso e desse consumo exacerbado de outras drogas por colegas próximos, e vendo-os afundar nas próprias. Deixando de relacionar ao meu cotidiano, voltamos ao texto.

    O autor relaciona muito o uso das drogas a sensação de prazer ou euforia que os consumidores tem com um conjunto de fatores vividos pelos mesmos, onde precisam viver uma outra realidade para “relaxar”, diversos fatos respondem influenciar ainda mais para a utilização de drogas, para se ter esse sentimento de outra realidade, como problemas interpessoais, culturais, ansiedade e genético. Um filme interessante sobre drogas e seus problemas é o “Paraísos Artificiais”, este também é um termo usado pelo autor, para descrever : “são incapazes de deixar os paraísos artificiais”, quando tomados pelo vicio. É discutida quando se dá a passagem entre as etapas de uso controlado para essa perda de controle, porém , a principio, diz-se que ocorre de forma tênue.

    O termo Adicção que significa vício, é usado ao decorrer de todo o texto. Quando relacionado com a tolerância, diz-se que a dose da droga deve ser aumentada para ter o mesmo efeito de quando usada anteriormente, causando a adicção. Ainda nessa parte aparece um novo termo, o da drogadicção, que é a recaída do uso da droga com desejo compulsivo pela mesma, ainda é possível observar plasticidades neuronais pelo uso da mesma, que resumidamente seriam adaptações compensatórias, no circuito de recompensa e ainda na mudança de sensibilização e sinais dependente de memórias positivas para o uso da droga que o leva a recaída.

    A Adicção ainda é relacionada com a aprendizagem e o condicionamento, isso dentro do método Pavloviano, o qual é usado para a descrição de processos envolvidos na tolerância à droga. Onde acredita que a tolerância a droga pode ser algo condicionado, como dado no exemplo no estudo onde relacionava o alimento a uma campainha, ao toque da campainha o alimento era exposto, porém após um tempo só a campainha tocava, mais ainda assim gerava salivação no animal. Humanos com dependência de cocaína quando deparam-se com sinais do contexto da utilização da droga, como lugares, pessoas, experimentam do chamado craving, que seriam respostas similares as da cocaína, do seu consumo, mesmo com a ausência de sua utilização.

    No século XIX as imagens de pessoas que utilizavam drogas eram de pessoas sem caráter, pobres em autocontrole, criminosas ou pecadoras. Via-se o alcoolismo como um crime e as pessoas eram pressas por isso, após isso, viu-se que o abuso de droga não era um pecado/crime, mas sim uma doença que devia ser tratada.

    Esse texto é muito interessante para saber um pouco mais dos efeitos bioquímicos do uso da droga e também ver o método de tirar a pessoa do vício, o que necessita de bastante trabalho e vontade não só de quem irá trata-lo, mas também do indivíduo adicto e das pessoas ao seu redor.

    Links interessantes:

    https://www.youtube.com/watch?v=CkXRg9FGQxI Filme Paraísos Artificias.

    ResponderExcluir
  14. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  15. Talita Lima dos Santos – Matricula: 10/0124241

    O texto 13 é uma tese que fala a respeito do comportamento adictivo, esse comportamento é caracterizado pelo uso descontrolado das drogas, no qual os usuários tornam-se dependente da utilização de doses cada vez mais frequentes. A tese esclarece que existe um amplo conjunto de fatores que contribuem para o processo de adicção se desenvolver, frisando os motivos de ordem social, cultural, bioquímica, econômica e comportamental ligada ao contexto do uso das drogas, sendo que o fator comportamental é o foco trabalhado pela autora da tese para o estudo da ocorrência da adcção.

    A tese também faz uma espécie de investigação da influência religiosa no comportamento do indivíduo no processo do tratamento psicossocial que é realizado a pessoa dependente da droga (cocaína). A religião na visão da autora é fundamental para a recuperação do usuário. Além da religiosa a teoria psicodinâmica é retratada no texto, essa teoria visa na construção de um ego positivo dentro do usuário. Assim, podemos perceber como a autora frisa destacar as questões relacionadas as teorias comportamentais, acredito que esse destaque dado pela autora no texto visa ressaltar a mudança do convívio do indivíduo com o seu meio, tema que não recebe a mesma relevância nas outras teorias apresentadas na tese.

    Achei o texto bem factual, autora coloca muito bem suas observações sobre os efeitos da cocaína no indivíduo. O que mais me chamou a atenção foi o contexto moral que a tese é elaborada, pois muitas vezes não compreendemos o estado em que o viciado vive, e muitas vezes fazemos julgamentos sobre a pessoa que estar passando por esse momento, julgamento esse que não traz nenhum benefício para a recuperação deste indivíduo. Pelo contrário, esse tipo de comportamento para com o usuário só irá piorar a sua situação através de um sentimento de total falta de compreensão para com o usuário da droga.

    Este texto aguça nossa percepção sobre a ação da droga sobre o usuário, mesmo que desconheça os termos apresentados na tese e que sua escrita ainda seja voltada ao um contexto mais relacionado a saúde e que eu me considere leiga para tratar com a disposição da escrita da autora, considero seu trabalho de muita importância para a compreensão dos assuntos tratados, os estágios relacionados no texto abordado de maneia sistemática ajuda na reflexão do assunto, apresentado que não devemos tratar os usuários de maneira única, pois o estágio e a influência social do usuário acabam por caracteriza-lo, não cabendo a todos um tratamento único.

    ResponderExcluir
  16. Luscélia P Castro - 140026860
    Monitora: Flávia

    A cocaína e seus derivados, como o crack, assumem papel principal em procura entre os usuários de drogas em nosso país, e é exatamente sobre essa droga que o texto 13 irá tratar. Logo no começo do texto algo me fez refletir, segundo a minha interpretação, dizia que as pessoas reagem de formas diferentes ao uso da droga e algumas poderiam ter mais controle do que outras. Então pensei como isso pode ser arriscado, como saberei se tenho controle? Arriscando! E geralmente ao perguntar à um adicto de drogas ele dirá que tem total controle da situação, e que parará na hora que quiser, sendo que sabemos que não é assim que funciona.
    A cocaína e o crack geram tal dependência, pois seus efeitos apesar de ligeiros mostram-se muito intensos, porem, não apenas agradáveis, Primeiramente o usuário sente grande euforia e sensação de prazer, nesse momento a droga estimula o sistema límbico responsável pelas emoções, e essa sensação positiva e logo seguida de disforia e sensações negativas, como uma ressaca imediata, o que leva o usuário procurar mais e mais a droga. Com o uso continuado, o corpo do usuário vai criando certa tolerância àquela quantidade, então a tendencia é sempre aumentar.
    O condicionamento é uma parte que eu achei muito interessante do texto. Quando o adicto da droga faz associações, e quando se vê no contexto de uso frequente o corpo começa agir mesmo sem a ingestão da droga em si. Assim como Pavlov em seu experimento com o cachorro, que ao perceber o estimulo neutro o seu sistema digestivo já começava a trabalhar, portanto, salivava.
    Acredito que a resposta para a saída da dependência seja o condicionamento, só que de maneira inversa a já aprendida. Onde a pessoa tenha consciência e tome repúdio da droga, saiba quão prejudicial é para sua saúde e psicológico. Acho um tanto complicado o tratamento utilizando o método da abstinência, porque mesmo desintoxicado, no psicológico do individuo a droga continuará como válvula de escape e/ou o ápice de alegria, mesmo que artificial e falsa.
    Pra mim o texto só deixa de abordar uma parte que acredito ser importante, os motivos que lavaram aquela pessoa procurar a cocaína. Porque recorrer à métodos artificiais para atingir uma sensação felicidade momentânea ? Se analisar assim chegaríamos a respostas muito mais profundos do que mero descontrole individual.
    http://www.scielo.br/pdf/%0D/rbp/v26n2/a07v26n2.pdf

    ResponderExcluir
  17. Nathália Sousa de Lima – 15/0019246
    Monitora Carine

    Esse texto foi um pouco mais complicado para mim, mas de qualquer forma a leitura é bem simples. Trata-se de uma pesquisa sobre cocaína e sobre as condições que levam as pessoas a se tornarem adictas. Alguns dados interessantes são o da cocaína ter seu uso mais comum, no princípio, com jovens de classe alta e que com o passar do tempo foi criada uma versão mais barata chamada crack, o número de pessoas que utiliza de cocaína ou crack no Brasil é menor de que em países desenvolvidos, mas seu crescimento tem preocupado estudiosos.
    A grande questão que me chamou a atenção quanto as condições das pessoas que geralmente são usuárias dessa droga é que são pessoas que não costumam ter relações familiares muito agradáveis e o texto me leva a acreditar que algumas situações que ocorrem na vida dessas pessoas as deixam frágeis e as levam a procurar algo que as tirem um pouco da realidade que elas vivem.
    No filme To Write Love on Her Arms uma menina é estuprada pelo namorado e isso a leva a consumir drogas, com o passar do tempo ela vai perdendo os amigos e se afastando de tudo e de todos. Mas chega um momento em que ela resolve pedir ajuda e se internar, mas para isso ela deveria ficar sem consumir nenhum tipo de droga, com a ajuda dos amigos e de outras duas pessoas – entre elas um ex participante de banda, que também tinha problemas com drogas e álcool – ela tenta se manter limpa. Mas uma situação em especial chama a atenção quando o desejo dela pela música se torna presente e ela sente uma vontade de participar de um festival de música – que é geralmente onde há grande consumos de drogas – e com grande relutância eles resolvem estar lá com ela e para ela, e mesmo naquele ambiente onde ela estaria condicionada a se drogar, ela resiste e se mantêm limpa e vai para a clínica. O filme é baseado em história real.
    Esse filme é bem relacionado com o estudo, porque os pesquisadores acreditam fielmente que uma das formas de tratamento é mostrar para os usuários situações que eles remeteriam ao uso de drogas, para que eles possam ser mais resistentes. Outra alternativa que eles utilizam é recompensar aqueles candidatos que no fim da semana tem a urina limpa de qualquer droga, o que no meu ponto de vista não parece funcionar porque remete a um exemplo do texto passado quando se trata de influenciar a pessoa pela recompensa, mas essa atitude de não consumir drogas só é relacionada a recompensa e não surte efeito quando o usuário se vê sozinho.
    Quando o texto aborda também a questão da religião como tratamento eu relaciono mais a fé. Acreditar em algo nos faz bem e a religião traz isso, traz um ser maior que faz o mundo ser como é e aquele ser maior é um ser que te criou e que te ama, o fato amor também é bem influente. No caso da protagonista do filme o que a leva a lutar contra a adicção é a fé na música, acreditar que naquele contexto ela faz sentido, que pela música ela é amada e na minha opinião o amor e a fé – seja no que for, na música, em Deus, em si mesmo, nos sonhos – são uma alternativa para que as pessoas consigam controlar o desejo pela droga, porque a droga é estimulante e logo aquela quantidade que antes fazia grande diferença não faz mais e aí uma dose maior é melhor, dessa forma o ciclo se perpetua.

    ResponderExcluir
  18. Kauane - 120034620
    Monitora - Carine
    Cara blogueira, achei ótima a forma que descreveu o texto, porém acredito que alguns pontos relevantes não foram ressaltados. Bom, inicialmente o texto aborda o uso da droga e sua influencia no SNC como fonte de prazer. Este desejo pela droga vai se intensificando com a tolerância (necessidade de aumentar o uso para ter o mesmo efeito), e a partir do descontrole deste que surge a adicção.
    Visando descobrir o que leva á adicção, alguns pesquisadores afirmaram causas diversas: ansiedade, estrutura familiar, doença cerebral, comportamento, entre outras.
    A cocaína foi selecionada como a droga do estudo, e através do condicionamento pavloviano a interação associativa complexa influencia no uso da droga. Isto foi estudado através do "occasion setting", que são situações controladas que o adicto é submetido para se estudar o seu comportamento e a associação com a droga como você exemplificou em seu post. Sendo o crack decorrente da cocaína como droga mais barata e de alto consumo por brasileiros.
    O interessante trago no texto sobre a cocaína é que ela não possui tantos sintomas da abstinência como o álcool e se administrada repetidamente gera rapidamente o uso compulsivo. A adicção decorre do reforçamento positivo e negativo, ou seja, o positivo é o alge do prazer da droga e o negativo é a sensação após o fim do efeito, por ser ruim, gera o desejo do uso novamente. Algo que ainda considerei interessante é a caracterização do DSM-V para considerar uma pessoa adicta, ou seja, por ser uma doença deve estar dentro de alguns critérios estipulados.
    O texto traz ainda a influencia do contexto no uso da drogadicção como você exemplificou. Achei esta afirmação interessante, pois estagiei no semestre anterior em um CAPS AD e algo que era muito expresso é esta influência do ambiente/contexto, pois muitas vezes pacientes abstinentes há anos ainda eram influenciados por locais ou situações.
    O interessante é que se pode condicionar este comportamento e utilizar deste modelo pavloniano para o tratamento através de modelos de aprendizagem. Assim gera-se um estimulo condicionado e consequente dele ocasiona-se uma resposta condicionada.
    Além desta, algumas outras teorias são utilizadas para se tentar tratar a adicção, entre elas está a teoria psicodinâmica a qual envolve o ego, e utiliza-se de técnicas que estimulem este com intuito de se expressar os problemas psicológicos invés de utilizar a droga como fuga. Após esta é citada a teoria motivacional, a qual o adicto tem que passar por cinco estágios até a abstinência e ela é o modelo utilizado nos CAPS AD de Brasília. A teoria da religiosidade, onde usa o apoio da religião, principalmente para prevenção. E por fim a teoria comportamental, a qual se baseia no condicionamento e na relação com o contexto trazido no modelo pavloviano supracitado.
    Analisando todas estas teorias, correlacionei estes textos com os anteriores, percebendo o desejo do homem de manipular a mente do outro, como no caso do monge, o julgamento que as pessoas fazem do outro com intuito de predizer seu comportamento e ainda a necessidade do estudo da mente para melhor compreender seu funcionamento.
    Além disso, diversas contradições são percebidas nos modelos apresentados, como o pavloviano que visa predizer seu comportamento e o motivacional onde apenas o individuo pode modificar sua ação.
    Por fim, conclui que este texto o qual visa estudar a adicção através da cocaína objetiva mostrar para a sociedade a importância da droga e ainda que existem diferentes modelos de tratamento, e independente do escolhido, a abstinência é o foco em comum entre todos eles.

    ResponderExcluir
  19. Rodolfo Fernandes Bianchi Fava 13/0036757 Monitora: Flávia

    O texto analisado trata do vício de cocaína associado a um contexto, também chamado de occasion setting. Também são explicados os conceitos de tolerância e craving, que também estão associados ao vício.

    A escolha da cocaína para o estudo se deve a crescente popularização da droga a partir dos anos 90 no Brasil, agregando ainda mais consumidores com o surgimento do crack, uma droga derivada da cocaína e com um preço mais acessível que sua forma mais pura.

    O vício na cocaína pode ser primeiramente atrelado a alguns fatores chave: O uso provoca uma sensação de euforia, consequência da liberação de dopamina no cérebro (que é associado a um mecanismo de recompensa pelo corpo humano) reforçando o desejo do usuário de voltar a usar a droga. Outros fatores, descritos em pesquisas prévias à essa, indicam que o vício numa droga está ligado a problemas familiares, como a ausência de uma figura paterna forte e uma falta de estrutura nela.

    Voltando a alguns conceitos apresentados pelo texto, temos a tolerância. A tolerância é baseada na ideia de que à medida que o usuário consome a droga, vai criando uma espécie de resistência à ela, e precisa de uma quantidade cada vez maior para obter o mesmo resultado psíquico.

    Outro conceito explicado pelo texto é o de dependência. A dependência só ocorre se logo após o uso a pessoa sente uma sensação de prazer ou alívio de uma tensão desagradável. Portanto, a dependência é caracterizada pela perda de controle do usuário pelo uso auto-administrado da droga, indicada por um progressivo crescimento na frequência e na quantidade usada. Os desejos compulsivos pela droga, uma vez em que a substância e o usuário se encontram afastados por um breve período, são caracterizados como “craving”.

    Uma definição mais técnica é utilizada para definir se uma pessoa é dependente em drogas ou não. De acordo com a DSM-IV, pelo menos três dos seguintes sintomas devem ser demonstrados para que essa classificação possa ser feita: 1-Perda de controle sobre a quantidade e o tempo de uso da droga; 2- Uma ou mais tentativas mal sucedidas de controlar o uso; 3-Muito tempo gasto para obter as drogas ou se recuperar do uso provindo delas; 4- Atividades importantes são abandonadas por conta do uso da droga; 5-uso contínuo da substância, apesar dos problemas; 6- Sintomas de abstinência característicos de cada droga; 7- substância usada para aliviar os sintomas da abstinência; 8-Apresentação de tolerância à droga.

    O texto também diz que o vício está ligado a associações que as pessoas fazem, ou seja, fatores condicionantes. Se por exemplo, consideramos uma pessoa hipotética que todos os domingos, durante um jogo de futebol, reunida com os amigos, ingira álcool e fume maconha. Uma vez que a pessoa adquira esse hábito, muito facilmente irá associar o futebol de domingo com os amigos, e os amigos, com as drogas. Então, caso ela assista a um jogo num barzinho, sentirá o impulso de fazer uso dessas substâncias. Da maneira semelhante, um indivíduo viciado em cocaína pode fazer associações que remontem a um estado prévio de alegria e satisfação enquanto usavam a droga, buscando alcançar essas sensações quando usa a droga em uma nova oportunidade. Essas associações feitas pelo usuário são chamadas de condicionamento pavloviano, também chamados de “occasion settings”

    Entre os tratamentos de dependência abordados pelo texto, podemos citar a Terapia Cognitiva Comportamental (TCC). A TCC foi incialmente concebida para tratar dos males da depressão, mas posteriormente foi ampliada para outras patologias, como a adicção. Partindo do princípio que as patologias provém de uma interpretação distorcida da realidade, a TCC enfoca na “reestruturação das cognições disfuncionais e em decorrência, uma mudança no comportamento adictivo”. O objetivo desse tratamento é fazer com que o próprio paciente detecte os pensamentos disfuncionais e só então, poderá aprender a manejá-los.

    ResponderExcluir
  20. Andressa Costa Chagas - 12/0110474

    Este texto vai tratar das questões das drogas e a dependência, mais especificamente o uso da cocaína.
    O uso de drogas se da não somente pela sensação de prazer, mas também pelo contexto no qual ocorrem e os significados que adquirem. Um desafio para a Neurobiologia entender a transição do uso controlado da substância para o uso abusivo. Este texto vai tratar da adicção especificamente, buscando entender como ocorre na cocaína especificamente, a hipótese é que a adicção tem relação com as representações, com o "occasion setting". No Brasil, o uso da cocaína é um fenômeno crescente, e o uso abrange vários perfis de consumidor. O texto trata de alguns conceitos também como, tolerância que é a necessidade de aumentar a dose para alcançar os mesmos resultados; dependência ou adicção que é a perda do controle sobre a ingestão de substâncias.
    Algo interessante e importante de ser discutido é o papel ocupacional, ou seja, a função que este sujeito desempenha e como esta é afetada. O papel de pai, mãe, filho, irmão, esposo ou esposa, funcionário ou patrão, como a perca do controle no uso de substâncias altera estes papeis. Além do que a manutenção destes pode ser usada dentro dos recursos terapêuticos para recuperação e manutenção deste indivíduo. É preciso ver além do fato de usar ou não a droga, ou querer ou não parar e usar, existe um ambiente, uma rotina e papeis em torno disso que estõ diretamente relacionados.

    ResponderExcluir
  21. Texto 14

    Andressa Costa Chagas - 12/0110474

    Este texto é continuação do 13, e vem especificando os procedimentos da pesquisa em si com abstinentes de cocaína. Percebeu-se então alguns dados entre os sujeitos de pesquisa como, maioria com idade superior a 35 anos, todos homens (isto não foi proposital), maioria divorciado. Estes dados dão um panorama real dos abstinentes, eu diria até em outras drogas também, pois o uso é iniciado cedo, entre 13 e 15 anos como foi visto, e chegam a cocaína dos 15 aos 18 anos, mostrando a escalada qualitativa, que é passar de uma droga para outra mais forte, porém isso ocorre depois da escalada quantitativa, que é aumentar as doses para se obter os mesmo resultados. A medidas que os sujeitos de pesquisa iam desenvolvendo a tolerância a cocaína, passavam a usar o crack, que é uma droga mais forte, porém mais acessível. Este uso foi associado a marginalidade, pois muitos se envolveram em questões criminais para fazer uso da droga.
    A maioria dos envolvidos na pesquisa iniciou o uso por curiosidade mesmo. E viu-se ainda alguns aspectos que estavam presentes nestes indivíduos como baixa auto-estima, enfraquecimento das relações familiares, entre outros. Este dado me chamou atenção e cabe aqui pontuar a importância de se entender a questão da droga de forma holística, observando e dando devida atenção as relações não só familiares mais de todos os papeis ocupacionais que outrora foram desenvolvidos e após o uso se tornar abuso não existem mais ou estão prejudicados. Isto tem influência direta nos estímulos tanto que geram uso, como os que podem gerar prazer ajudando a manter a abstinência. Outro dado interessante da pesquisa é que a superproteção de pais, familiares ou responsáveis pelo indivíduo pode gerar uma futura deficiência na aquisição de habilidades sociais, podendo a vir contribuir para uma futura também vulnerabilidade ao uso de drogas e para a escalada para o abuso. É tendência normal do Ser Humano cuidar e proteger, mais como tudo em excesso isso pode gerar sérias consequências ao indivíduo, não somente relacionada ao uso de drogas, mas também a questões psicológicas futuras. A recaída é possível mesmo após anos de abstinência, por esse motivo a necessidade de se existir, manter e criar motivadores para manter a abstinência, e mais que isso, gerar qualidade de vida. O que pra mim foi o ponto chave e faz toda diferença no tratamento do indivíduo é a empoderação deste sobre o que se passa com ele. Fazê-lo compreender e ver o seu estado corporal e os estímulos associados a este estado. Ver ainda como seu corpo e comportamento responde a isso. Ver como a droga entra em cena mais também como mantê-la fora do jogo e não sentir-se mal por isso, ao contrário, encontrar a sensação de bem-estar sem a necessidade do uso. Permitir ao sujeito a formação de novas crenças, sempre partindo do confronto com a própria realidade. Focar na diminuição das forças que as associações complexas que levam ao uso possuem e permitir o acréscimo de novas relações promovendo assim a criação e substituição com novos estímulos não associados a droga que proporcionam tanto quanto ou mais prazer que o uso. Assim se chega a melhora, e o mais importante, a qualidade de vida, ou simplesmente a vida.

    ResponderExcluir
  22. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  23. Maria Eloisa 130124958
    Monitor: Rodrigo

    O texto vem tratar sobre a questão do uso da cocaína e do crack. O texto fala da questão da cocaína ter sido considerada como uma epidemiologia durante a década de 80 quando seu uso se expandiu tanto em termos da população usuária quanto ao modelo de uso. Antes da década de 80 era uma droga consumida apenas por pessoas de forte poder aquisitivo, depois atingiu pessoas de várias idades. Com o surgimento do crack, juntamente com o baixo preço, aumentou o número de usuários. O vídeo acima mostra bem o dia a dia de pessoas que vivem na cracolândia, roubam para comprar a droga, no final do vídeo tem uma entrevista interessante com duas jovens usuárias de crack, as próprias sabem os males da droga, que o efeito é bem rápido, envelhece rapido, causa feridas no corpo, ambas já roubaram e se prostituíram para manter o vício. Tem vários casos de pessoas que tinham uma vida estavel,e depois do envolvimento com as drogas saíram de suas casas para morar nas ruas. O uso tem seus efeitos positivo-negativo quem consome cocaína/crack provoca uma sensação de bem estar e prazer, isso acaba que a droga perde seu efeito, gerando sensacoes desagradáveis isso faz com que a pessoa compre mais droga para consumir. O usuário tem baixo desenvolvimento em suas atividades e corre risco de contrair doenças como Aids, hepatites já que pode ser feito o uso atrás de injenção.Isso logo faz com que a pessoa fique tolerante a droga, elas aumentam a quantidade para sentirem o mesmo prazer que sentiam com pouca. É isso leva a dragadiçao que é onde a pessoa não tem mais controle da ingestão da droga.
    O texto cita algumas teorias a psicodinâmica(ego), teoria motivacional essa tem cinco etapas: pré- contemplação( quer mudar mas não tem compromisso), contemplação ( começa a mudar mas não tem compromisso), decisão e ação(tomou a decisão de mudar), manutenção ( ações para garantir a efetividade da ação e da decisão), teoria religiosa( readaptação na sociedade) e a teoria comportamental( esta ópera dentro do ambiente).

    Por fim entende-se que o melhor é orientar o adicto que é preferível ir aos ambientes que o lembram da droga do que evitá-los, para que assim possa desvincular do seu cognitivo os elementos que levam ao uso da droga.

    ResponderExcluir
  24. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  25. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  26. Mariana Rocha Soares 130125474- Monitora Flávia

    O contexto em que a pessoa está inserida pode influenciá-la em relação ao uso de drogas, desde aqueles que já são dependentes, como os que estão em processo de adicção ou em tratamento. É a partir desse contexto que a primeira parte do texto 13 irá abordar. Ele trará esclarecimentos acerca dessas questões, voltando sua atenção ao uso da cocaína.
    O texto se mostra muito interessante por tratar de um problema recorrente, que vem se estendendo, principalmente, desde a década de 80 onde aconteceu um aumento considerável no uso de cocaína e por consequência atingiu um público mais diversificado. As drogas também se diversificaram bastante, como o crack por exemplo. No mais, o texto também traz explicações acerca dos conceitos mais técnicos relacionados ao uso dessa droga, o que torna mais fácil o entendimento à todas as pessoas.
    Outro aspecto interessante trazido pelo texto aponta que o uso da cocaína pode variar de acordo com o contexto em que a pessoa está inserida: geralmente o uso se faz mais elevado quando os indivíduos passam por experiências que os fazem lembrar da droga. Portanto, concluiu-se que estímulos que anteriormente eram neutros, podem passar a ser associados à droga, ou seja, esses estímulos passam a despertar a ocorrência de um outro estímulo, o uso da droga.
    O texto relata mudança da perspectiva quanto ao uso da droga: a dependência deixa de ser vista como um pecado e passa a ser vista como uma doença, que precisa ser tratada. Aborda-se também os reforços positivo e negativo associados à cocaína. A droga atua como uma espécie reforçadora positiva, enquanto a sua ausência atua como uma reforçadora negativa. Isso faz com que o usuário esteja em constante uso da cocaína, por estar sempre recebendo estímulos para consumi-la.
    Além disso, é abordada a dificuldade de obtenção de resultados efetivos com o tratamento da cocaína, devido à grande variação existente no perfil dos usuários e na dificuldade de adesão às terapias. São trazidos também diversos tipos de terapia para dependentes de cocaína, como por exemplo, a terapia cognitiva comportamental que se baseia nos princípios de aprendizagem e a terapia de aversão, na qual o paciente deve tentar se lembrar da pior experiência que teve com a droga, entre outras. Também foi abordado o papel da religião na prevenção e no combate ao uso de drogas: a religião geralmente atua prevenindo e combatendo o uso das mesmas.

    ResponderExcluir
  27. Lucas willian de Oliveira Rosa 12/0017024 Monitora Isabela

    O texto aborda um tema bastante decorrente nos dias de hoje: a dependência química das drogas, mais especificamente a cocaína. Devido o mercado de drogas estar em expansão, a cocaína se constitui como uma das drogas mais perigosas visto que torna o usuário cada vez mais compulsivo.
    As drogas causam dependências e adicções, o texto apresenta a definição desses termos, onde ele nos explica que adicção é o aumento frequente na dose e/ou frequência da droga. Para entender a adicção, deve-se olhar não somente para a dependência fisiológica da pessoa e o seu organismo, mas também ao contexto em que a pessoa usufrui da droga, só assim iremos entender esse fenômeno. Na verdade, são diversos os fatores do motivo de alguém ser adicto. Além desses, são vistos no texto a adicção pode estar relacionada à ansiedade decorrente de perdas, da estrutura familiar. A dependência de uma pessoa a uma droga é resultado de uma somatória de problemas de natureza biopsicossocial.
    Na década de 80, seu uso aumentou consideravelmente, a cocaína era geralmente usada por uma classe com maior poder aquisitivo. Depois a droga se transformou em um fenômeno diversificado, e o consumo da faixa etária de 18 a 25 anos aumentou consideravelmente. Deve-se lembrar que, como se trata de uma droga ilícita, o que é dito sobre o seu uso é dito de forma arbitrária pois o acesso a realidade é impossível por sua natureza ilícita.
    A adicção é influenciada por reforçamentos tanto negativos quanto positivos e alterações de circuitaria neuronal. E como a cocaína tem período de efeito muito curto, assim impulsiona seu usuário, se ele quiser sentir esse efeito por mais tempo, a consumi-la mais, e se ele fizer esse uso repetidamente ele produzirá um craving muito forte onde ele terá de usá-la compulsivamente para se satisfazer.
    A cocaína traz o "reforço negativo" e o "reforço positivo", termos utilizados na psicologia para reforçar o indivíduo a fazer algo, ou parar de fazê-lo. No caso da cocaína, o reforço positivo é o prazer, a cocaína altera o nível de dopamina, o hormônio de prazer no organismo. Porém, esse reforço positivo logo se torna negativo, quando ocorre a depleção da dopamina, a pessoa se senta muito mal e logo quer usar a droga de novo para se sentir melhor, causando assim a dependência.
    A autora, cita o uso de "vouchers" para o tratamento de dependentes, trata-se de toda vez que o indivíduo apresenta exames negativos para a droga, ele ganha pontos que no futuro podem ser trocados por outras coisas e, consequentemente, influenciando-o a não utilizar a droga. Além do tratamento com medicamentos, existe e deve ser aplicado o tratamento psicológico, afinal, o dependente deve ter o apoio de familiares e amigos para abandonar o uso as drogas.

    ResponderExcluir
  28. Naira Carolina mat 11/0149351 monitor Rodrigo
    O texto 13 aborda sobre o uso e o efeitos das drogas , e como principal a cocaína como ela pode afetar na vida do individuo , relata sobre quais os motivos que levam as pessoas a fazer uso da droga , addição , que explica exatamente porque o indivíduo faz o uso da droga cada vez mais em alta dosagem .O texto discorre sobre os efeitos e o porque que muitos aderem a cocaína e ao crack por serem as drogas mais baratas e de fácil acesso , o autor diz que a dependência química vem pelo fato de que , quanto mais se consome drogas mais se faz necessária.
    O condicionamento Pavloviano que é citado no texto, diz que a partir do momento que uma pessoa em que esta em abstinência da droga passe por um ambiente que lhe faz lembrar dos tempos em que ela fazia uso da droga , conseqüentemente ela ira sentir vontade de voltar a fazer uso da droga .
    Achei muito interessante o texto porque ele traz não os fatores que cercam a realidade de um individuo que está em estado de drogadição e explica os motivos pelos quais ele muitas vezes não consegue e afastar das drogas e os motivos que fizeram ele a fazer o uso , que é importante compreender e que muitas vezes com o auxilo de amigos e familiares o tratamento psicológico desses pacientes se tornam mais fácies.

    ResponderExcluir
  29. Yashmin Barbosa Rossy 10/127827 Monitora Gabriela
    O texto fala sobre a utilização de drogas, principalmente a cocaína e como o contexto exerce influência em sua utilização. A ingestão de forma excessiva pode produzir sensações de prazer e euforia, porque a droga atua diretamente no sistema nervoso central, e pode levar à perda de controle. Quando o indivíduo atinge esse estado podemos falar em adicção, em que há a frequência da utilização e o aumento da dose, o que leva a um estado dependente. Os fatores que explicam a adicção são vários, podem ser culturais, sociais, bioquímicos, interpessoais, genéticos, ansiedade, falha na sensação de recompensa, entre outros. Pessoas que são classificadas como adictas, são pessoas que não conseguem administrar a ingestão da droga. O texto aborda a questão do condicionamento, em que os indivíduos aprendem a antecipar os efeitos das drogas apenas para presenciar um contexto, ou seja, se o indivíduo é um adicto que está tentando abandonar o vício mas frequenta os mesmos lugares, com as mesmas pessoas que ele costumava se drogar, logo volta-se para a abstinência psicológica, fortalecendo a adicção. O texto cita também a questão do “occasion setter” em que níveis de consumo dependendo do local que a pessoa consome a droga podem ocasionar reações diferentes. Diversas teorias propõem tratamentos, como a teoria motivacional, em que o tratamento consiste que o paciente identifique e interiorize elementos bons, mas se ele não estiver motivado, ocorre a impossibilidade de realização do tratamento. A teoria da religiosidade mostra que os pacientes são beneficiados por meio da prática religiosa, no modelo comportamental entende-se que o comportamento de ingestão é resultante de um processo biológico e comportamental. O leitor não deve perder o foco no texto de que no que concerne ao tratamento, este é individualizado e é essencial entender os fatores que levaram determinada pessoa ao uso, para poder então, discriminar qual seria o tratamento mais adequeado. O texto bate de frente com uma ideia pré-concebida socialmente, de que há uma única causa, que é um indivíduo “fraco” que faz uso da droga. Observamos no texto que há muitas causas e muitos fatores que influenciam o uso.

    ResponderExcluir
  30. monitora Gabriela 150014040
    Drogas um assunto complicado de se lidar, como dito no texto a cociana eh uma droga q dar prazer, ela eh chegada nas pessoas como um remedio da alegria se eh q podemos dizer assim, pois a pessoa ta triste em uma festa ou sla ai eh oferecido a cocaina para apessoa ter um auto etima e talls.. ai acaba o efeito e ela quer mais e mais e logo fica viciada, portanto mudando seu comportamneto... aqui encaixamos a psicologia comportamental...
    Uma definição mais técnica é utilizada para definir se uma pessoa é dependente em drogas ou não. De acordo com a DSM-IV, pelo menos três dos seguintes sintomas devem ser demonstrados para que essa classificação possa ser feita: 1-Perda de controle sobre a quantidade e o tempo de uso da droga; 2- Uma ou mais tentativas mal sucedidas de controlar o uso; 3-Muito tempo gasto para obter as drogas ou se recuperar do uso provindo delas; 4- Atividades importantes são abandonadas por conta do uso da droga; 5-uso contínuo da substância, apesar dos problemas; 6- Sintomas de abstinência característicos de cada droga; 7- substância usada para aliviar os sintomas da abstinência; 8-Apresentação de tolerância à droga.

    ResponderExcluir