Oi pessoal, como vocês estão?
Espero que bem, mas se não
estiver tão bom assim, vai ficar pois o texto de hoje é realmente extraordinário, mas que mostra uma realidade que não é tão extraordinária assim.
Imaginem:
ano de 1961, pós nazismo, pós holocausto, pós segunda guerra mundial e um
pensamento vem à tona: o que levou milhares de pessoas a cometer tantas
atrocidades? Começa então, a surgir questionamentos acerca da obediência a uma
autoridade. Um homem, chamado Stanley Milgram, começa a se interessar pelo
assunto, firmado na ideia de que a obediência está ligada às situações. Ou
seja, dependendo da situação em que o indivíduo está inserido, ele pode perder
seus valores e crenças em torno de uma ordem.
E como um ser humano e psicólogo, quis estudar o assunto. Criou então uma máquina de choque, onde uma pessoa seria o aluno, que levaria choques a cada erro de memória e o outro seria o professor que daria os choques e realizaria o exercício. À princípio ele quis estudar a desobediência, pois era fato que ele acreditava que as pessoas não dariam choques nas pessoas. MAS AÍ MORA O ENGANO: o teste se tornou um teste de obediência!
Mas
como se deu o teste? Bom, muitas pessoas participaram do tal teste, motivadas
por uma quantia em dinheiro. Funcionava assim: a pessoa sempre seria o
professor e o aluno, um ator que fingiria dor. Os resultados foram reveladores
para a sociedade e para os especialistas que antes do experimento diziam que as
pessoas não passariam dos 115 volts, desobedecendo a ordem. Entretanto, 65% das
pessoas que participaram OBEDECERAM a ponto de machucar letalmente alguém.
Stanley
era espontâneo e divertido, confesso que fiquei surpreso ao saber de alguns
experimentos que ele fez. Por exemplo, sabia que ele fez um teste de entrar na
frente de alguém na fila e ver o que aconteceria? Ele é realmente hilário! Mas
voltando ao texto, Milgram não ficou muito satisfeito, pois haviam os 35% que
desafiaram. Ou seja, a situação não explicava tudo. Entretanto, estudar a
personalidade não deu muitos resultados, além de saber que os obedientes eram
menos próximos de seus pais e tinham sofrido pouca punição enquanto que os
desafiadores tiveram árduas punições.
E
aí, a autora do texto decide então, investigar isso a fundo. Consegue o contato
de um dos desafiadores e marca uma conversa. O homem afirma que parou em 150
volts porque estava preocupado com o seu coração, mas em um outro momento
acabou obedecendo Milgram ao não denunciar o experimento à polícia. Além disso,
o que foi percebido é que este homem desobedeceu no experimento mas obedecia na
vida, pois participou da segunda guerra e nem sabe se já matou alguém.
Ela
não achou suficiente. Buscou um obediente do experimento de Milgram. Encontrou
um homossexual, que obedeceu no experimento, mas utilizou esse para se tornar
um desobediente e começar a questionar as autoridades vigentes. ESPERA AÍ,
então no experimento as pessoas são uma coisa e na vida outra? É isso aí, ele
serviu a cada um de uma forma peculiar. E é nisso que a autora acredita, mas
que infelizmente não pode tirar conclusões sobre a relação entre personalidade
e obediência, mas em parte provou que pode haver alguma relação entre ambos.
O
mais interessante de tudo isso é perceber que a obediência nos cerca. Não é
somente no holocausto ou no período nazista que as pessoas obedeceram. Elas
obedecem hoje. Estão obedecendo agora. Inclusive eu e você já obedecemos ou
estamos obedecendo. Mas por que? Qual a razão de tamanha servidão voluntária? Nem
eu, nem você, nem o Milgram e nem La Boétie sabemos. O que nos resta é
questionar e ficar atentos às instituições autoritárias que nos cercam.
Experimento de Milgram
Referência: Stanley Milgram e a Obediencia à Autoridade;
Ana Luisa Araujo Moura -15/0005199 - Monitora Gabriela
ResponderExcluirO texto 11 fala sobre Stanley Milgram que faz uma pesquisa sobre o que a obediência, e o que o instinto obediente do ser humano leva ele a fazer. O texto começa narrando uma história de um rapaz que vai para uma casa, e lá ele é obrigado a aplicar choques de determinadas voltagens em um paciente, esse "aplicador" é ordenado por um pesquisador, entretanto até então ele não sabia que tudo ali eram elementos e cenário de apenas uma pesquisar, ao decorrer do experimento, o pesquisador insiste em falar para o aplicador sempre continuar, mas em um determinado momento o rapaz diz que não pode continuar, e o pesquisador apenas responde: "O experimento exige que você continue". No final do experimento, o rapaz se sente muito mal antes e até mesmo após que toda a situação é explicada a ele, ele continua pensando que apesar de tudo isso ele teria torturado o paciente até o fim.
Um aspecto peculiar que eu notei na primeira parte do texto é a preocupação que o autor teve em narrar a história em segunda pessoa, ressaltando várias vezes o pronome "você", fazendo o leitor se colocar na situação da personagem. Ele encerra essa primeira parte dizendo: "Você nessa mesma situação não agiria de outra forma".
Passado essa história, ele explica a situação em que se encontra o pesquisador, Stanley Milgram, professor assistente em Yale, atesta em sua pesquisa que 65% das pessoas quando confrontadas por uma autoridade, machucaremos letalmente uma pessoa, diz ainda que aquilo que pensamos a respeito de nós mesmos é diferente daquilo que realmente somos, entretanto 35% desafiaram o pesquisador e a situação, ou seja, não foram obedientes. Asch, um outro pesquisador diz que se um grupo dissesse que uma linha "A" era uma linha mais comprida que uma linha "B", mesmo "B" sendo visivelmente mais comprida, um indivíduo iria com o senso do grupo e diria que "A" era maior. O autor do texto está o tempo todo querendo dizer que existe sim a influência de um poder, seja de grupo ou seja de uma autoridade em relação a um indivíduo qualquer. Em 1960, Milgram e Elms aplicaram testes de personalidade, e as conclusões das pesquisas foram que: Católicos foram mais obedientes que os judeus; sujeitos obedientes foram menos próximos de seus pais na infância.
Como todas as pesquisas já realizadas, a pesquisa de Milgram também sofreu críticas, outros pesquisadores e pessoas comuns alegavam que esse experimento não necessariamente testava a obediência, e diziam também que o experimento era antiético. Milgram foi investigado, teve problemas de coração e após alguns ataques cardíacos, acabou falecendo.
Por se tratar de uma pesquisa, o leitor do texto pode acabar se perdendo na essência do texto, por em algumas partes o autor tratar de nazismo, tratar de guerras (cenário em que o pesquisador Milgram cresceu), e abordar superficialmente algumas religiões, mas o foco do texto não deve ser nenhum desses, e sim como as pessoas agem em situações em que tem a "escolha" de obedecer ou não, em como isso tem afetado pouco a pouco algumas esferas da sociedade. Um ponto interessantíssimo que o autor destaca e ressalta é: "Com que frequência você vê algo errado e não faz nada?" Não se trata de apenas fazer algo errado de fato, mas também de ver algo errado e fingir que não viu.
A questão da obediência não é algo que foi pesquisado só por Milgram, de maneira alguma, quantas vezes não é visto mulheres que são submissas aos seus maridos por décadas e não tem a coragem de tomar uma atitude? E pior, quantas situações desse tipo conhecemos, ou até mesmo apenas desconfiamos e não fazemos absolutamente nada? Tudo isso levando em consideração, que se uma mulher hoje apanha de seu marido é porque em algum momento ou ela fez algo errado que ele "não gostou", ou ela se tornou submissa em uma condição de obediência.
(continua)
Ana Luisa Araujo Moura - 15/0005199 - Monitora Gabriela
ResponderExcluir(continuação)
O texto "bate de frente" com o fato de que a obediência é muito mais que uma questão de comportamento, alegando que "Não é a personalidade que define o comportamento, é a situação", então ele prova de maneiras irrefutáveis que agimos de acordo com a situação que nos é imposta.
"A experiência mudou minha vida, porque me fez viver menos de acordo com a autoridade" afirma Jacob, um dos sujeitos que participaram da pesquisa, e foi obediente, diz que por mais que ele pense que tudo aquilo foi uma encenação, se aquilo fosse verdade ele teria agido daquela forma mesmo assim, e o paciente podia ter morrido por sua causa, e nada que ele faça hoje poderá mudar a atitude que ele antes teve.
Aldenôra Simões Cavalcanti 12/0048949 Monitora: Gabriela
ResponderExcluirNesse texto o autor levou uma reflexão sobre a obediência destrutiva (vista bastante na época da ditadura e nazismo) que era na verdade causada pelo poder da situação e não pelo poder da personalidade autoritária. Na visão de Milgram, qualquer situação especialmente convincente poderia fazer qualquer ser humano racional abandonar os preceitos morais e, sob ordens, cometer atrocidades. Para testar sua hipótese, Milgram usou uma falsa “máquina de choque” e recrutou voluntários onde esses tinham que aplicar um choque a cada resposta errada que o ator, que estaria na cadeira, teria que responder. Até onde as pessoas iriam sob as ordens? E o mais inacreditável, ou não, foi que 65% das pessoas voluntariadas cederam às ordens mesmo quando a pessoa (ator) que estava na cadeira implorava para parar. Foi visto que os voluntários receberiam dinheiro para participar da pesquisa, e a maioria que se candidatou foram estudantes da própria universidade de onde Milgram era professor, já que os alunos se submetiam a ordens pelo contexto em que viviam, por ter dever de obedecer. E por Milgram usar um jaleco branco, transmitiu mais ainda seu poder fictício autoritário sobre o aluno. Foi feito depois, umas entrevistas com os voluntários obedientes e desafiadores (35% restante da pesquisa feita) para saber suas respectivas personalidades, foi visto que os obedientes quando crianças tinham recebido pouca punição, já os desafiadores tinham apanhado muito, até sofrido espancamento. Os obedientes eram menos próximos dos pais, em relação aos desafiadores.
Uma aluna contemporânea que já havia conhecido o trabalho de Milgram resolveu aprofundar o estudo e ir atrás dos voluntários da época. Nessa, encontrou o Joshua, um senhor que aparentava ser bem calmo e amável. Ele havia parado de dar choque no aluno, mas pelo motivo de que ele temia pelo seu próprio coração e não pelo aluno em si; perguntou-se da vida de Joshua, e ela disse que havia participado da segunda guerra, e se referiu de modo hostil aos japoneses. Foi entrevistado também o Jacob, homossexual enrustido na época. Ao contrário de Joshua, ele continuou até o fim dando choques. Na entrevista ele disse que o experimento foi bom para ele refletir sobre a própria vida, e viu que não podia seguir ordens, ser obediente sempre, pois ele estaria se reprimindo. Tudo isso, leva a conclusão de que o modo como eles agiram no laboratório não significa necessariamente que eles iram generalizar o modo de vida fora do laboratório. O que os experimentos de Milgram significaram? Obediência? Confiança? Não se sabe ao certo.
Ao meu ver, o leitor deve desconsiderar as discrições dos ambientes, para não perder o foco.
Gostei do texto, pois ele deixa no ar o que a pessoa que irá ler vai entender da experiência feita, se foi realmente proveitoso ou não. Eu cheguei a conclusão de que a pessoa faz o que ela acha conveniente fazer em tal situação, dependendo também da pressão que sofre para tomar as decisões, e não necessariamente a pessoa é aquilo que mostrou na situação dada, podendo mudar em outras situações.
Vitor Akira 14/0165355 ----- Monitora Flávia
ResponderExcluirO texto apresenta um experimento que testa a obediência das pessoas. Inicialmente era um teste de desobediência, pois não se acreditava que as pessoas iriam chegar ao fim do experimento. O experimento contou com a participação de várias pessoas, as quais eram pagas para prosseguirem com o teste. O teste em si era de um “aluno” (interpretada por um ator) e um “professor” (pessoa voluntária) em que a cada resposta errada do “aluno”, o professor teria que dar um choque. A cada erro, a intensidade do choque seria aumentada até chegar um ponto de ser quase, ou ser, letal. Do lado do voluntário teria um mediador em que a função dele era fazer com que o voluntário prosseguisse até o final com o teste. Os resultados foram surpreendentes, muitas pessoas continuaram a dar choques até chegar na potência letal.
Concordo com a blogueira ao falar que nós estamos em constante obediência. No nosso dia a dia, por exemplo, seguimos normas e leis para criar uma organização melhor de nossa sociedade. Sem os padrões de normas e leis que seguimos e obedecemos, vulgo eu que as sociedades como um todo seria muito caótica. Porém, esse é um ponto positivo se compararmos com o experimento realizado no texto. Exemplos que podem ser assimilados ao do experimento são mais particulares, mas, para mim, todas as situações em que as pessoas são pelo menos um pouco pressionados por alguém com um jeito um pouco mais autoritário ou que não conheça, há essa obediência por não “ter” conhecimento suficiente do que está acontecendo. No próprio texto, há uma ideia de que, como as pessoas não sabiam como era o experimento, tudo iria acabar bem, que nada aconteceria ao “aluno”. Dessa forma, conclui-se que a obediência está presente no nosso dia a dia e não há formas de explicar certamente o porquê das pessoas terem essa obediência estranha relacionada a casos que podem ser extremos.
Filipe – 10/0011039 – Monitor: Rodrigo
ResponderExcluirApós a segunda Guerra Mundial, o mundo ainda estava em choque e tentava compreender como tantas pessoas se sujeitaram às ordens de autoridades nazistas e cometeram verdadeiras atrocidades, esta página da história ainda continua obscura e quem tem a oportunidade de visitar algum campo de concentração de Auschwitz diz que ali ainda jaz o um pesado clima de morte, depois de tantos anos a marca do que foi feito permanece profunda.
Neste contexto de pós-guerra, Stanley Milgram resolve fazer um experimento visando compreender os motivos pelos quais as pessoas se sujeitam às ordens de autoridades ao ponto de machucar alguém de forma letal. No experimento, as pessoas recebiam US$ 4 para aplicar um teste em que cada resposta errada do outro participante era penalizada com um choque que aumentava de intensidade com a quantidade de erros até um nível supostamente letal, contudo, tudo era encenado. O outro participante da pesquisa era um ator que fingia de forma convincente a tortura que era instaurada naquele tipo de pesquisa e chegava a implorar para que o teste parasse, pois não aguentava mais.
O resultado foi que surpreendentemente 65% das pessoas prosseguiram os testes sob o incentivo do pesquisador e aplicaram os níveis de choque supostamente letais, a conclusão de Milgram foi que as pessoas agem de acordo com a situação em detrimento de seus valores morais. Insatisfeita com esta conclusão, a autora do texto procura alguns participantes da pesquisa para entender o porquê desse comportamento e se havia alguma diferença moral em quem obedeceu e desobedeceu as ordens. A autora encontrou um desafiador e um obediente e novamente uma surpresa: O desafiador tinha se tornado um militar que sentia orgulho de ter prendido e atirado em algumas pessoas durante a guerra e o motivo que o fez parar de dar os choques foi estritamente pessoal (egoísta), estava com medo de ter um ataque de coração pelo nervosismo com o experimento, por outro lado, o obediente era uma pessoa que realizava trabalhos sociais para ajudar a comunidade e inclusive disse que o experimento contribuiu para que ele vivesse de forma mais moral prestando ajuda aos outros e agindo segundo as suas próprias vontades.
(continua...)
(continuação...)
ResponderExcluirO experimento de Stanley Milgram só confirma o quão complexo e imprevisível pode ser comportamento humano, afinal, quem poderia dizer que até 65% das pessoas estariam dispostas a aplicar níveis de choques supostamente letais em um desconhecido? Quem poderia dizer que o obediente seria “mais moralmente correto” que o desafiador? Mas não creio que a teoria de agirmos de forma diferente de acordo com o contexto seja uma explicação completa. Os textos da disciplina têm mostrado o alto grau de subjetividade de cada indivíduo, é difícil descrever uma teoria que explique de forma geral o comportamento das pessoas e acredito na suposição levantada no texto que as pessoas que prosseguiram o teste até o final porque acreditaram na palavra do pesquisador que os choques não fariam mal e porque não tiveram tempo suficiente para refletir no que estavam fazendo. O texto entra na questão que muitas vezes agimos contra os nossos valores morais só para não entrar em choque com a autoridade, com a opinião de um grupo de pessoas ou simplesmente com apenas uma pessoa, o que certamente é uma verdade, pois todos já passamos por uma situação em que preferimos deixar para lá e evitar o conflito, mas não acho que esta tendência é tão forte ao ponto de permitir machucar severamente alguém (exceto pessoas com personalidade duvidosa).
O texto implica em uma reflexão sobre todas estas questões que envolvem a influência externa sobre o comportamento subjetivo, questões cujas respostas podem não ser definitivas ou podem levar a mais questões, o foco do texto é causar este tipo de reflexão e o resultado do experimento de Milgram que contradiz a concepção da maioria das pessoas é o meio no qual a autora se apropria para isto. Quando pensamos sobre isso, passamos a agir mais segundo as nossas vontades e opiniões, resultado transformador observado por quem passou pelo experimento.
https://www.youtube.com/watch?v=VT3wKbBNo64
Thales Viana Labourdette Costa
ResponderExcluirMonitora: Flávia Batista
Aproveitando-se do clima de pós-segunda guerra mundial, o pesquisador Stanley Milgram ordena um experimento já descrito pela autora do blog, que inicialmente testaria a capacidade de desobediência das pessoas perante a situação de aplicar um choque em uma outra pessoa, que na verdade era um ator contratado por Stanley, fato que não era do conhecimento dos participantes do experimento. Com o decorrer do experimento, viu-se o oposto do esperado acontecer. 65% das participantes do experimento aplicaram choques, apesar de a maioria não ter aplicado os choques mais fortes possíveis.
Para Stanley, os resultados foram imprevisíveis e surpreendentes. A idéia de que a maioria das pessoas se negaria á aplicar os tais choques caiu por terra, e foi logo substituída pela crença de que as pessoas, quando confrontadas com uma autoridade, possuem uma tendência á acatar as ordens mais insanas possíveis,seja por medo, seja por confiança na autoridade. Stanley teve ainda a capacidade de entrevistar os participantes do experimento e traçar características em comum entre as pessoas que aplicaram o choque e as pessoas que não aplicaram.
Como a autora do texto indicou, é possível fazer uma relação deste experimento com a subordinação de um povo á um governo tirano e autoritário, porém ainda é possível fazer uma relação com o determinismo neurogenético do texto 8. Apesar de Stanley ter chegado á conclusão de que judeus são mais desobedientes que católicos, ele não se limitou ao reducionismo analisando apenas a raça e a credo dos indivíduos, mas também procurou conhecer seu contexto social, e chegou á outra conclusão: Os indivíduos com experiência militar, mais distantes de seus pais e que apanharam pouco em sua infância foram os que mais aplicaram choques. A análise do contexto do indivíduo provou mais uma vez que o determinismo neurogenético cometeu um erro ao adotar a análise reducionista.
Em minha opinião, o texto se destacou dos demais justamente por possuir tais resultados tão imprevisíveis e por nos levar a questionar a conduta de nossas autoridades, assim como fez Jacob depois de ter participado do experimento. Um aspecto que deve ser desconsiderado na leitura do texto, na minha opinião, é de que o texto se trata de desrespeitar á autoridade, como podem interpretar alguns, mas na realidade se trata de questionar as ordens que nos são dadas no dia a dia, muitas vezes obedecidas sem nenhuma reflexão prévia de nosso bom senso. Já faz muito tempo que ensinamos ás crianças nas escolas o que elas devem fazer porém ás impossibilitamos de pensarem por si sós e desestimulamos sua criatividade e a sua capacidade de autonomia com isso. Desde crianças aprendemos á sermos ordenados e crescemos adultos programados para tal, e não deveria ser assim. Nossa autonomia e bom senso são alguns dos valores essências para a nossa sociedade e para o indivíduo em si, e deve ser ensinado para as crianças..... e porque não para alguns adultos também?
Aproveitando o tema de nazismo, obediência e desacato á autoridade, trouxe vários links relacionados á movimentos de resistência á ocupação nazista e fascista, que apesar de terem sido declarados ilegais, foram movimentos que lutaram por uma causa justa e que começaram como pequenos grupos que questionaram o regime nazista e fascista e no final decidiram lutar pela causa certa.
ResistênciaAlemã:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Resist%C3%AAncia_alem%C3%A3
Resistência Polandesa:https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado_Secreto_Polaco
Resistência Italiana:https://pt.wikipedia.org/wiki/Resist%C3%AAncia_italiana
Resistência Francesa:https://pt.wikipedia.org/wiki/Resist%C3%AAncia_francesa
Aluna: Daniela Caldeira Belchior 12/0075377
ResponderExcluirMonitora: Isabela
O texto da semana foi bem interessante e intrigante, pois toca em um dos mais profundos aspectos do ser humano: até que ponto ele é influenciado por outras pessoas, até onde ele obedece à ordens, mesmo que talvez isso implique na morte de alguém. Qualquer semelhança com a Segunda Guerra Mundial não é mera coincidência, já que o autor do texto é judeu e se dispôs a tentar entender o motivo de tantas pessoas terem sido obedientes a Hitler, o que para a maioria das pessoas de hoje, seria considerado completo absurdo. Será?
Bom, para chegar a seu objetivo, Milgram (autor do texto) realizou um experimento, que tinha como objetivo testar a obediência, mas para manter o experimento livre de influências, foi dito aos participantes que se tratava de um estudo sobre aprendizagem. Para sua realização foram chamados dois atores, um para ser um aluno, e outro para ser o pesquisador. O participante chegava ao local do experimento, sentava-se de frente para uma alavanca que se movia em vários níveis, e cada nível correspondia a um número específico de volts, que deveria ser aplicado caso o estudante(ator) em outra sala errasse a palavra que era dita para que ele repetisse. Ao lado dele (participante) estava o pesquisador (ator) que constantemente ia lhe dando ordens de continuar a aplicação dos choques, mesmo quando o estudante gritava de dor e que queria ir embora.
O que mais chamou a atenção nesse experimento foi o imenso número de participantes que foram até o fim, ou seja, se aquela situação fosse real, o estudante teria ido a falência. Esse resultado foi chocante inclusive para Milgram, que não pensava que o pesquisador teria tanto poder sobre os participantes, que ao final ficavam transtornados, sem acreditar que tinham feito algo cruel como aquilo.
Depois de tal experimento, o comitê de ética da psicologia ficou mais criterioso em suas aprovações de pesquisas, e Milgram recebeu inúmeras críticas, chegando a perder seu emprego na época, pois seu estudo causava traumas e sofrimentos psicológicos profundos em quem participava. Críticas a parte, essa pesquisa revelou muito sobre como o homem age quando influenciado, principalmente por alguma autoridade, e até que ponto ele é capaz de deixar de lado seus valores e crenças para seguir ordens.
O texto coloca em dúvida a dimensão da influência que exercemos uns sobre os outros, deixando claro que o social exerce papel importantíssimo na forma como agimos.
Uma pesquisa que relacionei com esse experimento foi um estudo realizado certa vez que queria medir o desempenho de trabalhadoras do setor têxtil quando em diferentes condições de trabalho, como muita luz ou pouca luz. As trabalhadoras sabiam que estavam sendo observadas, embora não soubessem o objetivo de tal observação. Esperava-se que quando a luz fosse adequada e abundante, o desempenho seria ótimo, e quando a luz fosse reduzida, o desempenho cairia de forma substancial ou chegaria a zero. O que se observou não foi isso, pois mesmo com a falta de uma iluminação apropriada as trabalhadoras mantiveram seu desempenho, ou até mesmo o melhoraram. De início os pesquisadores não entenderam o motivo de tal fato, mas posteriormente ficou evidente que foi a influência social que estava exercendo seu papel, pois as trabalhadoras mantiveram seu desempenho justamente por estarem sendo observadas, e quererem de alguma forma, agradar quem as estavam observando.
Finalmente, achei este texto muito bem escrito e de um conteúdo fantástico, e que realmente nos faz refletir sobre o assunto, até mesmo pelo forte impacto que ele exerceu na área.
Para complementar anexo um vídeo feito para um programa de televisão que reproduziu o experimento de Milgram, e o ilustra de forma bastante didática.
https://www.youtube.com/watch?v=8d14q65Zyd4
Miguel Zolet de Lima – 15/0154402 – monitora Flávia
ResponderExcluirO texto sobre o experimento de Stanley Milgram é, juntamente com o texto “sobre ser são em lugares insanos”, o melhor do curso até o momento. Explicando de forma curta o que foi o experimento: Milgram publicou que precisava de algumas pessoas para um experimento de “aprendizagem”, e uma delas interpretaria um professor e a outra um aluno. A diferença é que o aluno era um ator contratado por Stanley. E, a cada vez que o aluno errava no desafio da memória proposto no experimento, o professor (que era uma pessoa comum contratada) podia dar choque no aluno. O choque não era real, mas o professor não sabia disso, e o aluno, que era ator, fingia sentir dor. O impressionante desse experimento é que, diferentemente do que Milgram imaginou, 65% das pessoas obedeceram a ordem de dar choque. E o teste que seria inicialmente sobre a desobediência, se tornou um teste sobre a obediência.
Após a realização do teste, a autora procurou pessoas que participaram dele para saber mais informações. Um dos entrevistados, que não seguiu dando choque no aluno até o final, disse que parou de dar choque no outro para não fazer mal a si mesmo, e não por uma compaixão ao próximo (como a autora esperava). E, apesar de ter parado de dar choques no aluno, ele ainda se sente muito mal por sequer ter começado alguma vez. Esse sentimento de tristeza o seguirá pelo resto de sua vida.
Outro paciente de Stanley teve reações diferentes no teste e após o teste. No teste ele tinha sido obediente, ido até o final. E isso o fez refletir sobre a sua obediência e ao ponto que ele tinha chegado no experimento. Depois dessa reflexão, o paciente começou a ser mais desobediente e questionar o porquê de se seguir ordens, o que, para ele, foi excelente. Como homossexual, ele se questionou sobre “ter que ficar dentro do armário”, e não expor sua identidade sexual. Portanto, o experimento teve, de certa foram, resultado positivo nessa pessoa, já que ela virou ativista gay e agora defende suas causas, e não mais obedece aquilo que lhe foi imposto ao longo de sua vida.
Outros psicólogos questionam se o teste de Milgram realmente estudou obediência, já que também podia ter sido estudado a confiança. E, além disso, muitos psicólogos questionam a verossimilidade do experimento já que o que é feito num laboratório não diz o que realmente acontece fora dele. Mas a crítica que mais me chamou à atenção e a que eu mais concordo foi a dos chamados psicólogos sociais, que dizem que as pessoas agem de forma diferente dentro do laboratório, desobedecendo, por exemplo, mas obedecem fora do laboratório porque são situações diferentes, e as pessoas respondem às situações.
Eu queria enfatizar que discordo do método que Milgram usou em seu experimento. Ninguém deve se submeter a um experimento que aparenta ser algo, mas, na verdade, não é. E nenhum pesquisador deve mentir aos seus pacientes sobre o que o teste é sobre, já que o teste pode ter efeitos prejudiciais de diferentes formas. Para mim, Milgram botou seu ego e o tamanho da importância de seu experimento acima das pessoas, mentindo para elas como se isso não fosse gerar nenhuma consequência sem suas vidas.
Por fim, apesar de não concordar com o método de Stanley, não tenho como questionar a importância de seu experimento, que pode ou não ter sido sobre obediência, mas que, sem dúvidas, abriu as portas para muitos outros pensamentos importantes, e nos fez olhar para a questão da obediência de forma mais atenta.
Allisson Matheus de Rezende Barros - 12/0055619 - Monitor Rodrigo
ResponderExcluirO texto fala sobre o famoso experimento de Milgram, que tinha o intuito de avaliar o que influencia as pessoas a obedecer ou desobedecer ordens. Com uma "sala de aula" montada no subsolo da Universidade de Yale, Milgram conduziu os experimentos sempre com dois atores, um que se passava por aluno e outro que se passava por supervisor. Assim, ele explicava aos sujeitos que deviam fazer perguntas ao aluno e, caso eles respondessem errado, deveriam ser punidos com um choque elétrico, que começava com apenas 15V e ia até valores de 450V, que seriam letais para qualquer ser humano. Isso tudo, em salas separadas, de forma que a comunicação entre aluno e professor (no caso, os sujeitos do experimento) se dava apenas por uma caixa se som e um microfone.
Durante a execução dos procedimentos, e a cada choque, a dor e os gritos (simulados pelo ator) eram bem audíveis e os experimentados tinham conciência plena do que estavam fazendo. Surpreendentemente, 65% dos experimentados seguiram com o experimento até o final, seguindo piamente as ordens do supervisor, com alguma hesitação, porém sem deixar de dar os choques.
A partir daí, a repercussão do experimento foi enorme e Milgram logo ganhou uma certa fama. Porém, nem tudo foi como planejado e as críticas também começaram a chegar. Acusações de método ineficiente, que não media exatamente a obediência, mas apenas a capacidade de seguir ordens. Outros diziam que o experimento tinha problemas éticos, uma vez que os experimentados só ficavam sabendo que o experimento era encenado e que não haviam causado nenhum mal ao aluno muito tempo depois, e não logo após o experimento, como era costume para esse tipo de pesquisa.
A autora então, querendo entender melhor a relação entre obediência e fatores de personalidade, entrevistou dois participantes do expeirmento original, um que ela considerava uma pessoa boa e com preceitos morais que não o inclinariam a dar choques em outras pessoas e outro que poderia ter uma leve inclinação a ser mais violente e obedecer sem hesitar. Para a sua surpresa, nenhuma relação foi encontrada e ela n]ao conseguiu dizer porque um deles foi até o fim e outro não obedeceu e parou.
Enfim, a principal discussão do texto é que obediência é uma característica influenciada por vários fatores de personalidade e que o experimento de Milgram não identifica esses fatores, mas abre o caminho para o estudo desse fator, que é extremamente presente nos humanos.
Marcele de Fátima – 11/0130626 – Monitora Flávia
ExcluirCom o intuito de esclarecer que os processos de influência social não se resumem à normalização, nem ao conformismo, o texto vai descrever a situação experimental desenvolvida por Stanley Milgram, na década de 60, no pós Segunda Guerra Mundial que tinha como objetivo verificar até onde seriam capazes de ir as pessoas que se limitam a obedecer.
Esta é uma das experiências mais conhecidas e mais polêmicas da psicologia social moderna, sobretudo pelos seus resultados que mostram que “uma proporção substancial de pessoas faz o que lhe mandam, qualquer que seja o conteúdo do ato e sem entraves de consciência, desde que considerem o comando como emitido por uma autoridade legítima”.
Os sujeitos de Milgram foram retirados de um amplo espectro de níveis econômicos e educacionais, sendo-lhes dito que o estudo pretendia medir o efeito da punição na aprendizagem humana. Neste sentido, existia um professor (o sujeito ingênuo) que lia em voz alta uma lista de pares de palavras. E tinha também um aluno (o comparsa do experimentador) que, posteriormente, tinha de saber quais as palavras que formavam os pares. O experimentador explicava ao professor que este deveria administrar um choque ao aprendiz sempre que este desse uma resposta errada, aumentando a intensidade em quinze volts por cada novo erro. O sujeito ingênuo e o experimentador encontravam-se numa sala contígua à do comparsa que estava preso numa cadeira elétrica, podendo ouvir o professor através de um altifalante e emitir as suas respostas a partir de interruptores. Neste âmbito, procurava-se medir a intensidade máxima de choques que cada sujeito ingênuo administrava (variável dependente), tendo em conta que alguns elementos da experiência se mantinham constantes, nomeadamente:
- O aluno cometia sempre um terço de erros;
- Até aos trezentos volts a vítima não reagia, mas a partir daí começava a bater com a mão que tinha livre na parede e depois não surgiam mais respostas;
- Caso o sujeito ingênuo se insurgisse contra a experiência, o experimentador incitava-o dizendo, pela seguinte ordem: “Por favor continue”, “a experiência requer que continue”, “é absolutamente essencial que continue”, “não tem alternativa, tem de continuar”. Se após estes quatro incitamentos, o sujeito ingênuo se recusasse a continuar, a experiência terminaria;
- Se o sujeito ingênuo referisse que o aluno não queria continuar o experimentador reforçava a ideia que ele tinha de continuar até aprender as palavras;
- O experimentador referia que a responsabilidade pelas eventuais consequências nocivas dos choques era inteiramente sua.
Os resultados mostram que a grande maioria dos sujeitos, mais especificamente 65% foram até ao máximo dos choques. Um fato surpreendente dado que estava envolvido o sofrimento de outras pessoas. A partir desta situação, foram realizadas outras experiências, variando sistematicamente diferentes fatores, nomeadamente a proximidade da vítima, a proximidade da autoridade, o prestígio da autoridade, o peso do apoio social para a desobediência e a consistência da autoridade.
Concluindo, é possível referir que uma análise comparativa com os estudos relativos ao conformismo, permite aferir que enquanto estes analisam o poder de maiorias quantitativas sobre as minorias, o estudo da obediência à autoridade analisa o poder de maiorias qualitativas sobre minorias, desprovidas de qualquer tipo de poder.
Para completar o que escrevi deixo um vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=ycy935dDdcE
Nathália Sousa de Lima – 150019246
ResponderExcluirMonitora- Carine
O décimo primeiro texto trata-se sobre um experimento. Um grande diferencial desse texto é que ele te insere no contexto em que ocorre a pesquisa sem muito esforço. Alguém, que não se sabe bem o nome, se encaminha para ser voluntário (remunerado) de um experimento. Logo na entrada se depara com um homem que sai de onde acontece a pesquisa completamente desnorteado. Esse personagem entra e se depara com um pesquisador e com outro voluntário, eles então sorteiam quem será o professor e o aluno. Acontece que que o personagem recém-chegado é o professor.
O pesquisador os leva pelo local do experimento e deixa o aluno em um tipo de cela e faz o professor amarrá-lo em uma cadeira que se assemelha muito com uma cadeira de choque, após deixar o aluno lá os outros dois seguem até outra sala onde se encontra um controle que gerará choque no aluno caso ele erre a sequências de palavras que são ditas pelo professor. A medida que o aluno erra os choques vão ficando com voltagem maior e mesmo quando o aluno grita que tem problema no coração e algum tipo de senso é despertado no professor ele é levado a acreditar que aquilo não causará nenhum dano ao aluno pelo pesquisador e ele vai até a última voltagem.
Depois que tudo é terminado o personagem que assumiu o papel de professor vai falar com o verdadeiro pesquisador que é professor-auxiliar em Yale e descobre, mais rápido que a maioria, que aquilo na verdade era um teste de obediência. Os choques só fariam mal e causariam danos a pequenos ratos e tanto o outro pesquisador como o aluno são atores e aí parece que o personagem que sofre um choque ao perceber que obedeceu a todos os comandos e mesmo que questionasse suas atitudes não parou até que o “pesquisador” dissesse que ele deveria parar.
Acontece que no fim 65% das pessoas foram obedientes e outras 35% não. Tentaram traçar um perfil dos desobedientes e parece que em sua grande maioria eram pessoas que tiveram menor contato com os pais e sofreram menos punições que os obedientes. Mesmo depois dessas conclusões o resultado não pareceu satisfatório para a autora do texto, ela parecia até mesmo querer buscar algum tipo de característica única e comum àqueles desobedientes – e aí podemos lembrar do texto sobre o determinismo.
A jornalista – autora do texto – encontra dois exemplos, um obediente que acaba se mostrando desobediente com o passar do tempo, quase como se esse experimento tivesse lhe clareado a mente e tivesse lhe mostrado que ele vivia de forma errônea, chegando a se assumir homossexual e trabalhar com crianças carentes e um desobediente que acaba se mostrando um homem obediente que serviu na guerra – depois do experimento – e pode ter chegado a matar ou ferir gravemente alguém a mando de seu superior.
Esse texto mostra que o lugar realmente é mais importante do que a personalidade. Tudo aqui é feito para que você obedeça e grande parte das pessoas é obedeceu. É como no texto do determinismo em que o rato que come o camundongo mais rápido é o mais agressivo só que nesse caso o homem que vai até o fim nos comandos dados por outro é o mais obediente.
Uma curiosidade é que mesmo quando se pesquisa teste de obediência psicológico sempre aparece algo relacionado a religião e a adolescência.
Achei um vídeo interessante que demonstra como ocorreu o experimento:
https://www.youtube.com/watch?v=VT3wKbBNo64
Um dos pontos que mais mexeu comigo nesse texto foi com certeza a questão: Você obedeceria? A autora diz ter certeza que sim, mas eu só consigo ver um branco quando me vem a questão. E você? Obedeceria?
Fernanda da Rocha Medeiros – 13/0109924 – Monitora Flavia
ResponderExcluirO texto refere-se sobre um estudo realizado por Stanley Milgran, onde foi observado que ao comando de uma pessoa que aparenta ter uma importância, como um professor, o indivíduo acaba realizando o que for sugerido, mesmo se tratando de dar um choque mortal no indivíduo como o que foi realizado e descrito no texto.
A princípio foi questionada a atitude do indivíduo, principalmente em grandes eventos históricos, por exemplo, torturar milhões de pessoas, seria possível convencer um indivíduo a realizar alguma atividade, vista socialmente como “ruim”, pensando que é boa? Eu acredito que sim, como pode ser visto no resultado deste estudo.
Seria possível um choque gerar aprendizado? Essa foi a pergunta que seria respondida a princípio, o que foi uma grande mentira. Pois o estudo gostaria de verificar o comportamento do indivíduo quando colocado em uma situação parecida com a realizada e descrito no texto. Mas, ao pesquisar na internet vi em uma reportagem que é possível melhorar o aprendizado no estudo de matemática com a utilização de choque na cabeça, deixarei o link ao final. Mas voltando ao assunto principal do texto, você acredita ser possível uma pessoa fazer a cabeça da outra, fazendo-a acreditar no que ela própria confia? Pra mim, isso é possível. Observo as pessoas manipulando umas as outras a fim de colocar qual crença é melhor para o outro, e acho um pouco errado, mesmo não sendo algo ruim pro indivíduo que o faz.
O texto relata um pouco sobre dois indivíduos que realizaram a pesquisa, ambos tiveram comportamentos totalmente diferentes, um deles relatou ter sido algo horrível e se lembra até hoje o quanto foi ruim passar por aquele estudo e que isso o perturbava até a velhice, já o outro individuo, disse que foi algo libertador, onde após o experimento ele pode ver o quanto era manipulável pelos outros.
Destaco uma frase que mexeu muito comigo: “Não é a personalidade que define o comportamento, é a situação”. Fez-me refletir o quanto podemos ser manipuláveis e manipularmos uns aos outros. Será mesmo que você é o que você diz ser, ou o que você acha que seria melhor ser? Liberte-se e reflita o quanto é melhor viver sendo você.
Link:
http://noticias.r7.com/educacao/noticias/choque-eletrico-na-cabeca-melhora-o-aprendizado-em-matematica-diz-especialista-20130516.html
Louise Caetano 120152819
ResponderExcluirMonitora- Carine
Esse foi um dos textos que eu particularmente, achei mais interessante e curioso da matéria até então. A abordagem do estudo feito por Milgram perpassa os valores morais e nos faz questionar inclusive a nós mesmos. Como dito no texto, nós sempre pensamos que faríamos diferente, que as pessoas que cederam á autoridade deveriam ter algum desvio de carácter. Mas o experimento de Milgram demonstra o que o cientista acreditava : que a obediência se ligava mais à situação que à personalidade. Que com o nível certo de influência, e ambiente propício é possível de fazer com que pessoas tomem decisões ou tenham atitudes completamente diferentes das esperadas, contradizendo por muitas vezes, seus próprios padrões morais.
Os objetos de estudo de Milgram eram de diversas categorias diferentes, com backgrounds diferentes, e ainda sim, 65% dessas pessoas cederam á influência. Um número inacreditável e muito além do esperado. Essa taxa apenas abaixou, quando as condições na experiência foram alteradas, tornando os voluntários mais próximos do ator que era vítima dos choques. Essa queda trouxe o número de voluntários que seguiram a experiência até o fim para 30%, um número ainda sim, muito alto. Milgram com outro cientista, ainda tentou explicar a origem das atitudes dos avaliados com base em testes de personalidade e analisando suas vivências, porém ele obteve resultados inconclusivos.
O estudo desmontou então, a hipótese sobre obediência mais popular da época, que era a da personalidade autoritária. Tal hipótese dizia que certas experiências poderiam produzir pessoas que se instruídas, eram capazes de infligir qualquer coisa á alguém.
Muito interessante também, é a leitura que a autora propõe no texto, que demonstra que os próprios objetos de estudo da experiência foram profundamente afetados pelo teste, e que o mesmo inclusive interferiu em seus valores e foi capaz de modificar completamente o comportamento dos indivíduos, questionando á própria obediência.
O experimento teve então um efeito pedagógico, uma vez que modificou os limites do que era aceitável submeter aos voluntários em estudos científicos ( o teste foi considerado abusivo por muitos no meio academico devido a sua intensidade e teve uma rejeição muito alta), quanto para se atentar para a nossa real condição humana. Como Milgram mesmo coloca, a percepção do fato é o primeiro passo em direção á mudança".
Maria Eloisa 13/0124958
ResponderExcluirMonitor: Rodrigo
O texto é bem intressante eu particularmente gostei muito, ele nos faz pensar em até onde preservamos nossos princípios?
No experimento realizado com choque elétrico o que estava ligando a tomada estava sendo voluntário, mas mesmo sem receber nada por aquilo dispejava choque ao outro envolvido a cada resposta errada. A influência em um certo nível, e ambiente propício é possível de fazer com que pessoas tomem decisões ou tenham atitudes diferentes daquelas esperadas.
O Objeto de estudos de Milgram eram diversas áreas, um dos estudos demonstrou a hipótese sobre obediência mais popular da época, que era a da personalidade autoritária. O teste foi considerado abusivo por muitos no meio acadêmico devido a intensidade.
Lucas Willian de Oliveira Rosa – 120017024 Monitora Isabela.
ResponderExcluirO texto “Stanley Milgram e a Obediencia à Autoridade” demonstra um experimento de Stanley Milgram, no qual ele busca compreender a capacidade das pessoas de desobedecerem a uma ordem. Por meio desse experimento, a autora do texto tenta relacionar essa capacidade das pessoas em obedecer ou desobedecer com acontecimentos da vida delas.
O texto se passa em um cenário de 1961, um pouco após o fim da II Guerra Mundial, época em que Milgram era professor em Yale. Milgram realizou um experimento, que contava com a ajuda de professores voluntários e alunos. Esses professores faziam perguntas para os alunos, e se eles errassem as respostas, levavam choques que aumentavam de intensidade a cada erro. O teste tinha como objetivo mostrar que as pessoas desobedeceriam facilmente a ordem de aumentar o nível do choque, que poderia chegar a ser letal. Entretanto o resultado foi exatamente ao contrário: cerca de 65% deles continuaram o teste até o nível mais alto.
Stanley Milgram sempre teve maneiras inusitadas de realizar experimentos em prol de analisar o comportamento das pessoas. Um exemplo disso foi a vez em que entrou no meio de uma fila para ver qual seria a reação delas. Embora o resultado do teste da obediência tenha sido interessante, ainda assim Milgram não ficou satisfeito, pois não saiu conforme pensava. A autora do texto também não gostou e por isso foi procurar as pessoas que participaram do experimento para conversar com elas. Depois de muito conversar chegou a conclusão que aqueles que agiram de maneira diferenciada no teste, também agiam de maneira diferente na vida real.
Sendo assim, mesmo que muitos tenham saído do teste traumatizados, é importante saber que cada pessoa possui sua individualidade e que é preciso analisar o objetivo de tudo aquilo que nos é proposto, pois as pessoas sempre correm o risco de serem enganadas obedecendo algo ou alguém que não possui o menor cabimento e vai contra o que ela de fato acredita.
Segue abaixo o link de um vídeo bastante interessante que mostra a experiência da obediência de Stanley Milgram, para aqueles que tem a curiosidade de conhecer:
https://www.youtube.com/watch?v=VT3wKbBNo64
Pollyane Crispim dos S. Ribeiro- 140159126
ResponderExcluirA autora traz neste texto um tema bem interessante e complexo, ao mesmo tempo, que é a questão da obediência/desobediência e o quanto fatores externos como o ambiente e a influência de uma ordem ou autoridade pode influenciar nesse processo, ficando até acima de nossos julgamentos e valores que geralmente nos "freiam" em muitas situações.
È mostrado um experimento realizado pelo psicólogo e pesquisador Milgram, que intrigado a entender o comportamento de militares que cometeram tantas atrocidades durante a segunda guerra mundial, fuzilando pessoas, colocando- as em câmaras de gás para morrerem, separando crianças de seus pais, tudo isso sem julgarem o certo ou errado, mas apenas estarem cumprindo ordens, como se apenas estivessem realizando o trabalho que lhes foi designado, como se fosse outro qualquer. Assim, Milgram reuniu algumas pessoas que dariam choques em atores contratados para ver até que ponto iria a obediência em continuar o experimento, dados que a voltagem dos choques iria aumentando a cada erro cometido.
Para a grande surpresa de todos o número de pessoas obedientes, ou seja que conseguiram dar continuidade ao experimento até o fim, foi bem maior que o esperado, ¨65% das pessoas, que mesmo observando dor física na pessoa que estava levando os choques, continuavam na prática, pois estavam sendo induzidos a ela, embora fosse contra seus princípios morais.
com o resultado surpreendente, o pesquisador tentou associar o comportamento à personalidade da pessoa, mas no grupo dos obedientes tinham pessoas que sofreram pouca agressão na infância e tinham pouco contato com os pais, no grupo dos desobedientes tinham pessoas que sofreram muitas agressões na infância e eram mais próximos dos pais, e ao mesmo tempo que tinham desobedientes que tinham participado da guerra, ou seja, se havia diferença no comportamento das pessoas na vida pessoas e no experimento nada se podia concluir então a respeito da personalidade.O que nos leva a pensar no quanto fatores externos como a autoridade de outra pessoa pode nos influenciar e nos levar a fazer coisas sem mesmo questioná- las, ou seja, é mais cômodo obedecer do que desobedecer, mesmo que o obedecer pareça absurdo para quem observa de fora.
Mais um texto que me deixa impressionada com a riqueza e complexidade da mente humada.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAriel Moura Maia - 14/0130969 - Monitora: Isabela
ResponderExcluirEscrito no mesmo estilo do texto lido anteriormente, sobre os "lugares insanos", esse texto novamente aborda um experimento feito por um pesquisador e uma "continuação" feita por parte da autora. O mais interessante desse texto é o fato do experimento, que antes foi desenhado para ser um teste de obediência, ter se tornado um teste de DESobediência, devido o resultado inesperado.
No experimento, apesar da encenação de dor e desespero por parte do ator contratado para o estudo, 65% das pessoas avaliadas escalaram os níveis de choque até o ponto considerado letal. A partir desse momento, a pergunta de Milgram passou de "por que as pessoas obedecem" para "por que essa minoria desobedeceu". Contradizendo a teoria suportada por ele, o ambiente não parecia ser o fator decisivo para a reação dos objetos de estudo, afinal de contas, todos passaram pelos mesmos passos e mesmas atuações, mas ainda assim 1/3 se comportou de forma contrária a maioria. E mesmo com isso em mente, após aplicar questionários e entrevistas para fazer um levantamento da personalidade das pessoas que passaram pelo teste, o pesquisador não encontrou nada relevante que pudesse justificar a diferença de comportamento.
A pesquisa recebeu várias críticas na época, principalmente pelo método considerado desumano que os objetos de estudos foram submetidos, correndo o risco de sofrerem traumas irreversíveis. O trabalho também foi criticado, e nessa parte eu concordo, pelo fato das pessoas que se sujeitaram ao teste não terem razão, a priori, de duvidar da segurança das instruções dadas pelo pesquisador, o que nos leva a questionar o quão concreto foi o resultado obtido (crítica muito parecida à que lemos no outro texto dessa autora, que comentei no início, onde os psicólogos que avaliaram o pesquisador e sua equipe não tinham motivo de duvidar da veracidade dos relatos que recebiam, o que também leva a questionamentos acerca os resultados obtidos).
Anos depois, a autora desse texto entra em contato com um dos integrantes do grupo de pesquisa, e tenta responder a questão que ficou em aberto na pesquisa de Milgram. Mas ela também não consegue uma resposta, pois ao entrevistar duas pessoas que passaram pelo teste, ela averigua que suas ações no teste anos atrás entravam em choque com o comportamento que apresentavam no dia a dia. Embora isso não esteja explícito no texto, e talvez seja apenas minha opinião, o comportamento de obediência parece não depender apenas da personalidade ou do contexto em que vivemos. Como ja discutido anteriormente, a cultura influencia nosso jeito de agir e pensar, mas paraxodalmente essa cultura nasceu de nossas cabeças, então não é absurdo concluir que as reações observadas nesse experimento foram fruto de uma mistura de contexto e personalidades, do geral e do individual.
Mariana Rocha Soares 13/0125474 Monitora Flávia
ResponderExcluirO texto dessa vez traz um experimento bastante interessante, e que havia pensado nisso antes. Muitas vezes essa questão de obediência e desobediência, muitas vezes, passa despercebida em nossas vidas, entretanto Stanley Milgram teve a grande ideia de pesquisar quão obedientes as pessoas podem ser e até que ponto elas seriam capazes de obedecer aos outros. O teste aconteceu da seguinte maneira: voluntários de diversos perfis foram recrutados através de um anúncio em que se prometia uma quantia em dinheiro em troca do seu tempo para o experimento. A partir disso, quando o voluntário chegava ao local marcado, o cientista explicava o processo que aconteceria. O voluntário seria o professor e o ator o aluno. O cientista pedia para o voluntário amarrar o aluno em uma cadeira de choque e fazer perguntas para ele, cada vez que ele errava a resposta uma carga de choque seria aplicada, sendo aumentada progressivamente em cada erro.
O que aconteceu depois foi o mais surpreendente, pois Milgram acreditava que a maioria das pessoas não se permitiriam chegar ao nível alto de choques, mas o que aconteceu foi exatamente ao contrário: ), cerca de 65% dos participantes foram até o fim, ou seja, a maioria das pessoas.
Em seguida, fizeram uma relação das pessoas que participaram do experimento com seu passado e descobriram que a grande maioria (aqueles que prosseguiram até o fim do teste), tinham participado de alguma carreira militar ou então tiveram algum distanciamento dos pais. Mesmo assim, tais conclusões não eram o suficiente, foi então que eles perceberam que a obediência não tinha relação com a personalidade e sim com a situação em que a pessoa se encontrava, como por exemplo, suas vivências e experiências de vida.
Para mim, a lição que tirei do texto é que os seres humanos são passíveis de se submeterem a uma ordem ou a alguém que ele ache superior a si. Na maioria das vezes, aqueles que têm mais condições financeiras ou são intelectualmente superiores se aproveitam disso para explorarem os outros. Por isso é de grande importância que as pessoas estejam sempre “ligadas”, pois é comum que se submetam/obedeçam aqueles que elas acham ser melhor que elas em algum sentido, mesmo não havendo razão para isso.
Estava pesquisando uns vídeos sobre o assunto e achei esse muito legal. É o vídeo original do experimento de Stanley Milgram:
https://www.youtube.com/watch?v=DZ-F6Waua3Y
11/0016262
ResponderExcluirO texto aborda um tema interessantíssimo. É de extrema importância questionar, como a blogueira comentou, o porquê de tanta obediência. Seja gratuita ou não. Seja espontânea ou não. Ou seja justo o contrário, a desobediência. A partir do teste Milgram observou-se que elementos simples em um contexto com a presença de um pesquisador fossem o suficiente para uma pessoa agir de forma a machucar alguém. Obviamente o teste não feria na prática. Entretanto não foi possível concluir o que exatamente leva o comportamento dessa forma. Mais uma vez caímos no campo subjetivo e da individualidade.
O que leva cada um indivíduo a obedecer? E o que leva outros a não respeitarem ordens e regras? Podem ser princípios, respeito, experiências passadas, traumas, entre outros. Mas o problema fica mais complicado quando a pergunta é: o que leva as pessoas a irem contra seus princípios? Experiências? O texto não chegou a tal argumento, mas vale a reflexão. O texto fez questão de colocar propositalmente o “você” em vários pontos, fazendo com que o leitor fosse realmente colocado a se pensar em tal situação. Somando a isso há o plano de fundo da Segunda Guerra e do Pós-Guerra. Se estamos falando de aspectos comportamentais, sendo sutis ou não, não custa extrapolar o nosso raciocínio. Ao fazer uma pesquisa desta forma já houve tal surpresa, imagine então estar em uma contexto onde seu país está em uma guerra, onde condições extremas são vividas em vários contextos? Com certeza esta forma de deturpação do julgamento de comportar tem grandes chances de acontecer. Vale o estudo e o pensamento sobre o assunto.
Desirée- 140059458- monitora Flávia
ResponderExcluirEsse foi um excelente texto. Agradável e compreensível.
O texto fala sobre um experimento realizado pelo professor Stanley Milgram na década de 1960. O professor motivado também pelas recentes questões referentes ao nazismo procurou entender a desobediência das pessoas, mas ao realizar o experimento acabou encontrando questões mais voltadas para a obediência. Milgram, em princípio, acreditava que as situações eram responsáveis por determinar as atitudes das pessoas e não a personalidade unicamente.
O texto choca com a ideia simplista que as nossas atitudes de obediência ou desobediência são determinadas pela nossa personalidade. Ao ler o texto, é preciso ter em mente que o experimento, como os próprios resultados apresentados mostram, que se a personalidade não nos determina, a situação também não o faz completamente, e uma prova disso é o fato de que 65% das pessoas(apesar de ser um número extremamente alto) foram até o final da experiência, há os outros 35 % que não foram até o final.
Na minha (humilde, diga-se de passagem) opinião há outros fatores envolvidos nesse experimento. É claro que foi super válido, trouxe resultados extremamente relevantes para o estudo. Os próprios psicólogos da época diziam que as pessoas não aceitariam participar, mas o que se verificou foi o contrário, não só aceitaram como “deram choques” conscientemente (oras não é preciso ser nenhum expert para saber que 450 volts em uma pessoa é letal, por mais que alguém diga que’ é necessário continuar’). Por outro lado há questões como confiança no pesquisador, uma cultura de obediência a qual estamos inseridos. Eu mesma fiquei me questionando se eu obedeceria ou não. Acho que esse é o ponto que o texto procura ressaltar: a obediência é muito característica da nossa convivência social.
O experimento recebeu duras críticas da comunidade tanto eticamente, quanto com relação à generalizabilidade. No quesito ético pode até ter falhado, poderia ter feito de outra forma, mas os resultados são passíveis de certa generalização. A obediência cega ocorrida no holocausto é um exemplo.
Quando comecei a ler o texto até confundi o experimento com o do professor Philip Zimbardo que foi feito na Universidade de Stanford*. Resumidamente, os voluntários foram divididos entre detentos e guardas e teriam que viver uma situação de um presídio, os voluntários guardas começaram a desenvolver atitudes sádicas e torturar psicologicamente os voluntários detentos, chegou-se a tal situação que o experimento teve de ser interrompido. Os experimentos têm certa semelhança, o do professor Zimbardo procurou entender questões relacionadas ao nazismo também, sobre a desindividualização, o que as pessoas são capazes de fazer por um objetivo do grupo, etc. Lembrei-me também do filme Hannah Arendt (2012)* onde a filósofa escreve que nem todos participantes dos crimes de guerra eram monstros, que muitas vezes estavam obedecendo a ordens “superiores”. Ela foi duramente criticada, mas manteve sua posição. Certas atitudes de obediência ainda que absurdas, podem ser explicadas.
Um interessante ponto de vista sobre essa questão de obediência é o do filósofo Theodor Adorno* da escola de Frankfurt quando ele diz que para não se ter essa obediência cega é necessário construir uma educação que não permita que Auschiwitz se repita, pois para ele a questão de Auschiwitz não é algo unicamente germânico, poderia ter se dado em outros lugares.
*LINKS: experimento da prisão de stanford: https://www.youtube.com/watch?v=5XdYVbhPZKo https://pt.wikipedia.org/wiki/Experimento_de_aprisionamento_de_Stanford
Filme hannah arendt: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-198292/
Adorno: “Educação após Auschiwitz” (1966- fala radiofônica publicada em coletânea post-mortem) file:///C:/Users/Desiree/Downloads/2011-08-02-16-22-20-Educauo-e-Emancipauo.-ADORNO%20(1).pdf
Kauane - 120034620 Monitora: Carine
ResponderExcluirDurante todos os textos lidos na disciplina considero este um dos mais interessantes, pois acredito que engloba diversos assuntos trabalhados nos anteriores, como o estudo do cérebro que é expresso desde os estados da mente do Monge budista, também a violência, o caráter de questionar o que nos é imposto e como isso é avaliado.
Bom, como você já citou blogueira, Stanley estava curioso a respeito da obediência à autoridade manifestada pelos nazistas, nas guerras, e por meio disso quis estudar o que leva uma pessoa a tal subordinação sem questionamento. Refletindo a respeito deste assunto percebi que nós em determinada situação agimos da mesma forma, pois obedecemos às leis do país, do governo, e mesmo não concordando não agimos de modo a tentar modifica-las. Nossas ações são baseadas em regras que devem ser seguidas, em casa, no trabalho, escola, ou em qualquer ambiente. Com isso me questionei, somos realmente livres? Pensando por meio dessa perspectiva acho que não. Enfim, voltando para o foco principal texto: com o objetivo de realizar tal estudo, Stanley criou uma maquina de choque, e anunciou no jornal que gostaria de estudar o efeito da punição sob o aprendizado e solicitou voluntários, os quais seriam remunerados; por diversos motivos várias pessoas compareceram, e estas agiram de maneiras diferentes sob o comando do pesquisador. A experiência consistia em dizer palavras e a pessoa que estava sentada na cadeira elétrica deveria repeti-las sem errar, em caso de falha levaria um choque, o qual era aumentado a voltagem a cada erro. A pessoa que ficava na cadeira era um ator e não sentia dor alguma, porém devia fazer com que quem aplicava o choque pensasse que tudo era real. Alguns participantes chegaram até o máximo da voltagem e outros não conseguiram continuar, sendo a porcentagem de obediência e desobediência já citada em seu post. A partir disso, foram tentadas tirar conclusões da associação entre as atitudes do cotidiano e as manifestas na hora de dar o choque. Alguns voluntários se surpreenderam com a estrita obediência sem questionamento. Entretanto, após várias análises os resultados se mostraram inconclusivos, demonstrando uma contradição no texto dos objetivos da pesquisa, pois muitas pessoas que seguiram dando choque até o máximo mostrando-se obedientes não se comportam da mesma forma em sua vida, sendo a mesma situação para os desobedientes. Apesar disso, algo que chamou bastante minha atenção, foi uma das pessoas entrevistadas pela autora do texto, ele não obedeceu as ordens por estar preocupado com seu coração e não com a pessoa que estava sendo eletrocutada. Outro entrevistado considera que participar deste experimento foi o gancho que ele precisava para se expressar perante a sociedade. Pode-se concluir perante isto que a pesquisa de Stanley é inconclusiva e que a personalidade nem sempre se manifesta da mesma forma em diferentes situações, sendo assim, nós que somos obedientes ou não podemos agir de modos diferentes submetidos a situações de pressão, estresse, demonstrando em variados momentos nossa submissão ou não perante uma personalidade autoritária.
Parabéns, gosto muito da sua analise dos textos e tbm da maneira como vc sempre consegue relacionar um aos outros ,,, muito booooom ,,,
Excluirjust like it
Talita Lima dos Santos - Matricula: 10/0124241 – Monitora: Gabriela.
ResponderExcluirTexto de leitura agradável e compreensível.
O texto 11 fala sobre o experimento do professor nova-iorquino Stanley Milgram que na década de 60 resolveu entender melhor como as pessoas se comportavam através da sua obediência/desobediência. Stanley era um psicólogo social motivado pelas questões referentes ao nazismo, onde procurava entender a insubordinação dos indivíduos, mas ao realizar o experimento acabou por encontrar questões mais voltadas a obediência.
O teste aconteceu na seguinte maneira: voluntários de diversos perfis foram recrutados através de um anúncio onde se prometia uma quantia em dinheiro por um tempo dedicado ao experimento. A partir dai, quando o voluntário se apresentava no local marcado, o cientista explicava todo o processo do teste. O voluntário ficaria em uma sala de comando, nessa sala o voluntário deveria através de um gerador de choques executarem comandos para que uma pessoa que estava em outra sala sentada sobre um dispositivo de choque levasse cargas elétricas cada vez que ele dissesse uma resposta errada. Tudo isso, em nome da ciência. O que o voluntário não contava é que a pessoa que estava levando esses choques, era na verdade, um ator que simularia dor cada vez que o voluntário aumentasse a carga do choque. Apesar da dor e do desespero encenado pelo ator, 65% dos voluntários que realizaram o teste sob o incentivo do pesquisador foram até o final do experimento. Um resultado que deixou Milgram muito surpreso. A conclusão de Milgram foi à de que as pessoas agem de acordo com a situação em detrimento dos seus valores morais.
Instigada com essa conclusão, a autora do texto resolve procurar algumas pessoas que participaram do experimento de Milgram a fim de entender o porquê desse comportamento e qual era a diferença moral das pessoas que obedeceram as ordens do pesquisador de ir até o fim, e as das que não conseguiram realizar o teste até o nível final. Assim, a autora encontrou um voluntário que não foi ao até o fim e outro que obedeceu às ordens até o último ponto, e a autora ficou surpresa tanto pelos motivos que levaram ou não essas pessoas a concluir o teste, como também a posição social em que elas estavam. Por exemplo, um militar que se orgulhava em ter atirado e prendido muitas pessoas durante a guerra e que não havia concluído o teste disse que o seu motivo foi extremamente pessoal, pois estava preocupado com o seu coração, por que estava bem nervoso. Já outro voluntário que foi até o fim do experimento realizava trabalhos sociais comunitários e disse que o experimento o tornou mais prestativo em ajudar as pessoas de acordo com suas vontades.
(continua....)
(Continuação...)
ResponderExcluirAcredito que mais interessante do experimento de Milgram é o quanto o comportamento humano é imprevisível. Quem diria que o obediente na verdade poderia ser moralmente “correto” que o desafiador¿ Isso confirma as maneiras diversas que conduzem as pessoas a agir. Penso que ambiente criado no teste tenha influenciado o individuo a entrar em uma zona onde ele jamais esteve, onde ele ainda não tem a experiência nem tempo para distinguir qual é a melhor solução. Quando o pesquisador repete, –“ Você precisa prosseguir com o teste”. Isso cria uma atmosfera de contradição com o real interesse do método de Milgram, pois nessa condições o voluntário age de acordo com as ordem dada pelo pesquisador, passando a sua obediência ou desobediência vista em minha opinião como segunda ordem. Nessas condições fica difícil perceber se o individuo vai agir por uma posição já estruturada pelo pesquisador ou por seus valores morais.
Texto muito interessante e com uma interação com o leitor muito particular. Acredito que o texto influencie uma instigação de posicionamento, até que ponto eu iria¿ Será que seria capaz de ir até o fim ou não conseguiria¿. Se essa pergunta fosse feita sem um real interesse em alisar a resposta penso que maioria das pessoas poderiam dizer que seriam desobedientes, mas o que o teste de Milgram relata é que esses questionamentos podem trazer os resultados mais improváveis possíveis.
Luscélia P Castro - 140026860
ResponderExcluirMonitora: Flávia
A obediência é considerada uma virtude na nossa sociedade, mas até que ponto é normal e saudável?. Em que ponto as pessoas começam a desobedecer? Esse era o intuito inicial da pesquisa de Stanley Milgram,mas para a surpresa do pesquisador seu trabalho tomou outros rumos.
Milgram descobriu que 65% dos participantes da pesquisa obedeceram, e na Alemanha somaram 85%, em mundo pós-holocausto. As pessoas não questionavam, simplesmente obedeciam. Então o pesquisador foi entender se existia algum marcador de personalidade que distinguia os obedientes dos desobedientes, e pra mim esse é o mais incrível da pesquisa, pois desde o começo nos já imaginamos que deve haver algo em comum entre os grupos, mas na verdade descobriram que a resposta está na situação.
Esse experimento foi duramente criticado pela academia, primeiro, segundo eles, por não ter sido ético ao fazer um experimento com humanos e segundo por sua generalização.
A meu ver, as pessoas estabeleciam uma relação de poder sob o individuo que levava os choques, e não se sentiam culpados, pois estavam obedecendo, e o cientista deveria saber o que estava fazendo, mesmo que a pessoa soubesse que a outra não resistiria a 450 volts. A grande critica, era que o experimento poderia ter deixado traumas nos participantes, particularmente acho que porque grande parte das pessoas passam a vida tentando encubar e negar seu lado negativo, sendo pessoas consideradas de bem. Quando descobriram que poderiam terem se tornado assassinos, isso os apavorou. As pessoas podem não conseguir lidar se descobrissem do que são capazes em diferentes situações.
Esse experimento me lembrou muito o filme "A onda", que em seu enredo mostra um professor que questiona a sua turma se seria possível uma nova ditadura na Alemanha, e todos negam a possibilidade, então ele decide fazer um experimento com os próprios alunos. Eles passam a obedecer cegamente o professor, que perde o controle do movimento e quando decide acabar com o movimento e os alunos não aceitam, pois haveria se tornado a motivação da vida deles. Pergunto-me até que ponto as pessoas podem ir pra se sentirem pertencentes em algum grupo.
Filme A onda : http://www.adorocinema.com/filmes/filme-134390/
Obediência nazista: http://www.infoescola.com/politica/doutrina-nazista/
Lucas de Azevedo Levino - 10/0056903
ResponderExcluirMonitor: Rodrigo
Neste texto é abordado uma experiência de Stanley Milgram causou muito impacto negativamente diante dos psicólogos. O experimento tinha o intuito de verificar a obediência à autoridade onde que de acordo com a maioria das pessoas apenas um louco ou psicopata realizaria tais atrocidades, mesmo que sob o comando de alguém. Staney não satisfeito propõem colocar em prática sua ideia. Ele criou uma falsa máquina de choque, contratou atores para fazerem os papeis de um aluno e de um pesquisador e, ao recrutar os voluntários para o experimento, disse que se tratava de um teste sobre aprendizagem. O pesquisador instruía o voluntário a aplicar choques (entre 15 e 450 volts) no aluno a cada erro que ele cometesse, em que consistia no pesquisador falar varias palavras e o aluno ia repetindo,e avisando sendo que nenhum dano tissular permanente seria causado ao aluno. O aluno, que era um ator, errava e fingia estar recebendo choques e, quando as voltagens subiam consideravelmente (por volta de 115 volts), ele falava ser cardíaco e gritava para que ele fosse retirado. Quando o aluno começava a reclamar o pesquisador apenas repetia que nenhum dano tissular permanente seria causado e que o experimento exigia que se continuasse. Quando chegava em 315 volts, o ator que representa o aluno finge ficar inconsciente, e o pesquisador alega que o silêncio também conta como resposta errada. No fim do experimento, Milgram aparece e explica que foi tudo uma encenação e que o aluno está em boas condições e que o experimento era sobre obediência. Com isso, Stanley Milgram descobriu os seguintes dados polêmicos: 65% das pessoas foram até o final do experimento, mesmo que estivessem machucando alguém. Para obter uma amostra mais representativa, Milgram buscou realizar experimentos com pessoas fora das universidades também. Ele mesmo não imaginava que os resultados seriam tão altos.
Por ser psicólogo social, acreditava que era o contexto, a situação que afetava e determinava como alguém se comportaria em certo momento. Pessoas boas, normais, alegres e com famílias foram até o final no experimento de Milgram; portanto, a personalidade seria menos importante do que as circunstâncias do momento em determinar cursos de ação. Mas ele não tinha tanta certeza assim; afinal, aplicou um teste de personalidade ao final dos experimentos e, ainda, 35% das pessoas desafiaram o pesquisador. Por quê? Os psicólogos sociais sucumbem diante dessa pergunta. Milgram até tentou entrar em contato novamente com as pessoas que realizaram o experimento para descobrir mais sobre sua personalidade e sobre seu passado, mas descobriu muito pouco. Não encontraram traços de personalidade que efetivamente permitiam comparar obedientes e desafiadores.
A autora, interessada no experimento, queria conversar com alguns indivíduos que tomaram parte no experimento de Milgram. Para a autora muito pouco foi elucidado pela conversa com Joshua Chaffin. Para ela, o que poderia ser extraído, de alguma forma, é que o comportamento de alguém em um laboratório não necessariamente indica como essa pessoa agirá do lado de fora.
Em outro plano, Milgram sofre duras críticas por causa de seus experimentos, foi acusado de enganar seus voluntários e causar traumas e uma denúncia suspendeu sua filiação por um ano. As universidades o rejeitavam. Sua reputação desmoronou. E, com 51 anos, assim como seu pai e com a mesma idade deste, Milgram morre com um infarto do miocárdio.
Continuação..
ExcluirEm suma, ficamos com a ideia de que o experimento de Milgram extrai seus significados de seu poder pedagógico no que diz respeito aos voluntários, ao invés de achados quantificáveis.
Eu gostei muito desse texto, especialmente porque, assim como no texto “Sobre ser são em lugares insanos”, a autora tem um jeito próprio de escrever que, em minha opinião, é bastante agradável. O uso de metáforas e de imagens que ela vê e ilustra em sua mente tornam o texto mais original, de certa forma.
Me intrigou muito o fato de Milgram ter sido bombardeado com críticas impiedosas. Não nego que ele realmente enganou seus voluntários. No entanto, pessoalmente, achei exagerada a quantidade de críticas e o peso delas quanto ao experimento. Afinal de contas, ele foi financiado pela Fundação Nacional da Ciência e, se ele foi realizado, então é porque passou por um controle de ética e foi aprovado. Pessoas analisaram seu experimento antes e deixaram que Milgram o realizasse. Então por que o experimento foi atacado especialmente com a palavra “antiético” e seus sinônimos? Se era um experimento tão antiético, porque os mesmos intelectuais deixaram que ele fosse aprovado e fosse realizado?
Para mim, esse bombardeamento reflete muito mais a indignação dos pesquisadores com os resultados obtidos por Milgram: afinal, apenas psicopatas iriam até o final com os choques. Era óbvio que ninguém mais o faria. Portanto, era um experimento tolo e com resultados óbvios, certo? Parece que não, uma vez que os 65% que foram até o final com os choques indignaram os intelectuais, irritados com as porcentagens. Como poderiam eles estarem errados? Certamente havia algo de errado com aquele experimento. Isso não poderia estar certo. E, aí, a chuva de críticas sobre Stanley Milgram. Sem contar que o experimento dele foi realizado nos anos 60, década em que verdadeiras atrocidades éticas foram expostas ao mundo; Milgram, portanto, acabou sendo analisado sob a mesma luz, junto desses outros experimentos.
Nathália Melo- 11/0151101
ResponderExcluirMonitora: Isabella
Na minha opinião, o texto que diz respeito aos experimentos de Milgram é na verdade um texto sobre poder atrelado à obediência. Se observarmos o experimento sobre o outro ponto de vista chegaremos a conclusão de que Milgram concedeu o poder da pessoa dar ou não o choque no "aluno". Além de tudo, esse poder veio atrelado ao ganho monetário. Se pensarmos isso na ótica nazista, veremos que o que aconteceu naquela época não era muito diferente, Hitler colocava armas (instrumento de poder) nos punhos de pessoas que iriam utiliza-las porque estavam impelidas pelo dinheiro.
Não quero dizer que o dinheiro é um fator principal. Ele é um fator secundário. O fator principal da obediência é dar poder ou instrumentos de poder ao ser humano que, de modo geral, não sabe lidar com tais ferramentas.
O mesmo ocorre com a política na atualidade. As pessoas passam por cima de seus valores e crenças por conta de poder.
Isso também acontece em ambientes profissionais, relações amorosas, relações de pai/mãe e filhos (as).
Samille - 10/0123112
ResponderExcluirMonitora Carine
Pelo pouco que li sobre Milgram, pude perceber que ele era um homem com grande curiosidade sobre o comportamento do indivíduo. Tanto que fazia testes com as pessoas no dia-a-dia para observar justamente qual seria a conduta da pessoa (como o próprio blog comentou sobre ele invadir filas).
Como o texto mostra, Milgram acreditava no poder da situação. E o exemplo disso foi o famoso experimento sobre a obediência, onde os voluntários se dividiriam entre professores e alunos (teoricamente) e a cada palavra errada o aluno levaria um choque. O que os voluntários não esperavam era que os alunos sempre seriam atores e que na verdade não estariam levando choque algum. O resultado desse experimento não foi o que imaginava que seria, pois, de 62% a 65% quando confrontados pela autoridade, continuavam se submetendo às ordens de machucar letalmente uma pessoa.
Achei interessante uma observação que o texto faz ao teste de um outro psicólogo, onde mostra a autoridade de uma pessoa com jaleco branco. De fato, acaba existindo uma reverencia, submissão e respeito superior pelas pessoas com jaleco branco, acreditando assim que essas pessoas são donas da razão, sabem o que estão fazendo e que não há o que contestar. Só acaba sendo esquecido que essas pessoas de branco também podem errar. Isso me fez lembrar o texto sobre lugares insanos, e como não era contestado nenhum diagnóstico feito pelo médico diante do simples fato de que ele é considerado uma ‘soberania maior’. O que pode se tornar um erro, pois por receio de dizer que não sabia o que acontecia com o paciente, de dizer ‘não sei’, vários médicos realizavam um diagnóstico incorreto. E todos aceitavam aquilo pois vinha de uma autoridade de jaleco branco.
Voltando ao foco do texto, fiquei bastante impressionada com o resultado do experimento que nos mostra uma difícil realidade, onde “qualquer pessoa pode se tornar um assassino se descobrir que é uma necessidade”. Como o psicólogo Ross disse, o nosso comportamento é uma consequência de influências externas, que estão sempre se transformando.
Ao final do texto, houve uma grande dificuldade para se formar um perfil sobre os voluntários. Até porque, existe a interferência da questão de validade externa, onde o modo que a pessoa reagiu no experimento, não necessariamente será a forma que esta reagirá fora do laboratório. Como no blog mostrou sobre dois rapazes que tiveram resultados diferentes no laboratório e fora obteve outro comportamento.
A minha opinião ficou um pouco dividida no texto, porque não se sabe as verdadeiras consequências que esse teste de obediência (que para mim foi mais de estresse) gerou nos participantes. Afinal, eles foram manipulados ao ponto de machucar uma pessoa. E acredito que isso pode ter algum tipo de consequência no futuro. Mas sei que através desse tipo de teste que se descobre um pouco mais sobre o comportamento humano e do que somos capazes de fazer.
No final das contas, fui completamente convencida que o poder da situação é um grande contexto de influência e que pode provocar reações que nós mesmos não esperamos.
Texto 11
ResponderExcluirYashmin Barbosa Rossy Monitora: Gabriela
O texto narra um experimento realizado em 1961, por Stanley Milgram, um professor da Universidade de Yale que resolveu fazer um estudo sobre a obediência à autoridade. Milgram acreditava que a obediência devia-se mais à situação do que à personalidade do indivíduo. O experimento consistia em um “professor” e um “aluno”. O “professor” repetiria uma sequência de palavras que o “aluno” deveria repetir. A cada palavra dita errada, era aplicado um choque e, à medida que o “aluno” errasse uma nova sequência de palavras, aumentaria a voltagem dos choques aplicados. O “aluno” seria representado por um ator que daria gritos e fingiria agonizar de dor e o “professor” sempre seria o indivíduo a ser analisado no experimento. Durante o experimento haveria também uma pessoa de jaleco que daria ordens para que o experimento continuasse independentemente do que ocorresse. O que verificou-se no experimento foi que 65% das pessoas, quando confrontadas com uma autoridade, seguiu ordens até o ponto de machucar letalmente uma pessoa. Milgram espantou-se com o fato de obediência das pessoas apresentar um nível tal alto. Na universidade, quando foi realizada uma pesquisa de opinião sobre as atitudes das pessoas, se aplicariam os choques ou não, a resposta era sempre negativa. Após esse experimento, Milgram passou a estudar a relação entre a personalidade e o comportamento. Entretanto, não houve nenhum resultado significativo para se afirmar que haveria uma correlação entre tais variáveis, embora a autora do texto considere que pode haver uma relação entre a personalidade e a obediência. E, no próprio texto percebemos que é difícil encontrar traços de personalidade sistemáticos entre sujeitos desafiadores e obedientes. O texto nos faz refletir sobre a obediência e suas consequências. Isto é, quando a obediência pode se configurar em uma arma, se utilizado no relacionamento humano com um poder destrutivo. Podemos associar tal situação com o Nazismo e outros regimes totalitários em que houve a adesão maciça de muitas pessoas a uma visão enviesada e o comportamento destrutivo praticado elas. A conclusão de Milgram é que a obediência está relacionada às situações, ou seja, a situação em que o indivíduo está inserido pode alterar seus valores e crenças. Ao meu ver, a situação em que o indivíduo está inserido não altera os seus valores. Relacionando com o texto sobre a distribuição normal, acredito que a educação individualizada tem efeitos não só sobre o aprendizado, mas na vida social. Uma educação individualizada e humanizada, que mostre o valor do ser e não do ter, que ensine o respeito à ordem, o valor da hierarquia, o amor aos pais, pode ter consequências positivas em toda a vida de um indivíduo. Muitas crianças atualmente não sabem o que é hierarquia, tratam professores e pais em pé de igualdade. Muitos pais não se importam em dar uma educação para os filhos que fuja do aspecto materialista “tenha, compre, venda”. Acredito que se a educação tiver uma base fraca, que não vá além da cultura materialista, é natural que a situação molde o indivíduo, pois suas bases morais são muito fracas. Mas, no entanto, se a pessoa for educada em um conjunto de princípios que lhe mostre o que é amor, respeito, ordem, hierarquia e outros valores que vão além da cultura materialista, com certeza não hesitará em desobecer a uma autoridade destrutiva ou, usar do poder da autoridade para criar uma relação construtiva, como fizeram grandes personalidades na história da humanidade, como por exemplo Gandhi e Nelson Mandela.
'Rodolfo Fernandes Bianchi Fava 13/0036757 Monitora: Flávia
ResponderExcluirO texto 11 relata o experimento feito em 1961 por Stanley Milgram, um professor da Universidade de Yale, uma das mais prestigiadas dos Estados Unidos. O objetivo do experimento era avaliar a obediência das pessoas em certas circunstâncias, de forma a entender a obediência em casos específicos como o nazismo, em que foram cometidas atrocidades em todos os níveis da sociedade alemã.
Para realizar o experimento, Milgram anunciou que pagaria 4 dólares a hora (uma boa quantia de dinheiro para a época) para quem quisesse participar de sua pesquisa, e não forneceu detalhes do procedimento. Como era de se imaginar, muitos compareceram. Stanley então apresentava o voluntário a outro homem que também estaria ali por acaso (enquanto na verdade era um ator contratado) e decidia que o voluntário seria o “professor” e que Wallace, o ator, seria o “aluno”. O experimento era simples: O voluntário dizia uma série de palavras a Wallace, que teria de repeti-las e caso errasse, levaria um choque. A cada erro a voltagem do choque aumentava, causando mais dor ao aluno, como uma espécie de tortura. Aí que se encontrava a pegadinha de Milgram, pois os choques não eram verdadeiros, e sim uma excelente atuação de Wallace.
Primeiramente, Stanley só usou alunos de Yale como suas cobaias, e todos eles, sem exceção, obedeceram. Milgram procurou então utilizar pessoas da comunidade para obter uma base amostral mais representativa do comportamento que buscava analisar.
Muitos dos integrantes da comunidade, ao perceber que o “aluno” sentia dor, questionavam Stanley sobre o experimento, e Stanley, vestido em seu jaleco branco, apenas os dizia para continuar com o que foi combinado. Alguns, contrariados, continuavam a “torturar” o pobre Wallace, enquanto outros se rebelaram e desistiram do experimento, correspondendo a uma taxa de 65% de pessoas que obedeceram à autoridade de Milgram.
É importante ressaltar que a única coisa que mantinha os voluntários aumentando a tensão do choque era Milgram e seu jaleco branco, não havia um segurança na porta do laboratório, ninguém estava lhes apontando uma arma na cabeça.
A autora do texto resolve então entrevistar pessoas que participaram da experiência, o que não foi fácil, pois Stanley já se encontrava falecido e os dados da pesquisa são confidenciais. Contudo, ela encontrou 2 homens que participaram do experimento. Um deles, que se orgulhava de ter parado na contagem de 150V, chamava-se Joshua. E Joshua havia servido o exército americano na Segunda Guerra, deixando escapar um comentário ofensivo sobre os japoneses. Quando questionado sobre ter matado alguém, ficou paralisado, e depois respondeu que não sabia.
Já outro paciente, que havia obedecido a Stanley até o final do experimento, tinha tomado um rumo completamente diferente em sua vida. Jacob, seu nome falso feito para manter seu anonimato, revela que prosseguir até o final do experimento o fez repensar sua vida, começando por admitir seu homossexual, pois já havia tido um caso com seu colega de quarto. A partir daí, viveu a vida pelos próprios termos, tendo inclusive casado com um homem, o que claramente vai de encontro à convenção social de casamento heterossexual, consistindo num desafio permanente à autoridade em sua vida.
Portanto, podemos observar que as pessoas reagem de diferentes maneiras em dadas situações, não podendo realizar nenhuma conclusão quanto ao comportamento tipicamente rebelde ou obediente à nenhum aspecto de personalidade ou história de vida de uma pessoa.
Vale dizer também que a obediência não é algo necessariamente ruim. Alunos necessitam obedecer professores para que possam ser ensinados, como por exemplo fazer silêncio em sala e fazer o dever de casa , da mesma forma como um empregado precisa obedecer normas do ambiente de trabalho para que a organização seja eficiente. Em todos os níveis da sociedade, a obediência é necessária para mantê-la funcionando. Contudo, a obediência cega pode levar as pessoas a cometerem atos violentos e injustificáveis.
O experimento que impactou o mundo da psicologia, correspondeu a um anuncio no jornal que oferecia uma recompensa em virtude de uma participação em um experimento. As pessoas ao entrar no ambiente, se deparavam com um homem vestido de jaleco branco e que após uma explicação inicial emitia ordens para choques progressivos em relação a um ator separado de ambos por uma janela de vidro. A maioria em termos percentuais não desobedeceu e continuou repetindo o procedimento a revelia do sofrimento progressivo imputado ao ator. Esse experimento sucintamente relatado expõe uma série de conceitos que podem ser extraídos e discriminados. Autoridade é um poder, uma capacidade de influenciar e controlar comportamentos ou condutas, se distancia do conceito de legitimidade que é a fundamentação para se ter ou comportar diante da posse ou detenção o poder.
ResponderExcluirOs crimes de obediência do nazismo, exemplificam que a presença de autoridade, muitas vezes, não se acompanhou de uma legitimidade ( meios nazistas eram anti democráticos ), todavia, o que se viu foi um observância ao medo e uma submissão a mecanismos psicológicos de controle, tais quais os utilizados no experimento. No plano experimental ou pragmático, a grande distinção, após a compreensão desses dois conceitos seria a operacionalização a nível estratégico e comportamental. Isto é, primeiro um treinamento emocional para se modificar a cultura e a inabilidade de se lidar com o medo e com os vários sentimentos negativos que eclodem em situações extremas de pressão. Uma auto defesa emocional. Um outro ponto diz respeito ao desenvolvimento procedimental de estratégias para que a concessão de autoridade ( poder simbólico – prático de influenciar condutas ) seja feita mediante uma concessão fundamentada e demonstrativa.
Naira Carolina mat 11/0149351 monitor Rodrigo
ResponderExcluirO texto 11 aborda o tema autoridade, descreve um experimento que foi feito no ano de 1961 por Stanley Milgram professor da Universidade de Yale , em que ele faz um estudo sobre a obediência e autoridade , a pesquisa foi feita com uma aluno , o qual ele deveria repetir uma seqüência de palavras , cada palavra dita de forma incorreta um choque era aplicado e na medida que o aluno errasse um nova seqüência os choques aumentariam a voltagem , a pesquisa contava com uma outra pessoa que daria ordens para que os choques fossem dados .
Nesse experimento foi verificado que mesmo quando o ator agonizada em gritos e dores , as pessoas que aplicavam os choques não paravam e seguiam as ordens que lhes eram dados ,mesmo achando aquilo tudo um absurdo , o professor que aplicou o experimento se espantou como as pessoas obedeciam .
Esse texto me chamou bastante atenção,pois nos leva a entender muitos absurdos que acontecem ao nosso redor , porque muitas pessoas cometem absurdos em nome de outras ou nome do país etc , e no textos mesmo diz que nos somos condicionados a obedecer aqueles que tem maior poder aquisitivo , que mesmo não concordemos com que está feito ou falado temos a tendência a obedecer quem tem maior autoridade sobre nos.
Naira Carolina mat 11/0149351 monitor Rodrigo
ResponderExcluirO texto 11 aborda o tema autoridade, descreve um experimento que foi feito no ano de 1961 por Stanley Milgram professor da Universidade de Yale , em que ele faz um estudo sobre a obediência e autoridade , a pesquisa foi feita com uma aluno , o qual ele deveria repetir uma seqüência de palavras , cada palavra dita de forma incorreta um choque era aplicado e na medida que o aluno errasse um nova seqüência os choques aumentariam a voltagem , a pesquisa contava com uma outra pessoa que daria ordens para que os choques fossem dados .
Nesse experimento foi verificado que mesmo quando o ator agonizada em gritos e dores , as pessoas que aplicavam os choques não paravam e seguiam as ordens que lhes eram dados ,mesmo achando aquilo tudo um absurdo , o professor que aplicou o experimento se espantou como as pessoas obedeciam .
Esse texto me chamou bastante atenção,pois nos leva a entender muitos absurdos que acontecem ao nosso redor , porque muitas pessoas cometem absurdos em nome de outras ou nome do país etc , e no textos mesmo diz que nos somos condicionados a obedecer aqueles que tem maior poder aquisitivo , que mesmo não concordemos com que está feito ou falado temos a tendência a obedecer quem tem maior autoridade sobre nos.
O texto gira ao redor de um experimento feito por Stanley Milgram, professor da Universidade de Yale e psicólogo social. O experimento consistia em criar uma situação em que uma pessoa faria o papel de professor, enquanto um ator faria o papel de aluno. O professor era influenciado pelo pesquisador(também um ator) a prender o "aluno" a uma cadeira elétrica, falar uma sequência de palavras para o aluno repetir e, sempre que houvesse um erro na repetição, apertar botões que dessem um choque cada vez mais forte no aluno.
ResponderExcluirMuitos professores foram entrevistados por Milgram, para saber qual seria o resultado desse experimento. Muitos deles disseram que as pessoas dariam os choques até certo ponto, mas parariam quando chegasse perto de uma voltagem letal. Não foi bem isso que aconteceu.
A maioria das pessoas continuaram com o experimento, mesmo dando choques de voltagem letal no aluno. Mais especificamente, 65% dos que fizeram parte do experimento. Mas e os outros 35%? Eles não obedeceram ao suposto pesquisador. Isso intrigou Milgram, já que ele acreditava que a resposta das pessoas devia ser a mesma se fossem expostas a uma mesma situação.Esses resultados mostram que nem sempre a situação que a pessoa se encontra será o fator determinante de uma certo comportamento.
Intrigada com esses resultados, a autora parte em busca de um homem que participou do experimento e que desafiou a autoridade do "pesquisador". Ela o pergunta o motivo de ele tê-lo feito e a resposta dele é impressionante. Ele diz que parou apenas porque estava preocupado com o próprio coração, já que estava submetido a uma situação estressante e que poderia ter um ataque cardíaco.
Esse texto nos mostra que o indivíduo não é completamente influenciável apenas pela situação em que ele se encontra, mas que isso tem um grande impacto no seu julgamento do que é certo ou errado.
monitora Gabriela 150014040
ResponderExcluirO texto apresenta um experimento que testa a obediência das pessoas. Inicialmente era um teste de desobediência, pois não se acreditava que as pessoas iriam chegar ao fim do experimento. No próprio texto, há uma ideia de que, como as pessoas não sabiam como era o experimento, tudo iria acabar bem, que nada aconteceria ao “aluno”. Dessa forma, conclui-se que a obediência está presente no nosso dia a dia e não há formas de explicar certamente o porquê das pessoas terem essa obediência estranha relacionada a casos que podem ser extremos.
Uma curiosidade é que mesmo quando se pesquisa teste de obediência psicológico sempre aparece algo relacionado a religião e a adolescência.
Achei um vídeo interessante que demonstra como ocorreu o experimento:
https://www.youtube.com/watch?v=VT3wKbBNo64
fiquei bastante impressionada com o resultado do experimento que nos mostra uma difícil realidade, onde “qualquer pessoa pode se tornar um assassino se descobrir que é uma necessidade”. Como o psicólogo Ross disse, o nosso comportamento é uma consequência de influências externas, que estão sempre se transformando.
monitora Gabriela 150014040
ResponderExcluirO texto apresenta um experimento que testa a obediência das pessoas. Inicialmente era um teste de desobediência, pois não se acreditava que as pessoas iriam chegar ao fim do experimento. No próprio texto, há uma ideia de que, como as pessoas não sabiam como era o experimento, tudo iria acabar bem, que nada aconteceria ao “aluno”. Dessa forma, conclui-se que a obediência está presente no nosso dia a dia e não há formas de explicar certamente o porquê das pessoas terem essa obediência estranha relacionada a casos que podem ser extremos.
Uma curiosidade é que mesmo quando se pesquisa teste de obediência psicológico sempre aparece algo relacionado a religião e a adolescência.
Achei um vídeo interessante que demonstra como ocorreu o experimento:
https://www.youtube.com/watch?v=VT3wKbBNo64
fiquei bastante impressionada com o resultado do experimento que nos mostra uma difícil realidade, onde “qualquer pessoa pode se tornar um assassino se descobrir que é uma necessidade”. Como o psicólogo Ross disse, o nosso comportamento é uma consequência de influências externas, que estão sempre se transformando.