quinta-feira, 28 de maio de 2015







Olá pessoas, voltei! Como estão? Ansiosos para a resposta levantada no último post?

Espero que sim.

Mas, para os que se esquecem fácil e não se lembram do assunto do último post, vamos iniciar refrescando a memória.

        Primeiramente, no último post, foi discutido a teoria relacionada ao uso de drogas e, especialmente, ao uso de cocaína. Foi explicitado a crença da autora em relação aos ambientes condicionados, ou seja, que os contextos condicionam o uso da droga, formando o que ela chama de “occasion setting” (não se preocupem quanto a essa palavra chata e grande, ela será melhor entendida ao final desse post).
                             

         Então, hoje, irei apresentar a vocês o experimento que a autora realizou para comprovação de sua hipótese. MAS ANTES, O QUE VOCÊS ACHAM, FOI COMPROVADO OU NÃO ESSA TESE?



        Vamos ao que interessa. Para o experimento, a autora utilizou um método qualitativo, no qual 15 homens entre 24 e 40 anos participaram. MAS POR QUE HOMENS? Porque infelizmente, há uma carência no que concerne às instituições de tratamento de adictos voltadas para as mulheres, então, a autora só conseguiu selecionar homens. QUAIS ERAM OS REQUISITOS PARA SER VOLUNTÁRIO NA PESQUISA? Bom, a pessoa deveria estar abstinente da cocaína por 5 meses, devia preencher os requisitos de adiccção à cocaína, falar bem e não fazer uso de medicamentos que indicassem problemas mentais. Se encaixando nesses requisitos, os abstinentes participavam de um entrevista semiestruturada, baseada na técnica de snowball, que permite que os participantes falem abertamente da droga mesmo ela sendo ilegal. As perguntas se referiam à história da droga, aos fatores que os mantinham abstinentes, bem como aos significados atribuídos ao uso da droga (Occasion Setting), que formam as associações complexas- TESE.

        Beleza, e os resultados? Bom, em relação às características, foi constatado que a maioria tinha 35 anos, eram solteiros e tinham o segundo grau completo. Além disso, todos iniciaram o processo de adiccção com o uso da maconha, sendo essa a porta de entrada para o uso da cocaína, seja pelo prazer ou pela influência de amigos. Outro fator importante apontado é a iniciação no mundo das drogas, geralmente motivada pela curiosidade, festas e influência de terceiros. Ademais, a maioria dos jovens relataram o uso da cocaína como responsáveis por uma auto estima baixa, marcada por sentimentos tais como, fracasso e inabilidade de resposta, que só reforça o uso compulsivo para melhorar tais sentimentos. Com relação à motivação para sair das drogas, muitos atribuíram a Deus, além de afirmarem que recaídas geralmente se dão pela bebidas e pelos amigos.

O efeito de bem estar da cocaína


        Agora, em relação a tese, a maioria afirmou que passar por lugares que relembre a droga, pode condicionar o seu uso. Todavia, você pode realizar o contrário, através de um bloqueio, por exemplo, lembrando das coisas negativas que a droga já te proporcionou, impedindo assim o uso condicionado da droga.


        Mas a autora não se deu por satisfeita com tais informações superficiais. Então fez um estudo de caso com om homem, de 22 anos e com o primeiro grau incompleto, chamado ficticiamente de K. Ela utilizou o método comportamental cognitivo, método esse que foi trabalho no post anterior.  O que ela captou de tal teste foi a comprovação de sua tese. Segundo K, quando ele passava pelo bar, onde costumava usar a cocaína financiado por um amigo, sentia vontade e usava a droga, comprovando assim a tese que os ambientes condicionados podem incentivar o uso da droga. Entretanto, aparece um fato nessas associações que é o objetivo de toda a terapia: DIMINUIR A INFLUÊNCIA DESSAS ASSOCIAÇÕES COMPLEXAS, ATRAVÉS DE BLOQUEIOS. HAM? NÃO ENTENDI.

        Simples: o adicto tem que aprender a discriminar tais associações que podem o levar ao uso da droga, através de bloqueios cognitivos que o façam repudiar o uso. Por exemplo: o K passou no bar e sentiu vontade de usar a droga, mas se ele lembrar de tudo que a droga já lhe proporcionou, como a perda da namorada, ele bloqueará a ação do ambiente condicionante.
Legal, né? 




            Ou seja, os "occasions settings" podem ser utilizados de forma a bloquear às associações complexas relacionadas ao uso da droga, diminuindo assim a adiccção e os problemas decorrentes dessa. 

                   
               
Referência: Almeida, A.M.C. (2008) Complexidade de associações de estímulos condicionais de occasion setting do contexto do uso de droga com abstinentes de cocaína: uma interface entre o laboratório e a clínica. Universidade de São Paulo: tese de doutorado.

39 comentários:

  1. Priscila Taís de Oliveira Morais- 11/0136659- Monitor: Túlio
    Sobre os dois testes realizados pela autora para confirmar sua tese acerca de que os ambientes condicionados podem incentivar o uso da droga, lembro-me de uma das práticas que realizei no 6° semestre do meu curso de graduação, no Centro de Atendimento Psicossocial Álcool e Drogas- CAPS AD, na Ceilândia. A maioria dos pacientes, durante o atendimento grupal, geralmente a base da terapia cognitiva comportamental aplicada, também destacada no texto, relatavam sua luta em relação á resistência ás drogas que consumiam quando passavam por lugares que geralmente eram seu ponto de consumo. E para eles era muito difícil, porque são nesses ambientes que têm os “amigos” e todos os fatores propensos para a recaída, e muitos deles, de fato recaiam ao uso, e demonstravam frustração ao confirmar isso frente á terapeuta dirigente do grupo e para os demais colegas.
    De fato, os testes realizados pela autora do estudo, refletem o que grande maioria dos usuários que pretendem minimizar o consumo e os abstinentes tem que enfrentar além da abstinência ao consumo. A Terapia Cognitiva Comportamental é uma boa técnica, dentro das estratégias de recuperação, prevenção e acompanhamento do usuário de droga, pois nela não se pretende fazer julgo de valor, mas sim tentar ajudar o dependente químico a elaborar formas de enfrentamento ao uso da droga, e todas as conseqüências causadas por tal consumo. Tal situação presenciei muito no CAPS AD, todos falavam, expressavam o que sentiam, o que queriam, seus fracassos, suas vitórias, e assim em conjunto iam se traçando possíveis soluções. Uma coisa que me chamou bastante atenção nesse serviço foi o manejo da terapeuta e equipe com relação aos pacientes, sempre com fatores afirmativos e palavras de motivação, já que a baixa auto-estima e a frustração ali são muito presentes entre os pacientes. E isso também foi enfocado no texto, esses fatores emocionais que são significantemente bastante afetados dentro desse contexto.
    Em suma, o texto foi bom e levantou algumas questões importantes, não só com relação ao ambiente condicionado, mas também no tocante á escala da droga, que há divergências de pensamentos em torno disso, e é importante analisar os dois lados da “moeda”, porque cada contexto é diferente, cada paciente é diferente um do outro, portanto não se pode anular nenhuma nem outra hipótese.

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  2. Aldenôra Simões Cavalcanti 12/0048949 Monitora: Gabriela

    Este texto foi uma tese com objetivo de identificar fatores que mostrarem a progressão e circunstancias que de uma maneira geral, promoveram a ingestão da cocaína bem como a sua manutenção; verificar se os enunciados obtidos em laboratório, relativos à respostas condicionadas aprendidas, resultadas da associação complexa entre estímulos condicionais, condicionados e a droga, poderiam ser encontrados em humanos; examinar a presença de associação entre estímulos complexos presentes no contexto do uso da droga e que apontaram para uma aprendizagem condicionada pavloviana sob o controle de processos de “occasion setting”. A metodologia usada foi a qualitativa, onde 15 participantes do sexo masculino abstinentes de cocaína e com idade variando de 24 a 40 anos foram entrevistados abertamente, com a estratégia de possibilitar mais profundamente o exame dos significados e representações dos efeitos da droga. A entrevista consistiu em perguntas como, historia do isso da droga, fatores atribuídos a manutenção da abstinência, significados atribuídos aos efeitos da droga bem como as associações com a condicionabilidade. A localização desses indivíduos se deu pela técnica “bola de neve” adequada para fenômenos sociais em áreas de ilegalidade que protege a segurança e privacidade do individuo.
    Foi visto que a faixa etária mais usual dos ex usuários de cocaína se deu aos 35 anos a mais, o grau de escolaridade foi de segundo grau completo, separados (estado civil). A trajetória começa com a experimentação da maconha (13 a 15 anos de idade) antes de começar a “escalada”, ou seja, uso de drogas mais pesadas como cocaína (15 a 18 anos de idade). Logo após a tolerância da cocaína, a inicio no uso do crack. Viu-se também que o maior motivo de iniciação da droga começa pela curiosidade; os usuários tem sentimento de baixa autoestima devido a adicção juntamente com a intenção de usar para se sentir poderoso, pouco ou excesso de afetividade com a família.

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  3. Aldenôra Simões Cavalcanti 12/0048949 Monitora: Gabriela (CONTINUAÇÃO)

    A síndrome da abstinência da cocaína tem as seguintes alterações fisiológicas, fadiga, sonhos vividos e desagradáveis, insônia ou hipersonia, maior apetite e retardo ou agitação psicomotora. A recaída se dá por condições ambientais ou espaços psicológicos onde eles vivem. Controle do estimulo versus condicionalidade, os estímulos externos podem levar a pessoa a ter recaídas, através também de percepções primarias (excitatória e inibitória). Para aprofundar mais o estudo, realizou-se o Método Comportamental Cognitivo (TCC) onde esta terapia tinha como base ser de curto prazo, porem de suma importância para recolher informações e experiências de cada individuo, como já visto em outros textos. O paciente escolhido era o K, de 22 anos. Ele teve uma infância sofrida, seu pai bebia muito e a mãe era doente, ele vivia na rua, e depois de ter sido solto da FEBEM, terminou um romance. Isso tudo o fez ter déficts de habilidades sociais e alternativas restritas para soluções de problemas, ou seja, o uso da droga era uma válvula de escape de problemas e tristeza. O processamento de estímulos ligados aos sinais do contexto está fortemente ligado a dimensões decorrentes das associações positivas da experiência com a droga. No terceiro bloco, a terapeuta buscou fazer reforçamentos sociais direcionados tanto para a pessoa K quanto para seu desempenho. A idéia era fazer com que ele percebesse que havia gente se importando com suas conquistas.
    Uma das funções da psicoterapia é alterar as crenças irracionais que o paciente forma no decorrer do seu desenvolvimento e fazer com que haja formação de novas crenças, usando a confrontação de dados da realidade. Após três meses de tratamento psicoterápico K recaiu e usou a droga devido ao fato da madrasta o ter expulsado de casa. Recaídas, em geral, causam sentimentos de fracasso e muitos desistem do tratamento (occasion setting). Ao final do tratamento, K, apresentou mudanças consideráveis em seu comportamento.
    Conclui que a eficácia do tratamento da adicção poderia estar centrado no esvanecimento da força da associação de representações atribuídas aos efeitos da droga interagindo com estímulos do contexto e promoção de substituição das associações por outros estímulos que não aqueles ligados a cocaína. No geral o texto foi bem didático e de fácil compreensão, os dados estatísticos, com diagramas, podem ser desconsiderados se visto como apenas um acréscimo da idéia central do texto que é como tratar ex usuários e ajudá-los nesta nova jornada sem drogas, entender os motivos pelos quais ele aderiu ao uso e pelos quais ele deixou de usar.

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  4. Ana Luisa Araujo Moura - 150005199 - Monitora Gabriela

    A pesquisa que trata o texto é feita por uma autora, com homens, que estivessem sem usar a cocaína por pelo menos 5 meses, e durante esses 5 meses provou várias coisas, tais como: os indivíduos, a maioria deles, tiveram como porta de entrada para o mundo das drogas, a maconha; a maioria dos indivíduos tem segundo grau completo e são solteiros; os fatores motivadores para o uso geralmente foram baladas, festas, a curiosidade, e influência de amigos.

    Eles estavam livres para falar abertamente da droga, apesar de ser uma substância proibida, isso não impediu eles de falarem sobre suas experiências, alguns deles disseram que a droga causa baixa estima, e que a motivação para largar ela um dia foi a fé em Deus, e disseram também que ao passar por lugares que eles tinha o costume de usar a droga isso podia gerar um condicionamento do uso, mas bloquear esse condicionamento lembrando das experiências ruins que a droga trouxe.

    Mais adiante no texto, a autora fala que fez uma experiência com um homem de 22 anos, que tinha o primeiro grau incompleto, e através dessa pesquisa ela pode constatar que, se ao passar por um lugar que faça o indivíduo querer usar a droga, ele pode usar o chamado "bloqueio" que é pensar em uma experiência ruim e assim não sentir mais vontade de usá-la.

    Para não perder o foco central do texto, o leitor deve se atentar ao resultado da pesquisar, e não pensar que só por ser um texto que se trata dos inúmeros passos da pesquisa da autora, ele não pode ser um texto enriquecedor no sentido de expandir a mente de quem o lê, para a esse universo da droga e seus efeitos isolados e sociais.

    A autora deixa bem claro, no decorrer de todo o texto, que a droga se tratada corretamente pode deixar de ser um vício, ela apresenta uma saída, ela mostra através de suas pesquisas que existem caminhos sim para quem busca não ter mais um envolvimento com o uso de droga, em específico da cocaína.

    O texto mostra quase como uma solução para o texto anterior, justifica que sim, é difícil largar um vício como esse, mas não é impossível, e prova isso através de toda a extensão de sua pesquisa, mostrando isso por meio do seu texto. Ela quebra com um pensamento muito corriqueiro, muito comum, de que quem está viciado em alguma droga está porque quer, mostra que existe uma outra forma de ver toda essa problematização, e mais, mostra uma saída para tudo isso.

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  5. Nathália Sousa de Lima 150019246
    Monitora: Carine
    Essa segunda parte do texto em que se esclarece o ocasion-setting e em que há várias pesquisas foi a parte mais interessante e talvez a que mais faça sentido. Os pesquisadores chegam as afirmações de que a maioria dos viciados são homens, maiores de 30 anos, que tem um histórico de ambiente familiar pouco agradável, que começaram com a maconha e consumiram as drogas em festas.
    Acho que, na verdade, a grande diferença que despertou o meu interesse sobre essa segunda parte do texto é que com as pesquisas além de sabermos das estatísticas que cercam uma pessoa que consume ou consumiu cocaína, também se tem um quadro da vida de um desses pacientes e dessa forma vemos menos números e mais um ser humano.
    K é um ex adicto que se voluntaria para essa pesquisa, ele tem um horário estabelecido e só lhe é permitido faltar três vezes durante esse apoio psicológico que dura em torno de 9 meses. Ele é um homem tímido, sem muita perspectiva para vida que tem um histórico de pai que consumia bebida alcoólica e perdeu a mãe que era a pessoa que exercia em sua vida o papel afetivo.
    Ele foi preso quando menor de idade e passou algum tempo em um reformatório por ter se envolvido de uma forma mais profunda com as drogas, nesse caso o tráfico delas. Passou todo o tempo que estava dento sem consumir nenhuma, mas logo ao sair por uma ocasião acabou por utilizar.
    O ponto que é principal, ao meu ver, é que mesmo que durante o tratamento ele tenha consumido alguma vez a cocaína, por ter associado o bar e um colega a isso – ocasion-setting-, ele obteve um apoio do profissional que o escutava e com palavras gentis esse profissional fez com que ele se percebe de forma sutil como o paciente se encontrava decepcionado consigo mesmo e não o contrário, não era o profissional o julgando, o que pode ser facilmente relacionado com o trabalho do CVV.
    Essa falta de julgamento, esse apoio que se entende quase como incondicional unidos ao trabalho e também a confiança de um amigo são essenciais para o tratamento do paciente que vai sendo incentivado a ler, a confiar em si mesmo e a acreditar em si mesmo, que foi um ponto que levantei no texto passado. Acreditar nesses casos pode ser uma benção.
    O paciente até traz a questão da fé, que as vezes em uma tentativa de afastar aquela vontade de ter os problemas do dia-a-dia sanados ou esquecidos pela cocaína, ele costuma lê uma passagem da bíblia. Esse tipo de comportamento pode ser observado facilmente em um vendedor de balinha de ônibus, que tem esse trabalho para ajudar a casa de reabilitação que foi responsável por “tirá-lo” das drogas. É quase impossível vê-los sem um versículo da Bíblia, sem uma palavra de Deus porque é a primeira coisa que lhes vêm à cabeça, que Deus é o responsável por aquela melhora.
    Esse foi o grande diferencial desse texto, que mesmo que obtenha dados, estatísticas, testes que foram feitos em animais, ele trata do homem como ser humano, não trazendo apenas divisões generalizadas, mas explicando como funciona a cabeça e o corpo de alguém que uma vez sucumbiu àquele vício.

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  6. Miguel Zolet de Lima – 15/0154402 – monitora Flávia.

    Este texto é bem interessante e me ajudou a tirar certas dúvidas que tinha quanto ao vício e a forma que ele se dá na mente de uma pessoa viciada. A autora fez a pesquisa com usuários de cocaína. Dentre os usuários da pesquisa, todos eram homens. A autora do texto acreditava, antes de fazer a pesquisa, que a atribuição que o adicto dá à droga ajuda o vício.
    Com a pesquisa, ela observou que os maiores motivos para alguém começar a usar cocaína eram curiosidade, influência de amigos e festas. E outro fato importante é o de que os usuários relataram que usavam cocaína por causa de baixa autoestima, e que, com a cocaína, eles não se sentiam assim. A igreja e a religião foram um modo que muitos acharam para se desapegarem da droga, para largarem o vício. A ideia, que a autora tinha antes mesmo da pesquisa, de que a situação condiciona o usuário a querer usar ou não cocaína foi comprovada. Essa ideia foi mais comprovada quando a autora começou a entrevistar o “K”, um usuário, que disse à ela que sentia mais vontade de usar cocaína quando passava por um lugar que o fazia lembrar da cocaína. Mas certas lembranças também o lembravam de coisas ruins, o que fazia ele não querer usar cocaína quando via certo lugares que o lembrava de momentos ruins. Essas lembranças negativas foram usadas para ajudar o usuário a largar a droga.
    Portanto, considero o texto interessante, principalmente na parte que fala da baixa autoestima dos usuários e como a droga os ajuda a ter uma autoestima melhor – pelo menos no momento em que usam a droga – e na forma que as lembranças negativas de más experiências com a cocaína são usadas para o usuário largar o vício.

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  7. Fernanda da Rocha Medeiros - 13/0109924 - Monitora Flavia

    Adorei o seu ponto de vista blogueira, e concordo plenamente com sua visão. Complementando um pouco mais sobre o texto, foi utilizado um método qualitativo com 15 participantes, utilizando uma entrevista semi estruturada, a qual permite obter uma riqueza de informações. A entrevista consistiu de um roteiro de questões, composto de perguntas que estavam relacionados: 1-com à história do uso de droga; 2- fatores atribuídos a manutenção da abstinência 3- com significados atribuídos aos efeitos da droga bem como as associações complexas de condicionabilidade, com o propósito de colher dados consideradas relevantes para a pesquisa.

    Os critérios de inclusão para a pesquisa, os quais já citados foram: os indivíduos deviam estar abstinente de droga por um período mínimo de 5 meses; preencher os critérios do Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-IV) de adicção de cocaína; não apresentar prejuízo severo na linguagem ou comunicação para evitar perda de informação, em decorrência do status do informante; 4- não ter uso de medicamento indicativo de doença mental, como esquizofrenia.

    A maioria deles tem mais de 35 anos. Esta característica, possivelmente, se deve ao fato de se tratar de abstinentes de cocaína. Todos são do sexo masculino, exclusividade que não foi intencional.

    Os relatos das entrevistas mostram que na trajetória da droga ilícita o indivíduo começa com a experimentação da maconha. Podendo acontecer o que o autor chama de Escalada, que pode ser quantitativa – quando ocorre o aumento da dose – ou qualitativa – quando acontece a mudança para uma “droga pesada” (droga com maior poder de dependência).

    Isso podemos ver diariamente, pessoas tornando-se viciadas em alguma troca pelo seu uso exacerbado ou troca de droga utilizada. Lembro sempre do indivíduo que diz: “Fumo há 30 anos, mas não sou viciado em maconha”. Será mesmo? Em algumas noticias, as quais postarei os links posteriormente, possuem dados relevantes do aumento no numero de viciados em drogas.

    Maconha como porta de entrada?

    A maconha pode ser uma porta de entrada para as drogas, acredito que isso acontece pelo fácil acesso dos jovens a esse tipo de droga. Muitas vezes sendo utilizada pela primeira vez pela influência de amigos ou pela curiosidade. Assim como quando passam da utilização da maconha para a cocaína, por exemplo, o que acaba aumentando ainda mais de tornar-se um indivíduo adicto. É citado no texto, o que disse anteriormente, “os fatores que contribuem para a iniciação no comportamento de ingestão da droga são comuns entre eles, destacando-se: curiosidade, a influência de amigos e festas, baixa autoestima”. Os jovens, com aquela ideia de fazer amigos muitas vezes são influenciados ao uso de drogas, acredito que os jovens são mais afetados por estarem na fase da vida onde passam por mais problemas de reconhecimento próprio.

    Apesar disso, adictos de cocaína permanecem vulneráveis a “craving” e recaídas mesmo após anos de abstinência. Daí a necessidade de emprego de motivadores significativos para se contrapuser ao uso da cocaína, para conseguirem se manter em abstinência.

    O tratamento pela Terapia Cognitiva Comportamental, ao meu olhar, é um método eficaz nesses casos. Pois irá fazer com que o individuo volte a frequentar lugares e ver pessoas as quais tem uma relação com a droga, sem sentir-se com vontade de consumir a mesma.

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  8. ( continuação)

    Links:

    http://www.observatoriodeseguranca.org/node/3365

    http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG58422-6010,00-NUMERO+DE+VICIADOS+EM+DROGAS+NO+MUNDO+CHEGA+A+MILHOES.html

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  9. Desirée 140059458- monitora Flávia


    Esse texto é uma continuação do texto anterior sobre a complexidade de associações de estímulos condicionais. Trata-se da descrição de estudos de casos. Neste trabalho a autora procurou comprovar teses que apresentou no primeiro trabalho, a principal delas foi a relação de determinadas ocasiões (occasion setting) no estímulo do uso da droga. A autora do blog faz uma ótima descrição do texto, e eu particularmente concordo com os pontos ressaltados. Limitar-me-ei a levantar outros pontos interessantes.

    Como já dito, a autora do texto fez uma pesquisa qualitativa com adictos abstinentes há pelo menos cinco meses. O que me chamou atenção foi o fato dela conseguir apenas homens para participar do trabalho, o que implica, na realidade, em uma falta de instituições de tratamento* para dependentes do sexo feminino, isso pode ser um problema que precisa de atenção, uma vez que, como se percebe no texto, os tratamentos dão um suporte social importante para a recuperação.

    Outro ponto que considero importante e que choca com determinados pré-conceitos que relativamente comuns na sociedade é o fato das recaídas acontecerem quando se pensa que está indo tudo bem no tratamento. Muitas pessoas julgam os dependentes com concepções simplistas sobre o uso da droga, que usam porque querem e podem parar a qualquer momento bastando somente a força de vontade. Não tirando a responsabilidade dos adictos, muito menos dizendo que o tratamento não esteja indo bem e que não se precise da força de vontade, mas parece se tratar de situações bem complexas. Isto pode ser verificado na fala e no relato que se tem do voluntário K. sobre sua recaída, ele parece desesperado e desapontado com a recaída. Talvez essa situação até faça parte do tratamento no sentido de não significar um fracasso, mas de contornar a situação, por exemplo, como a autora fez com K., sugerindo a ele que tentasse fazer associações negativas quando fosse exposto a situação que estimulava ele, que era encontrar um amigo no bar. Eu achei o método da autora bem interessante e eficaz, pois essa associação negativa pode servir para várias ocasiões de condicionamento, e também a proximidade com que ela trata do voluntário, eles vão construindo uma relação de confiança até que ele se sinta a vontade para falar sobre tudo.

    Ao ler o texto é importante que não se tenha em mente que se trata de um método milagroso que sempre dará certo, mas que, como outros métodos, é um processo contínuo e que pode não dar certo imediatamente. São vários os motivos que levam uma pessoa a usar drogas, e também vários que levam a deixá-lo, mas parece que tudo envolve um processo psicosocial e biológico, pois o corpo se acostuma com os efeitos do uso da substância podendo levar ao uso de drogas mais potentes, e fatores sociais diversos como os relatados pelos voluntários estão envolvidos. O texto no geral é muito interessante e envolvente, eu realmente espero que K. esteja firme e forte.

    *Segue abaixo um link que aponta para a importância das instituições nos tratamentos uma vez que a Organização Mundial de Saúde reconhece a dependência química como doença, porque há alteração da estrutura e no funcionamento normal da pessoa:http://abp.org.br/portal/clippingsis/exibClipping/?clipping=11743

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    1. Marcele de Fátima – 11/0130626 – Monitora: Flávia

      O texto de hoje é uma continuação do anterior, em que mostra o experimento que a autora realizou para comprovação de sua hipótese. Para comprovar e dar um maior fundamento para a sua pesquisa, ela utilizou o procedimento da “bola de neve” para poder conseguir preencher os pré-requisitos para a teoria, que seria conseguir 15 participantes abstinentes de cocaína, do sexo masculino e com idade variada entre 24 e 40 anos. Seu estudo de caso é realizado através de entrevistas semi-estruturadas, em que os participantes podem dialogar, facilitando a descoberta para a tese. Como resultado, além daqueles citados pela blogueira, temos que as representações dadas aos efeitos da cocaína são fruto das características pessoais de cada indivíduo, como pode ser visto pelos relatos transcritos no texto. A maioria dos indivíduos se sentia, basicamente, poderoso; mas havia também a questão da desinibição e muitos outros efeitos. Há uma mistura de sensações fisiológicas, psíquicas e crenças atribuídas pela própria pessoa.
      A síndrome da abstinência da cocaína não apresenta efeitos tão fortes como a do álcool ou da heroína, mas ainda possui alta capacidade de causar adicção. Ela se caracteriza pelo humor disfórico, acompanhado por possíveis outros sintomas como fadiga, sonhos vívidos e desagradáveis, insônia ou hipersonia, maior apetite e retardo ou agitação psicomotora. No entanto, mesmo após anos de abstinência, os ex-adictos ainda estão vulneráveis a recaídas e “craving”: por isso, necessitam de outros motivadores opostos aos fornecidos pela cocaína. Amigos e bebidas alcóolicas são dois de vários outros fatores facilitadores de recaídas.
      Do parágrafo acima, vê-se a importância da condicionabilidade (o contexto de uso da droga: amigos, dinheiro, fim-de-semana, emoções, etc.). Os contextos podem ter propriedades condicionais negativas (adquiridas pela ausência da droga; são inibitórios) ou positivas (incentivam o uso da droga). Assim, o trabalho, por exemplo, pode ser um reforçador para o uso da droga, uma vez que daria a ideia de “dever cumprido”, que agora se merece uma recompensa (a droga) por ter feito suas obrigações.
      A autora levou mais adiante essa história, fez um estudo de caso com um homem de 22 anos, como citado pela blogueira. Concluo com alguns exemplos:

      “Como o adicto consegue estabelecer associações positivas entre algum fator externo e os efeitos da droga, este, na teoria, também conseguiria associar coisas negativas aos efeitos da droga. Da mesma forma que ele associa festa com o efeito estimulante da cocaína, ele, através da aprendizagem condicionada, pode inibir tal associação retirando o “occasion settings” que seria o fato dele só se divertir na festa com a cocaína, e pensando que sem a cocaína ele está melhor, garotas se interessam por ele e a vida está boa”.

      Isso nos traz a ideia e o conceito de aprendizagem condicionada. E pensando nesta possibilidade de tratamento, podemos ampliar o panorama para inúmeras situações e não só a adicção das drogas. Por exemplo, um homem que possui uma associação condicionada de que é sempre bom fumar um cigarro depois do sexo, pode, através da aprendizagem condicionada também inibir este vício.

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    2. Continuando...

      Outro exemplo é a ideia de salivar quando pensamos em limão. Será que dependendo da situação a pessoa conseguiria segurar a salivação mesmo sabendo o quão ácido é afruta? Ou o cachorro conseguiria pensar em não salivar quando visse um pedaço de carne se tivesse associado que a não salivação poderia lhe dar o prêmio de conseguir comer o pedaço de carne? – Sim. Eu acredito que sim, que é tudo uma questão de disposição. De condição. A pessoa ou o animal consegue sim se segurar se for condicionada há isso.
      Para esclarecer o raciocínio anterior irei explicar: a aprendizagem condicionada é algo praticamente inerente ao ser humano em sociedade, pois é através de estímulos externos que ele relacionará uma coisa a outra, podendo esta relação ser positiva ou negativa. Entenderam?
      Gostei muito do texto, principalmente a parte do estudo de caso: gostei de ver os diálogos entre a terapeuta e o paciente, de ler sobre seus relatos e de observar a aplicação de elementos de estudo (como a identificação dos estímulos, das associações, dos contextos) nessas sessões; acredito que, assim, o estudo fica menos abstrato e fica mais fácil entender o que ele realmente significa e como pode ser usado na realidade.

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  10. Samille 10/0123112
    Monitora: Carine

    Como visto no texto anterior, as drogas geram uma sensação subjetiva de prazer e euforia ao usuário. A fim de compreender melhor sobre as causas que levam uma pessoa a se drogar, analisar melhor as respostas condicionais e procurar o efeito de “occasion setting” sob o condicionamento Pavloviano, uma pesquisa qualitativa foi realizada.
    Foram selecionados 15 homens, entre 24 e 40 anos com abstinência a cocaína. A seleção não foi feita de forma aleatória, (como se encontraria em pesquisas quantitativas) o método de seleção de indivíduos foi chamado de “bola de neve”. Os participantes deveriam ter alguns pré-requisitos para participar da pesquisa, como abstinência de até 5 meses, preencher os critérios DSM-IV, não apresentar prejuízo severo na comunicação e não usar nenhum medicamento indicativo de doença mental. A princípio foi realizada uma entrevista semi-estruturada, contribuindo assim para uma maior flexibilidade durante essa atividade.
    Pela análise descritiva dos dados, pode-se observar que a maioria dos indivíduos eram acima de 35 anos, a maior parte só tinha até o segundo grau completo e a maioria era separado ou solteiro.
    Pela entrevista, algumas informações semelhantes foram recolhidas. A maconha parece ser a porta de entrada para usar drogas mais pesadas. Os motivos variam, mas podem ser por experiências positivas que acabam encorajando a usar outras drogas e contato com pessoas que usam outras drogas, amizades. O maior motivo encontrado para ingressar no mundo das drogas é causado pela curiosidade.
    Se percebeu um padrão entre os voluntários na pesquisa, a baixa auto-estima. Essa característica parece impulsionar o uso das drogas, pois a pessoa passa a não sentir vergonha ou medo e consegue assim fazer novas amizades, se divertir até a festa acabar. No contexto familiar, se percebe a falta de intimidade e comunicação. É como se eles precisassem de ajuda, de alguém para conversar, mas ninguém estivesse disponível para seus problemas.
    A relação entre os usuários, na minha percepção, é de endeusamento da cocaína. Para eles, nada sem cocaína tem graça, tudo com ela fica mais divertido, as energias são revigoradas com essa droga.
    As recaídas muitas vezes estão ligadas a bebidas e amigos. São respostas condicionais a esses fatores. Pelo texto, pude conhecer um novo conceito, o “occasion setter” que é uma habilidade de controlar a associação entre o estímulo condicionado e o reforçador, em outras palavras, mudar a resposta condicionada.
    A outra parte da pesquisa foi voltada para a análise terapeuta utilizando a teoria cognitiva comportamental, priorizando o condicionamento Pavloviano. A terapia foi dividida em blocos. No primeiro bloco, se procurava conseguir a confiança do terapeuta e mudar a fala repetitiva. No segundo bloco, o usuário já seria capaz de expressar sentimentos e relacionando os sentimentos ao evento. O terceiro, o usuário deve confrontar dados da realidade, o terapeuta deve reforçar que ele é capaz e criar novas estratégias. O quarto, se descobre novas associações do condicionamento Pavloviano e busca-se mudar essas representações. O quinto bloco tem a intenção de criar comportamentos alternativos ampliadores de suas habilidades sociais.
    O autor do texto vai contra a ideia de que um viciado não pode se recuperar e mostra alternativas da teoria cognitiva comportamental sobre mudar o posicionamento do indivíduo ao perceber o condicionamento pavloviano.
    Para o leitor, acredito que o foco deve se voltar ao tipo de tratamento, que mostra uma mudança da percepção sobre estímulos que podem gerar o uso da droga.


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  11. Thales Viana Labourdette Costa - 14/0163611
    Monitora: Flávia Batista

    Tomando por base os conceitos de occasion setting, teoria de recuperação (em especial a teoria religiosa) e método comportamental cognitivo do texto anterior, o texto toma por objetivo principal aplicar esses conceitos dentro de estudos sociais sobre o uso, vício, recuperação e recaída do uso de cocaína por meio de um experimento feito, como apontado pela blogueira, com quinze homens possuindo entre 24 e 40 anos, de tal forma á persuadi-los á revelar suas relações com a droga.

    Algo á que o leitor deve se atentar é o fato de que esse texto não segue uma linha de raciocínio diferente do texto 13. Assim como nos textos 5 e 6, que seguiam a mesma linha de raciocínio sobre o estudo da hipnose, sendo um texto documentando a parte teórica e outro texto documentado a parte prática, o caso dos textos 13 e 14 não é diferente. O conceito de occasion setting e método comportamental vistos no texto 13 estão explícitos no texto 14 quando a autora recebe a confirmação de que conviver em locais no qual o usuário fazia uso da droga podem induzi-lo á ter uma recaída. Outra constatação do estudo é de que a teoria motivacional que mais auxiliou usuários á pararem de consumir a droga é a teoria religiosa, conceito também visto no texto 13. Pode-se ainda, pelo texto, estabelecer uma relação com o conceito de tolerância á droga, visto que a maioria dos usuários iniciou o uso de cocaína por estarem insatisfeitos com os efeitos que a maconha já lhes proporcionava.

    Casos como esse não são incomuns em nossa sociedade. Pessoalmente, já tive dois amigos que faziam uso frequente de maconha. Um deles decidiu para de fazer uso da mesma, porém um continuou fazendo uso contínuo da droga até acabar se viciando não na cocaína, mas no crack. Os dois acabaram perdendo contato entre si, pois passaram á conviver em ambientes diferentes. Assim como o texto indica: as amizades podem levar o ex-usuário á ter uma recaída. Acredito também que o texto entra em confronto com uma idéia errônea que possuímos, de que a reflexão sobre sua vida de viciado é uma parte irrelevante para o desuso da droga. A lembrança das tragédias que ocorreram com o uso da droga é um fator vital e essencial para a recuperação do usuário.

    Seguem aqui textos relacionados á relatos de uso de drogas:

    Depoimentos de ex-viciados sobre as consequências que o uso da droga proporcionou ás suas vidas:
    http://marketingworld.no.comunidades.net/depoimentos-de-ex-viciados

    Depoimento do jogador de futebol Jardel, sobre o uso e recuperação de seu vício:
    http://www.terra.com.br/istoe-temp/edicoes/2061/imprime133567.htm

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  12. Samille 10/0123112
    Monitora: Carine

    Como visto no texto anterior, as drogas geram uma sensação subjetiva de prazer e euforia ao usuário. A fim de compreender melhor sobre as causas que levam uma pessoa a se drogar, analisar melhor as respostas condicionais e procurar o efeito de “occasion setting” sob o condicionamento Pavloviano, uma pesquisa qualitativa foi realizada.
    Foram selecionados 15 homens, entre 24 e 40 anos com abstinência a cocaína. A seleção não foi feita de forma aleatória, (como se encontraria em pesquisas quantitativas) o método de seleção de indivíduos foi chamado de “bola de neve”. Os participantes deveriam ter alguns pré-requisitos para participar da pesquisa, como abstinência de até 5 meses, preencher os critérios DSM-IV, não apresentar prejuízo severo na comunicação e não usar nenhum medicamento indicativo de doença mental. A princípio foi realizada uma entrevista semi-estruturada, contribuindo assim para uma maior flexibilidade durante essa atividade.
    Pela análise descritiva dos dados, pode-se observar que a maioria dos indivíduos eram acima de 35 anos, a maior parte só tinha até o segundo grau completo e a maioria era separado ou solteiro.
    Pela entrevista, algumas informações semelhantes foram recolhidas. A maconha parece ser a porta de entrada para usar drogas mais pesadas. Os motivos variam, mas podem ser por experiências positivas que acabam encorajando a usar outras drogas e contato com pessoas que usam outras drogas, amizades. O maior motivo encontrado para ingressar no mundo das drogas é causado pela curiosidade.
    Se percebeu um padrão entre os voluntários na pesquisa, a baixa auto-estima. Essa característica parece impulsionar o uso das drogas, pois a pessoa passa a não sentir vergonha ou medo e consegue assim fazer novas amizades, se divertir até a festa acabar. No contexto familiar, se percebe a falta de intimidade e comunicação. É como se eles precisassem de ajuda, de alguém para conversar, mas ninguém estivesse disponível para seus problemas.
    A relação entre os usuários, na minha percepção, é de endeusamento da cocaína. Para eles, nada sem cocaína tem graça, tudo com ela fica mais divertido, as energias são revigoradas com essa droga.
    As recaídas muitas vezes estão ligadas a bebidas e amigos. São respostas condicionais a esses fatores. Pelo texto, pude conhecer um novo conceito, o “occasion setter” que é uma habilidade de controlar a associação entre o estímulo condicionado e o reforçador, em outras palavras, mudar a resposta condicionada.
    A outra parte da pesquisa foi voltada para a análise terapeuta utilizando a teoria cognitiva comportamental, priorizando o condicionamento Pavloviano. A terapia foi dividida em blocos. No primeiro bloco, se procurava conseguir a confiança do terapeuta e mudar a fala repetitiva. No segundo bloco, o usuário já seria capaz de expressar sentimentos e relacionando os sentimentos ao evento. O terceiro, o usuário deve confrontar dados da realidade, o terapeuta deve reforçar que ele é capaz e criar novas estratégias. O quarto, se descobre novas associações do condicionamento Pavloviano e busca-se mudar essas representações. O quinto bloco tem a intenção de criar comportamentos alternativos ampliadores de suas habilidades sociais.
    O autor do texto vai contra a ideia de que um viciado não pode se recuperar e mostra alternativas da teoria cognitiva comportamental sobre mudar o posicionamento do indivíduo ao perceber o condicionamento pavloviano.
    Para o leitor, acredito que o foco deve se voltar ao tipo de tratamento, que mostra uma mudança da percepção sobre estímulos que podem gerar o uso da droga.


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    1. A associação gerada pelo usuário é muitas vezes resultado de influências do ambiente. Como no texto estudado, os viciados entrevistados sentiam uma grande interferência em alguns situações, o que o faziam querer o uso da droga para sentir seu efeito. O vídeo abaixo ilustra de forma rápida e dinâmica como o local, ambiente. amigos podem ajudar a inserção do indivíduo no mundo das drogas.

      https://www.youtube.com/watch?v=ao8L-0nSYzg
      [Everything We Think We Know About Addiction Is Wrong - 5:41]
      COM LEGENDAS EM PORTUGUÊS

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  13. Luscélia P Castro - 140026860
    Monitora: Flávia

    O texto 14 é complementar ao texto 13, onde a autora Agostinha Almeida faz uma pesquisa qualitativa para comprovar sua hipótese do "occasion setting", o condicionamento, rede associações de que o adicto tem em relação à droga. Como já mencionados acima, para não ficar repetitivo não irei me ater à metodologia da pesquisa, mas aos resultado e pontos que me despertaram interesse.
    A maioria deles afirmaram ter começado o uso de drogas, especificamente a maconha, entre os 13 e 15 anos de idade, faixa etária em que os indivíduos não adquiriram o máximo de maturidade para mensurar quantas consequências esse ato pode trazer. Encontram-se também em uma fase de auto-afirmação pessoal, não identificam mais como crianças e ainda não atingiram a idade adulta, fase também geralmente da inserção no grupo social, e para ser aceito deve adequar-se aos 'costumes' do grupo em geral.
    Enfaticamente nessa fase crítica que o papel família é de suma importância para o pretenso adicto. A família mostra-se como capaz de não permitir que a dependência se estabeleça no adolescente, porém, o contexto familiar quando deficitário de afeto, segurança ou que o desampara, pode torna-se a maior motivação para essa busca pela fuga da realidade, assim como na vida de K, que mostrava grande emoção quando tocavam nos assuntos familiares. Em contra-ponto os super protegidos também acabam tendo uma visão deturpada, onde o mundo é a sua fonte de prazer sem nada em troca, o que pode o aproximar da droga por ela proporcionar essa ilusão a qual ele está familiarizado.
    Outro ponto no qual ela chama nossa atenção é a auto-estima dos adictos, que comumente é bastante baixa, com sentimentos de impotência e fracasso, e este acaba sendo muitas vezes responsável pela manutenção da dependência, já que o adicto não se sente bom o suficiente para a sociedade ele procura a droga que o dará prazer sem o julgar. Acredito que problemas de auto-estima estejam correlacionados ainda quando a pessoa decide usar pela primeira vez.
    Por fim, ao entrevistar K por meses ela consegue confirmar sua hipótese do condicionamento, mesmo ele que após algum tempo sem fazer o uso e começando a tomar consciência de tudo que a cocaína o tirou, tem uma recaída quando vê-se naquela situação de uso, o ambiente, o amigo e o sentimento. Acredito também que a recaída seja um ponto crucial e possa fazer parte do processo de superação da dependência ou de entrega de vez, pois o desespero e decepção que ele mostra ao contar seu ato, pode o levar à nunca mais querer sentir aquele sentimento novamente e superar, ou desistir de vez e achar que nunca será capaz de vencer a droga.
    Depoimentos de adictos em recuperação :https://www.youtube.com/watch?v=MZo3IAyzUkg

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  14. Kauane Santos - 120034620 Monitora Carine
    Cara blogueira, achei seu post bastante sucinto e explicativo, visto isso, buscarei em meu comentário detalhar ainda alguns aspectos que me chamaram atenção no texto. Bom, ficou bastante explicito que este texto é uma busca para comprovar a eficácia do occasion setting, trabalhado no texto anterior. Para isto foi realizada uma pesquisa qualitativa com 15 homens, abstinentes de cocaína e com idade variável entre 24 e 40 anos. Foi utilizado uma entrevista semi estruturada com um roteiro de questões referentes ao uso da droga e a manutenção da abstinência. Os dados foram analisados através da transcrição das gravações, seguido da formação de categorias, de modo a compreender a evolução do uso e a posterior adicção. Entre estes dados foi obtido como resultado que os pacientes adictos em sua maior parte estão acima dos 35 anos; um número pequeno possui nível superior; poucos são casados, pois o uso da droga desencadeou a separação na grande maioria dos casos; a droga inicial comumente é a maconha, seguindo com isso a "escalada" que pode ser definida como um consumo maior da droga, e a passagem para drogas com maior poder de dependência (cocaína); o uso pela maconha inicia-se entre 13 e 15 anos, sendo a transição para a cocaína de 2 a 3 anos, por curiosidade, influência dos amigos e festas. Por conta do aumento da tolerância á cocaína, o consumo se torna cada vez maior, e dependendo do poder aquisitivo, muitas pessoas iniciam o uso do crack por ser mais barato. Devido á adicção são gerados sentimentos de baixa auto estima, e por conta desta imagem negativa, o uso da droga se intensifica para que este sentimento desapareça, mesmo que temporariamente. O contexto familiar também influencia neste processo, de modo positivo ou negativo, servindo como fator de proteção ou de risco (isto se mostra como contradição, porém se explica na estrutura familiar de cada indivíduo, por exemplo, a superproteção familiar é um fator de risco).
    Algo que achei bastante interessante, e não foi ressaltado no post é referente a síndrome de abstinência da cocaína, ela se desenvolve horas após o uso, não sendo tão acentuada quanto a do álcool, gerando humor disfórico e algumas alterações fisiológicas. Apesar disto aparentar ser um ponto positivo, a cocaína possui alto potencial de adicção, podendo o indivíduo tornar-se dependente dentro de 24 meses após o primeiro uso e as recaídas podem acontecer após anos de abstinência.
    Focando no occasion setting, um estímulo pode incitar o uso da droga ou a inibição, dependendo das associações que o adicto faz com o local. Esta se mostra na relação entre o estimulo condicional, o estimulo alvo e o reforçador, ou seja, o estimulo condicional e o reforçador, exercem um efeito no estimulo alvo, sendo este desencadeado pelo ambiente ou não, como é estabelecido no condicionamento pavloviano apresentado no texto anterior, podendo ocasionar uma associação primária.
    Apesar de tudo acima exposto, a autora realizou um estudo de caso visando compreende-la mais detalhadamente utilizando da abordagem cognitiva comportamental, onde o tempo é determinado e hipóteses são testadas. K., o sujeito estudado seguiu os parâmetros do DSM-IV para ser caracterizado como adicto e foi realizada uma motivação do indivíduo para o tratamento. É importante estabelecer o vínculo terapêutico, tratar a adicção como doença, e em meio a isto identificar a história de vida para encontrar fatores preponderantes a dependência, e a partir disso desenvolver o aprendizado associativo e condicionado, ou seja, não permitir que aquele lugar de uso da droga desencadeie o uso novamente, mas sim aprendizado contrário, algo que contradiz o occasion setting, ou seja, correlacionar um estimulo condicionado + estimulo incondicionado = resposta incondicionada.

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    1. Continuando...
      Algo também trago é utilizar o estimulo condicional como característica positiva ou negativa, sendo bom quando um estimulo é aprendido sozinho, não se relacionando com anterior, e ruim quando é reforçado por um estimulo anterior.
      Outra abordagem é a extinção das respostas condicionadas, outra forma de contradição do texto, pois visa expor o adicto á situação de risco, até que não haja mais associação entre aquele estímulo e o uso da substância. E com isto, criar novos estímulos positivos de prazer que não envolvam a droga.
      Enfim, independente da abordagem, o importante é que ocorra uma mudança no estilo de vida do paciente, desenvolvendo um repertório discriminativo de situações de risco do uso da droga.
      Com isto, por meio deste texto conclui-se que o occasion setting é um facilitador do tratamento do adicto, existindo ainda diversas outras abordagens; e através do estudo de caso percebe-se ainda que jamais temos controle completo do tratamento, podendo este variar a todo momento devido ao craving. Apesar disso é importante estimular a motivação do tratamento do adicto, pois mesmo sendo uma doença crônica e incurável, é passiva de tratamento e pode ainda reestruturar a vida do indivíduo, como pude perceber em minha vivência no estágio em um CAPS AD.

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  15. Ariel M. Maia - 14/0130969 Monitora: Isabela

    Esse segundo texto é basicamente a prova experimental do que foi disscutido no texto anterior. Os conceitos e ideias vistos anteriormente, como "occasion setting", teoria comportamental cognitiva e escalada qualitativa são todas revstas nesse texto.

    Para provar o que foi dito anteriormente, a autora entrou em contato com um grupo de ex-usuários de cocaína, que estavam abstinentes a pelo menos 5 meses, para identificar fatores em comum e comprovar a ideia da influência do contexto sobre o uso da droga. Ela viu que vários deles chegaram a cocaína após uma escalada quantitativa, a maioria tendo começado com a maconha. Viu também que vários usavam para contrapor a baixa auto-estima que sentiam justamente por usar a cocaína. A autora percebeu, pelos relatos dados, a importância do contexto (locais, amigos, tempo) na vontade de usar a droga, mas não satisfeita pelos dados superficiais que conseguiu, ela resolveu focar em um dos pacientes de forma mais detalhada.

    É no estudo desse paciente que é confirmado a importância do contexto na adicção à droga, onde no caso o indivíduo relata o "craving" que experienciou ao passar perto de um bar onde ele e amigos costumavam utilizar a droga, mas que resistiu ao impulso por lembrar das consequências negativas que viveu por causa da cocaína,

    É aí que reside o ponto mais importante do texto, e que o leitor deve focar. Esse relato não so prova a importância do contexto na adicção, mas mostra também que o mesmo princípio de condicionamento associado ao "occasion setting" (à configuração do ambiente) pode ser usado para combater o vício, reassociando os "triggers" ou "gatilhos" que antes faziam o paciente desejar a droga a aspectos negativos advindos do uso da droga, substituindo o reforço positivo responsável pela recaída por um reforço negativo. É importante ressaltar que para que esse método dê certo é necessário que o paciente consiga fornecer e verbalizar de forma mais detalhada possível os aspectos do contexto e das sensações que o levam a desejar o consumo da droga, de modo que o psicólogo e elee mesmo possam criar uma linha de raciocínio mais eficaz no sentido de criar o reforço negativo falado acima, chegando em um tratamento com uma taxa de sucesso muito maior do que os métodos que caracterizam o fenômeno da adicção como algo exclusivamente biológico e sem caráter individualizado.

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  16. Vitor Akira 14/0165355 -------- monitora Flávia

    No texto anterior vimos que geram sensações extremamente prazerosas no usuário. Com as ideias Pavlovianas apresentadas, também do texto anterior, foi feito uma pesquisa qualitativa dos usuários de drogas.

    A pesquisa foi feita com homens entre 24 e 40 anos, assim como a blogueira já apresentou anteriormente. Para que a pesquisa pudesse ser feita, tinha condições específicas que eram baseadas na técnica de Snowball. Assim a identidade dos entrevistados estariam protegidas (devido a droga ser proibida e impedir dos usuários de se abrir em relação ao seu uso).

    A entrevista cita que a maconha parece ser a porta de entrada para usar drogas mais pesadas. Os motivos variam, mas podem ser por experiências positivas que acabam encorajando a usar outras drogas e contato com pessoas que usam outras drogas, amizades. Porém, a curiosidade é um dos principais fatores que fazem com que as pessoas iniciem a usar drogas. O "ocassion setting" é um dos conceitos em que liga ao condicionamento do usuário a mudança dele. No entanto, as ideias pavlovianas ainda predominam durante a conclusão do texto e a autora sugere que pode-se diminuir a adicção as drogas se condicionarmos novas ideias aos usuários. O condicionamento pavloviano é quando há algo que relaciona o usuário as drogas e faz com que use novamente. Por exemplo, o lugar onde a pessoa usou a droga pela primeira vez é um forte indício de que a pessoa usará a droga naquele local novamente, pois as lembranças que lhe traz sobre a droga o estimula a tentar sentir as antigas sensações prazerosas que lhe proporcionaram.

    A autora, portanto, relaciona o condicionamento pavloviano ao "ocassion setting", apresentando a tese de que pode-se inibir a adicção pelas drogas das pessoas. Quando se condiciona pensamentos que fazem com que a pessoa tenha feedbacks negativos, ou seja, a pessoa veja que a droga lhe trouxe apenas coisas ruins a sua vida, ela se torna consciente do que quer fazer e seguir o caminha que deseja.

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  17. Filipe – 10/0011039 – Monitor: Rodrigo

    O texto é uma continuação do trabalho da autora, no entanto, desta vez o âmbito do trabalho é mais prático. Visando estudar as relações complexas de “occasion setting”, a autora selecionou 15 pessoas para participar de uma pesquisa, estes participantes foram acompanhados por alguns meses em entrevistas, nas quais eram perguntados sobre temas relativos à história do paciente com o uso da droga, questões que levaram o paciente à abstinência e situações que eliciavam o desejo do consumo da droga e à recaída.

    Os critérios de seleção dos pacientes eram: Estar sem usar drogas durante o período mínimo de 5 meses, serem enquadrados como adictos pelos critérios do DSM-IV, não possuírem qualquer prejuízo na fala que impedisse a comunicação e não serem usuários de medicamentos de tratamento de doença mental. O método utilizado para a seleção dos pacientes foi a técnica “snowball” em que os próprios participantes indicam outras pessoas que se enquadram nos critérios de participação da pesquisa, esta técnica foi empregada, pois foi a forma mais eficiente que a autora encontrou para achar participantes dispostos a falar de um tema que envolve o uso de substâncias ilícitas. As pessoas selecionadas por meio da técnica “snowball” eram todos homens com idade de 20 a mais de 35 anos, a maioria era solteira com nível de escolaridade média.

    Nas entrevistas, foi constatado que a maioria começou o uso das drogas com a maconha (porta de entrada) e depois passou a utilizar cocaína, as principais motivações para o início do uso foram a curiosidade e a influência de festas e amigos. A droga representava para a maioria dos entrevistados um ponto de escape dos problemas da vida e dava a sensação de bem-estar e de se sentir poderoso, o que amenizava os problemas pessoais e a autoestima baixa dos adictos.

    Para relatar de forma mais completa os efeitos das relações de contexto do uso da droga, a autora descreve o caso do paciente chamado de “K”. K é um homem de 22 anos que está abstinente há 6 meses e tem problemas familiares e de autoestima baixa. A princípio, K não falava muito, mas a autora aplica uma técnica em que busca estabelecer um vínculo com o paciente demonstrando interesse e preocupação com o mesmo, o que surte efeito e deixa K mais aberto para contar a sua história. K conta alguns episódios que confirmam a tese da autora do papel das situações de contexto no uso da droga, em uma das histórias K relata que só de passar na frente de um bar que remeteu o uso das drogas com os amigos, ele começou a suar e o coração acelerou.

    Após identificar as situações de contexto que eliciam o uso das drogas e de compreender as representações internas que o paciente tem de si, a autora entrou com um tratamento terapêutico que visa o autoconhecimento e a substituição das crenças negativas que o usuário faz para si, as associações entre as situações de contexto e o uso da droga também são esclarecidas para que a pessoa tome consciência e consiga enfraquecer ou substituir estas relações por outras que não remetam ao uso da droga.

    O texto implica no desenvolvimento de um método alternativo de tratamento contra a dependência da droga que se comprovou eficiente para o caso estudado, este método vai contra os tratamentos mais tradicionais que implicam na internação do paciente e na utilização de remédios e pode ser mais útil por identificar e modificar as representações internas das situações de contexto que provocam as recaídas.

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  18. Lucas de Azevedo Levino - 10/0056903
    Monitor: Rodrigo

    Nesse texto me chamou a atenção a metodologia utilizada na pesquisa.Utilizou-se a metodologia semi-estruturada, nisso haveria uma maior possibilidade da intervenção durante o questionário e acrescentar questões que fossem relevante para ela em determinado momento permitindo também maiores interpretações e ideias em relação aos adictos quanto ao uso da droga.
    Alguns pontos foram bastantes relevantes na pesquisa que recebia mais enfoque e interessava mais: a história do indivíduo com a droga: fatores atribuídos a manutenção da abstinência e aos significados atribuídos ao uso da droga, como associações complexas, que condicionam o usuário. Usada a técnica de SnowBall para a escolha dos entrevistados, primeiro um contato com um adicto, que indicou mais 3 que estivesse dentro dos critérios, por ela escolhidos, e assim cada um dos 3 indicava mais 3, e assim sucessivamente. Os contatos foram feitos por telefone e depois disso eram convidados a participar da pesquisa.
    As entrevistas foram feitas em uma sala, cedida pela universidade da qual ela fazia parte, uma sala que fizesse com que os entrevistados não fossem atrapalhados durante as entrevistas nem por terceiros nem por barulho.
    Durante a pesquisa pode-se observar que todos os entrevistados eram do sexo masculino, o que não foi intencional. A trajetória também foi estudada, e o que os números mostraram foi que todos começaram com o uso da maconha, e alguns permanecem um bom tempo apenas com essa droga, mas quando passam para outra é chamado de "escalada".
    O texto também ressalta que experiências positivas com o uso da maconha, encorajam experiências com outras drogas. E com o início do uso entre 13 a 16 anos, sendo esse número uma média. E o período de transição entre a maconha e a cocaína é de cerca de 2 a 3 anos.
    Algumas da motivações para o início do uso exagerado da droga são a curiosidade, amigos e festas, são fatores que influenciam para o início do uso. Mas a auto-imagem também é um fator muito importante, pois quando a sua visão de si está negativa a droga interfere e pode inverter, assim, a pessoa se torna mais alegre e mais positiva diante de algumas situações.
    A autora fala da importância de se criar formas diferentes de tratamento, específicas para cada indivíduo. E o ponto chave das entrevistas é que durante esse processo o adicto entenda a que estímulos ele responde. E durante a abstinência, quais alternativas compensatórias, para eliminar o uso da cocaína e transformar em outro "vício" positivo para o indivíduo.
    O conceito de "occasion setting" que ela traz, são ações cotidianas que lembrem o efeito do uso da droga, e assim, a possibilidade de novas recaídas. Exemplo: é passar por um lugar, beco ou rua, em que se sempre usava a droga e voltar a sentir a sensação e assim sentir a vontade de usa-la novamente, podendo haver uma recaída. Ou ligar circunstâncias sobre a droga, como receber o salário, ir a um bar e consequentemente usar a droga, a autora traz essas possibilidades e associações para recaídas.

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    1. Continuação -

      O importante é inverter situações, representações e associações ao uso da droga. Trocar o contexto para e ações cotidianas, e assim não haver recaídas. Numa perspectiva Behaviorista, o ideal é inverter o reforçador e se questionar sobre. Quando se está diante a possibilidade e ao "occasion setting" pensar se é necessário usar a droga, que hoje você está bem e não deve mais usar e voltar a estar como estava. Esse é o principio que a autora traz sobre o "occasion setting". Esse princípio de se auto corrigir e pensar sobre o uso da droga. Traz um questionamento sobre a importância da motivação, sobre a motivação tanto individual quanto do psicólogo para o paciente.
      Dentro desse contexto, há uma importância de se criar vínculo entre paciente e terapeuta. E a forma que o profissional se coloca e responde a perguntas e relatos do paciente é muito importante, cria esse vínculo e também não é invasivo, apenas o ajuda a pensar e perceber coisas cotidianas e modificações que ajudam ao controle da abstinência.

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  19. Pollyane Crispim dos S. Ribeiro- 140159126

    Gostei bastante do texto e o achei bem informativo e, apesar da amostra pequena de adictos utilizada na pesquisa (apenas 15 homens de 24 a 40), acho que ela foi suficiente para representar esse processo de abstinência que todos passam ao abandonar o vício.
    Os participantes foram selecionados a partir da técnica da " bola de neve", onde uma pessoa selecionada indicava mais três conhecidas que compartilhavam do mesmo problema, assim ficando mais fácil convencer as pessoas de participarem e as encorajar a se exporem. Logo, após a seleção, que possuia alguns critérios, que acabaram contribuindo para restringir a amostra, tais como: estar em abstinência por pelo menos 5 meses e não utilizar medicamentos relacionados a transtornos mentais, os participantes foram submetidos a entrevistas que tinha como principal objetivo revelar o histórico da droga na vida de cada um, e uma das coisas mais importantes que seriam usadas depois, os ocasion settings, ou seja, situações que levavam a pessoa a querer utilizar a droga.
    Com os dados obtidos e gráfico, pode se observar algo em comum entre eles: a maioria iniciou a uso de drogas com a maconha, com cerca de 13 a 15 anos, passando cerca de 2 anos consumindo, até buscarem algo mais forte, como a cocaína( para os que podiam sustentar o vício), ou o crack( comercialmente bem mais barato); a grande maioria também relatou utilizar a droga para se sentir mais poderoso, há até um relado de um homem que diz se sentir tão bem com a droga que é como se ela fosse parte dele e sem ela tudo não passasse de tédio.O que é comprovado com o vídeo do blog, que mostra a ação da cocaína no cérebro, liberando dopamina e gerando uma sensação gostosa, de prazer, bastante estimulante, principalmente para as pessoas que possuem baixa auto estima, mas tudo tem um preço e o da cocaína é o vício, que faz a pessoa não se contentar e querer sempre mais dessa sensação.
    Para tratar isso a pesquisa propoe bloquear as situações e lembranças que fazem a pessoa querer voltar a consumir a droga, como por exemplo, passar por um bar onde se fazia o uso da droga e isso fazer com que a pessoa volte a usá- la( o que se chama de ocasion settings). Ao invés disso, eles tentam fazer com que a pessoa associe o uso da droga a algo negativo, como ter perdido a esposa, a família, assim levando a dissociar a imagem positiva que a pessoa tem da droga e o que ele trouxe para si. Achei um método eficaz e que faz com que se torne mais racional diante da vontade quase incontrolável de se drogar.
    Não importam tanto os motivos que levaram essas pessoas a entrarem para esse mundo, seja por curiosidade, influência dos amigos ou por ambientes propícios, o mais relevante é que essa questão já se tornou um problema de saúde pública e é muito mais fácil trabalhar com formas de prevenção do uso das drogas do que tirar alguém do vício.

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  20. Pollyane Crispim dos S. Ribeiro- 140159126

    Gostei bastante do texto e o achei bem informativo e, apesar da amostra pequena de adictos utilizada na pesquisa (apenas 15 homens de 24 a 40), acho que ela foi suficiente para representar esse processo de abstinência que todos passam ao abandonar o vício.
    Os participantes foram selecionados a partir da técnica da " bola de neve", onde uma pessoa selecionada indicava mais três conhecidas que compartilhavam do mesmo problema, assim ficando mais fácil convencer as pessoas de participarem e as encorajar a se exporem. Logo, após a seleção, que possuia alguns critérios, que acabaram contribuindo para restringir a amostra, tais como: estar em abstinência por pelo menos 5 meses e não utilizar medicamentos relacionados a transtornos mentais, os participantes foram submetidos a entrevistas que tinha como principal objetivo revelar o histórico da droga na vida de cada um, e uma das coisas mais importantes que seriam usadas depois, os ocasion settings, ou seja, situações que levavam a pessoa a querer utilizar a droga.
    Com os dados obtidos e gráfico, pode se observar algo em comum entre eles: a maioria iniciou a uso de drogas com a maconha, com cerca de 13 a 15 anos, passando cerca de 2 anos consumindo, até buscarem algo mais forte, como a cocaína( para os que podiam sustentar o vício), ou o crack( comercialmente bem mais barato); a grande maioria também relatou utilizar a droga para se sentir mais poderoso, há até um relado de um homem que diz se sentir tão bem com a droga que é como se ela fosse parte dele e sem ela tudo não passasse de tédio.O que é comprovado com o vídeo do blog, que mostra a ação da cocaína no cérebro, liberando dopamina e gerando uma sensação gostosa, de prazer, bastante estimulante, principalmente para as pessoas que possuem baixa auto estima, mas tudo tem um preço e o da cocaína é o vício, que faz a pessoa não se contentar e querer sempre mais dessa sensação.
    Para tratar isso a pesquisa propoe bloquear as situações e lembranças que fazem a pessoa querer voltar a consumir a droga, como por exemplo, passar por um bar onde se fazia o uso da droga e isso fazer com que a pessoa volte a usá- la( o que se chama de ocasion settings). Ao invés disso, eles tentam fazer com que a pessoa associe o uso da droga a algo negativo, como ter perdido a esposa, a família, assim levando a dissociar a imagem positiva que a pessoa tem da droga e o que ele trouxe para si. Achei um método eficaz e que faz com que se torne mais racional diante da vontade quase incontrolável de se drogar.
    Não importam tanto os motivos que levaram essas pessoas a entrarem para esse mundo, seja por curiosidade, influência dos amigos ou por ambientes propícios, o mais relevante é que essa questão já se tornou um problema de saúde pública e é muito mais fácil trabalhar com formas de prevenção do uso das drogas do que tirar alguém do vício.

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  21. Rodolfo Fernandes Bianchi Fava 13/0036757 Monitora: Flávia
    O texto tratava essencialmente dos conceitos de “occasion setting” e sua relação com o vício em cocaína. De modo a estudar esse fenômeno, foi realizada a seguinte abordagem: A partir de 15 participantes ex-viciados em cocaína, do sexo masculino e com a idade variando entre 24 e 40 anos, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas. Essas entrevistas possibilitavam uma maior interação paciente-pesquisador, o que tornava a captação de informações úteis para a pesquisa mais fáceis de serem obtidas, além de dispensar métodos tradicionais invasivos como análise de urina para determinar se o paciente estava ou não fazendo uso da droga. As entrevistas consistiam em um roteiro composto de perguntas que estavam relacionadas a: 1-História do uso da droga. 2- Fatores atribuídos à manutenção da abstinência. 3-Significados atribuídos aos efeitos da droga e associações complexas de condicionabilidade.
    De pronto, apresentarei críticas que tive sobre a construção do perfil do ex-viciado em cocaína: Homem adulto com mais de 35 anos e solteiro/separado. Primeiramente, porque o número amostral da pesquisa é consideravelmente pequeno, uma base de elementos maior seria necessária para definir uma espécie de perfil. Segundo, que os dados pouco diferiam entre si para a montagem desses perfis: Em relação à idade, 4 possuem de 20-25 anos, 3 possuem de 25-30 anos, 3 de 30-35 anos e 5 possuem mais de 35 anos. Ora, a diferença de participantes na faixa etária entre o grupo mais jovem e o mais velho é de apenas 1! Um olhar mais crítico revela outra precipitação da autora em estabelecer “solteiro/divorciado” como “padrão” entre os ex-viciados, mas o espaço exige uma dissertação mais breve, então deixarei que isso seja constatado pelo(a) leitor(a).
    A seguir, é informada a típica trajetória de vício em cocaína: Os dados da pesquisa revelam que, entre os 15 participantes, todos utilizaram a maconha antes de escalar para o uso da cocaína. A experimentação da maconha costuma se dar na adolescência, entre os 13 e 15 anos, segundo o texto. Entre os motivos para essa experimentação, destacam-se: curiosidade, influência de amigos e festas, nessa ordem. Já no uso da cocaína, o usuário experimenta efeitos muito mais intensos, causando um vício consideravelmente maior. O usuário, ao desenvolver uma tolerância à droga, necessita uma quantidade cada vez maior para obter os mesmos efeitos psicoativos, necessitando um capital que cresce em medidas proporcionais ao seu uso. É comum ainda ver pessoas que, por não conseguirem acompanhar a demanda de dinheiro, optaram pelo crack, que é derivado da cocaína e possui um preço mais acessível. Uma vez no crack, os usuários passam por uma decadência moral e social, além de física, para continuarem a consumir a droga, levando-as ao mundo do crime e escolhas das quais até hoje se arrependem, como é possível ver no vídeo da postagem sobre a cracolândia, em SP.
    A autora ainda comenta a relação entre baixa autoestima e o uso de drogas, que ocorre da seguinte maneira: Pessoas que a priori não possuem uma boa imagem de si mesmas (consideram-se feias ou desinteressantes, no que tange ao aspecto de relacionamentos, por exemplo), buscam refúgio na droga para suas inseguranças, e tornam a se sentirem mal consigo mesmas uma vez que o feito da droga passa, o que as leva a recorrer novamente à droga, num ciclo que se repete por tempo indeterminado.

    (CONTINUA)

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  22. Rodolfo Fernandes Bianchi Fava 13/0036757 Monitora: Flávia
    (CONTINUAÇÃO)

    Visto que o vício muitas vezes está associado a um contexto, um lugar, um dia da semana, com certas pessoas, uma técnica de terapia consiste em bloquear esses estímulos condicionais (occasion setters) para darem lugar a outros estímulos, os condicionados (também conhecidos como estímulos alvo). O relato de V12 (codinome de um paciente), evidencia esse comportamento: V12 gostava de jogar bilhar enquanto estava sob influência da droga, então evita essa atividade para não fazê-lo. Ao invés disso, joga boliche no seu tempo livre.

    O atendimento ao paciente K, extensivamente relatado, revela uma proposta similar. Uma abordagem por meio de blocos de 5 encontros mostra o diálogo entre paciente (K) e pesquisador(T), que se encontravam uma vez por semana em uma sala da faculdade. Durante o primeiro bloco, o paciente demonstrava pensamentos de desesperança e indiferença, marcado por um vocabulário estereotipado: “A gente precisa mudar. A gente sabe que sofre de uma doença incurável e crônica”. Já no segundo bloco o paciente começa a se abrir mais nas entrevistas, pois é possível perceber que relaciona sentimentos com os ocorridos: “Nessa vida a gente sofre muito” e “As drogas na minha vida foi um sofrimento(...) porque perdi o amor da minha vida” referindo-se ao relacionamento com sua ex-namorada.

    No terceiro bloco, K mostra uma considerável melhora, contando que havia recebido um aumento de salário do seu chefe, que mostrava-se satisfeito com seu trabalho. K revela ainda que quando tem sonhos sobre o uso da droga, geralmente ruins, faz uso de uma estratégia para não ter uma recaída: Lê a bíblia. No quarto bloco, infelizmente, K sofre uma recaída, que ocorreu pois K saiu com um amigo, chamado aqui de G, com o qual usava cocaína, para um bar, local onde costumavam se drogar. Essa situação é um claro exemplo de que as circunstâncias afetam muito no comportamento de um ex-viciado, sendo de crucial importância a consciência desses fatores para o processo de recuperação. Além disso, foi expulso da casa da tia e passou a morar na chácara do amigo.

    No quinto bloco, o último, buscou-se “recuperar os estragos” feitos por K através da seguinte abordagem: 1-enfraquecimento de associações e representações atribuídas aos efeitos da droga, seguido de 2- substituição das associações por outros estímulos não ligados à cocaína. Ao fim do tratamento, K apresentou melhorias significativas em seu comportamento e em sua auto-estima, além de atitudes de responsabilidade.

    Agora trabalha na chácara de seu amigo A. e pensa em estudar, além de não se permitir sair com seu amigo G sem acompanhamento, de forma a evitar uma nova recaída.

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  23. Maria Eloisa 130124958 monitor: Rodrigo

    Nesse segundo texto vemos que ele é continuação do texto 13. A blogueira seleciona 15 homens com idades entre 24 e 40 anos. Não realizou com mulheres porque existe uma carência de instituições voltadas para mulheres. Os selecionados deveriam falar bem não fazer uso de medicamentos que indicassem problemas mentais, está a 5 meses em abstinência do uso da cocaína. A entrevista ultilizava o modelo snowball que permitia aos participantes falar abertamente, sobre o vício. O que se notou foi que a maioria começou com o uso da maconha, ou alto estima baixa. Tenho o exemplo de uma amiga que tem duas filhas deficientes, e vários problemas, antes ela bebia e fumava bastante, com o tempo começou a fazer o uso da cocaína e assim como um exemplo da pesquisa da blogueira que o rapaz sempre usava quando ingeria bebida alcóolica, assim era ela sempre que bebia fazia o uso da droga, e quando ela estava um tempo sem usar era nítido ver a falta de ânimo a tristeza que ela tinha, para sair do vício ela utilizou o método que foi citado no texto 13 o da teoria religiosa e o comportamental, ela não precisou de deixar de andar nos lugares que ela frenquantava antes para deixar de fazer o uso da cocaína. A autora deixa claro no texto que a droga se tratada corretamente pode deixar de ser um vício, ela mostra caminhos seja como alguns disseram através de Deus. Os adicione podem ser utilizados de forma a bloquear as associações complexas relacionadas ao uso da droga, diminuindo assim a adiccçao e os problemas decorrentes

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  24. Lucas willian de Oliveira Rosa 12/0017024 Monitora Isabela

    Dando continuidade à primeira parte do texto, englobando o mesmo assunto sobre o contexto do uso das drogas, dessa vez focando nos métodos e nos resultados obtidos, a segunda parte do texto irá demonstrar através de uma metodologia qualitativa, as entrevistas semi-estruturadas que foram realizadas, com um formato bem flexível, para quinze pessoas, todos homens, abstinentes da cocaína e com idade que variou de 24 a 40 anos. O fato do estudo ser realizado apenas com pessoas do sexo masculino foi porque não ocorreu nenhuma indicação de uma mulher para a realização do mesmo.
    A maioria dos participantes possuia o segundo grau completo e a minoria era casada, um fato que a adicção pode ter influenciado na realização dos relacionamentos. Nas entrevistas também foi descoberto a trajetória da utilização das drogas ilícitas. Primeiro começa com a utilização da maconha e muitos permanecem a utilizando por um tempo, em média dois a três anos, e depois "evolui" para a cocaína, visto que a maconha já não satisfaz mais o usuário, não possuindo os efeitos de antes. Dessa forma muitas vezes, depois da cocaína, passam para o crack, por ser uma droga mais forte e mais barata, uma vez que nessas alturas, muitas vezes o usuário não tem tanto poder aquisitivo para o consumo.
    Tais adictos, como comprovado nos estudos, começam com a utilização da maconha por volta dos 13 a 15 anos, e de 15 a 18 tem-se a idade início de utilização da cocaína. Os fatores que causam o início da droga, a maioria dos participantes foi por curiosidade, depois por causa dos amigos, e depois pelas festas que frequentavam.
    Um dos maiores efeitos negativos que a adicção gera é o sentimento de fracasso, onde o adicto tem uma imagem negativa de si, ou seja, o sentimento de baixa auto-estima e o contrário disso, a alta auto-estima, é muito boa no tratamento, pois atua como um reforçador de comportamento, visto que ele se sente amado pelo outro e aprende a amar a si mesmo.
    A questão familiar é muito importante também, visto que a estrutura da família revela muitos dos comportamentos, pois aqueles pais que são excessivamente protetores gera para o filho uma visão irreal do mundo , no qual ele possui tudo o que quer e não tem que batalhar para conquistar os seus objetivos, então a droga, vem para oferecer um prazer e uma mudança de rotina para esses indivíduos.
    As crenças que adictos têm sobre as drogas é que eles se sentem poderosos, que ela os deixam mais desinibidos, muitas vezes associando que sem ela seria impossível viver, que nada teria sentido, que ela traz status e oferece tudo o que eles desejam. Tais crenças são geradas através de combinações fisiológicas e psíquicas que a cocaína oferece e que já comentamos aqui.
    A recaída é uma questão bem difícil de tratar, pois mesmo após anos de abstinência ela pode acontecer. Muitos adictos mostram que a sua tentativa de se abster pode ocorrer por diversos fatores, como uma perda sofrida, a religiosidade, pela família e como viemos falando, pela mudança de ambiente, aonde mais uma vez vem a necessidade de sair do contexto, dos amigos e dos lugares que fazem lembrar a droga.
    Segue abaixo um vídeo muito interessante que irá demonstrar como as drogas agem no nosso corpo:
    https://www.youtube.com/watch?v=qatkbKFPfvc

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  25. Mariana Rocha Soares 13/0125474 Monitora Flávia

    A segunda parte do texto representa a parte prática do estudo de Agostinha Mariana a respeito das drogas, focando principalmente no uso da cocaína. A metodologia do estudo foi qualitativa, e contou com 15 participantes, todos homens, onde eles deveriam ter abstinência mínima de 3 meses. Eles tinham entre 24 e 40 anos.
    A autora buscava examinar com maior profundidade os significados e representações atribuídas aos efeitos da droga, procurando saber como os adictos veem o contexto do uso da cocaína. Dessa maneira, foram observadas alguns aspectos como, por exemplo, a história do uso da droga, a manutenção da abstinência, os efeitos da droga, entre outros. Através do estudo se identificou elementos comuns, como, regularidades dos elementos e padrões comportamentais dos adictos.
    Através da leitura do texto, é possível perceber que a experiência com as drogas começa geralmente com a maconha, e, posteriormente, ocorre a escalada de adicção, que pode acontecer de forma quantitativa ou qualitativa, onde a primeira é dada com o aumento da dose da mesma droga, e a segunda se dá pela mudança para uma droga mais pesada.
    Existem várias justificativas para a passagem da droga mais leve para a mais pesada, alguns dizem que a maconha é apenas a porta de entrada para o mundo das drogas, outra justificativa bastante preponderante é que o contato com outras pessoas que usam drogas mais pesadas acabam influenciando os usuários principiantes.
    O estudo mostrou que o uso da maconha acontece a partir dos 13 e 15 anos, onde eles chegaram até a cocaína mais ou menos entre os 15 e 18 anos, dando aí um período de 2 a 3 anos para a escalada até a cocaína. A autora ainda lista os motivos de iniciação na droga, podendo ser por curiosidade, influência de amigos e festas, entre outros.
    A maioria dos adictos possuem um sentimento de baixa auto-estima, onde a adicção é geradora de sentimentos de fracasso, inabilidade em responder adequadamente aos desafios do cotidiano. Ou seja, eles têm uma imagem muito negativa de si mesmos.
    Nessa segunda parte do texto também foi retomada a questão da abstinência e recaídas. A abstinência da cocaína fisicamente não é devastadora, mas internamente, mentalmente é, tem que se tomar cuidado com isso. Além disso, uma informação extra é a de que a cocaína tem alto potencial de adicção. As recaídas são comuns, porque há motivadores significativos que fazem com que a pessoa volte a usar, sejam sensações, locais, amigos, etc, que o motivam o uso da cocaína, cabendo, assim apoiar essas pessoas que estão em período de abstinência os dando motivadores significativos contra o uso da droga que sejam mais fortes do que os de usá-la, dar motivos pessoais ao adicto a não querer voltar a usá-la por conta própria.
    Segue abaixo um vídeo muito importante, onde o doutor Drauzio Varella explica sobre as drogas e seus perigos eminentes:
    https://www.youtube.com/watch?v=6PdEpC9BBBc

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  26. Inicialmente o texto aborda os aspectos neurofisiológicos da questão envolvendo o tópico drogas. As drogas atuam no sistema de recompensas, em uma área a qual ele denomina de mesoacubens. A tolerância se define como a necessidade de doses progressivamente maiores para se atingir os mesmos efeito mentais e físicos em especial a característica da euforia típica da cocaína o reflexo orgânico se explica na busca do equilíbrio pelo organismo que consegue se ajustar ao funcionamento da dosagem da droga em se.
    O paradigma contextual, se baseia em uma abordagem que não elimina o aspecto farmacológico e bioquímico em se, mas expande o estudo das drogas ao levar em conta o contexto do seu uso. Dentro desta abordagem, se estuda o condicionamento binário ( uma associação entre um estímulo incondicionado que gera uma resposta natural fruto das propriedades do próprio objeto emissor do estímulo com um estímulo neutro que a partir de um aprendizado repetitivo condiciona o indivíduo a mesma resposta do estimulo incondicionado, sendo classificado, portanto de estimulo condicionado ).
    A abordagem terapêutica sobre as drogas ao passar a considerar o contexto, com o uso da terapia comportamental cognitiva, e em especial a técnica de exposição desta, passa a buscar gerar exposições que retirem a sensibilidade tanto dos estímulos alvo ( os mais próximos em um arranjo temporal do uso da droga ). Como os estímulos características também classificados como ocassion setting ( os mais afastados temporalmente do contexto das drogas em se e que apenas reforçam o efeito dos estímulos primários ).

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  27. Talita Lima dos Santos – 10/0124241

    O texto 14 é uma continuação do trabalho do trabalho autora do texto 13. No entanto, desta vez o foco da pesquisa entra em um âmbito mais prático. Visando estudar as complexas relações de “occasion setting”, a autora estruturou o seu trabalho da seguinte maneira: Objetivos, Metodologia, Resultados e discursões.
    Na primeira esfera se constituem os objetivos, que visam identificar os elementos que mostram os fatores e as progressões que promoveram a ingestão da cocaína, além de verificar se os resultados obtidos em laboratório poderiam ser encontrados em humanos, e por fim, examinar a presença de associação entre estímulos complexos presentes no contexto do uso de droga. Na segunda esfera se encontra a metodologia da pesquisa, nela se constituem os instrumentos e as abordagens que serão utilizados no desenvolvimento da pesquisa. Por fim, a terceira esfera analisa os resultados e as discursões, e é nessa etapa que se avalia o progresso e eficácia dos sistemas pretendidos na proposta do trabalho.
    Este texto é bem interessante e por meio dela consegui tirar certas duvidas que tinha quanto ao vício e a forma que ele se dá na mente de uma pessoa viciada. A autora fez a pesquisa com usuários de cocaína. Dentre os usuários da pesquisa, todos era homens. Um fato importante de relacionar é o fato da autora acreditava antes de fazer a pesquisa, que a atribuição que o adicto dá à droga ajuda na promoção do vício.
    Na pesquisa podemos observar que os maiores motivos para alguém iniciar o uso da cocaína estar relacionado ao fato da curiosidade, influência de amigos e as festas frequentada, além da relação da baixa autoestima, que em muitos momentos eram substituídos com o uso da cocaína.
    Outro ponto que considero importante é o fato das recaídas acontecerem quando se considera que o tratamento está indo bem. Muitas vezes, as pessoas julgam os dependentes com concepções de cunho simplistas sobre o vício nas drogas, pois acreditam que o uso da cocaína e feito por que querem, e sendo assim podem parar a qualquer momento. Muito dessa da desconstrução sobre o pensamento simplista para se livrar da dependência da cocaína é encontrada no fim do texto da autora, onde ela apresenta a entrevista com o voluntário chamado no texto de “K”. Ele relata o início do uso e a submissão dela em sua vida, além da sua importância no processo de condicionamento de momentos prazerosos, como também a concepção social na qual ele estar inserido, sendo penalizado socialmente por seu vício, e a sua dificuldade em renunciar ao uso como também a procura por tratamento.
    Considero fundamental a abordagem dada durante o tratamento do adicto realizado na pesquisa, pois essa associação negativa pode servir para várias ocasiões de condicionamento, e também a proximidade que ela trata do voluntário e a relação de confiança que é construída por eles. Por fim, é importante que se tenha em mente que tratamento para os viciados em drogas não é milagroso, é um processo continuo e de ajuda mutua, o texto em geral é muito interessante e aborda de maneira objetiva a relação do consumo da cocaína a suas reações não só físicas, como também sociais, além de apresentar a possível saída para abandonar o vício.

    LINKS:
    Depoimentos de ex viciados e como deixaram a cocaína.
    Disponível em: http://boaspraticasfarmaceuticas.blogspot.com.br/2008/11/como-se-livrar-do-vcio-da-cocaina-leia.html

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  28. Vinícius Acioli Alves - 10/0131506 - Monitora Isabela

    Começamos com o método snowball que Almeida usou para conseguir os entrevistados. Achei um pouco perigoso para a pesquisa os próprios objetos indicarem outras pessoas que se enquadrassem nas condições procuradas. Todas as razões foram apresentadas para se usar tal método. É simples e bem eficiente principalmente quando estamos falando de gente que está na margem da legalidade. Reconheço que não poderia ser feita de outra forma que não envolvesse grandes gastos com logística. Ainda assim imaginei que os resultados poderiam ser poluídos pela falta de variedade de indivíduos que a indicação direta pode trazer. Aparentemente não houve problema algum com relação a isso. Uma apuração bem feita certamente diminui o problema.

    Bem, os estudados responderam a uma série de questões. Qual a primeira droga ilícita que experimentaram? Com quanto anos? Quando experimentaram cocaína? Por que motivo?

    As respostas da maioria foram: Maconha, treze anos, cocaína aos quinze e os principais motivos foram curiosidade e pressão dos amigos. Lembremos que quase todos tinham algum fator ambiental que contribuiu para o vício. Alguns deles são baixa auto-estima, ambiente familiar fraco ou hostil e pouca habilidade social por conta de super proteção ou negligência parental. Isso nos leva à sensação que sentiam quando usavam a cocaína. Sentiam-se poderosos, com força renovada, interessantes. Sem a cocaína as coisas perdiam o sentido e eles não mais reconheciam a si mesmos. Ela passou a ser uma condição para que existissem como seres humanos funcionais com amor próprio e potencia de viver. A existência de um ambiente que provoque essas sensações sem a cocaína, ou outra droga, torna-se fator para que o indivíduo tenda ao vício ou não.

    Almeida então relata a terapia e acompanhamento de "K", um usuário que se disponibilizou a fazer parte da pesquisa. Estudar K tinha como objetivo coletar situações complexas que indicassem occasion setting. K começou a terapia falando muito pouco e dizia que tinha uma doença incurável. Mais a frente descobrimos que ele, traumatizado, tinha perdido a mãe muito novo. Foi internado na FEBEM onde começou o uso de maconha e cocaína. Tinha um pai muito distante. Era impulsivo e se considerava feio e sem graça, indigno. A cocaína acabava com essas crenças construídas por seu histórico trágico.

    K, ao longo do tratamento se abriu aos poucos a Almeida. Suas crenças e baixa auto-estima foram trabalhadas pouco a pouco até que foi convidado a dois eventos sociais com seu amigo G(incógnito). K foi com G a uma chácara. Encontraram amigos beberam e conversaram. Havia disponibilidade de cocaína, mas K não cedeu. Em outra ocasião foi com G a um bar onde habitualmente bebiam, conversavam e onde depois saiam para usar cocaína. K, através de um outro amigo que lhe devia favores, conseguiu cocaína e teve uma recaída. Vemos aqui um estímulo condicionado (G e a bebida), algo que K já associava à cocaína, aparecendo em duas ocasiões diferentes. A diferença é que em uma a ocasião não estava associada ao estímulo (chácara) e a outra estava (bar). A ocasião prepara um estímulo associado a procurar a droga. No caso de diminuir a ura causada por associação K, como estimulado a fazer, começou a criar novos hábitos que estivessem livres da interação com a cocaína.

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  29. Naira Carolina matricula / 110149351 monitor Rodrigo
    O texto fala sobre uma pesquisa que foi feita sobre o uso da cocaína , nessa pesquisa foi usado mo método qualitativo , com voluntários de 24 a 40 anos em sua maioria homens , para participar da pesquisa os voluntários deveriam estar sem fazer o uso da cocaína no mínimo 5 meses , eles participavam de uma entrevista a qual era usado um questionário semi estruturado que foi baseado na técnica de SNOWBALL , para que eles pudessem falar abertamente sobre o uso da droga .
    Os resultados dessa pesquisa mostraram que a maioria dos voluntários tinham 35 anos solteiros e começaram a usar maconha como porta de entrada para as drogas, motivados muitas vezes pela curiosidade e por amigos próximos , e muitos por problemas emocionais mesmo , com a baixa auto –estima , problemas familiares e etc.
    A autora também relata em sua pesquisa que os voluntários diziam que sempre que passavam por lugares que os faziam lembrar dos tempo em que consumiam drogas eles sentia vontade de fazer o uso , sendo assim os ambientes condicionados podem incentivar o uso da droga ,no texto fica claro que tem como sim os usuários deixarem o vicio , muitos deles procuram caminhos como a religião para poder se libertar do vicio.

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  32. Daniela Caldeira 12/0075377
    Monitora: Isabela

    O texto 14 nos fala sobre o abuso de drogas, em especial a cocaína, e sua relação com o ambiente, tendo como objetivo identificar fatores que geralmente promovem a ingestão da cocaína, verificar a veracidade das respostas condicionadas ao uso de drogas, e examinar a presença de associação complexos presentes no contexto do uso de droga e que apontaram para uma aprendizagem condicionada pavloviana sob o controle de processos de ''occasion setting”.
    Para tal, foi realizada uma pesquisa, que selecionou 15 homens entre 24 e 40 anos. Infelizmente, há uma carência no que concerne às instituições de tratamento de adictos voltadas para as mulheres, então, a autora só conseguiu selecionar homens. O participante deveria estar abstinente da cocaína por 5 meses, preencher os requisitos de adicção à cocaína, falar bem e não fazer uso de medicamentos que indicassem problemas mentais. Se encaixando nesses requisitos, os abstinentes participavam de um entrevista semiestruturada, que permitia que o participante falasse de forma um pouco mais aberta sobre seu contato com a droga.
    Os resultados encontrados foram de que, a maioria dos colaboradores da pesquisa tinha 35 anos ou mais, tinham apenas o segundo grau completo, a maioria era solteiro, e o início do uso da maconha era predominante entre os 13 e 15 anos, sendo que para a cocaína, a iniciação foi um pouco mais tardia, entre 15 e 18 anos. O texto nos fala também dos principais motivos que levaram esses participantes a iniciarem o uso das drogas, sendo eles a curiosidade, influência de amigos e estarem em ambientes de festas.
    Geralmente o abuso de drogas, de acordo com o texto, pode estar associado a baixa autoestima, família desestruturada, e muitas vezes a manutenção no uso da droga se dá justamente pelas representações que as pessoas dão a seus efeitos, como se sentirem poderosos, mais desinibidos, e sensação de bem-estar, de recompensa, que os adictos acreditam não serem capazes de alcançar sem o uso da substância.
    Falando um pouco mais agora sobre a recaída, foi demonstrado que ela é favorecida por bebidas, influência de amigos, e por condicionamentos estabelecidos na época de uso da droga.
    A boa notícia é que esse condicionamento pode ser revertido, no sentido de, em vez de lembrar das coisas boas que a pessoa sentia ao usar a droga, ela passa a fazer associações com o quanto ela sofreu por conta da droga, a passa a, como está no texto, criar bloqueios para o uso, o que se estabelece como fator de proteção para recaídas.

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  33. Yashmin Barbosa Rossy 10/127827 monitora Gabriela
    O segundo texto sobre drogas foca mais nos métodos e resultados obtidos. A autora buscou examinar com maior profundidade os significados e representações atribuídas aos efeitos da droga, estudando como os adictos observam o contexto do uso da cocaína. Os fatores que ocasionaram o uso da droga, na maioria dos participantes foi curiosidade, em seguida a companhia e em terceiro o lugar que frequentavam. Um dos maiores efeitos negativos que a adicção gera é o efeito de fracasso, uma autoimagem negativa que a pessoa produz de si própria e uma baixa autoestima. A autoestima, entretanto, é um fator decisivo no tratamento, bem como a família. A crença que os adictos têm ao consumir a droga é de que são poderosos, de que a droga os deixa desinibidos, que traz status, que pode oferecer tudo que eles desejam. A recaída é uma questão delicada e difícil de tratar, porque pode acontecer mesmo depois de anos do não uso da droga. É muito importante também a questão do contexto, isto é, sair de ambientes que possam lembrar o uso da droga. O leitor não deve desconsiderar para poder compreender melhor a questão da abstinência que para quem está de fora, a abstinência não parece ser algo devastador, mas mentalmente, para o adicto, ela é uma devastadora e perturbadora. O texto se contrapõe com a concepção social de que existe de fato um tratamento para os adictos, por que este se mostra muito variado. É importante também não julgar ou condenar um adicto e sim tentarmos compreendê-lo em um contexto mais amplo.

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  34. monitora gabriela 150014040
    De fato, os testes realizados pela autora do estudo, refletem o que grande maioria dos usuários que pretendem minimizar o consumo e os abstinentes tem que enfrentar além da abstinência ao consumo. A Terapia Cognitiva Comportamental é uma boa técnica, dentro das estratégias de recuperação, prevenção e acompanhamento do usuário de droga, pois nela não se pretende fazer julgo de valor, mas sim tentar ajudar o dependente químico a elaborar formas de enfrentamento ao uso da droga, e todas as conseqüências causadas por tal consumo...na pesquisa que os voluntários diziam que sempre que passavam por lugares que os faziam lembrar dos tempo em que consumiam drogas eles sentia vontade de fazer o uso , sendo assim os ambientes condicionados podem incentivar o uso da droga ,no texto fica claro que tem como sim os usuários deixarem o vicio , muitos deles procuram caminhos como a religião para poder se libertar do vicio.

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