Cultura ou Imposição? Eis a questão.
Boa noite galera! Como
estão? Acho que não vai ficar tão bem, pois hoje é o nosso último post do
semestre! SIM, INFELIZMENTE vocês terão que sobreviver sem os posts sobre os
textos maravilhosos explanados na disciplina de Introdução à Psicologia
1º/2015. Todavia, o que fica é o maravilhoso ensino aprendido durante esses
meses de PsicoFla, que me engrandeceu muito e tenho certeza que a vocês também,
né?
Mas AINDA RESTA UM TEXTO!
E
para finalizar a disciplina nada melhor do que um texto do FREUD que resume quase
todas as ideias vistas nas abordagens anteriores e que vai identificar o
problema da infelicidade humana como inerente à cultura e, como esta restringe
a liberdade humana. Em parte é verdade né galera? Parem pra pensar, com as
ideias contratualistas podemos observar que sempre há um ganho em assinar o
contrato e constituir uma sociedade, mas sempre há as restrições, que geram a
infelicidade e o sofrimento.
Com
isso, muitas vezes as pessoas buscam nas drogas, na meditação (Öser), na
religião, na arte e na ciência, distrações para amenizar a miséria ou que a
disfarce. Logo, o ser humano busca sempre evitar a dor e encontrar o prazer e, muitas
vezes, por causa das restrições culturais, precisam recorrer a outros meios
para encontrar a felicidade. Entretanto, é importante ressaltar que não existe
uma fórmula mágica para a felicidade, cada um tem seu jeito de ser feliz,
entretanto, a cultura tenta impor um só jeito de se encontrar a felicidade,
limitando a vida sexual das pessoas ou instituindo somente um tipo de amor como
certo. ORA, ISSO NÃO É CONTRADITÓRIO?
Pois é, é sim. Por isso
que a cultura é a origem do sofrimento, pois ao mesmo tempo que prega uma
sociedade livre e universal, restringe certas liberdades dos indivíduos que são
essenciais ao seu prazer.
Essas
restrições podem ser em relação à beleza, à limpeza ou mesmo em relação ao
desenvolvimento cultural. Principalmente em nosso país e na atual sociedade
capitalista, existe um tipo de mulher que é considerada “bonita”, ela é magra,
de cabelo liso, de pele branca, com a cintura fina, com o quadril grande e com
os peitos avantajados. Esse é o padrão de beleza imposto para nós, ou seja,
quem não se encaixa nesse padrão, não serve.
Será que não é possível entender que somos
diferentes? CARAMBA, por isso muitas pessoas preferem morrer (suicídio) ou
mesmo se drogar para se blindar deste mundo imerso em uma cultura que restringe
e impõe. Algumas, recorrem à Deus, por meio das mais variadas religiões para se
desligar deste mundo e se ligar para as coisas boas, e essas pessoas são como
eu, que também acredito na religião como entorpecente ao mundo, pois para mim, somente
Deus é a verdadeira felicidade.
Além
disso, existem as restrições sociais que nascem junto com os indivíduos, que ao
nascerem e crescerem já encontram na figura do pai, uma imagem do chefe e de um
poder ilimitado, que de certa forma limita suas atitudes. Com isso, vão se
desenvolvendo diversos tipos de verdades absolutas, que necessitam ser
questionadas, como por exemplo a submissão feminina e sua domesticação. Ao
nascermos, nos é imposto uma figura da mulher como sendo dócil, mãe e dona de
casa. O QUE NÃO É VERDADE!
AS MULHERES NÃO DEVEM SER RESTRINGIDAS À ESFERA DOMÉSTICA! Por isso, devemos
questionar a atual cultura na qual estamos inseridos, porque ela é a causadora
de todo o mal estar.
Assim,
chegamos à conclusão de tudo isso: Não
adianta impor uma ordem de conduta para todos os indivíduos, cada um tem sua
preferência, sua forma de ser feliz. A nossa variância deve ser levada em
consideração em todos os aspectos, pois a forma que me faz feliz, às vezes não
terá o mesmo efeito pra você. Será que assim, não acabaríamos com o problema
das drogas? Será que assim as pessoas estariam livres para serem felizes da
maneira que querem? Não estou dizendo que devemos entrar em um estado
anárquico, sem governo e sem lei. Estou me referindo a uma sociedade regrada, com
direitos e deveres, mas que respeite cada um de acordo com suas particularidades
e escolhas.
É assim que encerramos esta
disciplina, com a conclusão de que devemos levar em consideração o próximo,
respeitando-o e sempre questionando os padrões e/ou restrições que a nossa
cultura impõe. Seja na igreja, no templo budista, seja homossexual, hétero,
negra, branca, cheinha ou magrinha, não importa, SÓ SEJA FELIZ DO JEITO QUE ACHA MELHOR.
Referência: Freud, S (2010) o mal estar na
cultura. Porto Alegre:L±
É isso, obrigada galera. Até
mais.